Algo de Dumbledore...



A noite passou rápida, considerando que Harry dormia por alguns minutos, e depois acordava sem um pingo de sono pra comer, ou olhar no pergaminho gêmeo. Lá pelas 6 da manhã, Hedwig chegou de sua caçada, muito satisfeita e cansada. Harry a deixou se arrumar num canto do quarto, enquanto se vestia e esperava dar um tempo certo pra descer.
As 7 e 30 já não tinha mais nada pra arrumar ou pensar, então, decidiu descer e torcer pra que não fosse o primeiro. Por sorte, Madame Rosmerta estava em seu balcão usual, enxugando pratos e copos apressadamente, enquanto ouvia uma música triste e antiga no rádio velho e de canto.
- Bom dia. _ Harry arriscou pra que ela percebesse que ele estava lá _
- Ho, bom dia. Vc acorda cedo, não é? Só fazem algumas horas que botei pra fora os últimos malditos bêbados que se escoram aqui até não terem mais um galeão no bolso! Bem, bom pra mim, ruim pra eles. _
- Na verdade, tenho umas coisas pra fazer... a senhora sabe se tem alguém em Hogwarts?
- Hogwarts? _ Ela pareceu levemente espantada, parou de enxugar os copos por um segundo_ Acredito que não haja nenhum aluno mas...
- Não, aluno não, quero dizer, assim como... Fich ou Prof. Macgonagal.
- Ho, bem _ ela continuou a enxugar os copos e coloca- los no lugar destraidamente _ Imagino que Filch esteja sempre por aí com aquela gata feia e arisca, apesar de não aparecer muito, mais eventualmente recebe alguém nos portões ou sai pra comprar ração de gato... e Minerva, bem... ela aparece de vez em quando, mais... não fica muito tempo...
- Hum... será que eu conseguiria falar com um deles se eu fosse nos portões?
- Acho difícil. Hogwarts está deserta, não é possível que te escutem chamar lá de dentro e acredito que saiba que não se pode aparatar...
- Sei sim... bom, eu vou tentar de qualquer forma, obrigado.
- Hey, vc não vai tomar café? Faz parte de sua diária!
- Quando voltar eu tomo, obrigado... _ Harry foi saindo do lugar e andando até os portões escuros e longos da escola.
O dia estava claro, mais não tinha movimento de gente nas ruas, e eventualmente passavam gatos ou velhotas com sacolas coloridas olhando assustadas para o Harry.
Parado no portão, olhou para os cadeados, muito enferrujados e pesados. Pensou em talvez experimentar alorromora, mais seria uma perda de tempo. Olhou por um tempo para dentro, procurando sinal de passos ou sombras, mais nada acontecia lá dentro.
Pela janela de uma sala no primeiro andar, Harry viu uma pessoa se movimentar por entre os móveis. Teve que pensar rápido, gritar não faria muito sentido, afinal, estava muito longe e uma parede de pedra estava entre eles. Então, num esforço desesperado, Harry ergueu a varinha e apontou para a janela , fazendo com que fagulhas coloridas rebatessem na vidraça e com que a pessoa que estava lá olhasse para fora.
Ainda sem saber quem era, Harry viu que a pessoa olhou fixamente, e saiu numa corrida intensa. Harry esperou uns minutos até que alguém aparecesse na porta principal, e logo ali, a alguns longos metros de distância, Harry pode ver a porta se abrir devagar e Filch sair por ela, olhando apertado pra ele.
O examinou por um minuto, e qd percebeu que era um garoto, andou alguns passos, parou derrepente, olhou para trás, a Prof. Macgonagal veio a porta, olhou para Harry, disse alguma coisa pra Filch, entrou de novo no castelo. Filch pareceu emburrados qd caminhou em direção a Harry, um enorme chaveiro pendurado no cinto.
Harry não sabia bem o que dizer, afinal, era a pessoa menos esperada naquele lugar, provavelmente.
- Potter! _ Fich parecia não te-lo reconhecido ainda, qd se chegou no portão _ O que faz aqui?
- Eu... preciso falar com prof. Macgonagal. Posso entrar?
- Hum... _ Ele olhou desconfiado _ Não tenho permissão pra deixar nenhum aluno entrar aqui...
- Por favor, diga a ela que sou eu e que preciso falar com ela, é urgente!
Harry e Filch se encararam por um segundo. A cara suja e chateada de Filch era a mesma, mais estava incrivelmente mais magro e doente.
- Muito bem, eu vou com vc até a sala da diretora, mais se tentar alguma gracinha...
- Só quero vê- la, juro.
- Ok.
Filch desconfiado abriu o portão, deixou Harry passar. Eles andaram juntos a luz do sol morno até o castelo. Harry não disse nada, somente olhava paralisado o castelo praticamente inabitado, deserto, silencioso como jamais esteve. Os passos ecoavam por entre os corredores e passagens escondidas que Harry conhecia de cor. Por duas vezes Harry teve a sensação de estar invadindo um lugar que não lhe pertencia mais, que lhe faltava um dono pra lhe dizer aonde deveria ir, talvez pra torre de grifinória...
Na frente de novo daquele gárgula de pedra, Harry olhou para Filch esperando que ele dissesse a palavra para abrir a passagem, mais ele não disse nada. Olhou para Harry mal humorado.
- O que, espera que eu lhe carregue até lá ?
- Mais... e a senha?
- Senha? Pra que? Não tem mais meninos mal educados pra incomodar, não é?
- Então, é só...
- Vai logo!
Filch empurrou Harry de um tropeço, e Harry olhou para a parede confuso.
- Hum ... quero falar com a Prof. Macgonagal. _ A escada girou como sempre, e Harry achou estranho, mais logo pulou para dentro e subiu.
Ficou de frente com a porta, bateu. A professora gritou lá de dentro pra que entrasse e Harry entrou.
Ela estava sentada atras da mesa, escrevendo em vários pergaminhos, um atras do outro. Ainda de cabeça baixa, ela disse:
- Argos, quem era o garoto? Vc o mandou ir...
Ela olhou para Harry, e qd viu que era ele, parou o que fazia. Se aprumou na cadeira confusa.
- Potter?!
- Oi professora. _ Harry fechou a porta _
- O que faz aqui? Imaginei que estivesse a quilômetros de distancia e ...
- Eu estava, na verdade... mais, hum...
- Potter, sente-se.
Harry andou até a cadeira de sempre na frente da mesa, se sentou. A professora o examinou pelos óculos finos, olhando com calma. Parecia procurar erros ou defeitos na feição de Harry.
- Vc esteve na casa dos Weasley, não esteve?
- Como a senhora sabe?
- Está muito limpo, saudável, parece perfeitamente bem. Um garoto da sua idade que está sozinho andando por aí não estaria tão bem por conta própria.
- Bem, na verdade, está certa. Tinha que ter me visto antes de eu ir pra lá... _ Harry disse mais para si do que pra ela_
- Bom, se estava tão bem, pq saiu?
- Eu... eu preciso de ajuda.
- Com o que, exatamente?
- Preciso saber se a senhora tem... tem alguma informação ou coisa do tipo que Prof. Dumbledore possa ter deixado... sabe, pra mim, ou ...
- Pra vc? O que ele deixaria pra vc?
- Nada de valor, não, ao menos não financeiro.
- Então, não entendo, o que vc espera que ele tenha lhe deixado?
- Ok. Professora, desculpe, mais, as informações que posso lhe dar são... são limitadas. Eu só posso dizer que professor Dumbledore e eu estava- mos numa missão... algo como... muito importante, e.... eu esperava que ele tivesse deixado algo pra me ajudar a continuar com... com o que estava- mos fazendo.
A professora o olhou com interesse, mais parecia um tantinho ofendida. Respirou com calma, pensou. Harry esperou o grito de intolerância, talvez o mandasse ir embora.
- Potter, eu não sei muito bem do que está falando, mais tem uma coisa que eu sei. Sei que Albus confiava em vc, muito. Não sei pq, mais... enfim, talvez, TALVEZ, eu tenha uma coisa que possa lhe ajudar a fazer... o que vai fazer.
Ela se levantou, andou até um lado da sala, abriu uma gaveta no alto de um móvel, pegou uma caixa de madeira média e voltou a se sentar. Empurrou a caixa até harry, que ficou de frente com ela. Olhou pra caixa, e leu em cima: A.D. e logo abaixo entalhado em pequenas letras: ao abrir, certifique- se de que é H.P.
Harry olhou.
- Hum... o que é isso?
- Eu não faço idéia. Achamos nas coisas dele, mais não pude abrir, ninguém pode. Pelo que diz, somente H.P pode. Então... tente.
Harry olhou, o coração acelerou, o que será que tinha ali? Será que era realmente pra ele?
Abril a caixa com cuidado, a madeira pareceu respirar em suas mãos. Dentro, um pergaminho bem lacrado. Harry pegou, mostrou a professora o tubo, ela parecia tão nervosa qt ele.
- É só isso? Bom, então, acho que já tem o que queria.
- Acho que sim. Bom, professora, obrigado.
- De nada. Agora... bem, preciso terminar estes memos, então, por favor, se não se incomoda...
- Ho, claro que não. _ harry se levantou, andou até a porta _
- Hey, potter! Não sei o que anda pensando em fazer, mais... tome cuidado.
- Tomarei professora, obrigado.
- E... mande notícias.
Harry balançou a cabeça para dizer sim, e saiu da sala.
Andou pelo castelo até a saída. Na porta, encontrou Filch parado.
- Já terminou?
- Já sim... hum, por acaso saberia me dizer, o que aconteceu com Hagrid e os outros professores?
- Estão em casa ué! O que fariam aqui, se não tem garotos pra ensinar.
- Mais, Hagrid mora aqui.
- Então deve ter ido pra outro lugar. É cheio de rolos aquele lá...
- Hum. E... e não sabe se voltaremos a ter aulas?
- O que? Vc quer voltar pra cá? Vc- sabe- quem está por aí, fazendo desastres e vc quer vir pro lugar mais lógico de ser atacado? Vc é mesmo pirado Potter, logo vc...
- Eu... eu sei disso. Mais... não posso dizer que estou mais seguro aqui fora do que na escola.
- Hum... não está seguro em lugar nenhum. Vem, tenho que trancar o portão qd vc sair.
Eles andaram até o portão de volta, Harry ainda tinha o pergaminho no bolso.
- Bem, dá um fora logo Potter.
- Obrigado.

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