A escolhida



Harry andou até Hogsmead, direto para seu quarto na instalação de Madame Rosmerta. Sentou na cama, de frente pra luz, abriu o pergaminho.

Caro Harry;
Lamento dizer que se as informações contidas nesse pergaminho estão chegando a vc por ele, é pq eu mesmo não pude lhe dizer, o que quer dizer que eu talvez não esteja mais perto. Imagino que Minerva tenha lhe entregado a caixa assim como eu previa, e imagino tb que vc não tenha dito nada pra ela sobre nossos planos e descobertas, ou assim espero (ela está melhor sem saber, acredite). Bem, o que vc precisa saber é que, a alguns anos, recebi a notícia de uma outra profecia que aconteceria no Estados Unidos, sobre uma menina que teria o mesmo destino que vc, e nessa profecia, dizia que para que chegasse o fim, vcs teriam que unir- se pela força que só vcs possuem em comum. Essa menina, a qual não sei quem é, será marcada para que se cumpra a profecia no segundo mês seguinte do escolhido, no ano de se fechar o décimo sétimo renascimento. Sei que vc entendeu. Procure- a Harry, e juntos coloquem um fim nessa parte da história. E não se preocupe, confio em vc, e sei que é muito forte e entende isso como eu jamais entendi. Boa sorte, e sempre que precisar, sabe onde encontra forças. Lembre- se, o homem sábio pode aconselhar sabiamente, mais encontra no silêncio amigo a verdadeira esperteza.
Seu amigo, Albus Dumbledore.

Harry parou por um instante pra deixar a lágrima cair, enquanto fechava o pergaminho. Seu amigo, a ultima carta que ele jamais receberia. Depois de um momento pra digerir, Harry colocou a cabeça pra funcionar.
Então, uma menina seria marcada pra, no mês seguinte de seu aniversário, ou seja, agosto, o mês em que estava, no ano quem que fazia 17 anos, ou seja, o ano atual, fosse com Harry, juntar suas forças em comum para acabar com Voldemort. Bem, só faltava saber como Harry iria achar essa menina.

Dois dias passaram rápido, enquanto Harry reabastecia os estoques de doces e mandava recados curtos pra a Toca pelo pergaminho gêmeo. Uma ida até gringotes e suas idéias para passar o tempo estavam acabadas. Então, como um clarão, seu pensamento voou pela janela ao olhar para Hogwarts, e lhe veio a questão. Olhou para frente no espaço vazio do quarto.
- Mostro.
De um puff, o elfo olhudo de orelhas longas apareceu, mal humorado, de braços cruzados.
- O senhor chamou monstro?
- Chamei sim. Onde estava?
- Dormindo. _ O elfo rabugento falava seco e olhando para os lados_
- Quero saber aonde vc estava!
- No quarto do Monstro na escola.
- Hum. E onde está Dobby?
- De férias nas montanhas.
- Oque?! Ok. Hum... e vc tem feito alguma coisa?
- Não, não fiz nada.
- Não estou te acusando Monstro! Quero saber se vc tem o que fazer em Hogwarts.
- Mostro limpa, arruma, come, dorme e pode andar depois que termina.
- Andar? Aonde?
- No gramado da escola, senhor.
- Alguém já te viu, ou falou com vc? _ Harry nem queria pensar na possibilidade de alguém interroga- lo_
- Sim senhor, pessoas falam com monstro.
- Quem? Quem falou com vc monstro? _ Harry se desesperou. Quem poderia ter ído falar com ele, e o que queria saber..._
- O zelador Sr. Filch, a Sra. Macgonagal...
- Não monstro, quero saber se algum estranho já falou com vc, alguém que não seja da escola! _ Harry já estava se irritando com o elfo, pois sabia que ele sabia do que estava falando_
- Madame Rosmerta já falou com monstro.
- Ela tudo bem, eu acho. _ Harry olhou desconfiado_ Tem alguma coisa que queira me dizer monstro?
- Não senhor. Monstro não quer dizer nada.
- Hum. _ Harry olhava pra ele, mais o elfo evitava o olhar de Harry_ Muito bem então, vou lhe dizer uma coisa. Vc pode andar pela escola, pode andar no gramado e pode falar com pessoas, mais, preste bem atenção Monstro, vc não pode sair da escola, não pode fazer nada de mal pra ninguém nem pode contar nada sobre mim á ninguém, ouviu, ninguém. Se alguém lhe perguntar algo sobre mim, ou sobre qualquer coisa que tenha a ver comigo, não diga nada, e se tiver dúvida, diga á pessoa que venha perguntar a mim o que ela quer saber , ok? Vc não pode dar nenhuma informação minha pra ninguém! Vc entendeu?
- Sim senhor, Monstro não pode falar nada sobre seu senhor, Monstro não vai falar nada.
- E... olhe, se vc precisar de mim pra alguma coisa, sei lá, se tiver algum problema, pode falar comigo... ou com a prof. Macgonagal, ok?
- Monstro não precisa do senhor. Mostro se recusa a receber qualquer ajuda que não seja de sangue puro.
- Eu sou sangue puro Monstro! _ Harry se arrependeu de Ter tentado ser legal com ele_
- Mais o senhor é traidor do sangue, o que dá no mesmo.
- Que seja, então! Não peça ajuda a mim, eu não ligo! _ harry olhou com raiva, mais o elfo simplesmente mexeu as mãos distraído_ Vc me entendeu, tudo que eu disse?
- Sim senhor, tudo que disse.
- Então tá. Pode voltar pra escola.
Monstro o olhou pela primeira vez desde que tinha sido chamado, piscou calmamente e desapareceu. Harry estava com raiva, como podia ter sentido um pouco de dó desse elfo imundo e mal- educado!
Na manhã seguinte, Harry acordou com o barulho de Hedwig arranhando a janela, querendo voltar pro quarto. Depois de coloca-la pra dentro, desceu para tomar café. Há mesa, todos os hospedes conversavam baixinho apavorados, com jornais nas mãos. Qd Harry se aproximou, olharam pra ele igualmente apavorados, mais sem dizer nada. Madame Rosmerta se aproximou para pegar seu pedido, mais parecia um pouco assustada tb, pálida e não tinha a voz alteada como sempre.
- Vai querer alguma coisa? _ disse ela baixinho _
- Hum... sim... hum... Madame Rosmerta, está acontecendo alguma coisa?
- Vc ainda não viu o jornal não é mesmo?
- Ainda não, mais o que houve? _ Harry sentiu um pulo no estômago_
- Espere. _ ela olhou pra trás, pegou o Profeta Diário da mão de um senhor muito alto sentado lá, e o mostrou a Harry_ Veja.
Harry pegou. Logo na primeira página, havia um a foto muito feia. Uma casa com muitas pessoas em volta, parecia ser noite. A marca negra a cima, no céu, duas pessoas escoltando uma pessoa menor, envolta numa manta grande pra fora da casa e em seguida, entrando numa ambulância e saindo pela rua com estardalhaço. Em cima da foto, uma enorme manchete. ‘Mais uma sobrevivente. Serão os escolhidos?’
Harry não pode acreditar. A menina que Dumbledore disse para ele procurar, estava no jornal, e tinha acabado de sobreviver a um ataque de Valdemort! A matéria dizia:

‘Essa noite, na rua sunrise, n 46, o incrível acontecimento marcante na história da comunidade bruxa do mundo! Mais um sobrevivente daquele- que – não- deve- ser- nomeado agora vive entre nós. Vc- sabe- quem fez mais vítimas nessa noite, enquanto tentava, pelo que se sabe, conseguir o apoio de dois dos maiores alquimistas da atualidade, Pompilho e Angely Carey, mortos tragicamente em sua casa, assim como a filha de 11 anos, Meg. A única sobrevivente do triste episódio, Ally Carey, 17, encontra- se agora no hospital Saint Mungus, para receber apoio de especialistas, apesar de saber- mos que nunca se curarão realmente as feridas da mais recente órfã sobrevivente de um ataque de vc- sabe- quem. A menina supostamente sobreviveu ao ataque, no momento em que sua mãe entrou em sua frente e recebeu o feitiço por ela, o qual foi fulminante. Não se sabe ao certo o que aconteceu a vc- sabe- quem, mais acredita- se que no momento ele se encontrava muito forte para que pudesse ser reduzido a quase nenhuma força mágica como aconteceu a 17 anos atras com o garoto Harry Potter. No momento só podemos imaginar pq tais acontecimentos nos surpreendem cada vez mais, agora que temos dois escolhidos para o grande desfecho final em que será decidido quem permanecerá no poder, se será Aquele- que- não- deve- ser- nomeado ou a comunidade bruxa ao lado dos nossos heróis. Esperamos que Ally se recupere e que ainda tenhamos chance contra o grande vilão.

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