Sob o brilho da Lua Cheia
Capítulo 22 – Sob o brilho da Lua Cheia
A cidade do Cairo, também conhecida por al-Qahira, na língua árabe, foi, durante mais de mil anos a capital do Egipto. Durante séculos atraiu a si vários turistas, arqueólogos com sede de conhecimento e mesmo bruxos que procuravam evidências da magia do antigo Egipto. Durante o dia, a vida toma conta da cidade. Porém, de noite, apenas os centros históricos são movimentados e, muitas vezes, os únicos lugares seguros. O medo pode ser visto espelhado no rosto daqueles que ousam atravessar a cidade após o pôr-do-sol e aqueles mais corajosos, podem acabar por pagar caro a ousadia.
Numa rua deserta e escura, na periferia da cidade, pequenas casas percorriam ambos os lados desta, todas semelhantes e todas elas sem muita vida. A luz da lua era fraca, apesar de faltar apenas um dia para a lua cheia. Mais ao fundo, um casarão antigo mas bem cuidado era rodeado por um imenso jardim. A essa hora, nenhuma vivalma se atrevia a sair do conforto das suas casas, para se aventurar nos perigos da noite. Apenas um homem se movia por entre as sombras, tentando escapar aos olhos de curiosos. Apesar da pouca luz, era possível vislumbrar um brilho de maldade e até de alguma loucura no olhar e perceber os movimentos silenciosos e cuidados que praticava. Os seus olhos recaíram sobre a mansão, em especial numa janela iluminada desta. Um sorriso maléfico aflorou-se nos lábios.
O silêncio que se fazia sentir, foi interrompido pelo grasnar de um corvo. Não tardou que o animal fizesse um voo rasante na figura e pousasse no braço estendido deste. Com a mão livre, o vulto acariciou as penas da ave e sussurrou-lhe ao ouvido. Ao fazer isto, ela levantou voo de novo, dando várias voltas sobre a casa e seguindo depois o seu caminho.
- A última peça está prestes a encaixar-se. O último ingrediente desta poção está prestes a vir ter às minhas mãos! – disse para si mesmo com uma voz rouca, mas cheia de satisfação.
Fora difícil, mas ele finalmente encontrara o que lhe faltava para cumprir a sua missão. Jurara trazer Voldemort de volta ao mundo dos vivos e, desta vez, muito mais forte. A última coisa que precisava estava ali, naquela casa e, a partir do momento em que ele a tivesse em mãos, já nada o poderia impedir de completar a tarefa de que fora encarregado. E, desta vez, nem Harry Potter, nem Ordem da Fénix, o poderiam parar!
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- Então está decidido?! Amanhã à noite, à mesma hora, no lugar do costume!
- Não sei não, Prongs. Eu ainda acho que vocês deveriam ficar aqui. E se vos apanham? E se eu vos ataco?!
- Ora, Moony parece que nós nunca fizemos isto nos últimos três anos! Além disso, ninguém vai desconfiar de um veado a passear pela floresta, ou de um rato a cruzar os corredores de Hogwarts, pois não?
Como faziam todos os meses, os Marotos haviam reunido sozinhos a um canto da sala comum, a planear as aventuras da noite do dia seguinte, a qual era noite de lua cheia. Como sempre também, Remus tentava dissuadi-los da ideia de o acompanharem, esforço este que gastava em vão.
- E para onde vamos desta vez?!
- Wormtail, não me lembro de alguma vez termos planeado o lugar onde iríamos. Acho que a tua forma animaga começa a afectar seriamente a tua inteligência. – Sirius usava o tom de deboche que sempre utilizava quando queria gozar com algum dos amigos. Porém, desta vez, a reacção foi diferente.
Peter olhou para Sirius com uma fúria nunca antes vista no mais pequeno dos marotos e, levantando-se em direcção ao dormitório, respondeu ao outro maroto, com a sua vozinha guinchada:
- Posso ser um rato e vocês podem achar que eu sou um cobarde, mas um dia eu vou provar-vos que estais enganados!
Peter desapareceu pela escada do dormitório, deixando para trás, três rapazes boquiabertos e sem reacção. Nunca antes Peter reagira assim a uma brincadeira de um dos outros três. Tudo bem que eles passavam um pouco dos limites por vezes. Mas Peter ficava a cada dia mais estranho. Até ao ano anterior, os quatro eram inseparáveis. Nesse ano, porém, alguma coisa tinha mudado nele. Afastava-se quando estavam reunidos com os colegas do seu ano, desaparecia por longas horas, sem nunca ter explicado para onde ia, muitas vezes tinham encontrado a sua cama vazia a meio da noite. Quando confrontado com isso, Peter dava respostas vagas, muitas vezes sem sentido: que tivera insónias, que lhe dera a fome e que fora à cozinha, que tinha estado a acabar o trabalho de poções (este argumento era, sem dúvida, intrigante). Os Marotos tinham chegado a perguntar-se se ele teria alguma namorada… mas a ideia foi rapidamente colocada de parte. Que garota, no seu juízo perfeito, quereria ficar com Peter?! Definitivamente, ele andava a esconder-lhes algo.
- Será que alguém consegue explicar-me o que deu no Wormtail?!
- E alguém sabe, Padfoot?! Eu já desisti há muito tempo de o tentar perceber.
- Perceber quem, James?
Lily acabara de chegar, trazendo consigo um monte de livros que mal conseguia carregar. Com um estrondo largou-os em cima de uma mesa ali perto e sentou-se ao lado do namorado, que aproveitou na hora para a abraçar.
- Chega para lá, lapa! – disse a ruiva empurrando James que ficava emburrado. – De quem é que vocês estão a falar?
- Do Peter! Ele anda estranho, ultimamente.
Lily deu uma gargalhada irónica, diante do comentário de Remus.
- Anda estranho?! Eu sempre me lembro de ele ser estranho! Aliás… não sei porque é que só repararam nisso agora. Têm de concordar comigo: ele não é uma pessoa normal.
Os olhos dos três rapazes fixavam-se em Lily, tentando perceber o que ela queria insinuar. Esta não se deixou abalar.
- Sabes, Lily, eu nunca percebi essa implicância toda com o Peter! Que eu me lembre, ele nunca te fez nada… não do tipo que o James fazia para te irritar. – Sirius partira imediatamente em defesa do amigo, mas Lily começava a adquirir aquele semblante autoritário e ameaçador que tanto a caracterizava.
- Se vocês querem saber o que eu acho… muito bem! Eu vou ser sincera… eu não gosto do Peter! Eu acho que ele é oportunista, falso, intriguista e eu, definitivamente, não confio nele. – James ia falar, mas a ruiva calou-o com o olhar – Eu sei que ele é vosso amigo e custa-vos ouvir isto. Mas, não acham estranho que ele desapareça durante horas e não diga nada a ninguém? Pior… não diga nada aos melhores amigos? E ainda há mais! O Harry e todos os outros, falam muito das nossas versões deste tempo: de vocês os três, de mim, da Marlene e mesmo do Frank e da Alice. Porém, nunca falaram do Peter. Acho que isso deve querer dizer alguma coisa…
Aquelas palavras caíram como uma bomba no grupo de amigos. Todos sabiam da inimizade que Lily sentia por Peter e todos sabiam também que o sentimento era recíproco. Mas Lily fizera insinuações que nenhum deles queria aceitar. Remus, sempre o mais sensato dos Marotos, passou as mãos pelos olhos e encarou de seguida a ruiva.
- Lily… o facto deles não falarem, não quer dizer nada. Pode haver um monte de razões para isso… pode inclusive nunca ter surgido a oportunidade de falar dele. O Peter é nosso amigo e nós confiamos nele. Quando ao facto de ele não nos contar tudo… todos temos os nossos segredos, não é verdade? Porque razão o Peter não pode ter os dele?
Um silêncio instaurou-se no meio do grupo, que foi quebrado por Lily que encolhia os ombros.
- Pensem o que quiserem. Eu apenas dei a minha opinião. Se vocês confiam nele, o problema é vosso… agora não me peçam para confiar, porque eu não consigo! – Com fúria, Lily levantou-se dum pulo só, pegou nos livros que acabara de pousar e saiu pelo buraco do retrato.
- O que é que deu em toda a gente, hoje? – James parecia tentar decidir se ia atrás da namorada, ou se ficava com os amigos. Sirius mostrava-se indignado pelas palavras de Lily. Remus, pelo contrário, pegara num livro e começara a lê-lo. – Eu vou falar com ela.
Após a saída de James, Remus e Sirius entreolharam-se desconfiados.
- Pelos vistos, não é só o Peter que anda estranho. O que achas, Moony?
- Não sei, Padfoot, mas isto começou a acontecer depois que ela descobriu que vai casar com o Prongs. Parece-me mais super protectora do que o habitual… que se preocupa excessivamente. – Depois de fechar o livro que estava a ler, Remus levantou-se – Sabes uma coisa? Vou falar com o Peter.
Sirius ficara sozinho na sala comum. Encostou a cabeça para trás e ficou a observar o tecto, soltando de tempos a tempos, um profundo suspiro. Já fora o dia em que era raro não ver os quatro amigos juntos… já fora o dia em que nenhum se zangava com o outro, independentemente das brincadeiras que se fizessem e das piadas que se dissessem. Naquele momento, ao ver cada um dos amigos seguir o seu caminho, Sirius, o mais despreocupado dos marotos, sentiu uma enorme tristeza e uma profunda angústia. Eles haviam deixado de ser crianças. Tinham crescido e, não tardava nada, teriam de seguir cada um a sua vida. Continuariam amigos, é certo… mas não seria a mesma coisa.
E, ao ser assolado por estes pensamentos, um forte pressentimento invadiu Sirius. Não sabia o porquê, nem como, mas tinha a certa impressão de que os Marotos jamais seriam os mesmos!
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Aquilo que mais agradava a Lily desde que descobrira a sua recente gravidez era sair de casa uma tarde inteira, juntamente com Marlene, para percorrer todas as lojas de Londres que vendessem artigos para bebés. Depois desses longos passeios, nos quais cada uma vinha carregada com uma quantidade razoável de compras que eram encolhidas magicamente, para que as pudessem transportar, Lily espalhava tudo sobre a sua cama, olhava cada roupinha ou cada brinquedo que comprava com imenso carinho e, no final, dobrava peça por peça e arrumava cada coisa no seu lugar.
Nos últimos tempos, Lily deixara-se influenciar pelas crenças de James e passara a comprar tudo cor-de-rosa. Nem queria imaginar se fosse um rapaz. Uma das vantagens de ser bruxa é que poderia trocar a cor apenas com um gesto da varinha.
Naquela noite, colocara em cima da cama tudo o que já comprara até aí. Cada casaquinho, cada ursinho de pelúcia, cada baby-grow… tudo tinha o seu encanto e a sua beleza. No seu colo tinha aberto um álbum de fotografias. Harry deixara-o ali para ela, uma vez que tudo aquilo que a fizesse recordar do passado, desde fotos a cartas e mesmo presentes que tinha guardado com carinho, tudo isso tinha sido destruído em Godric’s Hollow. A fotografia que Lily observava tinha sido tirada no dia do baptizado de Harry. Estavam todos tão felizes naquele dia. Ela e James abraçados, um Harry de alguns meses no colo de Marlene, sendo olhado com orgulho pelos padrinhos babados, Remus e Peter ao lado de Sirius.
Peter! Engraçado que ela sempre desconfiara que havia algo muito grave por detrás daquele olhar medroso e inocente. No entanto, todos diziam que era apenas implicância da parte dela e a desconfiança que nutria por ele era infundamentada. Chegara a ter várias discussões com James por causa dele. No final, Peter, por si só, provara que ela estava certa e os outros estavam errados.
Os seus pensamentos foram interrompidos pela chegada de alguém que colocou os braços em torno dela. De início sobressaltou-se, mas logo se deixou abraçar pelo recém-chegado, assim que sentiu o seu perfume.
- James! – foi impossível não soltar o sorriso de felicidade pela chegada do marido. – Quando é que chegaste?
James contornou a cama e sentou-se do outro lado de Lily. Em vez da habitual alegria contagiante, James apresentava uma grande preocupação e parecia não dormir muito bem há algumas noites, facto comprovado pelas nítidas olheiras que contornavam os seus olhos.
- Cheguei agora mesmo. Esperei que terminasse o jantar e vim logo para cá. – James deitou a cabeça nas pernas de Lily, como uma criança abandonada a precisar de colo. – Estava com saudades das minhas meninas!
- Ainda estás preocupado com o desaparecimento do livro?
James deu um sorrisinho travesso.
- Não consigo esconder-te nada, pois não?! – Lily sorriu de volta – Não é apenas o facto do desaparecimento do livro… é que, mais uma vez, o Harry vai ser colocado no meio de tudo isto.
Lily fechou os olhos e encostou-se nas almofadas atrás de si.
- Eu sei. E infelizmente ele saiu ao pai… vai recusar-se ficar de fora. O pior é que nós, o máximo que podemos fazer é apelar para ele não se meter em confusões e apoiá-lo ao máximo. Mas agora é melhor não pensar nisso. – a ruiva pegou em várias peças de roupa que tinha ao seu lado – Olha o que eu comprei hoje.
Os olhos de James iluminaram-se, quando ele se levantou para observar o que ela tinha nas mãos. Uma felicidade indescritível substituiu a preocupação anterior, permanecendo, no entanto, uma leve sombra. Com cuidado pegou num casaquinho minúsculo e colocou-o sobre a barriga saliente de Lily.
- Estás a ver o que eu digo, Hellena?! Por vontade da tua mãe vais ser uma princesinha, mas tu vais fazer vontade ao teu pai e vais ser uma jogadora de Quidditch e vais quebrar todas as regras da escola, não é?
Lily deu um leve tapa na cabeça de James e encarou-o com os olhos semicerrados, num falso aborrecimento.
- Nem penses que eu vou deixar a minha filha subir numa vassoura e jogar contra um grupo de rapazes enfurecidos. Quando muito ela vai ficar a assistir da bancada. E quando a quebrar regras… - Lily parou durante uns momentos, para pensar muito bem no que ia dizer – Ela vai ser uma monitora exemplar como a mãe, ou o pai dela vai ficar de castigo sempre que eu receber uma carta a dizer que ela está em detenção.
James fez biquinho, gesto que arrancou uma gargalhada à ruiva. O olhar de James escureceu de novo.
- Eu só quero que ela tenha uma vida normal, a vida normal que o Harry deveria ter tido.
Lily ficou em silêncio, tentando controlar as lágrimas que começavam a formar-se nos seus olhos. Habituara-se a ver James sempre bem disposto, como se os problemas não existissem. Quando se sentia triste ou com medo de algo, ele sempre a fazia sentir melhor, com alguma palavra de conforto. Mas vê-lo assim, naquela preocupação, fez o seu coração apertar… ficar minúsculo. Mesmo que ele tentasse parecer forte, haviam momentos em que a barreira por ele construída era parcialmente derrubada, deixando ter um vislumbre da angústia que ele sentia. No entanto, aquela barreira reerguia-se em poucos segundos, como naquele momento.
Mal virá as lágrimas de Lily, James fê-la sentar-se no seu colo e abraçou-a com cuidado. Ela deitou a cabeça no ombro dele no mesmo instante em que perdeu o controlo sobre os seus sentimentos. James deixou-a chorar no seu ombro. Havia pessoas que diziam que chorar fazia bem, que as lágrimas levavam as nossas tristezas. Por esse motivo permaneceu em silêncio, apenas a afagar-lhe os cabelos ruivos. Quando ela se acalmou, ele segurou o rosto dela entre as suas mãos e olhou-a bem nos olhos.
- Lily, nada de mal vai acontecer desta vez. Eu prometo! – ela baixou a cabeça – Olha para mim, Lily! Eu alguma vez faltei com alguma promessa? – Lily abanou a cabeça negativamente, em resposta. – Então tem confiança em mim… nada de mal vai acontecer com o Harry ou com a Hellena.
Aos poucos, os soluços de Lily foram cessando e a respiração começou a acalmar.
- Vamos lá esclarecer uma coisa! – James adquirira de novo o ar brincalhão de sempre. – Eu “fugi” de Horwarts, porque estava com saudades da minha ruivinha. Não quero ver tristezas. A única coisa que eu quero é ficar a noite toda agarradinho à mulher que eu amo.
Ainda a limpar as lágrimas, Lily ergueu uma sobrancelha, mas com um ar malicioso.
- Só ficar agarradinho, ou há alguma segunda intenção por detrás dessa frase?! – diante da cara de desentendimento de James, Lily prosseguiu – É que nós podíamos…. Sabes… o Dr. Smethwyck disse que não havia problema!
- De certeza?! – James ostentava algum receio face à proposta.
- Ai, James! Até parece que é a primeira vez que eu fico grávida!
- Que não seja por isso! – Dizendo isto, James deixou-se cair para trás, com Lily em cima dele. Mas, ao fazer isto, caiu em cima de um brinquedo que fez barulho. – Outch! Lily… acho que temos de arrumar isto!
Num gesto rápido, Lily pegou na varinha e com um feitiço fez tudo ficar arrumado nos devidos lugares em segundos. De seguida, voltou-se para o marido.
- Onde tínhamos parado?!
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A sala precisa parecia ter sido transformada numa floresta. Por todo o lado era possível ver-se plantas que trepavam e se agarravam às paredes. Os ramos das árvores cresciam e entrelaçavam-se, formando uma espécie de escudo em torno de alguém. Um rapaz, de olhos cerrados com força e parecendo fazer um esforço imenso, acabara de desaparecer no centro desses ramos. Uma outra pessoa observava o fenómeno com uma grande satisfação. Esta última aproximou-se do rapaz, batendo palmas. Nesse momento, os ramos começaram a afastar-se deixando à vista Harry. No seu peito, algo brilhava, emitindo uma luz carregada de um imenso poder. À medida que os ramos se dispersavam, a luz ia diminuindo de intensidade. O Olho de Horus era agora visível.
- Muito bem, Harry! Estás a progredir mais depressa do que imaginava. Não esperava que hoje já conseguisses dominar tão bem o elemento terra. Afinal parece que vais ter tanta facilidade para controlar os outros elementos, como tiveste com o fogo.
Harry sentou-se no chão ofegante, mas sorridente. O cansaço físico e psicológico era bem visível na sua face e as gotas de suor escorriam-lhe pela face.
- Obrigada… Professora! Mas… nem eu imaginava… que conseguiria hoje! – concordou ele entre golfadas de ar.
Joanne estendeu uma toalha branca a Harry, que a levou à face a fim de secar o suor.
- Bem… por hoje acho que já exigi demasiado de ti. Daqui a algumas aulas controlarás perfeitamente este elemento e já poderemos passar para a água. Creio que será o mais difícil de dominar, uma vez que o teu elemento é o fogo. Quando acabarmos irás aprender a usar todos ao mesmo tempo.
Harry retirou o seu amuleto do pescoço e ficou a observá-lo, enquanto este voltava ao normal. Desde que começara a usar os poderes de Horus, o Olho sempre aparecia e voltava a desaparecer algum tempo depois. Durante os treinos, Harry sentia um grande poder dentro de si, como nunca sentira antes, mas este libertava-se aos poucos, em cada exercício que praticava. Durante todo o mês de Janeiro treinara com Joanne três vezes por semana, mas sempre durante pouco tempo, para não gerar desconfiança nos seus colegas de equipa. Dominava perfeitamente o Fogo e o Ar sem recorrer ao uso da varinha. Na última semana começara a praticar a Terra e já provocara alguns sismos que haviam assustado alguns alunos.
O Olho de Horus começou a desvanecer na sua mão até que desapareceu, trazendo Harry de volta à realidade. A Sala precisa também ia-se transformando: as plantas e a terra ia desaparecendo e duas poltronas surgiram, assim como uma lareira.
- É melhor agasalhares-te, Harry, ou poderás apanhar uma gripe… - Joanne calou-se subitamente, fazendo umas caras esquisitas, respirando rápida e profundamente. – Atchim!
Harry não pode deixar de rir. O à vontade que criara com Joanne no último mês permitia isso.
- O que é que estava a dizer, professora?!
Joanne fuzilou Harry com o olhar, mas logo sorriu por detrás do lenço branco que usara para limpar o nariz.
- Acho que apanhei um resfriado. Bem me parecia que a minha voz estava a começar a falhar.
- Deve ter sido por isso que apareceu aqui uma lareira! – comentou Harry ainda rindo.
Sem dizer mais nada, os dois sentaram-se junto às chamas e ficaram a encará-las em silêncio durante alguns minutos. Este só era quebrado pelo crepitar do fogo.
- Professora?!
- Hum…
- Posso perguntar-lhe uma coisa?!
- Pergunta… não quer dizer que te vá responder!
Harry olhou de lado para a Joanne. Pelos vistos ela tinha aprendido bem as lições de Dumbledore.
- O que é que pode ter no Livro dos Mortos que possa interessar a um Devorador da Morte, ainda mais estando Voldemort morto?
Joanne desviou os olhos rapidamente para Harry.
- Como é que tu sabes do roubo no Livro dos Mortos?!
- Não sabia… apenas desconfiava! Acabou de me confirmar. – Um sorriso travesso à la James Potter formou-se nos lábios de Harry, tornando-o ainda mais parecido com o pai. – Eu posso fazer parte da Ordem da Fénix, mas há coisas de que não tenho conhecimento, por ser ainda estudante. Então tenho de descobrir pelos meus próprios meios. – Harry não disse, mas os seus meios, incluíam aproveitar-se da incapacidade de Hagrid ficar calado.
- Aff… Potters! – Joanne revirou os olhos, virando-se de novo para a lareira. – Okay… bem… o que pode ter no Livro dos Mortos que interesse a um Devorador da Morte! Já pensei nas inúmeras possibilidades… já li e voltei a ler todos os livros que falam dele. Já formulei várias teorias… a maioria sem fundamento. Apenas uma conclusão me pareceu válida.
- Que seria…
Os olhos azuis de Joanne encontraram-se com o verde dos olhos de Harry e este viu um grande receio na professora.
- A única coisa que me pareceu interessar a um Devorador da Morte, estando Voldemort morto, é um ritual de que eu apenas li breves referências. É o que eu penso ser um ritual para trazer pessoas de novo à vida.
Harry demorou a perceber o que Joanne tinha dito mas, assim que processou aquelas palavras, ele ficou rígido e os seus olhos abriram-se de choque.
- Mas… mas… então… então eles podem trazer Voldemort!
- Calma Harry! Eu não disse que eles podem trazê-lo de volta. Eu apenas disse para que servia o ritual.
- Mas se esse ritual existe, eles podem usá-lo e Voldemort regressará…
- Harry! – interrompeu ela, fazendo o moreno calar-se – Ouve-me! Eles podem ter o ritual… mas não têm o principal! Eles precisam de um poder ancestral e muito poderoso para o executar… um poder como o de Horus… e não me parece que mais alguém, além de ti tenha um poder semelhante.
Um suspiro de alívio foi libertado pela boca de Harry. Era bom estar prevenido para tudo, mas a possibilidade do regresso de Voldemort vinha-lhe à cabeça várias vezes e, tal como Harry dissera a Horus, ele sempre arranjava uma maneira de regressar.
- Talvez seja melhor regressares ao dormitório. Hoje esforçaste-te muito e precisas de uma boa noite de sono. – Enquanto Harry se levantava, Joanne acrescentou ainda – E lembra-te sempre: o poder de Horus foi-te dado porque tens um coração puro. Não deixes que esse poder te corrompa.
Harry sorriu sinceramente para a professora.
- Pode ficar descansada, professora, eu não deixarei.
Quando saiu da sala, fechando a porta atrás de si, Harry encostou-se na parede, tentando controlar a preocupação que disfarçara dentro da sala. Tinha a sensação que, de certa forma, o pressentimento que sentira desde o Natal tinha alguma coisa a ver com o roubo do Livro e se ele pressentira, havia muito perigo por detrás desse acontecimento. Tinha de estar preparado para o pior.
Devagar e ainda perdido nos seus pensamentos, começou a andar em direcção à Torre de Gryffindor, mas um barulho de passos fê-lo parar e esconder-se nas sombras, por detrás de uma estátua. Não que ele tivesse problemas se fosse apanhado, porque afinal tinha autorização por causa das aulas. Mas, pelos movimentos que eram ouvidos, a pessoa que andasse por ali não queria ser descoberta. Provavelmente algum aluno que se decidira aventurar pelos corredores do castelo.
Os passos foram-se aproximando, mas não era possível observar ninguém. Apenas se ouviam vozes cada vez mais próximas.
- Bolas, Prongs, porque é que tinhas de ter perdido o Mapa? Quero ver se alguém nos apanha! Pelo menos não podem expulsar-nos porque não somos deste tempo. Mas imagina o tempo que ficaríamos em detenção.
- Ninguém nos vai apanhar, isto se tu te calares. O Peter bem que podia ter vindo, não? Vai ser um problema parar aquele Salgueiro assassino.
- Se tu tivesses ido atrás dele e não da Lily, ele teria vindo!
- Agora a culpa é minha? Tu é que o ofendeste!
- Eu não disse nada que não tivesse dito antes. Não percebo porque é que ele ficou assim. Agora é melhor a gente calar-se antes que alguém nos ouça.
Os passos afastaram-se novamente e Harry pode sair das sombras. Um sorriso maroto começou a formar-se nos seus lábio, ao lembrar-se de que era noite de lua cheia. Os Marotos iam entrar em acção novamente e não seria seguro para ninguém sair do castelo nessa noite. Atrás de si, ouviu um miado e, temendo que fosse Mrs. Norris, acelerou o passo, para evitar problemas com Filch.
Por momentos esqueceu as preocupações anteriores, pensando que pelo menos alguém ia divertir-se à brava nessa noite. Já junto ao retrato da Dama Gorda, Harry decidiu que o melhor seria não pensar nisso, pelo menos agora. Não havia nada que pudesse fazer, a não ser esperar. Como diria Hagrid, o que tiver de vir virá e a enfrentará isso quando chegar a altura certa.
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Os campos de Hogwarts, bem como a Floresta Proibida estavam calmos, sem nenhum sinal de vida e, apesar da leve brisa, nenhum som era ouvido. O frio fazia sentir-se, como era habitual durante o Inverno de Reino Unido e o luar daquela noite mostrava toda a sua força, fornecendo luz para aqueles que se quisessem aventurar pelas sombras da noite.
Junto à floresta proibida, o Salgueiro Zurzidor permanecia imóvel, apenas aguardando quem ousasse aproximar-se, para logo defender o seu território. A alguns metros deste, dois rapazes apareceram, depois de retirarem o manto da invisibilidade. James e Sirius encaravam o salgueiro com determinação, pensando na melhor maneira de passar por ele. Geralmente era Peter quem deslizava, na sua forma animaga, por debaixo dos ramos violentos e tocava no nó que permitia imobilizar a árvore.
- E agora, o que é que fazemos?!
- Não sei, Prongs. Nem eu, nem tu temos uma pontaria fora de série. Mas só nos resta tentar até acertar.
James foi o primeiro, pegando numa pequena pedra, tentou a sua sorte. Falhou por centímetro, mas a sua tentativa activou a fúria do salgueiro e logo teve de se desviar para não ser atingido por um ramo.
- É a minha vez!
Sirius falhou também por muito pouco, mas desta vez o ataque foi mais violento e quase foram atingidos. Várias tentativas decorreram e nenhuma funcionou.
- Não percebo, Padfoot… como é que o Seboso conseguiu acertar à primeira tentativa e nós estamos aqui e falhamos sempre?!
- Talvez o Seboso esteja a treinar tiro ao alvo em fotos nossas, uma vez que… AH!
Sirius deu um salto quando alguma coisa roçou nas suas pernas. Um miado acompanhou o som do sobressalto de Sirius e as risadas de James puderam ser ouvidas.
- Este não é o gato da Hermione? – perguntou Sirius colocando a mão no peito, como se o seu coração fosse saltar a qualquer momento do peito.
- Acho que sim… - A resposta de James foi interrompida por uma expressão de choque que surgiu no seu rosto.
O gato deslizou suavemente sobre os ramos da árvore e tocou no nó, fazendo com que o salgueiro parasse de se debater. De seguida roçou novamente nas pernas de Sirius, ronronando, e desapareceu em direcção ao castelo.
- Este gato é muito estranho!
- Põe estranho nisso, Prongs!
Agora a sua passagem estava aberta. Tinham de ser rápidos, antes que o salgueiro voltasse a atacar. As figuras dos rapazes foram rapidamente substituídas pelas suas formas animagas: um cervo e um cão.
Percorreram em silêncio todo o caminho que levava à Casa dos Gritos, caminho esse que conheciam tão bem. Ao entrarem na casa, um uivo pode ser ouvido no andar de cima e barulhos de coisas a serem quebradas chegaram aos seus ouvidos. A transformação estava completa. Como sempre faziam, Prongs e Padfoot subiram até aos quarto que costumava acolher Moony durante a lua cheia.
Ao abrirem a porta depararam-se com um cenário de caos total. As cortinas estavam rasgadas, as cadeiras e a cama partidas, pedaços de madeira voavam por todos os lados. Moony partia com toda a violência o que parecia ter sido em tempos uma mesa de chá. Mas mal os amigos entraram no aposento, o lobisomem parou. Se era possível um lobisomem sorrir, era isso que Moony fazia nesse momento.
Padfoot soltou um latido, como se lhe pedisse para o seguirem. Mais uma vez, naquele dia, percorreram o túnel entre a cabana dos Gritos e Hogwarts e emergiram pela passagem, infiltrando-se rapidamente na Floresta Proibida, sem desconfiarem por um segundo que aquela noite seria muito diferente de todas as outras que haviam passado naquela floresta… de que, naquela noite, estaria em jogo as suas vidas.
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A Floresta Proibida sempre fora um lugar cheio de mistérios e de muitos perigos. A maioria dos seus habitantes, fossem animais ou criaturas mágicas dotadas de inteligência, não eram receptivos à entrada de humanos no seu território e alguns eram até violentos e letais para quem ousasse permanecer na floresta. A lua cheia dava-lhe um encanto especial, uma magia acima de qualquer uma das outras noites do ciclo lunar, e o vento, que começava a ganhar força, tornava-a ainda mais assustadora, dando a sensação de que até as árvores ganhavam vida.
Nada disto assustava a pessoa que olhava a floresta, a partir de uma das janelas do castelo. Muito pelo contrário! Haviam sido muitas as vezes que entrara nela e as aventuras que lá havia vivido.
Sirius Black estava alheio a tudo o que se passava à sua volta: à lareira que crepitava de tempos a tempos, ao vento que assobiava ao embater na janela do seu aposento, aos Doxies que faziam barulho, tentando escapar ao professor de DCAT que pretendia usá-las na aula do segundo ano. A sua atenção, bem como os seus olhos, fixavam-se no salgueiro zurzidor, onde minutos antes se podiam ver sombras de alguém que se movia. Nos seus lábios formou-se um sorriso maroto, no mesmo instante em que o salgueiro parou de batalhar.
A sua atenção foi desviada, no momento em que se apercebeu da entrada de alguém na sala, lenta e silenciosamente, tentando aproximar-se de Sirius sem ser notada. Pela maneira de andar, de respirar, pelo seu perfume, só podia ser uma pessoa e Sirius sabia quem era. Ainda olhando pela janela, o professor de DCAT sorriu ainda mais ao delicado toque das mãos do intruso que lhe tapava os olhos.
- Adivinha quem é? – disse uma voz brincalhona e feminina.
- Hum… deixa-me pensar! É complicado! É a Tessie? – Sirius divertiu-se com o som de um bufar de irritação – Não, espera! A Kate? – novo bufo – Caroline?
- Alguém está a querer dormir no sofá durante o Verão todo!
Sirius soltou-se imediatamente das mãos que lhe tapavam os olhos e virou-se com um olhar algo assustado.
- Marlene! Não estás a falar a sério, pois não?! Sabes como eu detesto dormir no sofá. – Sirius fez a cara de cachorro abandonado que tão bem sabia fazer e que, durante anos, arrasou com imensos corações – Eu prefiro ficar juntinho a ti, naquela nossa cama fofinha!
Marlene encarou-o com uma falsa raiva, com as mãos na cintura e a bater com o pé no chão.
- Não sei não, Sirius Black! O senhor anda a precisar!
Sirius aproximou-se dela, sorrateiramente, e, envolvendo-a entre os braços, começou a dar-lhe selinhos rápidos.
- Não vais fazer isso com o teu pobre Sirius, pois não, Lena?! Eu não mereço.
A expressão de Marlene suavizou-se e logo começou a corresponder aos beijos de Sirius.
- Merecer, tu merecias. Mas eu não vou fazê-lo. Eu quero ter-te ao meu lado quando estes três pestinhas nascerem, para passares as noites em claro, trocar fraldas… essas coisas.
Apenas a referência aos trigémeos que vinham a caminho provocou uma mudança em Sirius. Um brilho radiante surgiu no seu olhar e um sorriso orgulhoso iluminou a sua face. Nem o comentário maldoso de Marlene pareceu afectá-lo. Lágrimas de emoção surgiram nos olhos de Marlene quando o marido se baixou, como fazia muitas vezes, para falar com a barriga dela. Muitos poderiam achá-lo louco, mas ela sabia que, de alguma forma, os seus filhos ouviam a voz do pai e podia sentir que eles acalmavam nesses momentos. Era como se a voz de Sirius os embalasse.
- E como é que estão os meus três pequenotes hoje? A dar muito trabalho à mamãe? Aliás… - Sirius inclinou a cabeça para cima, para encarar Marlene - … a mamãe deveria estar em casa a descansar. – uma luz parecia ter-se acendido na mente de Sirius. – Por falar nisso, o que é que estás aqui a fazer?!
Marlene revirou os olhos e afastou-se em direcção ao sofá junto da lareira.
- Apenas tive um pressentimento de que deveria estar aqui esta noite. Tu sabes como as coisas funcionam. As memórias daquilo que vivemos quando viajamos para o futuro são restauradas aos poucos. Umas coisas lembrei logo em Setembro, outras memórias vão aparecendo com o passar do tempo.
Sirius encarou-a com uma expressão preocupada.
- Achas que vai acontecer alguma coisa? – como que por reflexo, Sirius desviou os olhos para a entrada da floresta, onde três sombras desapareciam. – Eu lembro vagamente desta noite. Eu sei que aconteceu alguma coisa diferente… mas não consigo lembrar o quê! São pequenos flashes que me vêem à cabeça… frases dispersas sem sentido.
Sirius ficou rígido de repente. O seu olhar continuava perdido na noite, mas a sua expressão transfigurou-se e o medo tomou conta dos seus olhos. Tentando manter-se ocultas nas sombras, duas pessoas corriam desde a entrada principal do castelo até à entrada da floresta. Apesar da distância e da falta de luz, Sirius percebeu imediatamente de quem se tratava. Com um movimento brusco, Sirius encarou Marlene com receito.
- Marlene, não sei o que deu, mas passeios à noite na Floresta Proibida não são nada seguros para duas alunas indefesas.
A boca de Marlene abriu-se de espanto. Sim… ela recordava-se agora que tinha combinado com Lily que era naquela noite que iriam descobrir o que os Marotos faziam todos os meses.
- O que é que tu queres? Se nos tivesses contado mais cedo, a gente não tentaria descobrir pelos nossos próprios meios.
Sem dar tempo para responder, Sirius agarrou na varinha e correu em direcção à entrada. Antes de sair ele ainda olhou por cima do ombro.
- Avisa a McGonagall e o Hagrid para irem ter comigo. E tu… fica aqui quietinha.
Ao mesmo tempo que corria, Sirius adquiriu a sua forma animaga de modo a correr mais rapidamente.
O que é que tinha dado na cabeça de Marlene e Lily para se aventurarem assim na Floresta, apenas para descobrirem onde é que os Marotos iam? Irritava-o ainda mais o facto de saber que tinha vivido aquilo uma vez e de que não se recordava de nada que fosse coerente. Apenas tinha pressentimentos e, naquele momento, o único que conseguia reconhecer era a sensação de perigo.
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Tinham percorrido já uma grande distância, quando encontraram finalmente uma clareira, onde o luar iluminava um pequeno lago. Aquele era o lugar preferido de todos os marotos, aquele em que sempre paravam antes de partir para as suas aventuras. Padfoot logo se sentou nas suas patas traseiras, como se esperasse um sinal dos amigos, pelo que recebeu um olhar de curiosidade lançado por Prongs. Naquelas alturas, não eram necessárias palavras para se comunicarem… todos eles se compreendiam e adivinhavam o que o outro estava a pensar.
Decorridos alguns minutos de silêncio, começou a ser ouvido o som de cascos, o que deixou Moony com os pêlos eriçados e em alerta. Padfoot, pelo contrário, limitou-se a farejar o ar, tentando perceber quem se aproximava. Não tardou que se levantasse e começasse a saltitar alegremente até junto dos dois amigos. Quem quer que se aproximasse não representava nenhum perigo para eles.
O trotear aproximava-se cada vez mais até que, do lado oposto ao caminho para o castelo, surgiu uma criatura a galopar na sua direcção. A criatura tinha longas patas de cavalo, mas tronco e cabeça de humano. Uma longa cabeleira caía-lhe pelas costas, cobrindo o arco e flechas que carregava no seu dorso. Não eram necessárias apresentações. Diante deles estava Firenze, o centauro.
- Fazia tempo que não vos via, jovens Marotos. – o centauro aproximou-se lentamente do grupo. – Desde que a Ursa Maior se tornou mais brilhante que eu ansiava encontrar-vos.
Como resposta, Firenze recebeu um alegre latido de Padfoot e um pequeno uivo de Moony. O Centauro deu um breve sorriso para os adolescentes e olhou o céu com alguma preocupação.
- Marte está pouco brilhante hoje e Júpiter ganha mais força. Vénus está na décima terceira casa. – virando-se de novo para os marotos acrescentou – Talvez seja melhor vocês regressarem. É perigoso permanecer na Floresta por hoje.
Um grito ao longe ecoou pela Floresta até eles. Quem quer que corresse perigo de vida, precisava de ajuda imediata. Prongs não esperou pelos amigos e galopou o mais rapidamente possível na direcção de onde viera o grito. Um novo grito veio até ele, desta vez mais próximo. O seu coração parou por breves momentos, ao reconhecer a dona dessa voz. Acelerando o passo até onde as suas pernas permitiam, ele correu, como nunca correra na vida. Faria de tudo para salvar a vida de Lily, mesmo que para isso, colocasse em risco a sua.
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Lily e Marlene caminhavam de braço dado, de varinhas em punho, entrando cada vez mais na Floresta. Por mais corajosas que fossem, o medo começava a apoderar-se delas e começavam a arrepender-se seriamente de terem tentado seguir os Marotos. Elas sabiam que eles eram arrojados, mas aventurar-se assim, pela Floresta Proibida, já vencia os limites da loucura.
- Vamos voltar para trás, Lily?! – a voz de Marlene saíra tremida.
- Para onde, Marlene?! Eu nem sei mais por onde viemos. Tenho a sensação que temos andado em círculos. Temos de encarar os factos: estamos perdidas. Só temos duas opções: tentar encontrar a saída e arriscarmo-nos a ser devoradas por alguma criatura, ou pedir ajuda ao castelo e sermos expulsas. Qual queres seguir?
Uma risada nervosa saiu dos lábios de Marlene.
- Deixa-me pensar. Entre enfrentar uma manada de criaturas desconhecidas e mortíferas e a fúria de Minerva McGonagall… acho que prefiro a primeira opção. Sabes… é que eu não tenho muito amor à minha vida. As criaturas da floresta parecem bem mais amigáveis do que a McGonagall quando está zangada.
Lily não respondeu. Um pressentimento de que alguma coisa iria acontecer em breve apoderou-se dela e o pânico impediu-a de falar. As suas mãos tremiam e, apesar do frio, suava por todos os lados.
O som de galhos a serem pisados fê-las estagnar e suster a respiração. A alguns metros delas, alguém, coberto por um longo manto e com o rosto coberto por um capuz, movia-se lentamente e olhava ao seu redor, como se esperasse alguém. O som de um estalido alto rompeu o ar e uma outra pessoa apareceu ao lado da primeira.
- Está tudo a correr como o planeado. O momento certo está a chegar. – falou o recém chegado, recebendo silêncio em troca. – O que é que te aconteceu? – novamente silêncio – Ah… estás sem voz! Francamente! Gripe é coisa de muggles idiotas. – era possível ouvir o som de um bufar de frustração do outro – Enfim… vim só aqui para te prevenir de que o nosso plano está prestes a ser concluído e preciso de ti a postos. Em breve todos os Devoradores da Morte que escaparam a Azkaban vão reunir-se. Felizmente, muitos deles não tinham ainda declarado o seu apoio ao Lord das Trevas, ou então estariam todos presos e eu só teria a ajuda daquele rato nojento. Agora quero-te de olho em Harry Potter. Ele não pode nem imaginar o que o espera quando cumprirmos o nosso objectivo.
A risada maléfica do estranho sujeito assustou ainda mais Lily e Marlene, que continuavam estáticas, esperando que os desconhecidos desaparecessem. Se fossem descobertas eram mulheres mortas, disso tinham a certeza. Tanto uma como outra haviam percebido a gravidade da situação. Um devorador da morte estava ali, a alguns metros delas, conspirando com o que parecia ser um espião, encarregado de vigiar Harry. A necessidade de escapar dali era agora maior.
Sons e sombras começaram a chegar até eles.
- É melhor regressares ao castelo. Este lugar é perigoso, mesmo para um devorador da morte. – Sem dizer mais nada, desaparatou, enquanto aquele que permanecia calado começou a correr na direcção do castelo.
Ao lado de Lily, Marlene soltou um suspiro de alívio, mas a ruiva não conseguira acalmar-se. O seu coração batia cada vez mais rápido e os tremores percorriam todo o seu corpo. No momento em que Marlene olhou a amiga, os seus olhos abriram-se de terror e um grito libertou-se da sua garganta. Lentamente, Lily virou-se para ver o que assustara Marlene.
Uma criatura medonha aproximava-se perigosamente delas. Parecia uma pantera, mas era muito maior e com dentes ainda mais afiados. Os seus olhos eram vermelhos e brilhavam, reflectindo o luar. A língua bifurcada do animal agitava-se, fazendo lembrar a de uma cascavel e a cauda, preenchida por espinho aguçados, abanava furiosamente.
Num salto, a criatura atacou-as, fazendo com que as duas se separassem, para não serem atingidas. Quando Lily viu o animal aproximar-se dela de novo, apenas conseguiu gritar também ela, tentando desviar-se de mais uma investida.
Vendo que tinha falhado o ataque mais uma vez, a criatura encarou novamente a ruiva, desta vez a espumar pela boca. Conforme dava um passo, Lily dava outro para trás, até que se viu encurralada por uma árvore que lhe tapava a sua única hipótese de fuga.
O que aconteceu a seguir foi muito rápido. Quando Lily ia ser atacada pela terceira vez, um novo vulto aproximou-se em grande velocidade e saltou por cima de si, desviando-a do perigo. Lily caiu no chão, rebolando por entre as folhas e sentindo a sua pele rasgar-se pelos espinhos dos arbustos. Ao tentar ver o que a salvara, a ruiva teve um choque. Um cervo, que tentava manter-se em pé, pronto a defender a ruiva mais uma vez, se fosse necessário, sangrava abundantemente devido a uma ferida no lombo que parecia ter sido provocada pelas garras da estranha criatura. No momento em que perdeu as forças, o belo animal começou a transformar-se dando lugar a um rapaz de cabelos negros.
- JAMES! – o seu instinto obrigou-a a correr até ao namorado, que jazia inanimado, sem se preocupar com a criatura que preparava novo ataque e sem se importar com o facto de que o namorado era um animago. Ajoelhando-se ao seu lado, Lily segurou-lhe na face com ambas as mãos – James, por favor, fala comigo!
O desespero tomou conta de Lily e as lágrimas começaram a escorrer pela sua face. James tinha um ferimento profundo que cruzava o seu abdómen e o sangue tingia cada vez mais as suas roupas e formava uma poça ao seu lado.
A atenção da criatura foi desviada para o caminho de onde aparecera o cervo. Um cão negro enorme encarava-o e rosnava, mostrando os seus dentes. Logo atrás de si, um lobisomem olhava da criatura para Lily, ajoelhada ao lado do namorado, e Marlene, que se aproximava desta. O cão olhou para James, caído no chão e encarou a criatura com fúria, atacando-o de seguida, fazendo com que os dois rebolassem e continuassem a sua luta mais afastados dali.
O lobisomem, por sua vez, parecia mais interessado nas duas garotas e em James, farejando o ar como se estivesse em busca das suas presas. Vendo-o aproximar, Marlene tentou chamar Lily, para a avisar do perigo. Tarde de mais… o lobisomem atacara e estava prestes a cravas os seus dentes em Marlene quando uma luz vermelha o atingiu, fazendo-o recuar atordoado.
Lily foi apanhada de surpresa, quer pelo ataque do lobisomem, quer pelo feitiço que o atingira. Tudo nos últimos minutos parecia decorrer à velocidade da luz e ainda nada começava a fazer sentido na sua cabeça. O devorador da morte, a criatura, James desmaiado nos seus braços e gravemente ferido, o lobisomem. Naquele momento, Lily sentia-se incapaz de pensar ou agir, fosse de que modo fosse.
A primeira reacção de Lily foi tentar descobrir o autor do feitiço, que fazia a sua aparição naquele momento. Professor Black aproximava-se do grupo, ainda com a varinha na mão, não desviando a atenção do lobisomem que ainda tentava recuperar-se do feitiço. Cautelosamente, Sirius foi dando passos em direcção a ele, tendo o cuidado de o olhar bem nos olhos.
- Marlene, Lily – disse ele sem se virar – levem o James para o castelo depressa.
- Mas, professor, o que é que se passa aqui?!
Sirius não teve tempo de responder, pois teve de se desviar para não ser mordido pelo lobisomem.
- Vão depressa, ou eu não vou conseguir segurar o Remus por muito tempo.
- Quem?! – Tanto Lily como Marlene olhavam surpresas de Sirius para o lobisomem.
Sirius revirou os olhos e correu até à beira das duas. Pegando com cuidado em James, o professor colocou-o no seu ombro, segurando-o com um dos braços, e com a mão livre segurou a sua varinha.
- É uma longa história e saberão tudo quando estiverem seguras. Mantenham as vossas varinhas a postos. Vamos regressar ao castelo.
Marlene estagnou, parecendo ter percebido finalmente o que se tinha passado.
- Esperem lá… o James está aqui, aquele lobisomem ali é o Remus…. Então… então o cão… é…
- Não te preocupes com ele! – disse Sirius, como que rematando o assunto, lançando de seguida uma nova azaração a Remus, que lhes deu a possibilidade de fuga. – Corram!
Lily e Marlene não esperaram segunda ordem e saíram disparadas, seguidas de perto por Sirius. Moony corria também atrás deles, aproximando-se cada vez mais. A probabilidade de saírem ilesos daquela loucura, parecia uma hipótese remota, quase impossível.
Sem que se tivessem apercebido, Moony passara-lhes à frente, impedindo-os de continuar. Disparando a toda a velocidade, o lobisomem atacou-os e nada mais o impedia de morder um deles. Lily fechou os olhos, Marlene encolheu-se, como se isso fosse diminuir a dor da mordida. Sirius nem teve tempo de reagir. Mas mais uma vez o ataque foi contido. Se Lily não estivesse tão assustada, diria que tinha bebido Felix Felicis naquele dia.
Desta vez, o salvador fora uma outra criatura, desta vez familiar para Sirius. Um Cerberus, ainda novo ameaçava o lobisomem com os dentes afiados das suas três bocas. Apesar da criatura ser ainda nova, conseguia já ter o dobro do tamanho de Moony. Este apenas rosnou mais algumas vezes e, vendo que não conseguiria terminar a sua caçada, deu meia volta e correu novamente em direcção ao interior da floresta.
- Cyrus! – disse Sirius aproximando-se do cão de três cabeças.
Um latido de cachorro, vindo da cabeça do meio, deu a Sirius o sinal de que ele havia sido reconhecido. O cão sentou-se nas suas patas traseiras e lambeu a cara de Sirius, fazendo-o rir levemente.
- Estou a ver que te lembras de mim, monte de pulgas. Mas agora tenho de levar o James ao castelo. Lembras-te dele, não lembras?
Cyrus farejou James que continuava no ombro do professor de DCAT e soltou um ganido de lamento, baixando a cabeça tristemente.
- Ele vai ficar bem, Cyrus. – Sirius estendeu a mão para coçar o dorso do cerberus, que abanou a cauda em sinal de satisfação. – Hum… importas-te de me dar uma ajudinha lá do outro lado?!
Parecendo ter percebido o pedido de Sirius, Cyrus lambeu a sua cara mais uma vez e correu na direcção do Sirius mais novo, para defender com garras e dentes o seu amigo.
Lily e Marlene assistiam a tudo atónitas, ainda sem perceber o que se passava ali.
- Ahm… professor… não seria melhor regressar ao castelo?! – Marlene agarrava-se com força ao braço da melhor amiga, olhando com receio em volta, como se estivesse à espera que a qualquer momento mais uma criatura perigosa aparecesse.
Ainda caminharam um bom tempo, até que, por entre as árvores começaram a avistar ao longe as torres mais altas do castelo.
- Sirius! – a voz poderosa de Hagrid chegou até aos seus ouvidos, vinda da direcção que eles seguiam.
- Estamos aqui, Hagrid! – respondeu Sirius acelerando o passo.
A figura gigantesca de Hagrid surgiu na sua frente, segurando uma lamparina, e logo atrás uma pessoa mais pequena aparecia. Minerva McGonagall vestia a sua camisa de noite, com o roupão por cima e, mal avistou professor e alunos, levou imediatamente as mãos à boca.
- Pelas barbas de Merlin! O que é que aconteceu aqui?! – o choque da directora era bem visível nos seus olhos.
- Depois eu explico no castelo. – virando-se para Hagrid, Sirius voltou a falar. – Hagrid, leva o James para enfermaria imediatamente e diz à Marlene para ir lá ter também. Ela está no meu dormitório.
Hagrid não esperou por mais instruções. Com uma facilidade incrível, o meio-gigante ergueu James nos seus braços e dirigiu-se em passadas largas para o castelo. Lily fez menção de o seguir, mas foi impedida por Sirius que falou com um quê de aborrecimento na voz.
- Mais devagar, Senhorita Evans. Temos muito que falar. Acho que chegou o momento de saberem toda a verdade!
Minerva McGonagall ainda olhava atónita para as duas alunas.
- Sirius, podes explicar-me o que se passou?
- No castelo, Minerva.
Mais alguém se aproximava do grupo em ritmo de corrida, pelo que Sirius ergueu a varinha, pronto para agir, mas logo a baixou ao avistar Sirius mais novo, na sua forma humana, coberto de arranhões.
- Onde está o James?! – perguntou ele entre golfadas de ar.
Minerva foi mais rápida a reagir à pergunta do aluno.
- Neste momento está a caminho da enfermaria. Poderá vê-lo mais tarde. Mas antes, acho que o Sr. Black e as senhoritas Evans e McKinnon me devem uma explicação. Quando o Sr. Lupin recuperar a sua forma normal estou certa de que também quererá juntar-se a nós.
O Sirius mais novo não se apercebera até aí da presença da directora, pelo que olhou receoso, pedindo apoio ao Sirius mais velho, recebendo apenas um encolher de ombros.
- Tia Minnie – disse ele com um olhar inocente – já lhe disse que é a minha professora preferida?!
******************************************
Nota da Autora:
Olá meus queridos leitores!!!
Desta vez não demorei tanto tempo para escrever um novo capítulo. Não é que, durante o fim-de-semana me deu um ar de inspiração e eu escrevi o capítulo rapidinho?! Era bom que acontecesse sempre isso… assim actualizava todas as semanas. Eu ia colocar o capítulo ontem à noite, mas eu tive uma prova prática ontem de tarde e estava muito cansada quando cheguei a casa.
Neste capítulo eu decidi dar mais atenção aos Marotos, para atender aos pedidos de vários leitores. Devido à importância que eu atribuí a este trio (eu não costumo incluir Peter no grupo… já devem ter reparado) eu não podia deixar de dedicar este capítulo a quatro pessoas, os Marotos Magid: Sr. Pontas (meu futuro sobrinho: o veadinho), Aldo Padfoot Black Magid (meu cunhado: o cachorro), Gabriel Griffindor Magid (meu marido: o meu ursinho Puff) e Aluado (meu futuro genro: o lobinho).
Como sempre tenho de agradecer à minha beta-reader, Lightmagid, por ter a paciência de me aturar, de ouvir as minhas lamúrias de falta de inspiração, enfim… o mesmo do costume.
Peço-vos que tenham paciência comigo! A minha imaginação já teve melhores dias e o cansaço, nesta altura do ano, também já é muito (em Portugal as férias são em Julho e Agosto). Perdoem-me se eu demorar a actualizar, mas eu não faço por mal… o que eu mais queria era ter todo o tempo do mundo e toda a imaginação, para actualizar todos os dias. Infelizmente não é assim que acontece e, se eu forçar a escrita, as coisas vão correr mal e nada vai ficar como eu quero.
Partindo para os comentários. Agradeço sinceramente a quem voltou a comentar, depois daquela tragédia que me levou embora uma página inteira de mensagens. Agradeço também àqueles que tinham comentado antes, mas cujos comentários foram apagados, devido aos problemas que surgiram na F&B. Sei que tinha uma pessoa que me tinha dito que era do Japão (eu tentei puxar pela memória e lembrar-me do nome, mas não lembrei), o que me deixou de boca aberta, mas ao mesmo tempo orgulhosa e feliz, por ter uma leitora de um país tão distante.
Passando para as respostas:
Lightmagid: QUE É ISSO DE PEDIRES REFORMA ANTECIPADA???!!!!!! *Guida a fazer aquele olhar assassino, que sempre faz para ameaçar Light* AI DE TI QUE PARES AQUELA FIC!!!! EU NÃO DEIXO…. Tu és uma excelente escritora e eu não chego aos teus calcanhares… por isso deixa de fazer choradeiras e escreve logo aquele capítulo. ALÉM DISSO….. *Guida a lembrar-se subitamente de algo* EU QUERO LER TAMBÉM AQUELA COISA, QUE EU SEI QUE ESTÁS A ESCREVER E QUE ESCONDES DE MIM COM TANTO CUIDADO!!!! *voltando ao normal*. Falando a sério agora… obrigada mais uma vez por tudo, minha maninha do coração. Adoro-te.
Gabriel Griffindor Magid: Ficaste mesmo sem palavras, ou está tão mau que não queres dizer-me para não levares uma azaração daquelas mais mortíferas?! Devo acrescentar, antes de dizeres que estou a ficar paranóica (eu não esqueci esse comentário), que estou a gozar contigo. *Guida a apertar as bochechas do seu ursinho preferido e dizer como Light “bububu”*. Eu sei que nos Marotos originais não há nenhum urso (talvez seja por isso que eu nunca ponho o Peter junto com os outros três)… mas como “maroto honorário” eu achei que me merecias também este capítulo. (não sei se reparaste, mas eu estou a evitar ao máximo fazer comentários que despertem a mente marota da Line). Bjocas.
Aldo Padfoot Black: Eu não pedi para voltares a chamar-me Guilhermina! Pelo contrário… eu disse que ia rezar a todos os santinhos, para não sofrer na pele o DM, o que inclui um certo cachorro maroto chamar-me Guilhermina. Respondendo à tua pergunta, eu gostei sim dos filmes “A múmia” e “O Regresso da Múmia”. Mas, ao contrário da história desses filmes, a história diz que Imhotep foi um grande Sumo-sacerdote, um dos melhores médicos e arquitectos do antigo Egipto. Bem… tu conheces-me… eu sou demasiado perfeccionista! Aproveita este capítulo, porque não é todos os dias que eu te dedico um, rsrs. Bjocas! PS: Uma certa pessoa teve vontade de me matar por eu ter colocar o Sirius a chamar a Marlene de Lena.
ina clara: Bem, o teu comentário foi o único que permaneceu depois do ocorrido, rsrs. Vou tentar fazer a tua vontade e tentar actualizar o mais rapidamente possível. Beijos.
Jaline Gilioti: Nossa!!!!! Grande comentário!! (já disse que te adoro, hoje?) *madrinha a pular de alegria ao ver comentário gigante da afilhada*. Sabes… dou-te todo o meu apoio para fazeres o mesmo que a Lily e ainda aplaudo. (Ouviste, Pontas?! A minha afilhada é fogo! Cuidado com a alma ruiva dela!) Eu não fico em transe quando escrevo coisas detalhadas, mas pode dizer-se que tenho de me concentrar bastante (o que significa que não posso escrever cenas dessas quando estou no Messenger, muito menos quando estou à conversa no Skype com um certo urso). Os teus sonhos futurísticos *madrinha ri às gargalhadas com comentário da dancinha da chuva* eles têm alguma razão de ser… e tu estás a perceber tudo direitinho (saíste à tua mãe… com ela não há suspense para ninguém). *Guida a ficar subitamente com vontade de azarar a sobrinha e afilhada mais velha* MAS É QUE NEM TE ATREVAS A REPETIR O QUE EU DISSE NO MSN… eu estava a ser meramente profissional… não tenho culpa que os participantes do chat (no caso tu, a Cahh, o Kawa e o Gabriel) tenham umas mentes perversas e interpretem erradamente o que eu disse. (Puff! Ajuda-me… a nossa afilhada está a passar-se) Eu nem me digno responder ao comentário sobre a song do dia de S. Valentim. Uma última coisa: eu sei que preferes os bastidores… mas sei também que tens potencial e que és uma excelente escritora, além de uma beta maravilhosa, e uma amiga ainda melhor. Bjocas, da madrinha que te adora.
Ana Potter: Obrigada por teres comentado de novo, Ana. Fiquei até sem jeito: “fantástica escritora”? *Guida corada e com a cara a queimar*. Quanto à irmãzinha do Harry… vais ter de esperar para ver… mas em princípio, o feeling do James está correcto. VOLTO A REPETIR, em princípio. Beijos.
.::!Fairy!::. Lúthien: Okay, eu não me queixo mais do meu nome gigante… Vou fazer-te a vontade e ficarás a saber mais coisas da Joanne, nos próximos capítulos. (Mammy adora fazer as vontades das filhotas amadas). Mas isso não quer dizer que eu te diga o que vai acontecer nos próximos capítulo. Deixa de ser curiosa e espera para ver (a quem terás saído, assim curiosa? A mim não foi, deve ter sido ao teu pai! *Guida a fugir para não levar uma azaração do Puff*). Adoro-te. Bjocas.
Débora Goebel: Antes de mais, obrigada por teres comentado de novo. Sim, de facto descrever tudo aquilo, sobre Horus, sobre o antigo Egipto, deu tudo muito trabalho e eu tive de pesquisar muito. Mas valeu a pena e eu adorei ter de trabalhar nessa parte, porque eu amo tudo o que tenha a ver com o Antigo Egipto, seja a história, os deuses… tudo! Beijos.
Adriana Roland: E aí, sobrinha, tudo bem? Não me lembro o que tinhas comentado antes, mas de qualquer forma, obrigada pelo novo comentário. Bjocas, da titia mais maluca à face da terra!
Maria Lucinda Carvalho de Oliveira: Nossa! Com tantos “actualiza logo” eu tenho até medo de demorar! (risos) Obrigada por teres comentados de novo. Beijos.
Daniela Potter: Não precisas ficar triste por causa do comentário… são coisas que acontecem e eu também já superei o trauma de ver os comentários dos meus leitores desaparecerem de um momento para o outro. Acho bem que agora compenses (risos… mammy a perguntar-se a quem a filha mais velha saiu tão preguiçosa). Parece que hoje dei para comentar os defeitos das minhas filhas (sendo que atribuo todos eles ao pai! Rsrs). Bjocas.
Beca Black: Obrigada por teres comentado de novo. Achas mesmo que o outro capítulo foi o melhor? E este? Eu confesso que eu estou a sentir uma evolução no meu modo de escrever. Quando eu leio de novo o meu primeiro capítulo, eu fico de queixo caído perante as diferenças… acho que os primeiros estão simplesmente horríveis. Como és muito ansiosa, eu vou tentar actualizar o mais rápido que conseguir (mas não prometo nada). Beijos.
Camila Padilha Rodrigues: Eu adoro provocar o suspense e deixar a curiosidade no ar. Se reparares, eu faço isso em quase todos os capítulos Eu vou tentar actualizar o mais rápido que me for possível. Bjocas.
_BaBy__: Deixa-me imensamente feliz saber que uma das minhas leitoras gosta tanto de mitologia como eu, porque eu simplesmente adoro, amo… tento saber o máximo que conseguir sobre o assunto. Quanto ao regresso dos antigos personagens… como eu costumo dizer, eu acho que o Harry já sofreu muito nas mãos da tia JK… então decidi dar-lhe alguma felicidade. Beijos.
Priscila Bananinha: Fico contente que tenhas comentado de novo e agradeço imenso. Bjocas.
Sileon Vonflash: Obrigada pelo coment. Quando der eu passo lá na tua fic. Bjocas.
llua: Fico contente pela tua curiosidade relativamente ao final da história. Acreditas que até eu estou curiosa (e tu perguntas, como é possível?). A verdade é que eu programei a história, mas estou sempre a alterá-la… este capítulo, por exemplo, era para ter sido totalmente diferente. Não sei se ficou melhor ou não… Bjocas.
neptuno_avista: Deixa-me feliz saber que a irmãzinha do Harry despertou tanta simpatia por parte de tantas pessoas. Sim… vai ser uma menina! Como me pediste para te enviar um email, para ficares com o meu, eu achei que era mais fácil adicionar-te no msn… espero que não te importes. Beijocas. PS: Fiquei com medo daquele comentário! “tanto tempo de espera está a deixar-me mais violenta do que é costume”… e outra coisa: és portuguesa? Pergunto isto por causa da tua maneira de escrever. Beijos.
Emily Pontes: Favor concedido! Aqui está mais um capítulo novinho em folha… acabadinho de sair do forno. Bjocas.
julio_james_potter: Sim… de facto eu sou portuguesa. Mas tento evitar expressões que sejam apenas usadas em Portugal... Às vezes esta tentativa sai furada… mas enfim… se não perceberes alguma coisa, não hesites em perguntar. Eu terei todo o prazer em responder. Beijos.
Fernanda Caroline: Oi Fernanda. Obrigada por teres comentado de novo. Finalmente conhecemo-nos, não é? Adorei conversar contigo. Bjocas.
Gika Black: UM DIA E MEIO?! Nossa! *Guida fazendo dancinha cheia de alegria*… não imaginava que esta fic conseguia prender assim a atenção de alguém. Obrigada por tudo. Bjocas.
Lineh Potter: Oi, Lineh. Obrigada pelo comentário e pelo elogio. Estas mensagens deixam-me sempre feliz e sinto-me realizada e orgulhosa quando recebo mensagens como esta. Beijos.
Pri Lestrange Riddle: Oi sobrinha, minha sonserina preferida (eu adoro dizer isto)! Pena mesmo que o comentário desapareceu. Bjocas, linda.
Lóide Eunice Sacramento: Moras em Viseu? Por acaso é uma cidade de que eu gosto bastante e que eu já visitei algumas vezes. Lisboa é mais agitado (eu também moro no “campo”, durante o fim-de-semana, quando não estou no Porto). Obrigada pelos desejos de muita inspiração e de sorte (precisarei muito deles). Bjocas.
Lana Gomes: Antes de mais nada, obrigada pelo email. Tal como te disse no email que te enviei (acho que o enviei correctamente) não faço a mínima ideia de quando vou acabar a fic… apenas sei que vou sensivelmente a meio dela. Bjocas.
Madalena: Disseste que releste alguns capítulos… encontraste alguma pista? Às vezes eu deixo algumas e só relendo aquilo, elas são perceptíveis. Bjocas.
Cristiane Erlache: Pelas barbas de Merlin! Já releste várias vezes?! *Lá está Guida a corar*. Ainda vai demorar um tempinho até aos marotos descobrirem isso. Mas vai ser no momento certo e num capítulo emocionante (hehe… eu adoro fazer chorar!) Bjocas.
Expert2001: Notaste uma evolução? Ainda bem… esse é o meu grande objectivo! A mamã Magid (no caso a minha maninha Light) diz estar orgulhosa! E eu espero sinceramente que esteja mesmo. Bem… eu não sou dark (pelo menos eu acho) mas a Light faz questão de dizer que eu sou a versão feminina de Darth Sidius… por isso é que eu digo que sou dark! Bjocas.
Para não demorar mais a postar o capítulo (alguém me vai matar se eu não o fizer), eu despeço-me de vós, esperando regressar em breve. Entretanto, aguardo os vossos comentários, as vossas opiniões, as vossas perguntas.
Um grande beijos, desta autora que vos ama,
Guida Potter.
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