Estudos de Magia Antiga
Capítulo 21 – Estudos de Magia Antiga
O Ano Novo chegava com todo o seu encanto, presenteando todos os Ingleses com um manto gelado de neve. As crianças saíram todas para as ruas a fim de montarem os habituais bonecos de neve ou fazerem as amigáveis guerras de bolas de neve. Os mais velhos observavam-nos com um imenso orgulho no olhar. Fossem bruxos ou Muggles, homens ou mulheres, crianças ou adultos, todos fazia projectos e analisavam as suas expectativas para o ano que se iniciava. Bruxos, principalmente, festejavam o começo de um ano sem guerras, livre de bruxos das trevas… pois agora sim, Voldemort estava morto.
Em Hogwarts, a notícia de que Lily Evans e James Potter tinham começado a namorar caíra na escola como uma bomba de mau cheiro que espalha o seu fedor em poucos segundos. À hora de café da manhã do dia de Ano Novo, já toda a escola sabia da notícia do recente casal. As meninas olhavam invejosas para Lily (as do passado, é claro), perguntando-se que tipo de poção de amor tinha usado a ruiva para agarrar o rapaz mais popular de toda a Hogwarts. Foi preciso James ameaçar azará-las com uma maldição do bicho papão para que deixassem de fazer comentários maldosos acerca da sua amada. Lily nem se importava com isso… afinal tudo se resolvera e ela tinha finalmente admitido que amava James.
Todos os alunos, sem excepção aproveitavam o seu último dia de férias, pois em breve, a euforia do Ano Novo iria passar e eles iriam deparar-se com uma realidade assustadora: as férias tinham acabado e teriam de começar a estudar de novo. Para alunos como Hermione ou Lily isso não trazia grandes problemas, uma vez que estudavam por prazer e não por obrigação. Mas para a grande maioria essa tarefa era um grande tédio, ainda mais depois da notícia que haviam recebido ao jantar da véspera de início das aulas.
- MAIS UMA DISCIPLINA?! Era só o que nos faltava! Querem dar cabo de nós, é?! – Sirius era apenas um numa multidão de alunos revoltados. – “Estudos da Magia Antiga”, francamente! Ainda por cima isto cheira-me a história. JÁ NÃO NOS BASTA O BINNS? Agora só falta mesmo arranjarem outro fantasma para nos matar de tédio.
- Sirius, também não é tão mau assim.
- Tens razão, Marlene, não é mau, É PÉSSIMO!
Tal como Sirius, outros alunos também estavam revoltados e acusavam McGonagall de estar a enlouquecer de vez. Hermione foi mesmo obrigada a dar uma cotovelada, em Ron para que este se calasse. Harry era o único que não se pronunciava, quer a favor, quer contra. A carta que ainda tinha nas mãos deixara-o intrigado. Dumbledore estava em Hogwarts e queria falar com ele nessa noite. Pela experiência de Harry, o ex-director apenas o chamava assim quando tinha algo muito sério para lhe contar.
Sem que os amigos reparassem, enquanto saíam do Salão Principal, Harry esgueirou-se por uma das inúmeras passagens secretas que conhecia naquele castelo e rapidamente chegou às gárgulas que guardavam a entrada da sala da directoria. Dita a palavra passe, “Puddlemere United” (se já era engraçado o gosto que Dumbledore tinha por doces de limão, era muito mais engraçado o fanatismo de McGonagall por Quidditch), Harry subiu as escadas em caracol que davam passagem para a sala.
A sala estava apenas ocupada por McGonagall e Dumbledore que conversavam animadamente quando Harry chegou.
- Ainda bem que vieste, Potter. O Professor Dumbledore precisa de falar contigo. Fiquem à vontade e se precisarem de alguma coisa eu estarei na sala aqui ao lado.
- Obrigado, Minerva. – Dumbledore indicou um cadeira a Harry, enquanto a actual directora saía pela porta atrás da sua secretária. – Harry, o que eu quero falar contigo agora não é nada de muito importante, mas gostaria que soubesses disto por mim e não por terceiros.
- O que é que se passa, Professor? – Harry começava a ficar preocupado, pelo que Dumbledore sorriu ternamente para o acalmar.
- Sabes quem é a professora que vai ensinar a nova disciplina? – Harry negou com a cabeça – É Joanne Boss, aquela que foi raptada há uns tempos por Severus Snape. Como já te tinha falado, ela é professora de mitologia e especializada em deuses egípcios. Ela tem vindo a estudar na área da Magia Antiga e sabe mais sobre o Poder de Horus do que qualquer outra pessoa. Tenho a certeza de que tens consciência da responsabilidade que tens em mãos, depois de teres recebido todos aqueles poderes e não será nada bom se não os conseguires controlar devidamente. Não será bom para ti, nem para as pessoas que convivem contigo. – o rosto de Dumbledore adquiriu um semblante sério – Os poderes de Horus, quando descontrolados podem tornar-se catastróficos. Daí a sua necessidade de controlo.
Harry começava a ficar nervoso com tudo aquilo. Mesmo agora, passados quatros meses, ele ainda não se habituara à ideia de que possuía tamanho poder, muitos menos tinha pensado o quão perigoso ele poder-se-ia tornar se não fosse controlado. Tudo o que Harry menos queria agora era pôr em risco a segurança daqueles que amava.
- Eu percebi, Professor. Só não consegui entender onde quer chegar com tudo isto.
- É muito simples, Harry. Eu quero que tenhas aulas particulares com a Professora Boss. Ela irá ajudar-te a conhecer esses poderes e com o tempo aprenderás a controlá-los. Não quero que te sintas pressionado e por isso é que eu quis contar-te pessoalmente para não achares que estão a esconder-te alguma coisa. – Dumbledore estava provavelmente a referir-se à profecia que lhe contou no final do quinto ano.
Harry não estava preocupado com o facto de ter de acrescentar mais aulas ao seu horário. Afinal seria bom saber mais sobre aqueles poderes. O que o chateava era o facto de ter de compartilhar com uma pessoa desconhecida algo que não se sentia à vontade para falar, nem com os seus melhores amigos.
- Não há outra hipótese?
Dumbledore observou Harry por alguns segundos, como se tentasse ler-lhe os pensamentos.
- O que é que tu escondes, Harry?
Aquela pergunta apanhou-o de surpresa. De todas as perguntas que Dumbledore poderia ter feito, aquela era a que menos esperava.
- Eu? Eu… não escondo nada, professor!
O professor estava outra vez com aquele brilhozinho nos olhos de quem não tinha acreditado nas palavras dele e que sabia algo mais que não queria revelar.
- Está bem, Harry. Amanhã depois da aula de Estudos de Magia Antiga, ou como o Sirius gosta de dizer EMA, a professora Boss vai combinar um horário contigo que agrade aos dois. Entendido?
- Sim, professor.
- Óptimo. Boas aulas então!
“Bem, Harry Potter!” pensou para si próprio enquanto saía da sala de McGonagall, “Lá se vai a vida normal e sem problemas!”
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Flashes de um sonho distante percorriam-lhe a memória e, por maior que fosse o esforço que fazia para se recordar, nada ficava claro… era tudo muito confuso. Harry virou-se mais uma vez na cama, tentando perceber o que é que o acordara. Talvez tivesse sido o sonho, ou talvez o barulho de algum colega seu. Não… todos continuavam a dormir e os roncos de Neville continuavam a ser o único som audível.
Depois de alguns minutos, Harry finalmente desistiu de tentar recordar-se do sonho que tivera. Se fosse alguma visão sobre Voldemort, a cicatriz doer-lhe-ia e certamente saberia exactamente o que se passara. A única imagem que visualizava com nitidez era a figura de uma menina de aproximadamente 3 anos, cabelos ruivos e olhos verde-esmeralda. Harry começava a achar que estava a ser influenciado pelo seu pai que teimava em dizer que a sua mãe estava grávida de uma menina.
Vendo as horas, reparou que faltavam apenas alguns minutos para as oito e logo os seus colegas de quarto começariam a acordar. Talvez nem todos! Sirius talvez só acordasse daí a quarenta minutos, a correr para se vestir para poder tomar o pequeno-almoço, antes de seguir para as aulas.
Depois de se vestir, Harry desceu até à Sala Comum, pensando encontrá-la deserta. Mas, ao contrário do que tinha imaginado, deparou-se com alguém deitado num dos sofás, a dormir. Tinha longos cabelos, de um ruivo intenso e a sua cara estava escondida por um braço que lhe cobria a cara. Só conhecia duas pessoas com o cabelo assim. Ao aproximar-se mais percebeu finalmente quem era. Vestida num pijama vermelho com desenhos de snitchs douradas e embrulhada num pequeno cobertor branco, encontrava-se Lily.
Harry sorriu carinhosamente ao ver a sua futura mãe com aquele ar angélico e pacífico. Sem querer pisou a cauda de um gato que dormia no chão e o miar de protesto deste acordou Lily que se sentou num pulo.
- Desculpa, Lily, não queria acordar-te!
A ruiva esfregou os olhos, tentando adaptar-se à luz do dia e parecia tentar perceber como fora parar à sala.
- Ah, não faz mal, Harry! Foi bom eu ter acordado, porque não tarda nada os outros alunos vão começar a descer. E posso saber o que é que fazes a pé tão cedo?
Harry encolheu os ombros e sentou-se na poltrona em frente de Lily.
- Alguma coisa me acordou e eu decidi levantar-me em vez que ficar a acumular a preguiça na cama. E a senhorita Evans?! O que é que lhe deu para passar aqui a noite? Sabes que a Sala Comum não é o melhor lugar para se ter uma noite tranquila!
- Não conseguia dormir! Insónias, pesadelos, tudo junto! Para não acordar as meninas eu decidi descer e acabei por adormecer aqui.
Harry observou-a com interesse.
- Então estou a ver a quem é que eu saí, porque pelo que eu vejo do meu pai é preciso uma bomba atómica para o acordar quando ele está ferrado no sono.
Lily riu-se. Estava agora a começar a adaptar-se à realidade de que Harry seria seu filho no futuro e, para falar a verdade, estava a adorar a ideia. Afinal, Lily gostara de Harry desde o primeiro momento que falara com ele.
Harry ficou com um semblante sério.
- Anda alguma coisa a preocupar-te? Porque sempre que eu tenho algum problema vivo perseguido por pesadelos. Tenho até medo de adormecer.
- Não é nada, Harry. – Lily não parecia muito convicta do que havia dito – Não passam de pesadelos, coisas impossíveis de acontecer. E tu Harry? O que te preocupa?
Harry pensou que definitivamente aquela coisa de instinto materno existia. Lily descobrira há poucos dias que seria a sua mãe e já conseguia perceber direitinho quando alguma coisa o preocupava
- O que te leva a pensar que alguma coisa me preocupa?
Lily sorriu mais uma vez.
- Não sei! Apenas senti isso quanto te vi. Não pareces ter dormido muito bem.
- Não, por acaso não dormi muito bem. Mas já não é a primeira vez que me acontece, por isso não é preocupante. Além disso acho que sonhei com a minha maninha… – Harry parou de repente, percebendo o absurdo das suas palavras - … quer dizer… se é que é uma maninha! Ainda não percebi o que leva o meu pai a crer que é uma menina! Aliás, não percebo o porquê de não quererem saber o sexo do bebé antes dele nascer. Já viste se compram tudo de rosa e no final é um rapaz? É que nem morto eu deixo o meu irmão vestir-se de cor-de-rosa! De qualquer maneira… acho que foi com isso mesmo que eu sonhei… sei lá! Era tudo tão confuso… não me lembro bem!
- Harry… acho que estás a perder o fio à meada! – Lily parecia estar a divertir-se imenso com a explicação que Harry estava a dar, com uma velocidade incrível. – Estávamos a falar do que te está a preocupar!
Harry estagnou. Aquele era um assunto delicado. Como é que ele diria que estava com medo da nova professora? Não… medo não era a palavra certa. Era receio! Para seu grande alívio, a conversa foi interrompida por um James todo sorridente que descia as escadas.
- Ora, ora! A família reunida e nem me chamaram?! – James deu um pulo por cima do sofá e aterrou ao lado de Lily que revirou os olhos. – E como é que está a mulher mais bonita de toda a Hogwarts?!
- Menos, James! – Lily afastou James, que se aproximava perigosamente dela para beijá-la – Aposto que dizes isso a todas!
James fez uma expressão ofendidíssima, o que arrancou gargalhadas a Harry.
- EUUU?! Nada disso, ruivinha! Eu só tenho olhos para ti!
- Diz isso a um quarto da população feminina de Hogwarts!
- Lily?! – James fazia uma cara de cachorro sem dono – Para tua informação eu não saio com uma rapariga há um mês! Um mês!
- Bateste sem dúvida o teu record pessoal! – Lily afastava-se a cada aproximação que James fazia dela, até que se levantou e começou a correr pela Sala Comum, com o moreno atrás dela.
- James! Pára! – disse ela entre risos, enquanto James a agarrava para lhe fazer cócegas. – Pronto, eu rendo-me!
James parou subitamente, olhando maliciosamente para a ruiva. Aproveitando a pausa, alçou o seu braço em torno da cinta dela e puxou-a para si, ficando os dois com os rostos muito próximos. Lily corou violentamente, o que fez James sorrir ainda mais. Os dois beijaram-se, parecendo ter esquecido de que não estavam sozinhos, de que Lily estava em pijama e de que estavam na Sala Comum, prestes a encher de alunos.
Harry não pode deixar de sorrir diante da cena. Pensou ainda em interrompê-los, mas isso deixá-los ia encabulados e aborrecidos com ele. Sem que os dois percebessem, retirou-se pelo buraco do retrato, para descer até ao Salão Principal onde esperaria pelos amigos. Os corredores, a essa hora, estavam vazios, sendo apenas percorridos por fantasmas ou pelas imagens dos retratos, que saltavam de tela em tela, cumprimentando alegremente o moreno.
O salão principal não era diferente. Tirando um ou dois alunos mais madrugadores, apenas os professores ocupavam já os seus respectivos lugares e a mesa de Gryffindor permanecia vazia. Harry sentou-se num lugar ao centro da longa mesa e apoio a cara numa mão, observando o céu azul, pensativo. Na sua mente pairavam imagens do ano anterior, coisas boas, coisas más, a busca pelas Horcruxes, o episódio do ministérios, o confronto com Horus, o reencontro dos seus pais e de Sirius… a própria chegada dos alunos do passado. A sua vida parecia ter dado uma volta de 360º e os últimos meses pareciam ter correspondido a séculos. Mas algo o preocupava… um pressentimento que o perseguia há alguns dias, desde o Natal… uma sensação que prenunciava o começar de um novo período negro da sua vida.
Os seus pensamentos foram interrompidos pela chegada dos seus amigos ao salão principal. Estes eram liderados por uma Lily coradíssima e furiosa, que se sentou com força no lugar oposto àquele em que Harry se encontrava. Mais atrás, um James, que parecia também frustrado, fulminava, de tempos a tempos, um Remus que tentava controlar gargalhadas, que teimavam em soltar-se.
- O que é que eu perdi?! – perguntou Harry a Ginny que se sentava nesse momento ao seu lado.
- Ah, Harry, perdeste a cena do dia! – Ginny parecia, tal como Remus, tentar controlar o riso. – O Remus apanhou James e Lily em… digamos… momentos mais íntimos!
- Como assim… “mais íntimos”?
- Nada disso que estás a pensar, sua mente perversa! – Harry corou diante do comentário da namorada, que rapidamente explicou – Eles estavam a beijar-se, só que… bem… a Lily tropeçou e os dois caíram no sofá… e o Remus apanhou-os nessa altura! Deu-lhes o maior sermão e só depois é que os dois conseguiram explicar o porquê de estarem naquela posição.
- Pior! – Lily entrara na conversa, para defender a sua honra – Ele fez isso em frente a miúdos do primeiro ano! Como se eu fosse uma criança irresponsável!
- Temos de convir que a situação era bem constrangedora, não? – agora Remus não se importava em esconder as gargalhadas – A Lily de pijama, deitada no sofá, o James por cima dela, a beijá-la! É suspeito!
A cena que se seguiu foi no mínimo engraçada. Num segundo, James lançou um feitiço de silenciamento no amigo, no outro, uma nuvenzinha cinzenta surgia por cima da sua cabeça, libertando grandes quantidades de chuva e de trovões, em cima de James. O autor do feitiço havia sido, nada mais, nada menos, do que Lily! Sim… Lily a certinha, Lily a monitora, Lily a melhor aluna da época dela… ela fizera isso e soprava agora na ponta da sua varinha, dando a tarefa por concluída.
- Ai… eu sempre quis fazer isto!
- Lily! O que é que te deu?! – James, todo encharcado devido à chuva, mostrava-se indignado.
A ruiva, por sua vez, envergava um ar doce e angelical, divertindo todos na mesa. Se havia alguém que nunca ninguém imaginaria a fazer uma brincadeira, esse alguém era Lily. Não tardou que, até James se apercebesse do ridículo da situação e começasse a rir também.
Com um ar sonhador, Marlene olhou para Sirius, como se uma ideia maldosa surgisse na sua mente.
- É… parece que a monitora dominou finalmente o Maroto! Hogwarts está mais segura agora! – concluiu.
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Um suave odor a flores percorria os corredores até à sala de aula, traçando como que um percurso que os alunos deveriam seguir para encontrar a nova professora. A sala, por si só, ostentava uma poderosa magia… uma magia antiga, cheia de mistérios. As paredes, decoradas com telas ilustrativas de vários episódios históricos, contavam imagens do antigo Egipto: os faraós, os deuses, os sacerdotes, portadores de uma poderosa magia, as criaturas mágicas; cenas de guerras entre o que pareciam ser deuses romanos e deuses gregos, incluindo a conhecida batalha entre Zeus, o pai dos deuses gregos, e o seu irmão e inimigo, Hades, o deus grego dos mortos, por entre raios e trovões; antigos feiticeiros poderosos, como Godric Gryffindor, Salazar Slytherin, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw, Merlin, Hengisto de Woodcroft, entre muitos outros. Era possível vislumbrar no tecto, uma representação dos planetas do sistema solar, que se moviam em torno de um grande Sol, e estrelas que cintilavam, formando constelações, com as mais variadas formas.
Por detrás da secretária da professora, uma prateleira, que ocupava toda a parede, dava suporte para um grupo de vasos muito antigos, em cerâmica, também eles com desenhos e alguns hieróglifos. Cada um parecia pertencer a uma época diferente.
A professora, com os seus quase quarenta anos, envergava uma realeza poucas vezes vista em alguém. Os seus longos cabelos negros e ondulados, caíam-lhe pelos ombros e os seus intensos olhos azuis observavam cada movimento dos alunos recém-chegados. Apesar das marcas traçadas pela idade, mantinha a energia de uma jovem de 20 anos e o um sorriso iluminava a sua face. Nada nela fazia lembrar a mesma Joanne Boss que Harry vira no seu sonho, meses atrás… as olheiras, o olhar de tristeza, a falta de vida… tudo havia desaparecido.
Se alguém mantinha a anterior frustração de ter mais uma disciplina, esta foi rapidamente dispersada pela entrada na sala. Os únicos sons audíveis eram os “oh” e “ah” libertados perante reacções de surpresa. Os olhos de todos percorriam a sala e observavam cada pormenor. Talvez nem todos. Os alunos de Slytherin entravam agora atrasados, liderados por um Draco Malfoy que encarava a professora e os demais Gryffindors, com cara de nojo.
À parte dos alunos da casa das serpentes, Harry era, provavelmente, o único que se mantinha impassível. Tudo bem que a sala o tinha impressionado, mas saber que mais cedo ou mais tarde enfrentaria a professora, deixava-o de pé atrás. Sentiu os olhos da professora a observarem-no, mas não se atreveu a encará-la. Em vez disso, sentou-se na última mesa da sala e começou a abrir o livro e a pegar numa pena e pergaminho.
Mais alguns minutos se passaram até que todos se tivessem sentado e o barulho cessasse. Só neste momento, a professora Boss começou a falar.
- O meu nome é Joanne Boss, sou a vossa nova professora. Durante o próximo semestre irei leccionar-vos uma disciplina completamente nova. Estudos da Magia Antiga constituirá para vós um aprofundar dos vossos conhecimentos no campo da magia, saber como ela evoluiu ao longo dos tempos. Não… não será o mesmo que História da Magia, muito pelo contrário. Vocês não só aprenderão como irão aplicar o que vos for transmitido nesta aula.
A voz dela soava calma e melodiosa, embalando todos os alunos… não aquele embalar típico de Binns, mas um embalar que captava a atenção de qualquer um, mesmo do mais orgulhoso dos Slytherins. Dando alguns passos, ela aproximou-se da prateleira que continha os vasos.
- Em cada aula viajaremos por uma época, com crenças e rituais, magos e bruxas diferentes. Cada um destes vasos representa uma dessas épocas: as civilizações grega, romana, bárbara, muçulmana ou a saxónica, sendo esta última aquela de onde vem o feiticeiro mais conhecido de todos os tempos, Merlin. Percorremos os séculos, até chegarmos aos dias de hoje. – Joanne pegou num dos vasos e levou-o até à sua secretária. Depois de tirar a tampa do vaso, colocou a mão lá dentro e tirou de lá um punhado de cinza. – Hoje começaremos pela primeira grande civilização mágica de que há história: a civilização egípcia. Deixem-me guiar-vos pelos recônditos da magia antiga. – Dizendo isto, ela soprou sobre a mão, espalhando a cinza sobre os alunos.
Harry sentiu a cinza caiu-lhe sobre a cabeça e logo tudo começou a girar. As imagens à sua volta começavam a dissipar-se e tudo ficou muito mais escuro. No mesmo instante, a mesma sensação que se apoderava dele sempre que viajava com pó-de-flú, começou a surgir, pelo que ele fechou os olhos. Quando tudo parou, depois do que pareceu ser uma eternidade, finalmente abriu os olhos, para constatar que não se encontrava na sala, nem em Hogwarts, muito menos no seu país. As cadeiras e as mesas tinham desaparecido. Em vez disso, estavam todos de pé, num lugar escuro, sem janelas, apenas iluminado com tochas de fogo, no que parecia ser o interior de um templo.
- Como devem ter reparado, viajamos mais de quatro mil anos no tempo e encontramo-nos num antigo templo de adoração a Horus. – Continuou a professora. – Nesta época a magia centrava-se apenas naqueles que eram chamados de Sacerdotes. Eles eram os magos, os curandeiros, os arquitectos, os conselheiros. Nenhum faraó tomava uma decisão sem antes consultar um Sacerdote. Durante séculos assim foi. No entanto, surgiu um problema: uma vez que os conhecimentos eram transmitidos de pessoa para pessoa, muitos conhecimentos se perdiam e muitos eram adulterados. Assim dizem os muggles: “quem conta um conto, acrescenta um ponto”. Foi então que tiveram a ideia de escrever um livro… um livro que todos os aspirantes a Sacerdotes pudessem consultar… um livro que preservaria os conhecimentos inalterados. Mas havia ainda outro problema: apenas os Supremos Sacerdotes tinham acesso à magia mais negra… apenas eles poderiam exercê-la sem se sentirem tentados por ela. Aqueles que o fizessem para além do Supremo Sacerdote eram imediatamente executados. O que fazer então? Como resolver este problema?
Nesse momento, começaram a ouvir-se vozes a ecoar pelos corredores. Um cântico monocórdico e ritmado preenchia os ouvidos dos alunos, deixando alguns assustados. A professora não se deixou abalar. Pelo contrário, esta sorriu, parecendo satisfeita. Da única entrada do recinto, começaram a surgir figuras vestidas com pesados mantos de um tom castanho-escuro. Formavam duas filas, sendo que o primeiro homem de cada fila trazia um livro em suas mãos. Nenhum deles pareceu reparar nos intrusos. Era como se estivessem apenas numa memória… como num pensatório.
- Não se preocupem… eles não nos vão ver, nem ouvir. – Boss sorriu para todos, tentando transmitir tranquilidade – Com o intuito de resolver os problemas que se colocavam, foram criados dois livros: um relativo à Magia Branca, o outro relativo à Magia Negra… o Livro dos Vivos e o Livro dos Mortos. Um era o oposto do outro.
A mão de Malfoy foi colocada no ar, atraindo a atenção de todos. Diga-se de passagem que o loiro seria o último a colocar uma dúvida, a não ser que o assunto lhe interessasse mesmo muito.
- Fale, Senhor….?
- Malfoy! – disse ele com uma vaidade irritante – Se a magia que contém o Livro dos Mortos é tão perigosa assim, os outros sacerdotes não poderiam usá-la para dominar tudo e todos?
Joanne sorriu, parecendo satisfeita com a pergunta, embora todos soubessem que existia uma segunda intenção na questão de Malfoy.
- Sim. De facto isso aconteceu. Um dos sacerdotes, que pretendia tornar-se o Supremo, tentou apoderar-se do Livro dos Mortos. Felizmente ele foi parado antes que pudesse fazer alguma coisa. Mas o Supremo Sacerdote daquela época, Imhotep, considerado um dos mais poderosos e mais sábios daquela época, decidiu esconder aquele livro, onde ninguém pudesse encontrá-lo.
Os sacerdotes que carregavam os livros depositaram-nos num altar junto à estátua de Horus, fazendo uma profunda vénia. De seguida, um a um, todos se retiraram, deixando alunos e professora de novo a sós. Esta afastou-se um pouco dos alunos e encaminhou-se até ao altar, ficando a observar por breves momentos a estátua do Deus Soberano.
- Horus… certamente todos sabem quem ele é. O Deus Soberano, o líder de todos os Deuses do Antigo Egipto. Filho de Osíris e Ísis, Horus é representado com cabeça de falcão e corpo de homem. Detentor de um poder inigualável, reza a lenda que ele lutou com Seth, seu tio, para vingar a morte do seu pai, tendo perdido o olho esquerdo nessa batalha. O deus Sol, Rá, terá substituído esse olho, por um amuleto, hoje conhecido como olho de Horus, ou olho de Wadjet.
A aula começava a entrar num campo que começava a perturbar Harry, a percorrer caminhos que o moreno não queria seguir.
- Mas professora, o que é que isso tem a ver com a Magia Antiga que se pretende que a gente estude? Nós somos mortais e Horus era um deus! – perguntou Remus, parecendo o mais interessado naquela aula.
- Tem toda a razão, Sr. Lupin. Nós somos mortais. Mas existe uma lenda entre os egípcios… uma lenda tão antiga que quase se perdeu pelas teias do tempo. Essa lenda fala que Horus não queria ficar com todo aquele poder apenas para si. Ele temia não ter força suficiente para resistir às tentações da magia negra. Então ele decidiu partilhá-lo. Mas com quem ele partilharia? Com outro deus? Não… ele sabia que, se o fizesse, estaria a entregar o destino do mundo em alguém que não confiava. – mais uma vez a professora começou a andar, enquanto falava. Parou na frente de uma imagem, onde Horus tinha um braço estendido e o seu dedo indicador apontava para baixo. – Ele queria alguém com o coração puro, alguém que usasse o poder apenas para o bem… e não pelo poder em si. Encerrou os poderes no seu amuleto, o olho de Horus e ficou durante milénios a aguardar a chegada de alguém digno de usar ele amuleto.
Estendo o seu indicador, Joanne apontou para o chão, o mesmo lugar que Horus apontava. As bocas de todos abriram-se de espanto quando perceberam a existência de outro desenho no chão: a Terra!
- Ele escolheu um mortal: o Herdeiro de Horus! Nele depositou os mais fascinantes poderes. Reza a lenda que o Herdeiro terá poder sobre os elementos: terra, ar, fogo e água; sobre a vida; sobre a morte.
Neste momento, os olhos da professora recaíram sobre Harry e nele permaneceram durante alguns momentos. Percebendo a situação em que o amigo se encontrava, Hermione rapidamente interveio. Harry agradeceu mentalmente a capacidade da melhor amiga o livrar de situações constrangedoras.
- Professora… quanto ao Livro dos Vivos… que tipo de magias podemos encontrar nele?
O contacto visual foi quebrado, fazendo com que Harry soltasse um suspiro de alívio, que não passou despercebido a Remus e a Lily.
- O Livro dos Vivos fala de tudo o que tenha a ver com a preservação da vida e da saúde. Conhecimentos relativos à adivinhação, à medicina, à cirurgia… esse tipo de coisas. Pelo contrário, o Livro dos Mortos fala de rituais ligados à morte, à vida depois desta, à mumificação. – a professora olhou para o pequeno relógio de pulso que trazia consigo. – Ora vejam só! Perdi-me na hora. É altura de regressarmos.
Com um gesto da varinha, as imagens em volta voltaram a dissipar-se e, em segundos, estavam de novo na sala de aula, sentados nos respectivos lugares.
- Têm alguma pergunta a fazer? Alguma dúvida que queiram esclarecer?
Mais uma vez a mão de Malfoy foi colocada no ar.
- E… quem possuir os poderes de Horus… não poderá ser derrotado, não? – podia ver-se um olhar de ganância no olhos do loiro. – Quem dizer… terá um poder incrível, não é?!
- Caro Sr. Malfoy! – a calma da voz de Boss foi levemente abalada – Devo dizer-lhe que muitos já tentaram encontrar o olho de Horus, em vão… pelo menos o verdadeiro. Era comum, no Antigo Egipto usarem esse amuleto para dar sorte… mas eram falsos e muitos bruxos foram enganados, pensando que estavam a adquirir o original e que iriam ter um poder inimaginável. Todos eles estavam enganados. Horus não seria tão louco a ponto de deixar o seu amuleto por aí, para que qualquer um pudesse ficar na sua posse.
- Mas isso não passa de uma lenda, certo?! – Remus parecia muito séptico em relação a esse poder.
Joanne voltou a passar os olhos por Harry, desviando-os de seguida para o lobisomem.
- Todas as lendas têm um fundo de verdade. E isso aumenta muito quando são lendas mágicas. Digamos que são mais como profecias, para os que acreditam no poder da adivinhação.
- Então esse Herdeiro existiu mesmo? - se havia alguém que estava distraído, essa distracção foi imediatamente dissipada.
Joanne ponderou a resposta durante alguns segundos, mas não voltou a olhar para Harry.
- Isso é uma pergunta a que eu não poderei responder, peço desculpa! – nenhum som foi ouvido, depois desta resposta. – Se não têm mais nenhuma questão, estão dispensados. Continuamos na próxima aula.
Harry levantou-se rapidamente e começou a arrumar as suas coisas. Ia já a sair da sala quando a professora o chamou.
- Sr. Potter, peço que fique, pois tenho um recado para lhe dar.
O moreno fechou os olhos de frustração, xingando-se mentalmente por não ter sido mais rápido a sair da sala. Ao dar meia volta sobre si mesmo, deu de caras com Draco Malfoy que o olhou com desdém, virando-se de seguida para os seus capangas.
- Parece que o Potty marado já se tornou o queridinho da professora. Mais uma para se juntar à legião de fans. Acho que temos de nos despachar se quisermos ter um autógrafo. Que desperdício, tsc tsc… rastejar aos pés de um mestiço… filho de um traidor de sangue e de uma sangue de lama!
Harry levou a mão ao bolso, para sacar a varinha, mas alguém o parou. Olhando para o lado deparou-se com os olhos cor de mel do seu pai, que entrava na sala nesse momento.
- Não vale a pena irritares-te por causa de comentários sem importância. Afinal eles falam com tanto nojo de ti, por não teres sangue puro. Mas se bem me lembro… - James elevou a voz e olhou para Malfoy – não era o próprio Voldemort mestiço, filho de uma bruxa medíocre e de um muggle que a abandonou?! – o professor de Transfiguração abanou a cabeça diante dos tremores de alguns alunos ao ouvirem o nome do feiticeiro das trevas. – É melhor despachares-te, Malfoy, certamente não vais querer perder a próxima aula e eu serei obrigado a tirar-te pontos. Ou talvez tenhas gostado tanto da última detenção que tiveste, que queiras continuar até ao próximo ano. Afinal, pelo que eu ouvi dizer, tens feito um óptimo trabalho a limpar privadas, todas as semanas, com uma escova de dentes!
Os alunos de Gryffindor que permaneciam na sala davam gargalhadas, enquanto assistiam à cena que se desenrolava, entre um Malfoy muito irritado por ter sido interrompido e humilhado por um professor e um James que mantinha uma calma impressionante, como se estivesse a tirar uma dúvida a um aluno, sobre uma coisa banal.
Malfoy, furioso, deu meia volta e saiu da sala, acompanhado de todos os restantes Slytherins. Aos poucos, os Gryffindors foram saindo também, deixando para trás apenas os dois professores e Harry. O professor virou-se para Joanne, que continuava no mesmo lugar, atrás da sua secretária, pronta a intervir no momento certo.
- Desculpa-me a intervenção, Joanne!
- Ora essa, James, eu sei bem o que o génio Potter pode fazer perante acusações daquelas. Não sei se seria capaz de controlar a situação assim. Parabéns! – Joanne fez uma pequena vénia com a cabeça, como que a felicitá-lo. – Precisas de alguma coisa?!
- Tenho um assunto para falar contigo, mas eu volto quando não estiveres ocupada. – James fez menção de sair, mas foi interrompido pela colega.
- Eu estou disponível agora. Só queria dizer… - virando-se para Harry – Sr. Potter, creio que o professor Dumbledore já tenha falado consigo. Amanhã às nove horas da noite está bom para si?
Harry olhou para o pai, como que a pedir apoio, mas este não veio. Em vez disso, recebeu um sorrisinho de gozo. Típico!
- Claro, professora! Posso ir agora?
- Sim, Sr. Potter. Está dispensado.
Sem dar mais tempo para alguém mudar de ideias, saiu da sala, sem nem olhar para trás. O tema daquela aula provocara-lhe algum desconforto. Os olhares que a professora lhe enviava, o próprio tom que ela usava, davam a entender que havia um mensagem por detrás de cada palavra que falava. Mas o que o irritava profundamente era ter feito isso diante de uma turma de Slytherins… ter falado do livro dos mortos e do poder de Horus, tendo naquele recinto um grupo razoável de pessoas que matariam para ter quer um, quer outro. Aquela professora podia tornar-se tanto uma bênção como um perigo. Tinha de ter cuidado com ela.
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Na sala comum de Gryffindor, era comum ver-se muito grupinhos separados, de alunos que conversavam. O que não era normal era ver os alunos do sétimo ano divididos. Por um lado, Ron e Hermione conversavam baixinho, envergando uma grande preocupação. Por outro, James, Lily, Sirius, Marlene e Remus pareciam estar a ter uma discussão muda, em que apenas mexiam a boca, de tão baixo que era o tom que usavam. Harry tinha desaparecido há alguns minutos, juntamente com Ginny, e os restantes encontravam-se reunidos em torno da lareira. Neste último, o tema da conversa era sem dúvida a nova disciplina. De um modo geral, todos tinham ficado encantados com a professora e com a sua peculiar forma de dar aulas. Quanto ao interesse que EMA provocara, a opinião era unânime: todos concordavam que era uma das disciplinas mais interessantes que tinham aprendido até aí.
No grupo dos Marotos, o tema era semelhante, mas o rumo era diferente.
- Não sei se vocês reparam, mas ela olhava para o Harry cada vez que falava do Herdeiro de Horus. – Dizia Remus, baixando ainda mais o tom de voz. – Será que ele sabe de alguma coisa?
- Não sei! Uma coisa é certa: o Harry tem uma magia mais poderosa do que qualquer um de nós.
- Sim, Marlene, é certo. Mas não te esqueças também que este tempo acabou de sair de uma guerra. Não é só o Harry quem tem uma magia poderosa. Se reparares, também a Hermione, ou qualquer um dos Weasleys. Provavelmente eles foram treinados para o pior cenário.
- Eu não concordo totalmente contigo, James. Nós também estamos a ser preparados para uma guerra, lembraste? E não somos tão poderosos como eles. O que é que tenha acontecido neste tempo, eles estiveram envolvidos directamente no combate, disso tenho a certeza.
- Ora, Remus, não vais dizer-me que o James iria deixar um filho dele lutar numa guerra, pois não?
- Não, Sirius, não estou a dizer isso. Mas que esta história está muito mal contada, ai isso está. E depois há aquela história do Menino-que-sobreviveu que ainda não engoli.
- Já chega! – os olhares dirigiram-se para Lily, que ostentava o seu conhecido autoritarismo. – Seja o que for que nos estejam a esconder, não nos diz respeito. Se não nos contaram tudo é porque é para o nosso bem, para não alterarmos o nosso futuro. Há coisas de que é melhor não ter conhecimento!
Tanto Remus como James semicerraram os olhos, tentando avaliar o significado das palavras da ruiva.
- Sabes alguma coisa que nós não sabemos, Lily?
- Eu? Eu… claro que não, James! – o medo tomou conta dos seus olhos. Era evidente que estava a mentir. Mas logo a pose mandona regressou – Eu só estou a fazer algo que TU próprio me pediste!
James ergueu uma sobrancelha, confuso.
- Eu?! Não me lembro de alguma vez te ter pedido alguma coisa relacionada com este assunto.
Lily bufou de irritação, como se tivesse falado uma coisa que era demasiado óbvia.
- Não és tu, evidentemente. O Professor Potter! Ele pediu para nós esquecermos de uma vez esta história do Menino-que-sobreviveu. Então vocês vão parar de pensar nisso! Nós não podemos saber o nosso futuro. O que tiver de ser será!
A conversa parecia ter terminado. Mesmo que as dúvidas permanecessem, depois das palavras de Lily, a vontade de prosseguir e enfrentar a fera foi rapidamente dissipada. Havia dias em que era mais seguro enfrentar um Kerberus esfomeado.
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O Bosque dos Apaixonados, tal como Háthor lhe chamara, era um lugar mágico, não apenas no sentido de possuir uma poderosa magia, mas também pelo seu encanto e beleza. Nele os problemas pareciam desaparecer e as preocupações pareciam distantes. Tudo nele tinha o seu encanto: as flores, as árvores, o barulho da queda de água, o chilrear do pássaros, ou mesmo o leve agitar das plantas, com a brisa.
Poucos foram aqueles que, ao longo de séculos em que aquele jardim existira, puderam desfrutar do privilégio de nele entrar. Criado numa dimensão inacessível a qualquer um, tinha ligação a vários portais que transportavam para ali aqueles que fossem autorizados a entrar. Um desses portais encontrava-se em Hogwarts.
Desde a descoberta daquele lugar, era ali que Harry e Ginny passavam os seus momentos a sós, mesmo que fossem poucos. Ginny estava sentada junto ao regato e acariciava os cabelos rebeldes de Harry, que repousara a cabeça em seu colo.
- Diz-me o que te preocupa, Harry! Se não falares comigo não posso ajudar-te!
- Não é nada de mais, Ginny! Apenas quero ficar sozinho um pouquinho com a minha namorada, só isso!
Ginny olhou desconfiada para o moreno, mas com um sorrisinho maroto a aflorar-lhe os lábios.
- Haverá alguma segunda intenção por detrás deste convite para vir aqui, Sr. Potter?! Devo dizer-lhe que sou uma mulher decente e inocente!
Harry levantou-se de repente e corou violentamente.
- Que é isso, Ginny?! Não há nenhuma segunda intenção da minha parte. Tu sabes que eu te respeito que não faria nada que tu não quisesses!
(N/A: e esta vai para o Puff Pink, hehe! Piada interna, entre nós os dois :-p )
- Calma, amor, eu estou a brincar! – agora Ginny ria às gargalhadas do embaraço de Harry. – Mas imagina só que os meus irmãos ouviam isto?! Eles iam esfolar-te vivo! – O rosto de Ginny ficou novamente sério. – Conta-me lá… o que é que te preocupa?
Harry suspirou, voltou a deitar a cabeça e fechou os olhos.
- Estou só com um mau pressentimento desde o Natal. Está a passar-se algo que me está a escapar. E depois esta nova professora… eu não consigo sentir-me à vontade na presença dela… é… como se ela conseguisse ler os meus pensamentos… saber os meus segredos! Não me agrada nada o facto de ter aulas particulares com ela.
- Harry! Não vale a pena sofreres por uma coisa que pode nem acontecer. Vamos fazer assim! – Ginny levantou-se repente, obrigando Harry a fazer o mesmo, ao puxá-lo pelos braços. – Enquanto estivermos aqui vamos esquecer isso tudo! Olha à tua volta! Aqui não existem preocupações. Só nós. – A ruiva fez um gesto com a mão abarcando a linha do horizonte.
Harry nada pode evitar soltar um sorriso. Abraçando-a por trás, olhou também a paisagem à sua volta.
- Tens razão, minha ruivinha! Afinal viemos aqui foi para namorar um pouquinho, sem o Ron para nos aborrecer, não foi? O que quer que esteja para acontecer, a gente enfrentará quando chegar o momento certo.
Ginny virou-se de frente para Harry, sem, no entanto, sair dos seus braços. Os seus olhos começaram a brilhar pela formação de breves lágrimas. Com uma delicadeza que lhe era própria, Ginny colocou ambas as mãos sobre a face de Harry e olhou-o bem nos olhos.
- Harry, promete-me, que, se acontecer alguma coisa, não voltarás a afastar-te de mim, só para me protegeres! Promete-me que não vais colocar a tua vida em risco, atirar-te de cabeça para o desconhecido como tantas vezes fizeste no passado.
- Ginny, porque isso…
- Apenas promete-me! – insistiu ela, com uma determinação típica da sua família.
Harry abraçou-a com força. Tudo o que queria era ficar sempre ao lado dela, não a deixar nunca. No entanto, não queria passar por toda a angústia de a ver em perigo. Mas ele já errara uma vez… afastara-a e de nada servira. Não iria cometer o mesmo erro outra vez. Talvez ela estivesse mais protegida junto a si.
- Eu prometo que nunca te vou deixar! – antes que ela pudesse chamar-lhe a atenção para o facto de apenas ele ter prometido uma das duas coisas que pedira, Harry beijou-a… de início com carinho, mas à medida que os segundos passavam, com mais paixão… um beijo cheio de amor, de medo também… mas na certeza porém, de que jamais seriam separados.
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A sala ocupada por Joanne Boss localizava-se na torre Este do castelo. O percurso desde a Sala Comum de Gryffindor até lá demorava cerca de 30 minutos, entre atravessar corredores sombrios, subir e descer escadas sem fim, já para não falar dos quadros irritantes que se encontravam pelo caminho.
Contrariado, Harry largou o conforto da sala comum e a companhia dos seus amigos, para se aventurar em mais um desafio através do desconhecido. Durante todo o caminho, relembrou mentalmente quais as informações que poderia dar e quais aquelas que deveria guardar para si. Existiam coisas que o próprio Dumbledore desconhecia, coisas demasiado perigosas para poderem ser reveladas.
A sala por si só era o que se poderia considerar normal, muito semelhante à de McGonagall, do seu pai, ou de Sirius. Além de uma secretária muito arrumada, tinha várias prateleiras preenchidas com livros, tanto de magia, como muggles e sobre a lareira era possível ver fotografias que se moviam. Fotografias essas que pareciam retratar toda uma vida pessoal à qual Harry não se sentia no direito de invadir. Mas… algo segurou a sua atenção. Uma foto! Uma simples foto em que a professoras se encontrava abraçada a um rapaz ruivo, que em muito lhe fazia lembrar Ron.
Contendo a curiosidade que nascia em si, tentou focar a sua atenção no resto do aposento até que a silhueta da professora surgiu, carregando consigo um tabuleiro com duas chávenas de chocolate quente.
A professora deixara-o sozinho durante uns minutos, nos quais ele pode olhar com atenção cada pormenor do aposento. Depois desse tempo ela surgiu novamente trazendo consigo um tabuleiro com duas chávenas de chocolate quente.
- Bem, Harry… posso tratar-te por Harry, não posso? Pelo menos aqui! – Harry assentiu com a cabeça, enquanto recebia das mãos da professora a chávena – Creio que o professor Dumbledore já tenha falado contigo sobre o propósito destas aulas. Eu sei tudo sobre o poder de Horus! Durante anos eu dediquei-me ao seu estudo. Antes de mais, devo dizer que, o teu segredo está seguro comigo. Mas eu gostaria de fazer primeiro uma pergunta.
Harry soergueu uma sobrancelha, esperando a pergunta que vinha a seguir.
- Como é que, estando tantas pessoas no Ministério no Verão passado, apenas algumas sabem que és o Herdeiro de Horus?
Sem se aperceber, Harry soltou um suspiro. Esperava uma pergunta mais pessoal.
- Isso é fácil! Foi o próprio Horus quem fez isso. Ele modificou as memórias dos que estavam lá, excepto a de algumas pessoas que eu pedi, como os meus pais, ou os meus melhores amigos.
- Confesso que não pensei nessa possibilidade, mesmo que ela pareça a mais lógica. – admitiu a professora, enquanto regressava à sua cadeira, por detrás da secretária. – Prosseguindo para a nossa aula... o que é que conheces do poder de Horus?
Aí estava uma pergunta difícil de responder. O que é que ele sabia? Ele sabia muito, era certo, mas não tanto como gostaria, o que era vergonhoso e ao mesmo tempo perigoso. Encolhendo os ombros, Harry falou.
- Basicamente, conheço os poderes que usei até agora, que posso usar magia elemental… não sei muito mais.
- Então o melhor é começarmos por partes. Vamos começar com a magia elemental, que é aquela que melhor se consegue controlar. Hoje vamos falar de todos os elementos, teoricamente e, em aulas futuras ensinar-te-ei a controlar cada um deles.
Até que a professora não era tão “assustadora” como a princípio Harry imaginara. A ideia que ele tinha daquelas aulas é que seriam algo semelhante às aulas de Oclumência com Snape. Porém enganara-se. Joanne Boss era extremamente simpática e nada do que ela falava parecia aborrecido ou sem utilidade.
- Muito bem… começando do princípio: a Magia Elemental é aquela que tem o controlo sobre os elementos naturais: terra, ar, fogo e água. Deste modo, ela pode ser desdobrada, de acordo com o elemento que é usado. Em tudo encontramos os quatro elementos: na magia, quer antiga, quer moderna… nas religiões Muggles… eles são carregados de um profundo misticismo e simbolismo.
Joanne pegou num livro bastante antigo e abriu numa página que estava marcada, virando de seguida para o aluno.
- Estou certa de que sabes o que isto é!
A imagem era inconfundível, principalmente tendo enfrentado uma anos antes.
- É uma esfinge! – respondeu sem hesitar.
- Correcto! Esta, particularmente, é a esfinge de Gizeh. Ela é formada por quatro animais, cada um representando um dos elementos. O leão, com toda a sua força, movimento e acção, representa o Fogo; a águia, símbolo da alma e da inteligência, representa o Ar; o Touro, símbolo do trabalho, da força e da resistência, representa a Terra. Por fim… o Homem… a Água: conhecimento, vida e luz.
“Cada vez que usares um poder elemental, vais invocar um dos seus regentes. Como deves imaginar, são quatro também: Agni, Rei do Fogo elemental, Kitichi, Rei das montanhas; Varuna, portador do Tridente de Neptuno, senhor das águas; e Parvati, sagrado titã dos céus. Poderás também buscar a magia elemental em criaturas mágicas: nas salamandras, o fogo; nos duendes, a terra; nas sereias, a água; nas fadas, o ar.
À medida que Joanne ia explicando, ia mostrando imagens simbólicas dos elementos. Harry ia-se envolvendo na conversa e todo o anterior receio começava a ser deixado para trás.
De repente, Joanne estagnou.
- O teu aniversário é no final de Julho, não é? – sem motivo aparente, ela começou a rir, deixando Harry sem perceber nada – Desculpa… mas eu acabei de lembrar de algo. No horóscopo egípcio, estás sob a protecção de Rá. Rapaz… tu nasceste para ser poderoso! Melhor, nasceste para ser Gryffindor! Já estava escrito!
- Não estou a perceber, professora!
- Os protegidos de Rá são, por natureza pessoas de grande poder, são óptimos líderes. Por outro lado, no signo do Zodíaco, és Leão, representado, não só pelo animal leão, mas também pelo Sol, símbolo de energia e força vital. Está visto qual é o teu elemento. Não terás problemas em dominar o Fogo! – Joanne levantou-se num pulo – Acabei de mudar de ideias! Que tal treinarmos já hoje o elemento Fogo?
Harry pensou mais uma vez o quanto tinha sido injusto no julgamento da professora de EMA. Agora percebia o quanto ela o poderia ajudar e as vantagens que trariam aquelas aulas. Joanne Boss seria sem dúvida uma grande aliada.
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James andava de um lado para o outro nervoso, algo que não era nada normal no professor de Transfiguração. Quem o conhecia só o vira aquele estado numa situação: quando Dumbledore lhe revelara a profecia, tantos anos atrás e o aconselhara a esconder-se, com a família.
Desde a mensagem que recebera de um amigo há duas semanas, vivia com a sensação de que algo não encaixava. Essa sensação intensificou-se depois da conversa que tivera com Joanne Boss. Mas agora, a sensação passara a uma realidade, realidade essa que certamente precedia acontecimentos muito piores.
Na sala da directoria, os professores que faziam parte da Ordem da Fénix encontravam-se reunidos e cabia a James transmitir-lhe a recente notícia. Ao poucos, outros membros da Ordem foram chegando também, mas nenhum deles sabia qual o motivo da reunião de urgência. A única que parecia ter uma vaga ideia do que se passava era Joanne, que envergava também um semblante preocupado.
- Desculpem-me convocar-vos assim de uma hora para a outra, mas descobri algo muito grave e, depois de falar com a Joanne, acho que passou a ser um assunto da Ordem! – explicou ele – Pouco antes do Natal, eu recebi uma mensagem de um auror que mora no Cairo, no Egipto. Ele avisou-me de que lhe pareceu ter avistado o Peter, por entre a multidão. Como ele não tinha a certeza se era ele ou não, eu decidi aguardar por mais notícias. Esse auror voltou a enviar-me uma mensagem, dias depois, a dizer que havia uma movimentação estranha de bruxos suspeitos. Ontem, ele enviou-me uma outra carta, a contar que descobriu que o museu muggle tinha sido misteriosamente assaltado.
Um burburinho apoderou-se da sala, no momento em que James dera esta informação. Todos conheciam a fama do ex-maroto e todos sabiam que ele não se preocuparia com algo sem importância.
- Eu suspeitei à partida, pela maneira como ocorrera o assalto, de que o assaltante se tratava de um bruxo. Depois de receber essa carta, eu fui falar com a Joanne, uma vez que ela é especialista em tudo o que diga respeito ao Egipto, e tentei saber o que poderia ter naquele museu que tanto interessasse a um bruxo.
A tensão na sala atingia agora o seu ponto máximo. Nem uma mosca era ouvida além da voz de James.
- Hoje eu recebi a confirmação das minhas suspeitas!
O professor olhou para os olhos de cada um dos presentes e deteve-se nos de Dumbledore, que permanecia calmo.
- E o que é que foi roubado? – perguntou o ex-director.
- Preparem-se para o que eu vou falar! Sentem-se e não digam que não avisei.
- Fala logo, James! – Lily parecia ir saltar no pescoço do marido se ele não se despachasse a acabar com aquele sofrimento.
- Okay! Um único artefacto foi roubado e o pior que poderia parar nas mãos de um feiticeiro das trevas: O Livro dos Mortos!
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Nota da Autora:
OLÁ MEUS CAROS LEITORES!!!! DEPOIS DE UMAS FÉRIAS PROLONGADAS NO MUNDO DA ESCRITA, CÁ ESTOU EU DE NOVO, COM UM CAPÍTULO ACABADINHO DE SAIR!!!
Eu sei que tinha falado em colocar um capítulo na semana passada… mas não deu, perdoem-me. Durante todo o mês de Janeiro eu estive em provas para a faculdade, provas estas que terminaram apenas a 3 de Fevereiro. No final disto, como devem imaginar, eu estava como um trapo e muito cansada. Na semana passada, eu tinha intenção de escrever mas, digamos que tive uma crise de stress pós-traumático de fim de provas e não consegui escrever nada.
Durante o último mês, para quem não reparou, eu escrevi uma song (em 20 minutos, dá para acreditar?). Se quiserem passar lá e ler, eu ficaria felicíssima, ainda mais se deixassem o vosso comentário. O link é http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=17566.
Sem querer menosprezar os outros leitores, eu quero dedicar este capítulo a quatro pessoas que fizeram anos recentemente: as minhas sobrinhas Lola e Pri, o meu amor Gabriel… e a filha de umas das minhas leitoras, Maria Lucinda Carvalho de Oliveira. Considerem este capítulo, o meu presente atrasado e perdoem-me por não o ter oferecido mais cedo.
Não estranhem eu tratar alguns dos meus leitores por sobrinha, ou filha, ou afilhada… é que eu faço parte da família Magid (criada pela minha maninha Lightmagid) e digamos que alguns dos meus leitores fazem parte também dessa família. Bem… eu passo tanto tempo a falar com eles, que já me habituei a tratá-los assim!
Mais uma vez os meus agradecimentos vão para a minha mana, melhor amiga, e beta-reader, a Lightmagid, por me aturar de segunda a sexta-feira, pessoalmente, e aos fins-de-semana, pelo telefone… por ser compreensiva comigo, mesmo quando eu estou de mau humor (ainda que se vingue dizendo a toda a gente que eu sou a versão feminina de Darth Sidius)… OBRIGADA, LIGHT, POR TODA A AJUDA QUE ME DESTE NESTE CAPÍTULO… ADORO-TE!!!!
Respondendo aos comentários:
Lightmagid: *Guida colocando as mãos na cintura e olhando para Light com um olhar assassino* Que história é aquela de revelar coisas que não deves, hein?! “Aquele que ainda não está acabado”… esqueces-te que aquele é o capítulo 25, em princípio, o que quer dizer que vai demorar um tempinho até todos lerem. *voltando ao normal*. Pois é, mana, eu já actualizei… só faltas tu!!!!!
-=|J䣡ñë G¡£¡ö†¡|=-: Eba!!!! *Madrinha feliz por responder a comentário enorme da afilhada*. Line nem sei por onde começar a responder ao teu comentário… Choraste?! *madrinha encabulada*. Ultimamente eu ando a fazer chorar muita gente, não? (eu estou a falar de fics…) Quanto ao nome da bebé Potter… digamos que a homenageada se recusa a deixar-me revelar quem ela é… mas enfim… Para não estar a responder ao comentário todo, (para isso temos o msn, hehe), quero apenas felicitar-te (eu não me canso de fazer isto) pela song maravilhosa que escreveste e, mesmo que continues a dizer que não tens talento, aquele lugar na lista diz o contrário. ÉS UMA ESCRITORA FANTÁSTICA!!!! *Olhinhos da madrinha a brilharem de orgulho*. Espero a continuação da fic, rs!
Daniela Potter: *Mammy de novo encabulada* Oh, filhota, achas mesmo que o outro capítulo foi o melhor que escrevi? O que me dizes deste? É melhor ainda?! *Mammy a aguardar ansiosamente a resposta da filha mais velha*… outra coisa! ACHO BEM QUE CONTINUES IMEDIATAMENTE AQUELA FIC… OU A MAMMY PÕE DE CASTIGO!!!! Filhota… a mammy aqui está ansiosa pelo capítulo!!!! Não queres fazê-la esperar, pois não?! E nem adianta esconder atrás do pappy! Eu sei lidar muito bem com ele!!!!
Lola Potter: Oi, sobrinha… mais uma pessoa a chorar por minha culpa… EU SOU MESMO MÁ!!!! Buáaaaaa… Lembraste do pedido que te fiz no outro capítulo?! Começo a pensar que não adianta nada… os teus pais nunca vão ganhar juízo (estou a brincar, Light e Aldo!!!!) Espero que tenhas gostado deste presente de aniversário atrasado.
betinha_15: Uau, foste rápida! Eu acabo de te iniciar no mundo das fanfics e já leste?! Dou-te as boas vindas a este novo mundo, o mundo potteriano! Espero que gostes e te divirtas aqui, tanto como eu!
nadja lovegood: Sim… Lily e James do passado acertaram-se… FINALMENTE… até a mim, que estou a escrever, me estava a irritar aquele impasse, rs. Obrigada pelo coment, Nadja.
Gabriel Griffindor Magid: mais conhecido por Puff Pink! (hehe) Estou a ver que o dicionário de sinónimos da Line serviu para alguma coisa: «Divino, exímio, excelente, ideal, impecável, incontestável, irrepreensível, magistral, primoroso»… tudo isto para dizer “Perfeita”?! Oh, moreh… *coraçõezinhos a piscarem à volta da Guida*. Percebeste aquilo lá em cima, não percebeste? Acho que coloquei algumas mentes perversas a tirarem conclusões precipitadas a respeito daquele comentário, começando no Pontas, passando pela Daniela e terminando provavelmente no Aldo. Rsrsrsrsrsrs… Ah… para não perder o hábito: estou à espera do meu depoimento! Huashasha!!!!
Beca Black: Uou… já releste várias vezes e vais continuar a fazê-lo? Ficaste viciada? *Guida de novo encabulada* Acho que o meu ego vai começar a inchar!!! Fico contente por ver tanto entusiasmo nos meus leitores… isso deixa-me felicíssima e dá-me vontade de escrever… escrever… escrever…
Pri Lestrange Riddle: a minha sonserina preferida!!!! (bem… não é que eu conheça muitos sonserinos… mas eu adoro-te na mesma). NÃO!!!!…. MAIS UMA PESSOA QUE CHOROU!!! Estou a chegar à conclusão que estou a fazer chorar todas as minhas sobrinhas… tu… a Line… a Lola! Falando a sério…sim, o teu comentário fez-me bem e, sempre que eu me sentir em baixo, eu irei lá e voltarei a lê-lo, para me sentir melhor. Tal como disse à Lola, espero que tenhas gostado do meu presente atrasado.
Julinha Potter: Fico feliz que tenhas gostado do capítulo. Não há nada melhor para um escritor (e de certeza que conheces essa sensação) do que receber o carinho e as palavras amigas dos nossos leitores. Obrigada!
Leo Potter: oi Leo… espero que já estejas melhor do que da última vez que falei contigo. As palavras que me dirigiste no teu comentário tocaram-me. Eu compreendo que nem todos tenham a mesma disposição para deixar comentários… eu mesma esqueço por vezes de comentar (afinal são tantas as fics que eu acompanho). É por isso que eu adoro cada comentário… mesmo que ele seja apenas formado por duas ou três palavras. Quanto ao segundo comentário…. Sim… é incrível como o plágio continua a acontecer… e, quando têm coragem de plagiar uma fic tão conhecida como “um brinde ao amor”… acho que estamos perdidos! Mais uma vez obrigada pelo coment.
Cahh Magid Van Phailaxies: Repito o mesmo que disse à tua irmã! TOCA A MECHER ESSAS MÃOZINHAS E COMEÇAR A ESCREVER LOGO ESSE CAPÍTULO!!!! Quanto ao orgulho… não te preocupes com ele… afinal saíste a mim! Hehe! A minha moralidade está a aumentar de dia para dia, Cahh… daqui a pouco vou começar a estipular limites para as minhas filhas actualizarem… já para não falar do teu pai! Rsrsrs
Aldo Padfoot Magid: vejo que já desististe de me chamar de Guilhermina! *Guida a levantar as mãos em sinal de vitória*… quer dizer… espero que não te arrependas… okay, au-auzinho?! Vá lá… eu sou a tua cunhada preferida (a única… por isso ninguém pode dizer que não sou a preferida). *Guida a fazer olhinhos esperançosos, esperando não sofrer na pele o DM*.
Camila Padilha Rodrigues: Se ficaste angustiada com o outro capítulo, imagino neste: quase dois meses sem actualizar *Guida envergonhada*… como eu já expliquei, foi devido a razões de força maior. Mas eu prometo que vou tentar ser mais rápida, okay?
JP Pontas: então? Desaparecido? Nunca mais te encontrei no msn… desde o dia em que entraste para a família Magid! Como deves ter reparado, já tens pai… FINALMENTE. Ah… eu não demorei tanto tempo a escrever a nota de autora como o capítulo, mas demorei umas seis horas… Disseste que voltavas no dia 30? Espero encontrar-te em breve no Messenger, para colocarmos a conversa em dia.
*dany*: oi, Dany… de Cascais? Eu tenho dois amigos de lá… mas acredito que a cidade seja grande, pelo que a probabilidade de os conheceres deve ser pequena: o Diogo e a Antónia (são irmãos). Respondendo à tua pergunta: eu estudo na FMUP, no Porto. Só por curiosidade também (rs) estás na faculdade? Ou ainda estás no secundário? Ainda bem que, na tua opinião, Harry/Ginny só perde para James/Lily… hehe… pelo menos é um shipper que eu desenvolvi em dobro!!!!
Dri Potter: Eu sei que já estava mais do que na hora de actualizar!!! Mas cá está! Só tenho uma coisa para te dizer: ouve o que a tua mãe e a tua tia te dizem… é apenas para o teu bem! A titia aqui só quer ver a sobrinha feliz! Okay?
Sr. Pontas: ora ora… quem temos aqui… o Maroto Mor em pessoa! Devo dizer que fiquei surpreendida, mas ao mesmo tempo orgulhosa, quando descobri que havia partes neste fic de que te lembravas melhor do que a própria escritora (vergonhoso, não?) E não… eu não estou a ficar egocêntrica… só estou um pouquinho vaidosa! Ah… espera pelo próximo capítulo… vai ser especialmente dedicado aos Marotos Magid! Acho que vais gostar…
Hanna Burnett: sinto-me lisonjeada por dizeres que não apreciavas há muito tempo uma fic como aprecias a minha. Bem… deves ter apanhado um susto imenso, quando esta fic saiu da tua lista, não? Provavelmente pensaste que eu tinha cancelado o cadastro! Eu não faria uma coisa dessas! Eu sei que às vezes sou muito cabeça dura. Mas acredita… no dia em que eu quisesse desistir desta fic, a Lightmagid iria internar-me numa clínica psiquiátrica. Por isso podes ficar descansada, que eu não tenho como desistir. Rsrs
# harry potter weasley #: Oi Ramon!!!!! Sobrinho, afilhado… rsrsrs…. Fico feliz que tenhas gostado do capítulo anterior. Ficaste sentadinho quietinho à espera deste? Hum… não me parece! Filho de um Maroto, futuro cunhado do Maroto Mor, e sobrinho e afilhado de outro Maroto…. Não tenho tanta certeza assim… hehe. PS: eu também te amo INFINITAMENTE!!!!
Gina_Weasley_Potter: *Guida prestes a virar tomate de tantas vezes corar*… Obrigada, Gina… eu ficava feliz apenas com o 5… com o 10 fico feliz em dobro :-)
Adriana Roland: Didi… eu não quero deixar-te ansiosa como a desnaturada da tua mãe… (sim, Light, isto é uma piada para ti)… então, aqui está o novo capítulo! Fico contente que tenhas decidido ler esta fic. Se eu começar a demorar muito, podes sempre dar-me uns “puxões de orelhas” pelo msn… rs! Espera lá… Finalmente apareceu uma sobrinha que não diz ter chorado… já estava a ficar preocupada! Ufa!
Maria Lucinda Carvalho de Oliveira: Nossa! *Guida a trocar os olhos com tantos zeros* 141 zeros, se não me enganei a contar!!! Será que mereço assim tanto?! Respondendo às tuas perguntas: acho que já descobriste a detenção do Malfoy, não foi? Quando ao Snape e ao Peter… se não me engano, será no capítulo 25, que irás descobrir. Não posso adiantar nada… a não ser que esse capítulo já está quase escrito. Peço desculpa por me ter atrasado no presente de aniversário.
♥ Daniela Malfoy ♥: Então? Já acabaste de ler? Espero que não tenhas ficado desiludida... bem… pelo menos até ao capítulo 13 sei que gostaste. Mas adoraria saber a tua opinião quanto aos outros, mesmo que não tenhas gostado.
Expert2001: Eu ia dizer uma coisa… mas não sei se devo… hum… AI… eu não resisto! Foste tu que disseste que o Gabriel Griffindor Magid é um Darkmagid, não foste? Devo dizer que eu ri durante horas com aquele comentário, ainda mais tentando imaginar a cara do Gabriel ao ler aquilo… eu estava a falar com ele quando ele o leu. (Desculpa, Gabriel… eu não resisti). Mas vou dizer-te uma coisa: dentro do casal, eu sou a dark e não ele, hehe! Obrigada pelo comentário.
Carlapiks: Já estava a sentir saudades tuas, dos teus comentários! É… eu sei o que é estarem sempre a chamar-nos a atenção por estarmos demasiado tempo na Internet! Eu passo os meus dias lá, afinal! Vou tentar atender ao teu pedido e vou tentar colocar mais Sirius/Marlene, mas confesso que está um pouco complicado, com tantos casais. Mas vem aí ao dia dos namorados (falo da fic….) e eu vou apostar nos casaizinhos. Olha… não é preciso ameaçares com a frigideira… mas se quiseres ameaçar (apenas verbalmente) estás à vontade.
Fernanda Caroline: Oi Fernanda! Obrigada pelo comentário. Olha… nunca tive oportunidade de falar contigo no msn, mesmo que estejas na minha lista de contactos. A verdade é que, as poucas vezes que vi que estavas online, já tinha imensas janelas do msn abertas e eu gostaria de falar contigo com calma. Espero conseguir ter essa oportunidade em breve. Fica bem.
Mione_Granger,Karonte,Brenda_Mione e Lar: Oi aos quatro! Mione, fico contente que a tua avó e a tua tia tenham melhorado. Ao Karonte, obrigado pela mensagem a desejar boa sorte para as minhas provas. Peço desculpa por ainda não ter passado lá na vossa fic… mas ainda estou um pouco perdida no meio de tanta coisa, para ler, para escrever, para betar (essa parte eu queria ter mais… infelizmente não é bem assim)… mas eu vou passar lá assim que der, prometo.
Priscila Bananinha: *Guida de novo encabulada*… Perfeita?! De tanto que vocês dizem eu vou começar a acreditar! Estou a brincar… apesar do que dizes, assim como outros leitores, esta fic não é perfeita… eu tenho consciência disso! Existem muitas coisas que eu gostaria de voltar atrás para alterar. De qualquer modo, fico sinceramente grata pelo elogio… deixa-me imensamente feliz saber que agrado aos meus leitores e não há nada que me dê mais prazer, neste mundo da escrita, do que saber que todo o meu esforço é reconhecido. Obrigada!
Jô: realmente… ficaste sem palavras e eu também!!!!! Se eu acho que amar já é muito… e tu dizes que ainda é pouco… nossa! Fiquei mesmo sem palavras… não sei o que dizer! Ah… e eu NUNCA vou desistir da fic, fica tranquila!
Lóide Eunice Sacramento: Olá Lóide! És portuguesa? De onde? Agradeço pelas palavras de apoio… sorte é uma coisa que precisamos muito, ainda mais quando se entra para a faculdade. Não te preocupes pelo facto de ainda só estares no 10.º ano. Vais ver que quando reparares já estás a preencher o concurso para a faculdade. É sempre assim… os 3 anos do secundário passam a voar. Ah, outra coisa… POR FAVOR, NÃO MORRAS DE ANSIEDADE!!! Eu não quero ter de viver com o peso da tua morte… (rsrsrsrs).
Izabela Prado: Obrigada pela mensagem! Devo dizer que me deixou emocionada, quando entrei na fic, ainda na minha época de provas, e constatar que praticamente todas as mensagens que me tinham deixado eram de apoio… a desejar boa sorte para as provas. Isso tocou-me imenso. Obrigada!
Bob Potter: Como deves ter reparado, só agora é que estou a conseguir organizar o meu tempo. Por isso é que ainda não li a tua fic. Mas agora, eu vou ter mais tempo para isso. Eu passarei lá em breve, eu prometo!
neptuno_avista: Nossa! Mais uma pessoa que lê a minha fic porque a Light fala muito. Lembra-me de voltar a agradecer-lhe! Respondendo à tua dúvida: eu sei qual das duas é a melhor: Magids, sem dúvida alguma… é a minha preferida e uma das melhores deste site!
ina clara: ACTUALIZEI!!!! Tenho de te agradecer… afinal ganhei mais uma leitora graças a ti! OBRIGADA! OBRIGADA! OBRIGADA! OBRIGADA! OBRIGADA! MIL VEZES OBRIGADA!
thamy gibson evans: *Guida pulando de alegria, porque alguém recomendou a fic dela*… já terminaste de ler? Adoraria saber o que achaste dos restantes capítulos. Obrigada pelo comentário.
markim: NOSSA! Apaixonado pela fic?! Excelente escritora?! Realmente o meu ego está a inchar e muito! Tenho de começar a ter cuidado! Mas uma coisa: eu não fui acusada! Eu fui plagiada… mas de qualquer forma eu superei. E vou ainda escrever muitos capítulos. Aliás… esta história ainda não chegou a meio!
Depois de respondidos todos os comentários, (sim… eu voltei a demorar cerca de seis horas a escrever esta nota de autora… coisa que me dá imenso prazer fazer) eu só tenho a acrescentar, que espero que gostem deste capítulo e que vou tentar ser breve a actualizar o próximo, okay?
Se eu esqueci alguém, POR FAVOR, AVISEM-ME!!!!!!
Um grande abraço,
Guida Potter (para não dizer Guida Potter Van Phailaxies Griffindor Magid… é melhor continuar a assinar com o original!)
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