O novo descendente de Hufflepu
Nossa história começa na pacata cidade de Bagé, nº 729. Era um lindo amanhecer. Estava dentro de um quarto, naquela casa, um garoto de pele branca, cabelos negros e olhos castanhos. Ele dormia gostosamente na cama, sem o menor sinal de que iria acordar. De repente, a porta do quarto se escancarou. O garoto se acordou rapidamente, assustado. Sua mãe havia aparecido na porta do quarto. Uma mulher bonita, loira, cabelos nos ombros e olhos castanhos aparecia, com vestes Vermelho e douradas, com um objeto estranho, que mais parecia um pedaço de pau.
- Filho, acorde. Eu e seu pai temos que contar uma coisa a você. – Bradou a mãe, fazendo um gesto com o pedaço de pau, tirando as cobertas de cima do filho
- O que é isso? Esse pedaço de pau, estas roupas esquisitas? – Perguntou o garoto, sem entender nada.
- Vamos, Otávio. Vá para a sala. – Apontou para a porta, ao terminar de falar
- Mas eu estou de pijama! Tenho que me vestir primeiro!
- Não será preciso. – Com outro gesto do pedaço de pau, a roupa de Otávio mudou, misteriosamente. – Agora vamos.
- Ããhn... tá. – Disse o garoto, indo em direção à porta.
Otávio desceu as escadas e se deparou com seu pai, também com um pedaço de pau nas mãos, mas com vestes Pretas com amarelo.
- Hoje é carnaval? – Perguntou o garoto, mais confuso do que nunca.
- Não, meu filho. De hoje em diante, sua vida vai sofrer uma reviravolta. Vamos te contar tudo o que aconteceu, desde que você nasceu.
- Hãã... tá. – Terminou o garoto, se sentando no sofá.
- Filho, é o seguinte.. Você é um Bruxo. Nós também somos. E seu pai é um bruxo famoso. – Começa a mãe
- Bruxos? Parem de falar bobagem! – Resmunga Otávio
- É verdade, existe um mundo bruxo. E bem debaixo dos narizes dos trouxas – Neste momento, o pai de Otávio riu. – É um mundo muito melhor que este, espero que esteja de acordo que nos mudemos para lá o mais breve possível.
- Como assim? Vocês esconderam um mundo melhor de mim? Por que? O que significa trouxas? Eu estou muito confuso!
- Na época em que você nasceu, o mundo bruxo não era um mundo melhor. Você nasceu em uma época de caos, onde um bruxo do mal dominava a tudo e a todos, então decidimos ficar no mundo dos trouxas que, por um tempo, seria mais seguro para você. Ah, sim... Trouxas são todos os que não conhecem o mundo bruxo, os homens comuns.
- Ah, certo... e como vamos viajar para este tal mundo bruxo?
- Primeiro, espero que você saiba que você terá que estudar lá, também.
- Estudar? Droga. Odeio estudar.
- As matérias serão melhores, não serão matérias imprestáveis como essas que os trouxas tem. – Falou a mãe.
- Tudo bem...
- Então, precisamos ir ao “Shopping” do mundo bruxo – Agora o pai se levantava da poltrona e se dirigia à lareira – Isto, filho, é pó de flú.
- Certo... mas o que um pó idiota vai fazer?
- Este “Pó idiota” vai nos levar para o mundo bruxo. Você vai primeiro, querida. – O pai de Otávio entregou o pote para sua mulher
- Certo. – A Mãe do garoto jogou o pó de flú na lareira e cresceram repentinamente chamas verde-esmeralda na lareira, ela entrou e gritou: - Beco Diagonal! – E desapareceu.
- Entendeu, filho? É só atirar o pó na lareira, entrar e falar com bastante clareza: Beco Diagonal. – Agora o pai passava uma pitada de pó de flú para o garoto.
Este seria o primeiro momento mágico da vida de Otávio, e ele estava ansioso. Ele pegou o pó, atirou na lareira e apareceram novamente as chamas verde-esmeralda. Ele entrou nas chamas e sentiu uma sensação de frescor. Ele pensou e gritou:
- BECO DIAGONAL! – E foi sugado pela lareira.
Era uma sensação muito esquisita. Ele estava vendo a imagem do pai se distanciar dele, enquanto ele começava a rodopiar. Ele viu que estava seguindo um caminho, onde, em todas as voltas, haviam milhares de lareiras. Ele começou a se sentir enjoado, pouco tempo depois. Após alguns minutos, girando cada vez mais rápido, a velocidade começou a diminuir e ele seguiu por um caminho que dava em uma lareira, saltando, então.
Ao saltar, caiu sentado num chão úmido e àspero, de olhos fechados. Ele levantou os olhos e viu que estava mesmo no tal beco diagonal. Uma placa, na primeira lojinha do tal “shopping” indicava Madame Malkin, vestes para todas as ocasiões, perto da placa principal, que dizia Beco Diagonal(Diagonal Alley) em letras de ouro.
- Bem, aqui estamos. – Falou o pai, que Otávio não havia percebido que ele já tinha chegado.
- ISSO é o beco diagonal? – Perguntou Otávio, se levantando e limpando a poeira das vestes
- Sim, não é legal? – Falou a Sra. Hufflepuff, pegando a carta de Hogwarts e conferindo os materiais necessários. – Hum... Primeiro, Banco Gringotes, pegar um pouco da nossa fortuna.
- Certo. – Falou o Sr. Hufflepuff, apontando para um edifício muito grande feito de mármore branco, onde, no alto, estava escrito em letras pretas Gringotes Bank. Enquanto eles ainda estavam se dirigindo para o banco, muitos bruxos passavam por eles, fazendo uma breve reverência ao pai de Otávio, agora ele tinha percebido que seu pai era muito importante.
- Esse pessoal não para de fazer reverência, eu não gosto de ser reverenciado, não fiz nada de mais – Resmungou o Sr. Hufflepuff, aborrecido.
- Como assim? Por que essas pessoas respeitam tanto o Sr, pai? – Indagou Otávio.
- Minha descendência é muito privilegiada. Eu vim da família Hufflepuff. Todos homens, que conseguiram dar seguimento ao sobrenome. Helga Hufflepuff é uma das fundadoras da escola em que você vai estudar, Otávio, mas não quero que fique se achando melhor do que os outros por isso. Descendência não significa NADA.
- Hum... Certo. Mas é só por isso?
- Não, na verdade eu derrotei alguns monstros ferozes que atacavam cidades e aldeias, porque eu sou Auror. É difícil ser um bom auror. É um trabalho bem difícil. Sou um dos únicos bruxos conhecidos que conseguiu matar um Nundu e um Basilisco e viver para contar história.
- Legal! Agora vamos entrar? – Perguntou Otávio, vendo que eles estavam parados na porta do Gringotes
- Vamos.
Ao entrar no Banco, Otávio viu criaturas esquisitas se mexendo pelos corredores, carimbando notas e cutucando grandes moedas de ouro. O Sr. Hufflepuff se dirigiu diretamente a criatura mais bem-vestida, que parecia ser o “Gerente”.
- Bom dia. Eu vim fazer uma retirada. Cofre 264.
- O cofre de Hufflepuff? – Indagou a criatura
- Sim, o cofre de Hufflepuff.
- O senhor tem a chave? – Agora a criatura se aproximava
- Hum... – O Sr. Hufflepuff começou a procurar – Está aqui – Falou, quando tirou a chave de um bolso interno do casaco.
- Certo, vamos lá. – Ao falar isso, a criatura desceu da cadeira e abriu uma passagem, que dava para um carrinho esquisito.
- Duendes são criaturas esquisitas, não é mesmo? – Sussurrou a Sra. Hufflepuff a Otávio, dando uma risadinha – São bem arrogantes e desconfiados.
- Então ISSO é um duende? – Indagou Otávio – Eu achava que eles eram mais... Bonitinhos.
- Agora vai Ter que se acostumar com estes feiosos – Retorquiu a mãe, rindo mais uma vez.
Eles entraram no tal carro e ele começou a se mexer. Otávio viu que haviam grandes entradas por todos os lados, cada uma com um número. Quando eles chegaram no cofre 264, o duende desceu do carro.
- Lampião, por favor – Falou ele. O Sr. Hufflepuff o entregou o lampião. O duende andou até o compartimento, abriu a entrada da fechadura e falou:
- Chave, por favor. – O Sr. Hufflepuff segurou o lampião e entregou a chave ao duende, que abriu o cofre facilmente.
Otávio nunca tinha visto tanto dinheiro antes. Dentro do cofre haviam milhares de moedas de ouro, como as que alguns duendes estavam examinando na entrada do banco. Era muito, muito ouro mesmo.
- Acho que uns 500 galeões devem bastar para o material do Otávio e para comprarmos uma casinha. – Falou o pai, tirando uma sacola do bolso e catando moedas. – Certo, assim já está bom. – Disse ele, ao ver que tinha pego muito mais do que havia falado. Dentro da sacola havia uma média de mil galeões.
- Vamos embora, então. – Falou o duende carrancudo.
Todos subiram no carro e ele voltou ao lugar de onde eles haviam partido. Na saída, Otávio avistou muitos bruxos olhando, assustados, o Sr. Hufflepuff sair do banco com mil galeões, não era uma coisa muito comum.
- Bem, agora vamos às compras – Falou a Sra. Hufflepuff, abrindo novamente a carta. – Primeiro, vamos à Madame Malkin. – Apontou a Sra. Hufflepuff para a lojinha que Otávio tinha visto quando eles chegaram.
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