As maravilhas do mundo bruxo.



- Bom-dia. Sejam Bem-vindos à Madame Malkin, temos vestes para todas as ocasiões. Em que posso ajudá-los? – Falou Mad. Malkin, milimetricamente, como se já tivesse decorado aquela fala.
- Bom-dia, Sra. Malkin, queremos que a senhora faça vestes para nosso garoto aqui – Falou o Sr. Hufflepuff, dando tapinhas nos ombros de Otávio
- Huh... – Agora Madame Malkin havia reconhecido a voz. Ainda um pouco confusa, ela levantou os olhos e se deu conta de quem era – Augusto! A quanto tempo! Garanto que este é o seu filho, estou certa? – Indagou Madame Malkin, soltando um sorriso
- Sim, Malkin. Eu não andava pelo Beco Diagonal há bastante tempo, não é mesmo? Ah, este rapaz aqui é o Otávio, meu filho.
- Então, o jovem Hufflepuff veio comprar vestes? Acho que as vestes tem de ser Amarelo-ouro com preto, estou certa? – Agora a Mad. Malkin pegava sua fita, para começar a medi-lo
- Sim, sim. - Alegrou-se o pai. – Todos os descendentes de Hufflepuff vão para a Lufa-Lufa, espero que com ele não seja diferente, ou ele vai Ter que andar com vestes amarelas sendo de outra casa. – Riu o pai.
O tempo que eles ficaram na loja de vestes foi tedioso. A velha senhora não parava de puxá-lo e medi-lo, conversando sobre a família sangue-puro dos Hufflepuff. Após mais ou menos uma hora, suas vestes já estavam prontas.
- Três vestes padrões de Hogwarts, duas gravatas Amarelo e Preto, três vestes amarelas com preto, um chapéu coco, vestes de dormir e Sapatos de couro de dragão. – Terminou Madame Malkin, revisando sua lista própria de materiais para primeiranistas. – Isso é tudo. No total, dão Vinte galeões, três sicles e sete nuques.
- Certo. – Falou o Sr. Hufflepuff, pegando um punhado de moedas do bolso e dando para Madame Malkin, que já calculava o troco. – Não, fique com o troco para você, por gentileza. – Sorriu o pai de Otávio.
- Obrigada. Voltem sempre – Disse agora uma feliz Madame Malkin.
Os três saíram da Loja. A mãe de Otávio estava bem quieta. Na verdade, ela não parava de experimentar novas vestes bruxas, já que as dela já tinham encurtado. Ela olhou novamente a lista.
- Agora... Botica. Sempre gostei de poções – Falou a Sra. Hufflepuff, apontando para uma pequena loja, coberta de musgo, onde um mirrado letreiro anunciava seu nome. Os três entraram na loja e a sineta da porta tocou. Um homem velho e barbudo apareceu imediatamente de trás de uma cortina.
- Bom-dia, em que posso ajudá-los? – Perguntou o atendente, sem paciência.
- Eu gostaria de um conjunto de frascos, um kit para preparo de poções para o primeiro ano escolar e um caldeirão de ouro, tamanho padrão – Falou a Sra. Hufflepuff, conferindo a lista de materiais de Hogwarts
- Oho! – Alegrou-se o Atendente – Caldeirão de ouro, há alguns meses não vendemos nenhum. – Agora o homem parecia mais feliz, e mostrava um lindo sorriso – Presumo que ele precise de uma balança e de um telescópio?
- Ah, sim. Não me lembrava onde comprávamos a balança e o telescópio. Uma balança de Titânio e o melhor telescópio que você tiver no estoque, por favor. – Falou a mãe de Otávio, riscando mais alguns itens da carta.
- Sim, sim! Aguardem um minutinho, vou no estoque buscar tudo que vocês precisam. – Falou o homem que saiu cantarolando por uma portinhola.
- Às vezes é bom Ter bastante dinheiro – Falou a mãe para seu filho – Nos meus tempos de Hogwarts eu tive que comprar o pior de tudo, mas não reclamo disso. Não são com os melhores itens que se faz um bruxo melhor. O que importa realmente é a capacidade de cada um.
Quando a Sra. Hufflepuff completou seu pequeno discurso, o atendente sorridente voltou, ainda cantarolando algo parecido com “Ricos, Ricos em meu estabelecimento”. Ele soltou a caixa lentamente e cuidadosamente sobre o balcão.
- O Melhor telescópio, a balança de titânio, o Caldeirão de ouro, o kit de artigos de poções e um conjunto de frascos. Tudo aqui. Isso tudo custa 30 galeões, oito sicles e doze nuques, obviamente com um desconto da casa.
- Certo, certo. Tome o dinheiro. – Disse o Sr. Hufflepuff entregando trinta e um galeões para o atendente – Fique com o troco, gostei de sua simpatia. Agora temos que ir, até mais. – Terminou o pai de Otávio, saindo com seu filho e sua mulher, enquanto o atendente ainda pulava de felicidade.
- E agora, aonde vamos? – Indagou Otávio
- Hum... – A mãe de Otávio conferiu novamente a carta de Hogwarts – Falta a Floreios e Borrões, para os livros, o Senhor Olivaras, para a varinha mágica, a Artigos de Qualidade para Quadribol, para vassouras e outros utensílios esportivos e o empório das corujas.
- Certo, vamos primeiro no Empório das Corujas. Quero comprar dois animais para o nosso filho – Falou o Sr. Hufflepuff, indo em direção a uma grande loja, cheia de corujas.
Otávio saiu da loja mais feliz do que nunca: Havia ganhado uma coruja, que ele nomeou de Eddie e ele também ganhou um lindo texugo, que apelidou de Zap.
- Que mania de texugos você tem. – Reclamou a Sra. Hufflepuff ao marido. – Só porque o símbolo da Lufa-Lufa é um texugo.
- Ah, não fique brava, Fernanda. – Falou o Sr. Hufflepuff – Agora, vamos terminar logo estas compras, que eu não agüento mais.
O dia passou tão rápido que quando Otávio saiu da Artigos de Qualidade para Quadribol, com uma firebolt em mãos, já estava de noite. Ainda faltava um local, o último. O senhor Olivaras, para comprar o item mais importante para sua estadia em Hogwarts: Sua Varinha.
De noite não tinha mais muita gente perambulando pelo Beco, mas as lojas mantinham-se abertas, com as luzes ligadas. O Sr. Hufflepuff fez questão de entrar primeiro, fazendo sinal para o velho Sr. Olivaras aparecer.
- Augusto! Há quanto tempo! – Exclamou o Sr. Olivaras, surpreso.
- Como vai, Olivaras? – Perguntou o Sr. Hufflepuff. – Vim comprar uma varinha.
- Para o seu garoto, eu presumo – Apontou o Sr. Olivaras para Otávio
- Sim, sim. Ele vai ir para Hogwarts amanhã.
- Certo... – O Sr. Olivaras ficou oculto alguns instantes pelas grandes estantes de varinhas. – Teste essa aqui – Disse ele, voltando ao balcão. – Corda e bétula de coração de dragão.
- Duvido que seja essa – Resmungou o Sr. Hufflepuff, quando Otávio pegou a varinha.
- Certo, teste-a – Falou o Sr. Olivaras
- Certo... – Otávio fez um aceno para a varinha apontando para a escada do Sr. Olivaras. No mesmo instante, a escada começou a emitir um barulho ensurdecedor
- Não, Não... – Falou o Sr. Olivaras, silenciando o barulho e sendo oculto novamente pelas estantes. – Teste essa. – Falou ele, buscando mais uma pequena caixa e tirando dela mais uma varinha. – Pena de Fênix, 30 Cm, feita de Salgueiro.
- Hum... – Otávio pegou a varinha e testou-a no armário. Várias gavetas saltaram dele, caindo no chão.
- Não, ainda não. – Resmungou o Sr. Olivaras, indo novamente para as estantes. – Vamos testar... Esta. – E Olivaras entregou outra varinha a Otávio – Varinha de ébano, com pêlo de cauda de Unicórnio adulto, 34 Cm, com acabamento em prata.
- Vejamos... – Falou Otávio, segurando a varinha. Quando ele segurou firme a varinha, uma luz surgiu dela e o Sr. Olivaras disse
- Esta mesmo! Normalmente os alunos da Lufa-Lufa recebem esta, e você, como um bom herdeiro, também recebeu uma! – Exclamou o Sr. Olivaras alegre. Logo, ele se voltou ao Sr. Hufflepuff – São dez galeões, Augusto.
- Certo... – O pai de Otávio pagou o dinheiro e eles saíram da loja. Agora Otávio tinha tudo que precisava para estudar em Hogwarts. Eles voltaram à mesma lareira em que tinham chegado e o Sr. Hufflepuff tirou o vaso de pó de flú do bolso, entregando um punhado para cada um dos membros da família. Estava na hora de voltar para casa, mais um dia de férias e Otávio descobriria tudo que o mundo mágico poderia lhe trazer, tanto alegrias quanto tristezas. Otávio estava muito ansioso para que o amanhã chegasse, mas ele agora estava cansado e com sono. Otávio foi para o banho, onde tomou uma ducha relaxante. Ele vestiu seu pijama, desceu, foi jantar e se despediu de seus pais. Estava na hora de dormir. Seria esse o último sono em um ano inteiro na sua cama. Ele teria de se acostumar com outra e, pelo jeito, dividir o quarto com outras pessoas, mas ele não se importava, seu mundo estava totalmente mudado. Para ele já não importava se ele tinha um tema de português para entregar no outro dia, ele não precisaria ir a aula. Agora, ele se importava com o novo mundo que estava por vir, um mundo cheio de magia, talvez preocupações, talvez provas, tudo estava muito misturado na cabeça dele. Talvez até ele chegar na escola, ele não tivesse desembaralhado suas idéias. Talvez lá ele visse o que ele iria viver.
Ainda pensando nisso, Otávio se aconchegou em seu travesseiro, se virou e dormiu gostosamente na cama, esperando, talvez, o dia mais feliz da vida dele.

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