A Fuga



A FUGA



Quando o moreno reapareceu viu que estava numa bela sala, muito luxuosa com muitos moveis de madeira de lei, o chão coberto por fofos tapetes persas e um conjunto de poltronas de couro negro. Tudo muito bonito e com grande ostentação, tudo muito diferente da casa simples casa dos Lupin’s, mais a maior diferença estava no verdadeiro aconchego que na mansão Black nem de longe poderia ter e que na simples casinha que os Lupin’s tinha havia de sobra. E com esse pensamento Sirius olhou a seu redor e pensou “o mau filho ao covil retorna”. Nem de longe poderia ver essa mansão escura e sombria como casa, não queria ter que voltar para o moreno a casa mais parecia uma prisão dominada por suas artes das trevas. Definitivamente aquele lugar não era um lugar de um grinfinório morar. Era o pior lugar no mundo na opinião de Sirius, talvez não fosse pior que Azkaban, mas quem era ele para comparar, ao menos lá era lugar para pessoas como a sua família viver.

-O que faz parado em frente à lareira feito um idiota Sirius?- Indagou um senhor de uns 38 anos, muito bonito, na realidade era a imagem perfeita de Sirius, só que com uma barba que daria um belo charme nele se não fosse por aquele olhar gélido que ele lançava sobre o jovem. Essa era a grande diferença entre pai e o filho, o olhar... O do mais velho era o típico olhar de uma pessoa amarga, que tem raiva de tudo e de todos, um olhar que poderia matar até mesmo um rabo córneo de tão gélido que era. Já o do jovem Black era um típico olhar de quem tem a esperança de um mundo melhor que esse que ele vivia naquela casa, olhar triste, mas ao mesmo tempo feliz, um olhar que tinha uma vivacidade igual de uma criança, um olhar tão caloroso que poderia esquentar até mesmo a pior noite fria de um inverno londrino.

-Não sei se reparou mais estou chegando a ca... Hum... Neste lugar. - respondeu com certo desprezo característico que era todo reservado para a sua família.

-Onde você esteve esse tempo todo, seu moleque? Por que não veio para casa quando as férias de natal começaram?- perguntou uma senhora com feições que mais pareciam talhadas em pedra e não em carne humana. Era bonita como todos os outros Black’s, e também muito fria.

Sirius somente suspirou, estava muito cansado, afinal de contas viagens à moda trouxa casavam mais que 15 horas de partida de quadribol. Por tanto estava cansado demais para começar uma discussão com sua “adorável” mãe. Por isso se dirigiu à porta ignorando o que a mulher havia falado.

-Aonde você pensa que vai garoto?

-Vou para o meu quarto “MAMÂE” - falou o garoto repleto de sarcasmo como se cuspisse a palavra.

Subiu as escadas sem um mínimo de animo.

-Essa última semana vai ser um imenso pé no saco! Vou ter que ter testículos de aço para aturar essa medonha família. - subiu resmungando, quando chegou ao corredor do segundo andar que era o andar do seu quarto percebeu que precisaria ter muito mais que saco de ferro para aturar a presença de sua prima.

-Six com toda certeza esse não é um vocábulo digno de um Black. - Falou Belatriz – Mas e aí sentiu a minha falta?- falou a sonserina com o olhar mais sensual que o moreno já havia visto e olha que ele já tinha visto milhares.

-O dia que eu sentir a sua falta ou de qualquer membro desta família, pode me mandar para o St Mungus só com passagem de ida, por que com toda certeza eu estarei pirado.

Belatriz riu, odiava o primo, para ela, ele era um infame que traia o próprio sangue que sujava o nome e toda a dignidade que os Black’s tinham porém adorava implicar com ele. E por mais que ele dissesse que não sentia nada, ela sabia muito bem que seu corpo e seu rosto poderiam mecher com o bruxo mais poderoso que estava para existir e não se tratava daquele velho caquético do Dumbledore e sim de um bruxo de verdade, e com o fedelho do seu primo não seria diferente. É claro que ele se sentia atraído por ela apesar de todo nojo e ódio que sentia. Era um paradoxo inexplicável. E que ela nem de longe queria entender.

-Ok Sirius se você diz... Ah se vista com o mínimo de decência já que essa noite será a noite que eu serei pedida em casamento.

-Nossa não sei de quem eu devo sentir pena, de você por que meu Merlim Bela o Lastrange é o maior trasgo que já pisou em Hogwarts. Ou dele, coitado né afinal de contas como alguém pode ficar noivo da maior vadia que já pisou em terrenos ingleses e que ainda adora posar de boa moça.

A moça não ligou a minima para a falta de respeito do primo.

-Meu Merlim o que aconteceu, Sirius amorzinho nós Black’s não sentimos pena de ninguém ainda mais de quem nós odiamos. Ou será que você só diz me odiar da boca para fora?-falou a menina bem perto do ouvido do moreno.- E Bem digamos que o Rodolfo está bem feliz com o que ele estará levando para casa.

-SAI FORA BELATRIZ! – berrou o moreno - E não se preocupe que não vai pagar nenhum mico nesse seu jantarzinho de noivado.

-Ah vê se usa algum feitiço para esconder esse bronzeado ridículo porque desse jeito até mesmo o Régulos seria capaz de perceber que você estava a léguas de distancia de quaisquer pais Europeu. - falou e saiu de perto do primo indo à direção do próprio quarto.

“Que menina pretensiosa e intrometida” - pensou o maroto.

Apesar do ódio revelado dos dois e da implicância ambos sempre foram muito cúmplices até onde era conveniente a ela. Sabia que não poderia confiar em Belatrizices por que a morena era uma cobra peçonhenta manipuladora.

Na hora do jantar Monstro, o Elfo domestico dos Black’s, ele era o verdadeiro espelho da família do maroto “mais”, o chamou para o jantar que estaria pronto em meia hora. E como todos os britânicos a família do maroto prezava a pontualidade.

Sirius fez uma careta bem semelhante a que Rabicho fazia quando estava acuado e com medo, mas o motivo da careta de Sirius era bem diferente da do maroto mais medroso, a careta de Sirius era por estar contrariado.

-Afinal de contas para que eles querem a minha presença à mesa? Ninguém nessa família me suporta, sem contar que os Lastrange não curtem a minha companhia. -resmungou o maroto. Pegou a camiseta mais próxima e saiu do quarto ainda resmungando.

Quando chegou a sala se deparou com toda família os Lastrange e os Malfoy.

‘Meu Deus chamem os aurores porque todos que precisam ir para Azkaban estão aqui. ‘ - pensou o maroto com certo deboche.

-Boa noite para todos!- “se é que eles sabem o que é isso” - falou e pensou ao mesmo tempo. Sirius estava vestido da forma menos formal possível, calça jeans escura, camiseta regata preta e chinelos, mas a forma que estava vestida não foi proposital havia de fato esquecido do fato que a prima tinha avisado quando chegou e lembrou na mesmíssima hora que seus olhos bateram nas pessoas presente na sala. Mas nunca em hipótese alguma deixaria que percebessem que tinha cometido um erro sem querer era preferível que pensassem que era proposital.

-Que roupas são essas Sirius?

-Bem mãe eu... Hum... Digamos que esqueci que a Bela me avisou que hoje teríamos um jantar formal em nossa casa.

A mulher olhou para o garoto como se fosse lançar uma maldição imperdoável nele. Depois de um tempo de conversas fiadas na sala de visitas da mansão o Sr. Lastrange fez o pedido da mão da filha do meio dos Black’s para seu filho mais novo.

-É claro que nós aceitamos esse pedido. E ficamos muito orgulhosos de saber que a Bela estará em ótimas mãos. - disse o pai da garota que aceitava de pronto o anel cravejado de diamantes cunhado pore a de pronto o anel de diamantes feito por duendes albinos da malasia duendes albinos da Malásia que Rodolfo colocava em seu dedo anular esquerdo.

“Nossa quanto romantismo chego a me emocionar com tanto amor” – pensou o maroto com muito deboche.

-Sr. Black. - chamou o jovem Malfoy. - Eu gostaria de aproveitar o momento e também pedir a mão da Cisse em casamento?

Não dava para saber qual das duas irmãs tinha a maior cara de desgosto.

-Mas meu filho você não acha que ainda é muito cedo para você e a Narcisa ficarem noivos? Curtam o namoro! - disse a Sra. Malfoy.

-Não o garoto tem razão Guilhermina quanto antes oficializarmos melhor.

-Que ótimo assim podemos mandar para os jornais que todas as filhas Black’s estão de casamento marcado com rapazes de ótimas famílias.

“Que coisa mais brega, só falta quererem que elas façam um casamento duplo. Se bem que conhecendo essas duas como as conheço nunca topariam”. Continuou Sirius com seus pensamentos enquanto assistia aquela encenação de famílias decentes.

-Bem então vamos jantar para comemorar - falou a mãe do maroto.

Foram todos para a sala de jantar que estava toda enfeitada para a ocasião. Ambas as irmãs exibiam os anéis de noivado que havia ganhado de seus noivos, o da Bela era de diamantes cunhado pore a de pronto o anel de diamantes feito por duendes albinos da malasia duendes albinos da Malásia e o de Narcisa era de rubis e marquesitas da Europa ocidental. Todos jantavam e conversavam com certa animação, visto que animação não era o forte dessas famílias. Sirius que estava sentado ao lado de Régulos e na frete de Belatriz, remexia em sua comida com se fosse um brinquedo. Depois que as sobremesas apareceram magicamente em seus pratos, começaram a falar de quando poderiam marca as datas dos casamentos. Sirius se sentia completamente entediado pelo o assunto. Até que não demorou muito e Belatriz fez o comentário que mudaria a sua vida.

-Nossa Sirius nos conta onde você passou as férias de natal que conseguiu um bronzeado que nem em meu maior pesadelo conseguiria?

-Bela e quem quer saber onde o inútil do Black grinfinório passou as férias? - comentou Malfoy.

Mas a atenção dos pais do moreno já tinha sido detraída para o tom de pele dele, que estava um tanto quanto avermelhada e morena (já que o garoto era branco como todos os Black’s e tinha os cabelos negros como à maioria).

-Sabe Lucio como você me impressiona você acabou de ficar noivo de uma Black e fica me tratando pelo sobrenome quando a maioria ao redor dessa mesa carrega o mesmo sobrenome que eu. -ele ri de cabeça um pouco baixa que faz com que os cabelos vão parar em frente aos seus olhos assim fazendo que o maroto de uma leve balançada de cabeça para se livrar deles.

-Muito pelo contrario jovem Lucio a pergunta da Bela faz muito sentido. E Sirius seja mais educado com nossos amigos. - falou o pai do garoto com certa polidez.

-Só se forem seus amigos que meus nem de longe. E Bela desse jeito o seu noivo fica com ciúmes afinal de contas não é muito legal ficar reparando em outros homens na frente dele.

-Faz me rir moleque desde quando você é um HOMEM. Ainda mais sendo um grinfinório só reparei por que é algo que não tem como não notar esse tom ridículo de vermelho cereja que você adquiriu.

-Bela não ligue para o que seu primo diz, e Sirius responde agora a pergunta da sua prima.

-Bem pessoas – falou com certo sarcasmo – Eu estive por três maravilhosas semanas no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro com a família Santos. - falou com a maior simplicidade, mexendo em sua torta alemã, como se tivesse ido até a esquina e não em outro continente.

-SIRIUS AUGUSTO BLACK, VOCÊ FOI AONDE?- a Sra. Black falou em um tom um tanto estridente.

-Você ouviu muito bem, não se faça de desentendida ou de lerda que todos nós sabemos que você não é.

A mulher estava tão alterada que nem prestou a atenção no que o garoto falou.

-Eu não acredito que o meu filho. Meu primogênito por mais rebelde que ele seja ele fez algo assim comigo.

-Algo como o que mãe? Viajar com meus amigos curtir e me divertir?

-NÃO SIRIUS, algo como se misturar com gente que não vale a pena.

-Quem não vale a pena? Os trouxas, sangues-ruins, traidores do próprio sangue, mestiços?- nesse ponto sirius estava tão alterado quanto à mãe e enquanto a briga desenrolava todos prestavam muita atenção no que era dito. - Fala serio eles todos valem muito mais que uma misera gota desse sangue que eu levo em minhas veias. E passei, passei sim meu natal com eles e quer saber foi meu melhor fim de ano. - o garoto falou tudo em plenos pulmões.

O pai de Sirius levantou com os punhos cerrados e com a cara vermelha de raiva.

-Muito bem Sirius, até hoje você fez exatamente o que queria. Entrou para a grifinória, se misturou com sangues-ruins e mestiços. Mais agora chega, ouviu bem? CHEGA. Não vai mais se comportar assim, como um rebelde sem causa. Não tive um filho para sujar e manchar o nome da minha família. Não moleque agora você vai aprender por bem ou por mal. - e puxou o menino pelos braços levando-o para sala com todos os olhos voltados para eles. - e sabe por que não ira mais se comportar assim?- antes mesmo que o garoto respondesse falou:- Porque eu não quero. Porque você tem que honrar o seu, o nosso sangue. O nosso sobrenome. - gritou ficando ainda mais vermelho.

-TIRE AS SUAS MÃOS DE CIMA DE MIM, SEU SUJO, PRECONCEITUOSO. O nome Black não significa nada para mim. Eu odeio o que ele significa para a nossa sociedade. Eu odeio a prepotência que vocês falam ‘eu sou um Black’. EU NÃO SOU IGUAL A VOCÊS. Não sou ninguém para dizer que sou melhor ou pior que alguém, mas com certeza vocês não se comparam a mim.

-Que bom que você sabe que não é ninguém. - o homem vestido de preto feito a sua alma, pegou o maroto pelos cabelos e o arrastou até as masmorras da casa jogando-o do alto da escada. -Fique aí e pense no que disse para mim e para sua mãe e ainda no que falou sobre a nossa família.

-Não tenho nada em que pensar. Não sou o Régulos que não pensa, acata as suas ordens.

-Ao menos ele é digno de ser um Black, coisa que você não tem sido. E você só sairá daqui quando se desculpar. E dê graças a Merlim por ter se alimentado muito bem, por que ficará sem comida e bebida até que se desculpe. Tchau meu filho. - saiu e fechou a porta com magia deixando o lugar na penumbra total.



-Almofadinhas, ALMOFADINHAS!!!!!! Cara cadê você estou a dias tentando falar com você. Sabe de uma coisa vou te mandar uma coruja.



“Caro Almofadinhas”,

Hoje é noite de lua cheia e o Remo precisa de nós. DÁ PARA RESPONDER AOS MEUS CHAMADOS NO ESPELHO? O que esta acontecendo? Seus pais estão fazendo algo com você? Mande-me uma resposta o quanto antes.

Ps: Preciso falar com você.

“TP”



-Não consigo falar com o Sirius desde que chegamos do Brasil.

-E por que toda essa preocupação, meu filho? Afinal de contas não faz tanto tempo assim.

-Mãe eu e o Sirius conversamos todos os dias desde que nos tornamos amigos. E sem contar que ele sempre me responde quando eu o chamo no espelho fone.

-Então espere que ele em algum momento te responderá. A Walburga deve tê-lo mandado fazer alguma coisa.

-Só se for algo bem macabro. A senhora sabe que a sua sobrinha é meio sinistra. Ela não gosta do meu amigo.

-E Tiago come direito você anda bem magrinho. - o pai do moreno fez uma careta.

-Dorea meu amor o Tiago não está nada magro. Ele esta no peso ideal para um apanhador. E meu filho não se preocupe, o Sirius sabe muito bem se cuidar e lidar com os Black’s. – E Charles Potter tinha toda razão.

O moreno podia até não saber quando sairia dali, mas tinha certeza de algo. Ele sabia que poderia demora o tempo que fosse mais quando saísse daquela masmorra nunca mais voltaria.

Durante as noites que passava naquela masmorra pouco dormia e quando conseguia o elfo idiota a acordá-lo.

-Acorda mestrezinho - falou o elfo cheio de sarcasmo enquanto chutava as costelas do moreno.

-Merda Monstro, isso dói sabia o seu mostrengo. - Monstro riu adorava fazer isso com o maroto.

-O seu pai mandou acorda-lo. - falou o elfo.

-Hum! Se ele quer saber se eu mudei de idéia pode dizer a ele que nada mudou. Nem mesmo uma vírgula do que eu disse.

-Não Sirius, eu vim aqui para te mostrar do que nós Black’s de verdade somos capaz. - falou a Mãe dele com certo ar de maldade.

-Do que a senhora esta falando?-perguntou o garoto.

-Bela minha sobrinha favorita não quer participar de nossa... Hum... Digamos festinha?- falou a mulher com um olhar tão perverso que chegava a queimar o peito de rapaz.

-Claro Titia, mas não poderei fazer muita coisa, já que aqueles idiotas do ministério não permite que menores de idade não faça magia fora de Hogwarts.

Sirius olhava de uma para outra com certa curiosidade e receio, sabia do que cada uma era capaz.

-Mas quem disse que o Ministério da Magia precisa ficar sabendo quem foi que fez a magia? Não sei se vocês sabem mais o Ministério da Magia não tem como saber quem foi que utilizou da magia naquele momento. Eles normalmente deduzem que foi um adulto quando há uma quantidade de pessoas maiores de idade num determinado local. Portanto Bela ninguém poderia dizer que foi você, podendo fazer o que você quiser com o meu “filhinho” aqui. - nesse momento Sirius sabia que mãe não estava para brincadeiras.

-Se é assim Titia, - ela lançou um sorriso para o maroto que se ele visse no rosto de outra pessoa ele poderia até mesmo julga-lo por um sorriso inocente, mas vindo de Belatriz Black de inocente ele não tinha nada, muito pelo contrario, ele tinha algo maléfico que se misturava com um olhar que poderia ser muito parecido com o seu, porem tinha algo que fazia toda diferença: a crueldade.-Então priminho querido... Crucio. - a menina olhava o primo se contorcer de dor como se estivesse assistindo a um episodio de “o gordo e o magro”.

Sirius gritava e se contorcia, era como se mil facas entrassem e saíssem do seu corpo ao mesmo tempo.

Porem de burra Walburga Black não tinha nada, sabia que não poderia deixar vestígios do que estavam fazendo com Sirius, e sabia que se deixasse a caráter da sobrinha o filho poderia ficar louco.

-Calma Bela, não vá com tanta sede ao pote.

-Tudo bem titia. - falou a morena olhando para tia como se a mulher fosse uma Martin. - E aí priminho- falou com sarcasmo- ta gostando da brincadeira?

-Sirius meu filho, continua pensando aquilo que disse no dia do jantar de noivado de suas primas?

O rapaz suspirou e secou o suor que se formava em suas temporas e as lagrimas que se formava no canto de seus olhos.

“Deixe de ser idiota Sirius Black, homens não choram nem por dor nem por amor. E se essa mulher que se diz sua mãe não lhe ama não será você a nutrir esse sentimento.”

-Sabe Bela acho super divertido ver como uma pessoa com tão pouco discernimento mágico pode se achar tão poderosa só porque sabe lançar uma maldição imperdoável, sabe garota você é patética. E não Mamãe sou um homem com brius, não me deixaria abater por conta de seu terror físico e psicológico. – falou o moreno com tamanha audácia e coragem.

-Nossa titia não é que o Sirius é realmente um grinfinorio. - disse a morena entre risos. - Sabe priminho realmente você tem muita coragem, porem não tem nem um pingo de respeito pelo sangue que corre em suas veias. Não tem vergonha? Devia ter mais respeito pelos seus pais. E quem te disse que não sou nenhuma grande bruxa? Sabe sei muito mais que se ensina naquele muquifo. - a garota lançou um feitiço não verbal no garoto. Um feitiço que ele e Tiago conheciam muito bem. – Nossa daria tudo para ver a cara do Severo se ele tivesse assim. LIMPAR. - e uma espuma multi colorida começou a sair da boca do maroto. A garota e a mulher riam tanto do garoto que chegavam estar vermelhas.

-Bela você é perfeita! – disse a mulher entre risos.

-Obrigada titia - Disse a morena fazendo um gesto de reverencia.

-CESSEM ESSE FEITIÇO RIDICULO, AGORA - esbravejou o pai do moreno. – O que vocês pensam que estão fazendo? Eu não queria que lançassem maldições nele desta vez, o castigo dele é outro que eu tenho certeza que esta sendo bem mais penoso que isso.

-Mas... - porem o homem não deixou que ela terminasse a sua frase, sabia bem o que a mulher falaria.

-Não tem mais nem menos Walburga. E vocês dois subam e fiquem em seus quartos. E você Sirius não pense que saiu de seu castigo ou que o Monstro ou qualquer dos outros elfos lhe levaram comida.

-E quem disse que eu pretendo comer algo que venha da sua cozinha? Com toda certeza se me servirem algo estará envenenado. - disse o maroto que estava há dias sem ver comida e se negava beber até mesmo a água que o irmão levava.

-Sirius suba e não diga mais nem uma única palavra. - disse o pai do moreno que estava ficando sem paciência.

O garoto passou por seus pais e pela prima de cabeça erguida, ainda sentia muita dor no corpo, mas não poderia deixar que percebessem que ele estava fraco. Subiu as escadas o mais rápido que pode e quando chegou ao seu quarto viu a coruja de Tiago. Leu o que estava escrito no bilhete e escreveu no verso do mesmo um pequeno recado.

“ Pontas, Estou indo para sua casa. Almofadinhas.”



Prendeu o bilhete na pata da coruja cinza, antes dela sair fez um carinho nela e disse:

-Agora eu serei livre igual a você. - E deixou a coruja ir embora.

Juntou as poucas coisas que estavam espalhadas por seu quarto, pegou uma foto que estava ele os marotos e as meninas no terceiro ano, na foto todos riam de alguma piada idiota que Melissa havia feito na hora que a foto era tirada, olhou para foto e sentiu saudade dos amigos. Tirou a foto da porta retrato de prata e colocou a foto junto com suas coisas no malão. E sentou para escrever uma carta para os pais num papel timbrado da família.



“Senhor e Senhora Black”,

Sabe seria muito engraçado se eu começasse a escrever esta carta chamando-os de pai e mãe, nunca os senti desta maneira. Sempre me pareceram tão distantes e frios, mas quando pequeno nunca tinha percebido tão frieza, não sabia como os pais das outras crianças os tratavam. Todos que eu via tratavam seus filhos assim então achava tudo muito normal. Até que eu cresci e mesmo antes de ir para Hogwarts via que me tratavam com indiferença, sabia que o Régulos era o preferido, e não pense que foi por esse motivo que pedi ao chapéu seletor que me mandasse para Grinfinorio. Sim eu pedi para ir para a casa dos Leões, sempre soube que vocês não faziam coisas legais com os trouxas da nossa rua, e que naquelas reuniões nas masmorras rolavam coisas muito macabras, sórdidas. E não queria ser assim.

No trem para Hogwarts sentei com um garotinho que apesar de ser trouxa me pareceu muito digno de minha amizade e quando uns meninos com as vestes da sonserina entraram em meu vagão dizendo que só porque ele era trouxa não poderia se misturar comigo por que eu era um Black me indignei. E sabe o que me falaram? Que puros-sangues igual a nós não se misturavam com aquele tipinho de gente e que se fosse por Sylterin não haveria trouxas em nossa escola, mas que o idiota do Grinfindor tinha batido o pé e que os outros fundadores da escola tinham concordado com ele, fazendo assim que o fundador da sonserina fosse embora do castelo para nunca mais voltar. Decidi ali que seria igual a ele. E quando a professora Minerva colocou o chapéu em minha cabeça ele disse: ‘nossa um Black diferente... Hum com muita coragem de se provar, com ousadia de ser quem é de verdade e não aquilo que a sociedade espera que ele seja, inteligente... Porem garoto você é um Black acho que não devo colocar você em outra casa é tradição Black que é Black tem que ir para sonserina’. Foi nesse ponto que eu implorei que ele me pusesse em qualquer casa menos na sonserina. E ele me concedeu o direito de escolha foi ai que eu escolhi a casa dos leões, nunca teve nada haver com vocês e sim com a própria sonserina. Mas por vocês isso foi visto como um ato de rebeldia como tudo que eu fazia. Mas mesmo assim eu defendia vocês quando alguém ousava falar mal de vocês, mas com o tempo eu fui percebendo que tudo que diziam sobre minha família era verdade e fui me afastando cada vez mais.

Sabem, hoje eu não me sinto nem um pouco Black e me sinto muitíssimo feliz por isso por que apesar de tudo eu seria incapaz de fazer o que o senhor, o homem que devia zelar por minha segurança e bem estar nem de longe foi capaz de fazer isso, fez. E muito menos o que a senhora, a mulher que deveria me amar incondicionalmente, me proteger de todos os males que a vida poderia me causar, mas não foram vocês quem mais me causaram danos nesse dezesseis anos de vida. Se hoje sou como sou, posso dizer que é por não querer ser igual a vocês. Por isso agradeço a vocês, por terem sempre sido tão transparentes, ao menos para mim, assim pude me tornar um homem digno. E não em uma cópia mal feita do Senhor como o Régulos. Não poderia amar e respeitar vocês como os meus amigos amam e respeitam os seus pais? Seria meio difícil né? Pois para mim vocês nunca passaram de carcereiros, me fizeram de prisioneiro, no sentido mais literal da palavra, mas agora chega. Nunca mais vocês farão algo assim comigo, por que apesar de todas as nossas diferenças como disse o chapéu seletor, eu ainda sou um Black e gosto de me vingar. Então não venham atrás de mim, não me procurem que eu não os procurarei. E caso façam isso (apesar de duvidar disso) por que eu não perco nada em colocar o magnífico nome de vocês na lama.

Atenciosamente (porque apesar de vocês não terem me educado, eu me tornei num homem bastante educado.).

Sirius Black (isso porque não tenho escolha).”




Conduziu o malão com magia e em uma das mãos tinha a carta que havia escrito para os pais, desceu as escadas com muito cuidado para não ser visto por ninguém. Quando viu que não tinha ninguém na sala correu para o escritório onde não corria o risco de ser ouvido, deixou a carta encima das coisas do pai e foi em direção à lareira. Antes de dizer o destino olhou bem para o cômodo e pensou.

“Nunca mais em minha vida quero pisar nessa casa.”

Olhou novamente para o cômodo que era bem luxuoso e macabro como toda casa, falou o seu destine.

-Mansão dos Potter’s - ouve um estampido e o menino desapareceu.



N/A: Bem postei esse capítulo mais rápido que eu imaginava.
Bem tenho que agradecer a Isa por que se tivesse que corrigi-lo demoraria séculos para sair. Valeu Isa.

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