Aos Srs. Aluado, Rabicho, Almo
Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
-Mãe, tenho certeza que a vaca da sua sobrinha...
-Tiago, tenha modos. Isso é forma de chamar a mãe do seu amigo ainda mais ela sendo a sua prima.
-Graças a Merlim ela é uma parenta bem distante. E desculpe-me, mas tenho certeza que ela esta fazendo algo com o Sirius.
-Tiago vê se vai distrair ES... - a Sr. Potter nem terminou a frase, uma luz verde apareceu na lareira da sala e um Sirius muito pálido desmaiou no mesmo instante em que a fumaça desaparecia. -Meu Merlim o que aconteceu?-perguntou a mulher enquanto corria para socorrer o menino.
-Mãe o que será que aconteceu? O Almofadinhas não esta com uma cara muito boa.
-Realmente ele não esta muito bem- disse em quanto fazia uma compressa de água fria na testa do rapaz com uma toalha conjurada por ela. - Mas nada que uma poção revigorante não resolva.
-Mas ele vai estar bem até de noite?
-Sim, por quê?
-Nada não só por curiosidade.
-Bem, mas acho melhor deixarmos sua curiosidade de lado e cuidarmos deste rapaz aqui ele está bem fraco. - falou a mulher enquanto levava Sirius para o quarto de hóspedes com um feitiço.
Depois de meia hora de ter aparecido na lareira dos Potter, Sirius despertou um pouco mais disposto, percebeu que a mãe do amigo estava no quarto.
-Oi? Como você se sente meu filho?- Perguntou a mulher com bondade.
-Melhor Tia, bem melhor. Cadê o Tiago? Pensei que ele estaria aqui para velar o meu sono.
-Depois diz que o viado sou eu.
-Cala boca. – Falou Sirius.
-Tiago. – a Sra. Potter falou exatamente no mesmo momento que Sirius.
-Deixa para lá. Mas conta para gente Almofadinhas o que aconteceu? Por que você chegou neste estado lamentável aqui em casa?- perguntou o moreno de óculos no que a mãe emendou perguntando se poderia ajudar com alguma coisa.
-Deixa para lá cara não vale a pena. Claro que a Senhora pode ajudar tia, só não sei se a senhora e o tio Charlus iram concordar. - a mulher olhou enigmática para o moreno que emendou- A senhora me deixa vir morar aqui?- A mulher lançou um olhar de “me explica melhor esta história” para o maroto que ele não hesitou. – Sabe Tia é que eu é que eu fugi de casa e não tenho para onde ir e nem pretendo voltar para aquele mausoléu.
Tiago deu um sorrisinho de canto de boca que deixaria Mcgonagol orgulhosa de tão imperceptível que o sorriso do moreno foi. Ele sabia que não poderia dar um sorriso ‘eu tenho trinta e dois dentes’ porque se não sua mãe o repreenderia, mas não poderia deixar de dar o seu apoio incondicional ao amigo.
Já a mãe de Tiago ficou meio desconcertada ‘tudo bem que a minha sobrinha é meio louca, mas daí Sirius tomar uma decisão desta é um pouco demais, isso seria como uma afronta a família e aos seus pais’ pensou ela.
Sirius já estava ficando nervoso com todo aquele silêncio, já estava pensando em pedir abrigo na casa do Remo que seria sua segunda opção, ainda mais por que sabia que os pais do amigo já tinham muito com que se preocupar e não queria dar mais preocupação a eles. Decidiu por fim no seu martírio.
-Tia eu sei que talvez não seja muito conveniente para a senhora me ter aqui... Sei lá talvez a mamãe a trate tão mal ou até mesmo te tire da arvore genealógica de nossa família como fez com a Andy e como provavelmente fez comigo... Hum... Eu não queria te trazer constrangimento- falou o garoto sem jeito quando viu que a resposta não vinha.
-Sirius para de falar besteira. É claro que você fica aqui, como se eu ligasse para aquele deposito de fadas mordentes. - Sirius a abraçou bem forte como um sinônimo de agradecimento.
-Muito obrigado, tia. A senhora é a mãe que eu sempre quis ter.
-Ah, Almofadinhas, e você é o irmão que eu sempre quis. - Tiago falou com a voz afetada fazendo a mãe e o amigo ri.
-Então descansa meu filho vou à casa dos seus pais para avisá-los que você não voltará mais para casa. Tiago deixe o Sirius descansar. - Ela deu um beijo afetuoso no rosto dos dois marotos. Depois que a mãe saiu do quarto Tiago falou para o amigo.
-Agora você vai me contar o que aconteceu?
-Agora não cara, quero realmente dormir antes de irmos para casa do Remo.
Sirius passou a tarde toda dormindo enquanto Tiago passou a tarde toda maquinando algo em seu quarto. Quando eram quase sete horas da noite a senhora Potter os chama para o jantar.
Durante o jantar a dupla falava muito a senhora e o senhor Potter pensavam que definitivamente o amigo do filho deles estava definitivamente recuperado do que havia sofrido naqueles dias que passou em casa, apesar de não saber direito o que havia ocorrido, tinha certeza que não foi nada parecido com os castigos que dava ao seu filho. Eram assuntos rápidos nada que falasse sobre os pais do maroto, mas eles estavam falando das próximas marotices que pretendiam fazer na escola.
-Vocês nem pensem em fazer nem metade do que vocês estão dizendo, imagine o que a Mcgonagol irá fazer com vocês se vocês fizerem isso?- disse a senhora enquanto os dois marotos e o marido riam da possibilidade deles roubarem todas as roupas de todas as meninas da escola deixando-as apenas com as peças intimas como vestimentas.
-Bem imagina que a cara da Tia Mc não seria das melhores. - disse Tiago.
-Nem a detenção que ela nos daria. Mas a visão valeria à pena. - disse um Sirius pensativo.
-Eu falo serio, vocês não ousem.
-Eles não estão falando serio eles estão apenas falando para chatear você querida. Mais que tal nós tomarmos um chá na sala?
-Pow, pai, não vai dar é que estou cansado e vou dormi.
-Bem tio eu nem falo nada sabemos como é difícil ser filho da minha mãe e também quero dormir cedo, tô ainda muito cansado.
-Então tá meninos, só não se esqueçam de escovar os dentes antes de irem dormi.
A dupla subiu o primeiro vão da escada de maneira displicente quando eles alcançaram o segundo lance de escadas eles apresaram tanto o passo que quase chegavam a tropeçar nas próprias pernas.
-Cara eu pensei que não conseguiríamos nunca sair lá da sala já tá quase na hora e nós ainda nem sabemos como iremos fazer para a sua mãe não dar por nossa falta.
-E eu que sempre pensei que o tapado do grupo fosse o Rabicho. Eu já transfigurei umas almofadas em mim> agora só falta fazer o “você”.
-E eu sempre pensei que o gênio do grupo fosse o Aluado.
-Não o Aluado é apenas o mais CDF o inteligente sou eu mesmo.
-Coitado. Mas é serio eu sou lindo até dormindo. - falou o moreno olhando sua própria imagem na cama.
-Realmente a imagem é a sua cara ela não pensa igual a você. - riu Tiago
-A cala boca vai. É melhor saímos pelas janelas e pegar o noitebus na outra rua.
Eles saíram pela janela e foram caminhando até a esquina, mas distante da casa dos Potter. Assim que esticaram a varinha na frente do corpo apareceu um grande ônibus de Três andares roxo berrante.
-Sejam bem vindos ao Nôitebus Andante, eu sou Nicolai Webb, Nick, e serei o condutor de vocês esta noite. A passagem é sete sicles mais por dez vocês ganham escovas de dente, sacos de dormir e chocolates quente.
-Não muito obrigado só vamos ficar com as passagens. Vocês já não acham caro demais cobrar a esse valor a passagem? – resmungou Sirius.
-Para onde vocês vão?- perguntou o condutor- tão novo é já é tão sovino- resmungou baixinho o homem
-O que disse?- perguntou Tiago apesar de ter ouvido muito bem o que o homem resmungou.
-Só perguntei aonde os senhores irão.
-Vamos ficar no mesmo lugar que aquele rapaz ali- disse Sirius apontando para o franzino Pedro.
O homem concordou enquanto os meninos se dirigiam aos trancos e barrancos ao amigo.
Essa era uma noite de lua cheia independente de o Remo concordar ou não eles sempre estariam com o amigo, sempre que fosse possível. Remo não havia concordado com que os dois amigos mais populares haviam feito mais não os entregaria e mesmo que não concordasse gostava de saber que tinha bons e corajosos amigos. Pedro não poderia ser a maior fonte de coragem que existia em Hogwarts, mas era um bom amigo e quando os outros dois disseram o que pretendiam concordou e também se tornou um animago ilegal. E sempre desde que haviam conseguido tão proesa passavam tais noites com o amigo lobisomem, independente de onde fosse. Não importavam se estavam na casa dos gritos ou num pequeno casebre repleto de magia numa vila trouxa em Anglese.
E era em momento como esse que Remo se sentia mais seguro, os marotos traziam essa segurança peculiar a ele. Era uma situação bastante controversa já que era exatamente nesses momentos que ele sentia mais inseguro, tinha medo e coragem, sentia-se feliz e infeliz. Sabia que eram sentimentos antagônicos e por isso ficava tão confuso na véspera de lua cheia. Mas se sentia muito grato a Deus por poder se sentir assim, pois não sabia como seria se não fossem os marotos em sua vida.
Quando sentaram ao lado de Pedro Tiago e Sirius notaram que a cara do amigo não era das melhores, na verdade o rapaz estava quase pondo o jantar para fora, tinha atingido um tom de verde muito esquisito.
-Calma Rabicho, logo chegaremos. - disse Tiago.
-Vocês estão assim, tão... - Pedro teve que por a mão na boca para evitar por o jantar para fora- Hum como eu ia dizendo vocês não podem ficar tão enjoados como eu porque não comeram a comida da minha avó.
-Rabicho, Rabicho. A frase certa não seria “vocês não comeram o quanto eu comi?” – Tiago achou graça da piada do amigo, só não gostou da forma que aquele motorista impertinente dirigia esse treco que chamam de ônibus.
-O que eu não faço por um amigo.
-É Pedro você tem razão também não gosto de andar nesse bagulho. - resmungou Tiago.
-Próxima parada ilha Holy em Anglesey.
-Que bom que estamos chegando, não estou mais agüentando. Pontas, quando chegarmos lá como faremos para os pais do Aluado não saber que estamos lá?
-Cara você às vezes me assusta, sabia? Não é possível, essa não será nem a primeira nem a ultima vê que faremos isso.
-Poxa Sirius, só fizemos isso em Hogwarts.
-E daí Pedro? Nada muda, teremos que agir da mesma forma que agimos na escola. Que idéia!
-Deixe o Cara, Almofadinhas.
Quando os três amigos desceram do ônibus viram que a rua que o amigo morava estava completamente deserta. Caminharam com cautela e foram direto para cabana que o amigo ficava quando passava suas noites de lua cheia em casa. Chegaram à pequena cabana antes dos pais do rapaz o levar para lá. Depois que os pais fecharam a porta e jogaram todos os feitiços necessários para que os vizinhos não o ouvissem remo falou:
-Sinceramente, eu não sei por que vocês ainda insistem nisso. – Os três marotos nada disseram, apenas saíram debaixo da capa de invisibilidade de Tiago e retribuíram o olhara do amigo. Remo estava com uma aparência muito doentia. Seus olhos castanhos sempre tão sagazes estavam rodeados por enormes marcas arroxeado, demonstrando o cansaço físico e mental do rapaz. - Já que insistem em fazer isso por que vocês não se transformam logo, heim?
Os três rapazes se mantiveram em silêncio, pois sabia o quanto Remo ficava sensível nesses dias, Sirius costumava dizer que era pior que a TPM da Lily. Os garotos foram se transformando um a um e suas formas animagas. Primeiro um grande e gordo rato cinza com grandes orelhas arredondadas e um enorme rabo pelado. O segundo foi um enorme cão negro com olhos azuis, mas parecia um sinistro dos livros de Adivinhação. O último, mas não menos importante era um grande cervo imponente com seus dois metros de altura e com enormes chifres. Eram animais completamente diferentes. Um era grande demais, o outro pequeno demais, o outro assustador demais. Nada nesses três animais era meio termo tudo era muito extremosa como a amizade deles. Nenhum deles sabia o porquê de terem adquirido essas formas e nem tiveram coragem para perguntar algo para a professora McGonagol, mas sem sombra de duvidas tinham amado poder infringir as regras do mundo bruxo. Ainda mais com as melhores companhias possíveis. Sabiam que poderiam contar sempre uns com os outros, sabiam que sempre seriam amigos para todas as horas, principalmente em horas como essas. Onde a lua cheia consumia o que havia de melhor no amigo deles, na hora onde eles viam o amigo estudioso, atencioso, conselheiro, o monitor que de vez em quando era chato, o simplesmente amigo Remo J Lupim se transformar numa fera perigosa aos olhos de muitos, mas nunca aos olhos deles. Era sempre triste presenciar o momento onde os astutos olhos castanhos se transformarem num amarelo horripilante, quando a pálida pele branca ganhava pelos acastanhados. Todas essas transformações em sua aparência o deixavam assustador, mas mesmo em horas como essas eles continuavam sendo que eram: Remo, Pedro, Sirius e Tiago. Ou simplesmente, Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas.
Quando a fera que existia em Remo se mostrava os três animagos faziam de tudo para a calma-lo, ganhavam alguns hematomas (nada que não pudesse ser curado com magia), mas por fim sempre conseguiam a calma-lo, já haviam pego à manha. Descobriram que passar as noites no castelo era bem mais divertido, tinham aquela enorme casa e a floresta proibida para se distraírem, ali tinham apenas a companhia uns dos outros. Mas descobriram o quanto era engraçado fazer a casa dos ratos, tudo bem que Pedro não achou à mínima graças e assim eles decidiram que era também muito engraçado brincarem de barataboll. Quando o dia já estava quase se aproximando trio de animagos se empenharam em fazer o lobisomem dormi e quando Remo voltou a sua verdadeira forma os três animais se transformaram em garotos e decidiram que era bem mais seguro para eles e para o próprio amigo esperarem que os pais do menino embaixo da capa de Tiago. E era em momentos como esses que eles sabiam que amizade poderia ir sempre mais além.
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