A advo-bruxa
N/A: A partir deste capítulo as visões acerca das personagens serão feitas de maneira ordenada. Não entendeu? Bom, vou explicar: esse capítulo mostra o que a Gina fez no dia seguinte ao descobrir sobre o Feitiço de Família dos Malfoy. No próximo vou mostrar a parte do Draco em relação à isso... e num outro aparecerá, após a passagem de alguns meses, o que acontecerá com a Chang. BOA LEITURA! Rs*
_Porque não desceu para jantar ontem a noite? – Draco perguntou, no dia seguinte, enquanto tomavam o desjejum.
_Não tive fome. – a ruiva respondeu escondendo os olhos ainda vermelhos.
Passaram o café inteiro sem proferir nenhuma palavra um ao outro. Narcisa até que tentou, junto a Dylan, estabelecer algum diálogo à mesa, mas desistiu após alguns minutos de silêncio da ruiva e olhares desgostosos do filho Draco. Dando um último gole em sua xícara de café preto, Virgínia levantou-se murmurando um ‘com licença’ muito baixo.
_Onde ela vai? – Dylan perguntou ao loiro, que somente encarou a própria torrada com geléia e nada respondeu, levantando-se em seguida. – aonde ele vai? – Dylan perguntou a avó, ao ver o padrasto fazendo o mesmo caminho que sua mãe.
_Coma seu desjejum, Dylan. – Narcisa apenas disse numa voz firme, porém suave.
_Eu quero saber onde eles vão! – o menino protestou.
_Eu não sei. – a loira ralhou – e agora deixe de ser mimado, e termine seu café. – ela completou numa voz baixa, ao que o pequeno obedeceu à contragosto.
*********Andar de cima**********
_Está de saída? – Draco perguntou ao vê-la sair do quarto, ligeiramente arrumada.
_Sim. – ela respondeu sem encará-lo nos olhos.
_Onde vai? – ele perguntou, mais por curiosidade que por qualquer outra coisa.
_Ciúmes? – ela questionou sarcástica, fazendo o loiro bufar.
_Seu filho me perguntou. – ele respondeu simplesmente, dando de ombros.
_Vou falar com a Luna. – ela começou e ele parou de andar – falei com ela ontem pela lareira, vamos nos encontrar com uma advo-bruxa.
_Certo. – ele disse ainda de costas.
_Olha Draco... eu, sinto muito, por isso tudo. – ela falou sinceramente, de cabeça baixa. Ele virou-se. – não quero mais ficar aqui como um peso na sua vida, entende?
_Entendo. – ele falou firme, com os olhos vermelhos de pura raiva – só não aceito.
_Estou sendo racional, Draco. – ela tentou explicar, ao que ele riu.
_Racional? Desde quando você age usando a razão, ruiva? – ele perguntou ácido.
_Não vou nem discutir isso com você...
_Isso. Fuja. É só o que você sabe fazer...
_Não fale como se me conhecesse, Malfoy. – ela retrucou indignada – você não tem o direito de me julgar.
_Não vou te julgar agora, nem quando eu tive motivos concretos eu te julguei, Virgínia. –ele falou fazendo-a lembrar de quando foi descoberta na Boate – só queria entender porque você foge assim.
_Não estou fugindo de nada. – ela falou nervosa – só estou saindo do seu caminho.
_Meu caminho é com você! – ele respondeu nervoso – mas já cansei de te explicar isso.
_Seu caminho é com o filho da Chang. – ela disse ressentida. – é com ele que você deve se preocupar agora.
_Eu decido com o que ou com quem vou me preocupar, obrigada. – ele respondeu num único fôlego.
_Bom pra você.
_Só queria saber o que eu fiz de tão errado, afinal... – ele disse baixo a encarando.
_Bom, você usou esse casamento para ganhar dinheiro, depois engravidou uma outra mulher, e agora está tentando tirar o meu filho de mim – ela falou enumerando com os dedos –acho que nada. Não fez nada de errado. Você é um verdadeiro anjo, Malfoy. –ela terminou sarcástica.
_Você também colaborou pra isso, ruiva. – ele falou rápido e continuou antes que ela protestasse– aceitou o casamento para salvar seu filho, uma atitude nobre, eu reconheço. MAS depois mentiu para seu marido, escondendo dele que dançava numa boate trouxa. Até agora me pergunto porque eu não pedi o divórcio naquela noite – ele disse pensativo, sorrindo em seguida – ah, já sei. Estava bêbado demais pra isso. Enfim, depois, como você não era minha esposa de verdade, como insiste em dizer aos quatro ventos, e eu tinha minhas necessidades e sim, eu não me arrependo de nenhum caso extraconjugal, somente me arrependo do fato de ter engravidado a Chang, já que ela não presta, assim como uma certa ruiva com quem me casei. – ele a encarou com os olhos ferinos – acho que já te dei motivos suficientes para crer que o divórcio é o melhor caminho pra nós dois.
_Fale o que quiser de mim, mas você não vai ficar com o meu filho, Malfoy. – ela disse com os olhos em chamas - para isso teremos a audiência daqui a três dias. – ela falou apática, encarando-o.
_Nos vemos lá então. – ele respondeu seco, entrando no quarto, deixando uma ruiva tremendo de raiva no corredor.
*****Casa da Luna*****
PLOP.
_Já ia te buscar. – a loira falou de maneira irritadiça, que se suavizou assim que avistou a face em chamas da amiga à sua frente. – Gi, tá tudo bem?
_Não. Não está NADA bem. – a ruiva reclamou explodindo o vaso de plantas da amiga, no outro extremo da sala, com a força da mente – me desculpe. – ela falou ainda nervosa – mas não estou conseguindo me controlar. – e ao dizer isso começou um choro de raiva.
_Calma, Virgínia, me conta o que aconteceu. – a loira pediu solícita, observando a poltrona à sua frente estremecer de maneira perigosa.
_Ele .. ele... AH!!!! - a ruiva explodiu mais alguma coisa na cozinha – ele quer tirar meu filho de mim.
_COMO? – Luna perguntou levantando-se. – ele não pode fazer isso. FILHO DA MÃE!
_Ele pode... na verdade a culpa é de um tal feitiço de família dos Malfoy e tals... ah, Lu, eu tô desesperada! – a ruiva correu para abraçar a amiga, que correspondeu com solidariedade.
_Calma! Shiuu... vamos dar um jeito nisso. – a loira disse pensando em alguma saída – e eu já sei como.
_Como?
_Você precisa de uma boa defesa e isso eu posso providenciar.
_Mas você mesma disse que o tal advo-bruxo não topou ir contra Draco Malfoy na Corte do Ministério... – a ruiva choramingou.
_Sim, aquele pateta do Meyers deu pra trás, mas eu achei um substituto à altura. – a loira comentou sorridente.
_Quem? – Gina perguntou num fio de esperança.
PLOP.
_Minha querida sogrinha, - a loira apontou para o corredor da casa, onde uma senhora muito elegante, de curtos cabelos brancos e olhos escuros se aproximava – Virgínia, esta é Judith Zabine, mãe do Blaise.
_Prazer. – Virgínia disse num sorriso sincero. – então é você quem vai me defender?
_Na verdade, eu gostaria de saber sobre o caso primeiro, para dizer se aceito ou não, menina. – a mulher falou de forma polida observando-a de cima à baixo. Luna suspirou.
_Er... Sra. Zabine...
_Você pode me chamar de Juh*, querida. – ela falou num tom de voz amável, totalmente diferente do que usara antes.
_Certo, er... Juh o caso é que Virgínia está se divorciando do marido, mas por algum motivo, que eu ainda não entendi muito bem, ele se nega a devolver o filho dela. – Luna começou a falar, meio embaraçada – Virgínia, melhor você contar a ela.
E a ruiva contou tudo. Desde o motivo de seu casamento, passando pela doença do filho até a traição do marido e a decisão da separação. Ao terminar percebeu que a sogra da amiga, já simpatizava mais com ela.
_Certo, menina, que vida agitada essa sua. – a morena disse sorrindo brevemente – então, qual o nome da nossa “vítima”?
_Quer dizer que aceitou meu caso? – a ruiva perguntou e ela fez que sim com um aceno de cabeça – bem, é Draco Malfoy. – Virgínia respondeu e pôde ver um instante de hesitação da mulher à sua frente.
_O filho de Lúcio?
_Esse mesmo.
_Então o velho conseguiu. – ela murmurou para si mesma. – impressionante.
_Do que está falando Sra. Zabine? – Gina perguntou curiosa.
_Você já ouviu falar em Melinda Weasley? – a senhora indagou, erguendo a sobrancelha.
_Minha avó materna.
_Isso. E você sabia que ela namorou e quase se casou com ninguém menos que Alphard Malfoy?
_Não! – Virgínia e Luna disseram em uníssono. A ruiva por incredulidade, a loira por entusiasmo.
_Sim. Bem, eles tiveram um namoro de juventude muito conturbado, e então, os Malfoy descobriram e proibiram o romance dos dois. Numa noite, decidiram fugir juntos, e ao sair de casa, forçado pelo amor que sentia por Melinda, Alphard sofreu uma terrível maldição. Resultado de um feitiço de família que seu próprio pai, Justus, criou para ‘proteger’ os bens e o futuro dos Malfoy. Ele morreu instantaneamente.
_O Feitiço de Família que prende o meu filho lá é esse? – a ruiva perguntou a beira do pânico.
_Aparentemente sim, mas não se preocupe, daremos um jeito de quebrar esse feitiço, afinal o menino não tem o sangue dos Malfoy. – a mulher falou cansada – ainda temos uma chance.
_Que bom que a Sra. está otimista, porque eu estou em PÂNICO!
_Draco pode anular esse feitiço. – Juh falou serenamente – só basta ele ter um motivo muito forte para isso.
_Nenhum motivo que eu conheça fará aquela doninha devolver meu filho assim tão fácil.
_Talvez, aja algum que nós três desconheçamos.- Luna falou sorrindo avoadamente – e eu vou descobrir.
_Tá maluca Luna? Você não vai simplesmente invadir aquele lugar para vasculhar né?
_Virgínia está certa. – Juh falou serenamente.
_Eu não vou. – ela falou sorrindo para a amiga – você que vai.
_Como é que é? – Gina perguntou arregalando os olhos.
... horas mais tarde...
_Isso não vai dar certo. – Gina repetia pela qüinquagésima vez – aquela casa tem muitos quartos, como eu vou achar o tal quadro até sexta-feira?
_Bom, use um feitiço de rastreamento, sei lá. – a loira respondeu casada.
_Meninas, tenho que ir. – Judith falou levantando-se – Virgínia, vou analisar melhor o caso. Ponderar tudo que foi acordado no seu casamento e tentar achar a melhor forma de reaver seu filho, ok?
_Certo. E muito obrigada. – a ruiva agradeceu abraçando a senhora, que ficou desconcertada.
_Gi... – Luna chamou hesitante, pois sabia que a sogra não era dada a abraços.
_Não tem problema Luna. – Juh disse rapidamente – estou louca para descobrir quem será o advo-bruxo do Malfoy.
_Eu também. – Luna confessou – duvido que alguém será doido o suficiente para querer te enfrentar na Corte, Juh.
_Também acho.
_Mas não podemos esquecer que Draco tem muito dinheiro, pode conseguir um advo-bruxo num piscar de olhos. – Virgínia lembrou-as.
_Está certa. – Juh falou analisando-a – mas não se preocupe. Vamos conseguir.
_Obrigada. – Virgínia agradeceu e a sogra da amiga aparatou. PLOP.
_Acha mesmo que vamos conseguir? – a ruiva indagou à amiga.
_Claro! Não há nenhum bruxo no país capaz de ir contra Judith Zabine, relaxe. – Luna falou sorrindo para encorajar a amiga.
******Mansão Zabine*******
PLOP.
_Achei que não viesse para casa hoje. – o marido reclamou, enquanto dobrava o jornal lentamente.
Brian Zabine aparentava ser um homem muito sério, o que contrastava imensamente com sua real personalidade. Era um sessentão de boa aparência, tinha a família que sempre quis e a mulher que ele sempre cobiçou, desde os tempos da Academia para Jovens Advo-bruxos de Linchester: Judith Stephard. Estava snetando na sua habitual poltrona, em seu quarto, quando ouviu a mulher aparatar suavemente.
_Estive presa em um novo caso, me perdoe. – ela falou aproximando-se e beijando o marido, rapidamente.
_Mãe? – Blaise falou andentrando no aposento, surpreendendo os pais – que bom que chegou.
_O que houve? – Judith perguntou aflita.
_Bom, na verdade, er...
_Fale de uma vez garoto. – Brian Zabini exigiu.
_Calma aí coroa. – Blaise falou rindo – mãe, quem é o melhor advo-bruxo da cidade?
_Depende da área em questão. Se for ‘Separação de Bens’, eu indico seu pai. – ela falou apontando o próprio marido, que inflou de orgulho – agora, se o caso envolver filhos, u descendentes indiretos, não há ninguém melhor que eu.
_Que humildade. – Brian comentou numa tosse fingida.
_Repita isso e você dorme com os elfos. – ela falou serenamente, e o marido calou-se.
_Bom, então... pai, acho que vou precisar de ajuda. – Blaise falou.
_Pra quê? Já vai se divorciar da loira antes do casamento? – Brian brincou.
_Não. É que um amigo está em processo de separação e bem... vamos até ele amanhã para ele te contar melhor, pode ser?
_Pode. Mas agora saia daqui e me deixe curtir minha mulher um pouco. – Brian comentou para a indignação de Judith.
_Brian! – a mulher ficou vermelha.
_Ok, ok... estou saindo... divirtam-se. – Blaise saiu rindo, não antes de observar seu pai levando um tapa de sua mãe.
*******Mansão Malfoy********
Antes de dormir, Virgínia divagava nas palavras da sua atual advo-bruxa. “Concentre-se no que você quer realmente. A decisão da separação é sempre muito delicada, ainda mais quando envolve filhos. Está certa que quer esse divórcio?” a ruiva estava com essa pergunta martelando na mente, apesar de ter respondido com convicção que sim, seu coração insistia em saltar-lhe a boca toda vez que encontrava o futuro-ex-marido pelos corredores da casa, assim como ocorrera há alguns minutos.
Draco estava subindo as escadas, somente com a calça do pijama, quando a ruiva materializou-se na sua frente, com o semblante mais confuso que ele já vira. “O que será que aconteceu com ela?”
_Olhe por onde anda Weasley. –ele provocou-a.
_Ahn... me desculpe- ela respondeu baixo.
_Está tudo bem? – ele perguntou preocupado – parece meio... distante.
_Só preciso de um banho e uma boa noite de sono. – ela falou observando-o melhor. Corou.
_Bem, então vá descansar. – ele respondeu sem saber ao certo o que dizer, dando-lhe as costas e rumando para seu quarto.
_Draco! – ela chamou-o. “Estou ficando maluca” pensou.
_Sim. –ele virou-se curioso.
_O que sabe sobre seu avô Alphard? – ela perguntou fazendo o loiro erguer a sobrancelha esquerda.
_Interessada na minha família agora? – ele perguntou ladino.
_Não se ache muito. – ela riu suavemente – só quero saber o que o levaria a quase se casar com uma Weasley.
_Como? – o loiro indagou confuso. “Do que essa maluca está falando?” – do que está falando, Weasley?
_Não sabe mesmo? – ela perguntou erguendo a sobrancelha, analisando-o.
_Sinceramente, não.
_Ok, esqueça. – ela falou dando um único passo na direção de seu quarto, quando dois braços fortes a interceptaram.
_Não achou que te deixaria ir sem uma boa resposta, não é? – ele perguntou virando-a de frente.
Estavam muito próximos. As respirações misturavam-se, o calor dos corpos emanavam de maneira intensa. Talvez eles dois nunca tivessem sentido tanta atração um pelo outro como naquele momento. Virgínia sentiu-se perdida, tentava responder de forma coerente, mas nada saía de sua boca, nada além de palavras desconexas e frases sem efeito. Draco apreciava o efeito que ainda causava na sua esposa. “Ex-esposa! Futura-ex-esposa. Lembre-se disso Malfoy!” sua consciência praticamente berrava, mas ele não dava ouvidos. Sem pensar muito no que estavam a discutir e ignorando que estavam no meio do corredor da Mansão, Draco beijou-a.
_Raios! Tente dormir, Virgínia. – ela ralhava consigo mesma, revirando-se na cama. – não vale a pena gastar seu tempo e sentimento com aquele aguado filho da mãe. – ela tentava convencer-se enquanto perguntava-se “Porque deixei ele me beijar, afinal?”
************************
N/A: Oieeeee!!
Quem curtiu os pais do Blaise levanta a mão e dança tango...rsrsrs...
Bom, gostaram do cap?
Alguma sugestão para o próximo?? Hehehe
Humm... já conseguiram entender como será o dia da separação dos Malfoy, né? Que confusão... hahahaha... tô muito ansiosa pra escrever o cap... *cora*
Ps: O nome da mãe do Blaise é em homenagem a minha amiga-leitora Juh Slytherin, ok? Gostou da surpresa, flor??
^_____^
Bom, então.... deixemos vcs com a curiosidade à flor da pele... até lá... e não se esqueça:
COMENTA!!
Bjssss
Vivika.
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