Planos
Draco acordou no dia seguinte com uma tremenda dor de cabeça. “Tenho que parar de beber FireWhisky a noite.” O loiro pensou ao constatar que eram quase meio-dia e ainda estava com as mesmas roupas do dia anterior. A porta do escritório foi aberta e por ela passou um vulto rapidamente.
_Porque tanta pressa? – ele indagou ainda sonolento.
_Minha mãe tá aqui. – Dylan informou puxando o padrasto pela mão – ela disse que veio falar com você, Draco.
Draco sentiu-se um miserável ao notar a felicidade do pequeno. Sabia que o fato de Virgínia estar ali implicava em duas alternativas: ou ela ia voltar de vez, o que na visão do loiro era o mesmo que Merlin dançaro tango nas Bahamas, ou ela viera discutir sobre a separação. Deu um suspiro cansado e deixou-se conduzir pelo enteado até a Sala de Estar dos Malfoy.
Abriu a porta para deparar-se com sua mãe e sua ainda esposa conversando de maneira amistosa, apesar da face de Narcisa apresentar pesar e a de Virgínia expressar puro nervosismo. Observou-a mais atentamente. A ruiva vestia calças jeans clara, o que realçava suas curva, e uma regata de seda vermelho-escuro. Nos pés uma sandália baixa preta. Os cabelos estavam soltos em mechas liso-onduladas perfeitas. Estava simples, porém Draco nunca a tinha visto mais bonita. “Talvez no dia do casamento, mas...” ele constatava ainda analisando-a minuciosamente.
_Bom dia, Malfoy. – Virgínia cortou-lhe a linha de pensamentos.
_Dylan, vamos lá pra dentro. – Narcisa fez menção de pegar o garotinho pela mão, mas ele foi mais rápido indo até a mãe.
_Quero ficar com a minha mãe. – ele falou agarrando-se à Gina, que ainda encarava o loiro à sua frente.
_Vá com ela Dylan, e arrume suas coisas. – a ruiva falou sem perder o contato com o ainda marido.
_Vá com sua avó Dylan. – Draco mandou e ele prontamente obedeceu – e não faça nenhuma mala. Vou ter uma conversa com sua mãe. – o loiro emendou antes que Narcisa saísse do aposento com um Dylan confuso.
_Não gosto quando contraria minhas ordens. – Virgínia falou nervosamente, após a saída do filho e da ainda sogra.
_E eu não gosto de ver você agir dessa forma. – o loiro respondeu – não estamos em guerra, Virgínia.
_Sinceramente, eu não vim aqui pra discutir com você. –ela falou cansadamente.
_Então resolveu parar a palhaçada e assumir seu papel nessa família? – ele perguntou irônico.
_Tome. – ela estendeu um pequeno envelope – abra.
_Mas o que? – ele perguntou surpreso ao analisar o pergaminho. – audiência? – olhou para a ruiva, que não o encarava nos olhos.
_Daqui a três dias no Ministério, às duas da tarde, para discutirmos nossa separação ‘amigável’. – a ruiva disse de maneira fria.
_Você realmente acha que eu vou concordar com isso? – ele perguntou num sorriso ladino.
_Não me interessa o que você acha, só quero que assine os papéis. – ela falou ferina.
_Não vou assinar nada.
_Não complique as coisas, Draco. – ela falou baixo, sentando-se no sofá. – termine logo com isso.
_Não vou perder você, já te disse isso. – ele falou abaixando à frente dela, encarando-a.
_Você me perdeu no momento em que trouxe a Chang pra cá. – ela informou séria.
_Eu cometi um erro Virgínia. – ele falou nervosamente – será que você não pode me perdoar por isso nunca?
_Nunca é tempo demais. – ela falou seca – e eu teria que pensar em você por muito tempo para te perdoar, coisa que eu não quero e nem vou fazer. – ela informou levantando-se.
_Sua teimosia não vai te levar a lugar algum. –ele falou sério. Ela virou-se para a janela.
_Não vim te pedir conselhos. – ela falou calmamente – só vim te entregar isso e buscar o meu filho.
_Nosso filho. – ele falou rapidamente.
_Como? – ela virou-se bruscamente na direção dele – Dylan não é nada seu.
_É meu enteado e meu herdeiro também. – Draco falou secamente – daqui ele não sai.
_Como é que é? – a ruiva perguntou furiosa, com a mão nas ancas.
************Quarto da Narcisa**************
_Ai meu Merlin, faça com que eles se acertem dessa vez – Narcisa implorava aos céus silenciosamente, enquanto Dylan tentava ouvir algo através da porta entreaberta.
_Não consigo ouvir nada. – o garotinho fechou a porta emburrado.
_O que foi querido? – Narcisa perguntou voltando-se ao ‘neto’.
_Não dá pra ouvir nada do que eles estão falando Vó. – Dylan falou emburrado, sentando-se na enorme cama de casal da loira.
_Dylan, tem coisas que é melhor a gente nem escutar. – ela falou imaginando o nível do papo que o filho e a nora estariam tendo naquele momento – e além do mais, Draco disse pra você não se preocupar, lembra?
_Tá. Mas eu não entendo vó. – o garotinho falou virando-se para ela com um olhar confuso – se eles se casaram é porque eles se gostam. E se eles se gostam, porque eles brigam?
_As pessoas são confusas Dylan. – ela falou sabiamente – não tente entender seus pais.
_É que é chato ver eles brigando sempre, né. – ele falou chateado.
_Você não se sente bem quando isso acontece, não é? – ela perguntou e ele abanou a cabeça em concordância. –e o que podemos fazer então?
_Já sei! – ele falou levantando-se da cama – tenho que arrumar um jeito dela ficar aqui.
_Mas Dylan, eles estão se separando, querido. Não acho que sua mãe concordaria em ficar aqui. – Narcisa explicou.
_Nem se eu ficasse doente de novo? – ele perguntou na maior cara de anjo.
_Não brinque com isso Dylan. – Narcisa ralhou – sua mãe quase teve um colapso de preocupação com você. Não é justo com ela.
_Então como? –ele perguntou desolado.
_Vamos pensar em algo melhor. – ela falou enigmática, afagando os cabelos ruivos do pequeno.
**********A Toca***********
_Não foi trabalhar? – ele perguntou descendo as escadas ainda de pijamas, observando-a no fogão.
_Ronald, já são quase duas da tarde, vá vestir algo decente. – Mione respondeu sem ao menos virar-se.
_Humm... cheiro bom. O que é? – ele perguntou sentando-se na mesa, ignorando a ordem da esposa.
_Pudim de carne e rins. – ela falou ainda de costas.
_Porque não me encara? – ele levantou-se.
_Estou cozinhando. – ela disse rapidamente.
_Mione, olhe pra mim. – ele pediu virando-a com cuidado. – porque está chorando?
_Me desculpe, Ron. Eu não queria. Juro que não queria. – ela falava nervosamente atirando-se a ele, que a abraçou confuso – não depois do que passamos.
_Mi, tá me assustando. – ele falou afagando-lhe os cabelos – o que tá acontecendo carinho?
_Eu.. eu estou atrasada. – ela falou num fio de voz.
_Ora, isso eu já percebi. Já é de tarde e você pelo jeito nem apareceu no ministério, mas... – ele falava enquanto Hermione esboçava um sorriso – atrasada? – ele arregalou os olhos – não me diga que... por Merlin! – ele a girou sorrindo de felicidade – grávida?
_Isso. – ela falou controlando o sorriso e algumas lágrimas teimosas – me perdoe, eu não tive intenção e...
_Ah, carinho. – ele beijou-a com fervor, entrelaçando os dedos nos cabelos dela – não peça perdão por me fazer o cara mais feliz do mundo.
_Mas Ron e... e se... – ela gaguejou olhando-o nervosamente – e se eu não conseguir, você sabe.
_Nós teremos esse filho. – ele falou seriamente encarando-a com um olhar determinado – vou trocar de roupa, vamos ver um medi-bruxo.
_Acabei de voltar de uma consulta, Rony. – ela falou rapidamente, enquanto ele corria escada acima. – não tem necessidade de voltar lá.
_Eu quero conversar com o medi-bruxo – ele gritou do quarto. Hermione suspirou.
_Bom, parece que seu pai está bem empolgado não é? –ela perguntou analisando a pequena barriga de dois meses.
**********Ministério da Magia, cela 23***********
_Quando vai me tirar daqui? – Cho perguntava nervosamente – não agüento mais esse lugar.
_Estou fazendo o possível. – ele respondeu passando a mão pelos cabelos – mas porque você teve que ser tão doida ao ponto de raptar aquele garoto?
_E você queria que eu fizesse o que? – ela praticamente gritou – que deixasse a ruiva me tirar da jogada?
_Cho, você complicou as coisas. – ele falou baixo, aproximando-se da grade – o plano não era esse.
_Eu não podia esperar mais ou minha barriga ia aparecer de qualquer jeito. – ela falou aos cochichos. – preciso que você me tire daqui Carl.
_Vou arranjar um bom advo-bruxo pra você, é o máximo que posso fazer. – ele falou seco.
_Não. – ela falou agarrando-o pelo colarinho – o que você tem que fazer é tirar a mãe de seu filho daqui.
_Quem me garante que esse filho é meu mesmo? – ele indagou irônico – afinal, você dormiu com aquele lá.
_Fazia parte do plano, caramba! – ela gritou em frustração – quantas vezes eu vou ter que explicar isso?
_Centenas, até que entre na minha cabeça. –ele falou seco apontando para si.
_Me tira daqui Carl, por favor. – ela pediu com os olhos úmidos – eu não quero ter meu bebê aqui.
_Você ainda tem seis meses aqui antes de ir para Azkaban. – ele falou levantando-se – pense muito bem no que você dirá à corte.
_Não vou te dedurar, se é o que pensa. –ela falou ofendida – nunca faria isso com você.
_Espero. – ele falou aproximando-se da grade novamente – não vou deixar você. – ele disse afagando-lhe os cabelos.
_Eu sei. – ela respondeu ao mesmo tempo em que o bruxo que tomava conta do cárcere apareceu.
_Inspetor, seu tempo acabou.
_Cuide-se Srta. Chang. – ele falou antes de sumir pelo breu do corredor, deixando-a para trás com o coração apertado.
**********Sala de Estar dos Malfoy***********
_Não está falando sério. –ela falou sentando-se na poltrona. – ele não vai ficar aqui, com ou sem feitiço de família...
_Eu não fiz as regras da família Virgínia, não me olhe assim. – ele retrucou nervoso.
_Ele é meu filho! – ela exaltou-se novamente.
_Nosso filho. – ele falou tão nervoso quanto ela – e dessa casa ele não sai.
_Então vamos ver. – ela falou saindo a duros passos rumo as escadas. – Dylan! – ela chamou-o pelos corredores.
_Vai acordar todos os quadros com essa gritaria. – Draco ralhou.
_Como se eu ligasse pra eles. – a ruiva respondeu seca – DYLAN!!!
_Mãe, pára de gritar. – o garotinho falou no final do corredor com a mão nos ouvidos.
_Nós vamos embora agora, cadê suas coisas? – a ruiva apressou o passo pegando-o pelo braço.
_Não seja infantil Virgínia. – Draco brigou posicionando-se na frente da ruiva. –você não pode tirá-lo daqui se ele não quiser, já te expliquei isso.
_Saia da minha frente! – ela mandou com as orelhas vermelhas. – quem decide o que ele quer ou não sou eu, que sou mãe dele.
_Vejo que ela já sabe do Feitiço Malfoy. – Narcisa falou aproximando-se pelo corredor frio. – não há nada que possamos fazer Virgínia.
_Esperava ouvir mentiras do Draco, mas não de você Narcisa. – Gina falou ofendida.
_Não estamos mentindo. – a loira Malfoy respondeu calmamente –o feitiço foi feito há muito tempo, quando construíram essa Mansão.
_Não posso aceitar isso. Dylan é meu filho. Ele tem o meu sangue.
_E o meu sobrenome, sendo assim ele é meu filho também. – Draco falou cansado.
_Eu... não... não entendo...
_Virgínia, é simples: Essa casa é a fortaleza dessa família, não se pode tirar um Malfoy daqui a força. Um Malfoy só sai dessa Mansão por livre e espontânea vontade.
_Mas ele não é um Malfoy de verdade, não tem o mesmo sangue que vocês. – a ruiva contrapôs.
_Ele tem sangue-puro e é meu herdeiro, pelo nosso casamento, portanto ele é um Malfoy agora. – Draco explicava calmamente, analisando-a – não há nada a fazer.
_Dylan, diga logo que você quer ir comigo e vamos embora daqui. – ela mandou, virando-se para o filho, que estremeceu.
_Eu... eu não quero ir. – Dylan falou numa voz baixa.
_Como querido? Acho que não ouvi direito – ela espantou-se com a resposta.
_Ele disse que não vai com você. – Draco respondeu num sorriso cínico.
_Cale a boca! – a ruiva irritou-se novamente – Dylan, olhe pra mim. – ele obedeceu – não quer voltar pra casa? Ficar na Toca com sua família de verdade?
_Quero... mas não quero ter que deixar a Vó Cissy e nem o Draco. – ele acrescentou para desespero da ruiva.
_Querido, escute: sua ‘avó’ Cissy pode te visitar a hora que quiser. Isso não será problema.
_E o Draco? – ele perguntou desconfiado.
_Ele... bom, ele terá visitas vigiadas.
_Isso é um ultraje Weasley! – Draco manifestou-se em indignação.
_E poderá te ver sempre que tiver alguém em casa. – a ruiva continuou como se não houvesse interrupção. – então, vamos pra casa?
_Não.- ele falou olhando-a. – não quero ficar sozinho na Toca outra vez, enquanto você trabalha.
_Dylan, não vou discutir com você. Você é meu filho e me deve obediência.
_Eu não vou ficar sozinho de novo. – o garotinho falou nervosamente, com lágrimas nos olhos – não vou ficar longe de quem eu gosto mãe.
_Você está ficando muito mimado. – ela constatou olhando de esguelha para a sogra – vamos discutir isso em casa.
_JÁ TÔ EM CASA! – ele gritou e uma luz prateada o envolveu por alguns segundos – o que foi isso?
_O feitiço... – Narcisa balbuciou boquiaberta.
_Dylan, venha comigo. – Virgínia falou pegando-o pelo braço.
_Solte ele Virgínia. – Draco falou seriamente – ele não vai a lugar algum e nem você. Já chega dessa palhaçada.
_Você não manda em mim, Draco Malfoy. – ela respondeu com sarcasmo.
_Você quer ficar perto do seu filho ou não?- ele indagou secamente, assustando um pouco a ruiva, que teimava em manter a pose.
_Obviamente.
_Então fique. – ele falou simples – discutiremos a separação na sexta-feira, mas até lá vocês dois ficam aqui. Eu não quero nenhum herdeiro morto ou uma ex-mulher psicopata por aí. – ele falou dando um sorriso cínico.
_Não vou fazer suas vontades, Malfoy. – Gina respondeu com raiva.
_Encare como uma trégua. – ele falou observando Dylan e Narcisa trocarem olhares cúmplices – e Dylan, vá pro seu quarto fazer seus deveres.
_Vou ficar aqui mesmo? – ele perguntou com os olhinhos brilhando.
_Sim, agora vá – ele mandou e o menino prontamente obedeceu, dando pulinhos de felicidade.
_Não pense que isso acaba assim. – Gina falou com o dedo na cara dele. – eu ainda vou me separar de você.
_Sinceramente Weasley, agora quem quer esse divórcio sou eu. Cansei das suas maluquices, cansei de tentar te provar que isso não é mais um casamento de mentira. Simplesmente, cansei. – ele falou dando de ombros rumando ao seu quarto, deixando uma ruiva e uma loira perplexas no corredor.
_O que ele quis dizer com ‘casamento de mentira’ Virgínia? – Narcisa perguntou delicadamente.
Virgínia não respondeu. Somente continuou encarando o caminho antes traçado pelo loiro que já povoava seus pensamentos e seu coração. Sentiu-se perdida. Ela queria a separação desde o dia de seu casamento com o loiro Malfoy. Então, porque agora sentia como se metade de seu coração tivesse sido arrancado de forma violenta de seu peito. Baixou a cabeça e suspirou, deixando as lágrimas rolarem por sua face involuntariamente. “Porque eu sempre complico tudo?” ela pensou ignorando a presença de Narcisa e correndo até seu antigo quarto, onde pôs-se a chorar até anoitecer.
***********
N/A: Oieeeeee!! Postei o capítulo pq tô boazinha... rs*
Gostaram do cap??
Quem gostou da gravidez da Mione, abraça o colega do lado! ¬¬'
Gente, deixa eu contar.... estou tãããããããããão feliz com os comentários... Obrigada pessoasssss!!!
^____^
Próximo capítulo, só com 30 cometns diferentes, no mínimo...
*Vivika exigente*
ps: A fic canções está sendo escrita, não se preocupem.. =D
Bjokinhasssssss
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