O Aliado
N/A: Contém spoilers de HP, até o livro 6.
**********No mesmo dia*********
Draco e Gina discutiam no andar de cima...
_Fale o que quiser de mim, mas você não vai ficar com o meu filho, Malfoy. – ela disse com os olhos em chamas - para isso teremos a audiência daqui a três dias. – ela falou apática, encarando-o.
_Nos vemos lá então. – ele respondeu seco, entrando no quarto, sem saber que deixara uma ruiva tremendo de raiva no corredor. – ruiva teimosa! – ele falou nervoso andando até a escrivaninha de seu quarto.
Mal sentara-se para escrever uma carta ao amigo e o mesmo, Blaise Zabine, chamou-o pela lareira de seu aposento.
_Draco, foi aprovado!!! – o moreno praticamente gritava em felicidade, mas parou ao ver a face apática do loiro – tá tudo bem aí?
_Não. – Draco respondeu abatido – ela realmente quer o divórcio Blaise... e eu não sei o que fazer!
_Peraí, Draco Malfoy tá confessando mesmo? – o moreno perguntou com ironia.
_Não brinca com isso Blaise. – o loiro falou sério.
_Ih, pela sua cara vi que é sério mesmo. – o moreno comentou mais para si mesmo, visto que o loiro divagava em pensamentos. – Draco, se ela quer o divórcio, dê a ela.
_TÁ MALUCO ZABINE???? – o loiro explodiu – VOCÊ ANDOU COMENDO BOSTA DE DRAGÃO POR ACASO?
_Pensa Draco, pensa... – ele falava como se estivesse explicando para uma criança quanto é dois mais dois – ela está agindo assim porque está com o orgulho ferido. Por causa do filho da chinesa, lá... você deve agir igual a ela, já que ela não entende que você foi laçado mesmo...
_Não sei onde você tá tentando chegar, mas está me irritando. –Draco falou em advertência.
_Faz o seguinte, vêm aqui para minha Mansão. Acho que tenho a solução dos seus problemas. – o moreno disse, sumindo da lareira, deixando o loiro a ver vassouras.
Draco ainda olhava atônito para as chamas, agora normais, da lareira a sua frente quando a porta de seu quarto foi aberta, timidamente por uma figura conhecida. O garoto olhou-o por instantes, pedindo uma permissão silenciosa para entrar no aposento. O loiro nem olhou-o direito antes de dizer:
_Entra filho.
**********Mansão Zabine, no dia seguinte, próximo do almoço***********
PLOP.
_Eu fiquei esperando você aparecer aqui ontem. Já estava despachando o Zlip atrás de você. (N/A: Zlip é a coruja do Blaise) – Blaise falou dando um pulo da cadeira.
_Agora eu já cheguei, me conta logo essa sua idéia maluca. – o loiro disse abatido, sentando-se ao lado do amigo no sofá.
_Aconteceu mais alguma coisa? – o moreno perguntou analisando-o com os olhos azuis.
_Sim, Dylan veio falar comigo ontem. – o loiro falou brevemente, passando a mão nos cabelos platinados – ele não quer que a mãe vá embora, mas também quer ficar comigo. O que eu faço agora? – perguntou visivelmente perdido – digo, eu NUNCA tinha me preocupado com alguém, além da minha mãe, antes. É estranho. Estou me sentindo...
_Responsável por alguém mais frágil que você. – Blaise emendou, e o loiro encarou-o – sinto isso pela Luna quase o tempo todo. – justificou-se.
_Engraçado, eu não sinto isso pela Virgínia. Na verdade, acho que ela é muito bem resolvida. – o loiro falou sentindo-se miserável.
_Ah, qual é Draco! Não vai deprimir agora, né? Cadê sua veia Sonserina? – o moreno perguntou dando palmadinhas no ombro do outro. – e outra, a Gina não é tão durona assim. Lembra como ela ficou quando o menino estava internado? Cara, você foi o ‘ombro’ dela...
_E ela tá dispensando o corpo inteiro agora... – Draco respondeu entediado. – porque eu tô tão fraco assim? Me sinto... ah, nem sei.
_Você tá amando, caro amigo. – Blaise disse – e essa separação não precisa ser difícil, necessariamente.
_Lá vem você... diz logo essa ‘solução dos meus problemas’. – o loiro resmungou.
_Meu pai. – Blaise respondeu simples.
_Que teu pai tem a ver com isso?
_Ei, não faz pouco caso do coroa, não. Brian Zabine é o cara certo para te ajudar. – o moreno falou levantando-se. – ele é um dos advo-bruxos mais importantes do país, ok? – e foi guiando o amigo para um corredor, com várias fotografias bruxas da família Zabine – bom, depois da minha mãe, mas não conte à ele...
_Pode deixar. – Draco disse rindo.
_Então... e ele é o único a estar em casa agora. – Blaise falava enquanto parava em frente a uma porta de mogno imponente – preparado?
_Óbvio. – Draco respondeu com irritação.
_Certo, vamos falar com o coroa. – Blaise deu duas batidas na porta e ouviu um sonoro ‘entre’. – Pai? – perguntou entrando e não o vendo no aposento.
_Aqui, Blaise. – Brian Zabine falou de um canto da sala, em frente a lareira, fumando um cachimbo. – humm... temos visitas, como vai Sr. Malfoy?
_Ah, me chame de Draco, por favor. – o loiro falou cortês.
_Certo. – Brian falou analisando as faces dos dois visitantes – não deveriam estar na empresa?
_Devíamos mas... o Draco está com problemas e precisa de sua ajuda, pai.
_Minha ajuda? – Brian perguntou analisando-o, com o cachimbo em mãos – alguma mulher está te dando dor de cabeça rapaz?
_Sim, a minha. – o loiro falou contendo um riso. O pai de Blaise era realmente engraçado.
_É casado menino? – Brian perguntou com espanto ao que o loiro acenou que sim com a cabeça – Não acreditei quando o Blaise me contou que você fosse casar... tão novo...
_Bom, pai, vamos ao assunto principal, ok? – Blaise intrometeu-se – ele está se divorciando.
_Ah, sim. – Brian fez um gesto para que ambos se sentassem no sofá a sua frente murmurando algo como “sabia que não ia durar” – mas então, rapaz, conte-me os motivos.
Draco falou tudo, o que Blaise mais tarde chamou de resumo sincero, para o pai do amigo. Desde o testamento, até o casório, passando pela doença do enteado e finalizando com o filho bastardo e o feitiço de família que prendiam o enteado a ele. Brian ouvia tudo atentamente, parecia estar bebendo cada palavra que saía da boca do loiro com tamanha concentração. E foi somente quando Draco acabou de falar e Blaise de soltar um bocejo de tédio, que o patriarca Zabine exclamou:
_Bom, você tem duas opções: ou a deixa a ver hipogrifos n’água ou permite que ela permaneça na casa, para o bem do menino.
_Essa é justamente a questão. – Draco posicionou-se mais a frente da cadeira, entrelaçando as mãos em seguida – Virgínia não vai permitir que o menino fique comigo, e muito menos vai querer ficar lá na Mansão.
_Mas de acordo com o que me disse sobre o feitiço da sua família ela não tem escolha, certo? – Brian perguntou arqueando a sobrancelha.
_Na verdade, tem uma saída sim. – o loiro disse - eu tenho que querer que ele vá embora, mas sinceramente, não quero nem que ela vá, muito menos o menino.
_Voltamos a estaca zero. – Blaise murmurou em seu canto.
_Escute rapaz: pelo que me contou sobre sua esposa ela não vai desistir do filho, então sugiro que entrem em um acordo. – Brian começou a explicar – a menos que você queira afastá-la do filho, aí então faça valer sua ‘paternidade’...
_Não quero encrenca com ela...mas ela tá me ameaçando! – o loiro reclamou como uma criança birrenta.
_Draco, porque você não... – Blaise começou a falar, mas foi interrompido bruscamente pelo loiro.
_NÃO! Eu não vou jogar sujo dessa vez. – ele falou convicto, para o espanto de Brian e de Blaise, que não estavam entendendo nada.
_Do que estão falando? – o homem mais velho perguntou, ao que os dois entreolharam-se.
_Tenho um trunfo contra ela. – o loiro falou sério – ela chegava tarde várias noites em casa, e eu comecei a desconfiar que ela me traía.
_Natural... prossiga. – Brian falou em tom profissional. Blaise engoliu em seco o nó da garganta pensando “Como ele descobriu?”.
_Sim, e numa dessas vezes eu que ela chegou tarde, nós brigamos. Ela aparatou e eu fui beber. – o loiro falava enquanto encarava o amigo que fazia sinal para que continuasse – fui até um bar trouxa, no subúrbio de Londres, e encontrei-a lá.
_Ela estava bebendo? – Brian indagou confuso.
_Não... – Draco suspirou pesadamente – estava no palco, dançando.
Brian fez uma cara de entendimento que Blaise reconheceu como sendo puro sarcasmo. Olhou para o amigo, que sustentava a expressão ‘miséria-audaz’ na face branca. Puxou o ar para os pulmões pesadamente, fazendo a atenção dos dois voltarem para si.
_Não sabia que tinha descoberto. – ele deixou escapar, para depois arrepender-se ao sentir as mãos do amigo em seu pescoço e sentir o chão sumir aos seus pés. – Calma, cara.
_PORQUE NÃO ME CONTOU ANTES, SEU INFELIZ? –o loiro bradava a plenos pulmões, enquanto o homem mais velho apenas observava a cena, curioso.
_Não...pude... - Blaise arfava a procura de ar – prometi ..a .. ela... pára...
_Blaise, seu bastardo inútil!!! – Draco falou soltando o amigo, enquanto andava de um lado para o outro da saleta – você devia ter me contado.
_E estragar o que você sentia por ela? Nem pensar. – o moreno falou do chão, onde tinha sido atirado pelo loiro. Brian continuava observando-os.
_VOCÊ NÃO É MINHA MÃE, BLAISE. ENTÃO PÁRA DE SE METER NA MINHA VIDA CARAMBA. –o loiro explodiu.
_E VOCÊ ESTÁ AGINDO FEITO CRIANÇA! – o moreno revidou no mesmo tom – PÁRA PRA PENSAR MALFOY. QUEM FOI QUE TE FEZ ESQUECER A RIVERS, HEIN?
_CALA A BOCA, ZABINE! – Draco falou apontando o dedo para o amigo.
_TÁ NA HORA DE VOCÊ OUVIR UMAS VERDADES. VOCÊ SEMPRE TEVE ESSA POSE TODA, MAS NA VERDADE SEMPRE PROCUROU ALGUÉM. E NEM TENTA NEGAR – ele falou rapidamente antes que Draco pudesse protestar – NÃO TENTA NEGAR QUE A WEASLEY SEMPRE TE ATRAIU, DESDE OS TEMPOS DA ESCOLA!
_Você tá viajando...
_Tô mesmo? Então vamos recapitular umas coisas. – o moreno falou, quando o loiro pôs-se a perseguí-lo pela enorme sala. – Segundo ano: você leu o cartão que ela fez pro Potter, ficou com ciúmes, porque gostava dela. – Draco fumegava de raiva enquanto tentava alcançar o ‘amigo’ – e entrou em pânico ao saber que ela estava presa na Câmara, e por culpa do teu pai! ... no terceiro ano: ficou bolado ao ver que ela se preocupava com o tal Black, que tinha um parentesco com o Potter... preciso lembrar de que ela desprezava seu pai?
_Blaise quando eu te pegar... – o loiro resmungava tentando ultrapassar os obstáculos impostos pelo amigo.
_Quarto ano – o moreno continuou fingindo-se de surdo – ãhn... que aconteceu mesmo?
_Ela tinha treze anos e recusou meu convite pro Baile*... – o loiro falou nervoso - o que isso tem a ver, cacete? Eu queria pregar uma peça no Potter, só isso. – ele falou justificando-se para Brian que apenas acenou como quem diz “não tenho nada com isso”.
_Prosseguindo. – Blaise agora escondia-se atrás de uma das cortinas – Quinto ano: Ela jogou a praga do Bicho-Papão na sua cara, na sala da morcega velha... isso não foi legal, mas tenho que admitir que ela tem ótima pontaria... – o moreno esquivou-se de um cinzeiro que passou rente ao rosto.
_Eu vou te matar, cara! – Draco falou friamente, porém um bom observador poderia até notar um mínimo sorriso de sarcasmo no canto de sua boca.
_Sexto ano: ah, sim, teve a parada do armário e você ‘supostamente’ matou o velhote... ela não tinha uma boa visão sobre você, Luna me disse... – Blaise falou encarando o olhar gélido do loiro. Draco odiava que falassem sobre o sexto ano deles em Hogwarts.
_Já chega Blaise. – Brian intrometeu-se ao notar que a menção à morte do ex-diretor da Escola abalara o loiro.
_Agora que chegou a melhor parte, pai? -Blaise sorriu com erscárnio – ela começou a namorar o Potter e você, sentindo-se perdido começou a namorar aquela francesa sem-sal.
_Sinceramente Blaise, não esperava isso de você. – Draco falou seco.
_TÔ ABRINDO SEUS OLHOS, CRIATURA OXIGENADA! – Blaise gritou, sacudindo-o pelos ombros – VOCÊ A AMA DESDE SUA ADOLESCÊNCIA E NUNCA ADMITIU ISSO, ADMITA AGORA PELO MENOS O BABACA QUE VOCÊ SEMPRE FOI COM ELA E TALVEZ VOCÊS AINDA TENHAM UMA CHANCE! – ele gritou em desespero para fazer o loiro entender.
_Já acabou Blaise? – Draco perguntou frio, tirando as mãos do amigo de seus ombros, virando-se para Brian – Sr. Zabine, permita-me saber: vai aceitar meu caso?
_Certamente, mas veja bem...
_Então vou para casa, amanhã lhe mando uma coruja marcando outro encontro para acertarmos os detalhes. – e com uma cara péssima e um olhar ofendido para o amigo, Draco Malfoy aparatou.
_Acho que você foi muito duro com ele, filho. – Brian falou ainda analisando a fumaça no local onde antes estava o loiro.
_Ele tinha que acordar pra vida cedo ou tarde. – Blaise falou encarando o pai – eu que sei quantas noites eu o ouvia falar dela quando ele dormia.
_Sempre ouvi que os Malfoy e os Weasley não se suportavam...
_Ih, pai... você não sabe da mágica nem 1/3. – Blaise falou misterioso.
_Do que está falando? – Brian indagou confuso.
_Antigos segredos de família. – o moreno falou dando de ombros – o importante é o senhor saber que: Draco é um cabeça-dura sim, mas a Gina não fica atrás... ô ruiva teimosa.
_Porque eu acho que você e a tal ruiva já foram mais que amigos? – Brian indagou desconfiado.
_Não pai... nós sempre fomos amigos...quer dizer, sempre desde que eu me interessei pela Luna...
_Sua noiva?
_Isso, elas são melhores amigas desde a escola. – Blaise explicou sentando-se.
_E isso explica o porque de você se preocupar tanto com o caso.
_Sou amigo da Gina e agradeço à ela a ajuda com a minha loira, mas eu considero o Draco como o irmão que eu não tive.
_Se preocupa com ele não é?
_Bastante. – o moreno disse miserável. – pai porque eu tô me sentindo mal depois de ter falado aquilo tudo pra ele?
_Porque é normal os amigos abrirem os olhos um dos outros, mesmo que seja na marra. – Brian falou levantando-se –estou com fome, você vêm?
_Vou ficar aqui mais um pouco, vai na frente. – Blaise falou baixo.
_Certo. – Brian disse e antes de sair pela porta emendou – mas não fique sem comer, porque...
_Um bruxo precisa de comida para se concentrar na batalha... eu sei. – ele emendou o ditado do pai.
_Isso. – Brian respondeu sorrindo, retirando-se.
*******************
N/A: Sem muita criatividade pra escrever o cap, mas saiu...
Eu adorei a “conversa” do Draco com o Blaise... muito sincero! Rs*
*a parte do convite do Draco eu inventei, até porque lembrei do Baile e coloquei como se ele tivesse levado um ‘toco’ da ruiva, e por isso ele foi com a Pansy e ela, como estava a espera do convite do Harry, acabou indo com o Neville...
Quem gostou do capítulo???
Quem quer me matar porque não escrevi a conversa entre Dylan e Draco?
^_____^’
No próximo eu posto, prometo...
Comentem bastante porque me sinto carente de comentários hoje...
ps: Obrigada Vampira Pamplona por observar o pequeno errinho que cometi ao falar sobre a Câmara Secreta... hehehe...
Bjussss
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