Cap 1 – Sofás, vinhos e tapete




“HARRY?” Gina estava espantada. Simplesmente não podia acreditar que lá estava ele, depois de tanto tempo sem se verem, parado em sua porta, segurando uma garrafa de vinho e ostentando um sorriso de orelha a orelha, que ao mesmo tempo inocente, significava o pecado em pessoa para ela.

“Olá, Ginny! Sabe, eu estava aqui perto, andando, e resolvi passar pra te falar um oi.” Explicou-se como se fosse um robô programado para decorar essa frase

“Potter...você mora do outro lado da cidade, hoje é uma noite de sábado, e você estaria passando sozinho aqui por perto, com uma garrafa de vinho na mão, com qual intuito?” perguntou desconfiada, o que fez Harry rir, e a ruivinha se desmanchar em mil pedaços dentro de si.

“Se você quer saber mesmo Gi, eu estava no mesmo estado em que você está! Entediado, invejando o resto da população da cidade, e começando a ficar deprimido...”

“Hey! E quem falou que eu estava nesse estado? Pra sua informação, eu estava descansando, depois de tantas provas que fiz na universidade.”

“Hummm...universidade...então é por isso que eu não consegui te encontrar nesses últimos dois meses?” Ele já entrara, pos o vinho na mesa e estava procurando por um saca-rolhas nas gavetas da cozinha, enquanto Gina se sentava em um dos banquinhos em sua cozinha e bocejava.

“Quem quis passar os últimos dois anos fora, longe de Londres não fui eu, então não me culpe de não ter te procurado ou retornado suas ligações, afinal, a universidade estava realmente me matando! A propósito, terceira gaveta, de cima para baixo.”

Ele riu, enquanto abria o vinho e o servia em duas taças.

“Uhh... então não foi só por causa da correria da universidade, ou você realmente estava me evitando, srta. Weasley?”

Gina riu também, aceitando a taça que Harry lhe oferecia, antes de se justificar.

“Já disse, quem resolveu passar um tempo fora não fui eu. Se isso despertou ou não minha raiva contra o senhor, a culpa é inteiramente sua Potter!”

“Certo então Weasley. Perdoe-me esse imenso erro, vossa excelência!” pediu fazendo ma exagerada e ridícula reverência, o que a fez gargalhar.

O tempo passava e eles continuavam rindo de piadas idiotas, sem graça, ou então as que apenas os dois, que há alguns anos atrás já haviam sido um casal, entendiam. Claro que a garrafa inteira de vinho contribuiu para as piadas ficarem cada vez mais idiotas...


“Harry Potter...você é um grande imbecil sabia?” perguntou a ruiva a ele, que respondeu com uma sonora gargalhada, na qual ela o acompanhou, contrariada e tentando parar de rir

“Hey! Eu to falando sério! Você é um bastardo, um completo idiota que me deixou sozinha, completamente sozinha e na seca nesses últimos 2 anos.” Ela finalmente parar de rir, e ele, espantado, a seguiu.

“Bom...eu...eu...não sei o que falar, Gina...”

“É, você poderia começar assumindo isso. Depois pedindo, eu penso em uma terceira.” Gina sorriu, mas Harry continuava sério

“Você sabe que isso foi importante pra mim! Você sabe que era uma oportunidade única de fazer minha especialização em um dos melhores lugares do mundo. E você sabe também que se eu pudesse ter te levado junto, com certeza eu levaria, fora que...”

“Ahhh, Harry Potter...não me venha com essa conversinha de novo! Ta bom, que se dane se você foi ou não viajar, me deixou ou não sozinha, sentiu ou não falta de mim... Já passou, pronto! Dois anos até que passaram rápido! Finalmente, depois de pensar em você todas as noites, e de me envolver com um ou outro idiota pra esquecer o idiota máster, você está de volta, batendo na minha porta, num sábado entediante, me embebedando – sem falar de você mesmo – e querendo que eu aja normalmente, como se nesses dois anos e dois meses eu não tivesse sentido NADA, nenhuma dor! Faça-me o favor né?...” ela levantou rapidamente do sofá, mas ao fazer esse movimento, só viu a taça que ainda continha um pouco de vinho caindo diretamente em seu tapete bege, e se viu caindo diretamente no colo do moreno, que se encontrava na poltrona ao lado do sofá.

“Uou...calma Gi!” ele riu, e ela ficou ao mesmo tempo que espantada, indignada ao notar que mesmo depois de tudo o que ela falara, mesmo após todos os xingamentos, ironias e comentários não muito favoráveis, ele não parecia bravo e não parecia estar querendo brigar.
Mas toda a raiva foi embora do corpo, da mente e da alma de Gina quando ela olhou dentro dos olhos verdes do homem sobre o qual estava sentada, e o qual lhe apertava a cintura.

“Ahhhhh...pronto! Me ferrei!” concluiu mentalmente, e talvez...um pouco desesperada.

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