Herdeiro de Slytherin






N/A: Ok! Eu demorei... eu sei! Sorry! É que eu estava perdendo o ânimo! Ninguém está comentando! Putz :x
Vamo lá gente! Please!
Ajudinha!
E quem é autor sabe o quanto é legal ler um comentário (Y)

:*

Recaptulando

Finalmente eu estava sozinha na droga do banheiro. Fui em direção a uma das pias. Tom já havia me dado algumas instruções do que fazer. Procurei uma pia que tivesse uma pequena cobrinha bordada em sua torneira. Achei-a e abri o diário por sobre a pia. Era chegada a hora. Fechei meus olhos e apenas esperei. Não demorou muito para eu sentir uma estranha energia percorrendo todo o meu corpo. Era como se eu estivesse sendo possuída.

Algo quente e ao mesmo tempo gelado corria dentro das minhas veias, fazia as pontas dos meus dedos latejarem e eu sentia meus olhos arderem. Senti-me fraca, mas ao mesmo tempo disposta a terminar o que fazia. Abri meus olhos novamente e abri também minha boca, ordenando que a pia se abrisse, mas o som que ouvi não foi o da minha voz. Isso me assustou na hora, mas não foi maior que o susto de ver a pia se precipitando para o lado e revelando um grande cano suficiente para uma pessoa passar por ele. Aquela era a entrada da Câmara Secreta.

Novamente eu falei, mas não era minha voz. Dessa vez ordenava que o monstro abrigado na Câmara saísse e ganhasse liberdade. E ele saiu. O Basilisco do qual Tom havia me falado realmente existia e estava ali, na minha frente. Era aterrorizante. Gigante, capaz de engolir uma pessoa. Mas não era essa a sua função, não era isso que ele fazia para matar. Para matar bastava um olhar, apenas um olhar direto nos seus grandes e redondos olhos amarelos e era o fim. Olhos do qual eu estava imune. Nada me aconteceu quando ele me olhou, talvez porque eu estivesse de alguma forma possuída pela lembrança de Tom. Sim, Tom estava dentro de mim, era a voz dele que saiu de minha boca, era os olhos dele que o Basilisco viu quando me olhou. E o Basilisco não mataria seu mestre. E então eu estendi meu braço em direção à porta, indicando que ele ganhasse o corredor em busca de suas vitimas. Ele então abaixou a cabeça em sinal de obediência e foi para a porta. Eu podia ouvir a voz sedenta do monstro dizendo ”rasgar, romper... matar!”, ”fome, sangue... sangue humano...”.

E eu o segui. Mas naquela noite todos os alunos estavam no Salão Principal comemorando o Dia das Bruxas, então se o monstro tivesse uma boa vitima seria muita sorte. O máximo que conseguiu naquela noite foi paralisar a gata nojenta do Filch. Até pra morrer ela foi imprestável. Ela fitou os olhos grandes e amarelos do Basilisco através do reflexo de uma poça d’água no chão que estava escorrendo do banheiro interditado da Murta-Que-Geme. Sendo assim, ela ficou paralisada. . Mas o impacto daquilo deveria ser maior, então eu precisava tomar algumas providencias. Ordenei ao Basilisco que se escondesse novamente e pendurei a gata no suporte de tochas. Então conjurei um pouco de tinta e escrevi uma frase com grandes letras entre as duas janelas. Uma frase de aviso.

A CAMARA SECRETA FOI ABERTA

INIMIGOS DO HERDEIRO, CUIDADO!


Prontoo..


Maari Malfoy ;*

Cap. 6: Herdeiro de Slytherin

Tomei o cuidado de desaparecer dali o mais rápido possível. Logo apareceria alguém, mas eu queria estar por perto para ver as reações. Então me escondi e esperei. Qual não foi a minha surpresa ao ver o trio maravilha aparecer! Claro, só podia ser o Cicatriz ambulante do Potter, a Sangue Ruim da Granger e o Baba-Ovo do meu irmão Rony! A cena foi incrível, hilária.

Dois babacas correndo atrás do Potter que dizia estar ouvindo alguma coisa... e de repente... dão de cara com a gata pendurada e a escrita na parede. E nem deu tempo de fugir, pois os alunos irromperam atrás do trio maravilha! Então, eles estavam no lugar errado, numa hora mais errada ainda!

- Inimigos do herdeiro, cuidado! Vocês vão ser os próximos, sangues-ruins! – era a voz de Draco que trovoava dentro do corredor. Eu nunca gostei tanto de ouvir a voz do meu loiro pálido preferido como naquele momento! Então me estiquei do meu esconderijo só para poder ver as expressões faciais. O trio maravilha estava branco como um leite. Já Draco estava corado, os olhos prateados faiscando e com um grande sorriso, olhando para o gato pendurado.

Filch apareceu em seguida, de certo guiado pelo grito de Draco. Fez um tremendo escândalo ao ver sua idolatrada gatinha pendurada e logo de cara acusou o cicatriz. E então o velho babão do Dumbledore apareceu e deu um fim na bagunça levando o trio e Filch para a sala do Lockhart. Todos os presentes deram uma ultima olhada na pichação da parede e foram dispersando já que não havia mais nada de interessante para se ver.

Apenas uma pessoa ainda ficou ali, com as mãos para trás, olhando para a pichação. Era Draco. Eu ainda fiquei ali, quando me espichei mais um pouco para verificar se ele faria algo minha varinha escorregou do meu bolso e caiu no chão fazendo um fino e discreto barulho. Tentei voltar à posição normal, mas Draco foi mais rápido que eu.

- Virginia? – chamou erguendo uma sobrancelha e estreitando os olhos prateados em cima de mim.
Não adiantava fugir.

- Me achou Draco! – tentei brincar meio nervosa. Ele jamais poderia desconfiar que tinha dedo meu metido com os últimos acontecimentos.

- Seria impossível eu não enxergar seus cabelos vermelhos balançando ao tentar se esconder no vão da parede. Estava ali o tempo todo?

- Hu-hum.

- Fazendo o que? Só não diga que não é da minha conta! – ele se defendeu antes que eu o atacasse, mas eu não faria isso.

- Assistindo de camarote! – sorri nervosa.

- Viu isso mais de perto? – apontou a pichação com interesse.

- De perto não... – dei uns passos à diante. – Quem você acha que pode ter feito isso?

- Provavelmente quem abriu a câmara secreta.

- E você desconfia de alguém? – joguei um verde esperando colher um maduro.

- Não faço idéia, mas já é meu ídolo! – ele disse com olhos brilhando.
- Por que?

- Porque seja lá quem for, encrencou o Potter! – e deu uma grande gargalhada. Isso me fez rir também.

- Vai se empenhar em descobrir? – eu disse ainda olhando a pichação. Eu evitei olhar nos olhos cinzas instigativos de Draco, eu não sabia se conseguiria continuar mentindo.

- Adoraria descobrir, mas seja lá quem for, ou o que for, é poderoso o suficiente para não ficar dando o ar de sua graça pelos corredores às vistas de ‘pobres mortais como nós’. – a ultima parte ele disse com uma pitada de sarcasmo. Eu gostei do que ele disse, apesar de todo o poder pertencer a Tom.

- Virginia?

- Hum?

- Como veio parar aqui? Sabia disso? – apontou a pichação e eu senti que ele me olhava. – E eu também não me lembro de ter te visto na Festa do Dia das Bruxas.

Eu estava encrencada. Precisava de uma desculpa rápida.

- Han.. eu? Ah, não queria ficar curtindo festinhas idiotas. Estava dando um passeio pelos corredores. – É. Foi horrível, eu sei!

Draco ergueu as duas sobrancelhas.

- Passeio pelos corredores há essas horas? Você é mais estranha do que eu pensava! – e deu um suspiro. – Bom, seja lá como foi, como vi que você não estava na festa... – enfiou a mão no bolso e tirou algo embrulhadinho num papel celofane. – Resgatei isso pra você. – me entregou. – É de cereja. – sorriu.

- Obrigada Draco. – então eu olhei para ele. O olhar dele mexeu comigo. Eu sabia desde aquele momento que eu sempre poderia contar com Draco.

- Vamos, não vai comer?

Eu ri. Abri o papel e foi revelada uma grande trufa de cereja. Sorri e dei uma grande mordida no doce. Naquele momento percebi que estava com fome.

- Muito bom Senhora Faminta. Agora, me acompanha até o Salão Comunal? – ele disse fazendo uma debochada reverencia.

- Claro que sim.

Ao constatar que todos haviam ido dormir e que não havia uma alma penada no Salão Comunal, eu sentei-me ao lado da lareira do Salão com meu diário a mão. Estava ansiosa por relatar a Tom o que havia acontecido.

E assim foi transcorrendo nossos planos. Agora a escola inteira se perguntava sobre o que seria a Câmara Secreta. Os mais enxeridos, como a Granger, procuravam informações em fontes inesgotáveis, livros e até mesmo os professores. E conseguiram algumas poucas informações. A versão mais comentada era que o Fundador da Sonserina, Salazar Slyterin, tenha construído a Câmara e abrigava ali um monstro enorme e perigoso.

Então ele brigou com os outros fundadores para defender seu objetivo nas seleções escolares onde só se admitiria a raça pura. Então abandonou Hogwarts. Só o legítimo herdeiro de Slytherin poderia abrir a Câmara e usar seu poder para expulsar todos que não eram dignos de estudar magia (trouxas e mestiços). E ouvir os alunos comentando o assunto pelos corredores foi ótimo. Um dia na biblioteca eu escutei o trio conversando aos cochichos. Escondi-me atrás de uma estante bem próxima e me pus a ouvir.

- Mas quem é que pode ser? – Granger iniciou o assunto.

- Vamos pensar. – Rony. – Quem é que conhecemos que acha que os nascido trouxas são a escória?

- Se você está pensando no Draco... – Granger

- Claro que estou! – exclamou Rony. – Você ouviu quando ele disse ‘Sangue ruim vocês serão os próximos!’, vem cá, a gente só precisa olhar para aquela cara nojenta de rato para saber que é de...

- Draco, o herdeiro de Slytherin? – Granger não acreditava muito.

- Olha só a família dele. – Agora era Potter quem falava. – Todos eles foram da Sonserina e vivem se gabando disso. Podiam muito bem ser descendentes de Slytherin.

- Poderiam estar passando a chave da Câmara há séculos, de pai para filho... – Disse Ronald viajando.

- Pode ser que seja possível... – disse Granger ainda cética. Eu me segurei para não rir. O que o coitado do Draco tinha a ver com o pepino? Ta certo que eu jamais deixaria Draco se prejudicar por minha causa, mas até que gostei dessa desconfiança. Isso tiraria o ”meu eu da reta”. Nem me preocupei com o resto da conversa. Saí de lá antes que eu explodisse em risos.

E assim foi se seguindo. Repeti o mesmo procedimento. E quem caiu dessa vez foi Melissa Espintor, Grifinória idiota, fã do Potter.

A noticia espalhou-se como um rastilho de pólvora. Agora os alunos andavam sempre juntos, morrendo de medo de serem atacados.
Alguns dias depois eu desci ao salão comunal de manhã e ainda havia alguns alunos lá. Dentre eles Malfoy. E pela cara que ele me olhou eu devia estar parecendo um monstro com minhas olheiras fundas e os cabelos vermelhos escorridos tapando metade do meu rosto.

- Hey Gin. Está tudo bem contigo? Porque você está péssima! – Uma gentileza logo pela manhã.

- Ah obrigada Draco! Eu realmente fiquei feliz com seu comentário a cerca da minha beleza estonteante.

- Verdades são feitas para serem ditas! – ele se levantou da poltrona e caminhou até mim com um sorriso sarcástico.

- E a verdade de que você é um idiota, foi feita pra ser dita também?

- Nossa! Eu deveria ter te analisado melhor antes de propor amizade. Posso sair tosquiado ainda.

- Que bom que notou Malfoy! – e comecei a me dirigir para o salão principal. Malfoy foi atrás de mim.

- Mas mudando de assunto Gin, estão dizendo que irão reabrir o Clube dos Duelos. Sabe o que é? – ele disse enquanto caminhava despreocupado junto comigo, mas demonstrava grande excitação.

- Hum, já ouvi falar...

- Começará hoje à noite. Sabe, eu adoraria pegar o Potter e fazer picadinhos dele!! – os olhos cinza-prateados de Draco brilhavam.

- Que grande coisa você poderá fazer com o Potter? Se nem Lorde Voldemort conseguiu derrota-lo, o que você poderia? No máximo iria fazê-lo sentir cócegas, que é o que realmente se aprende nessa droga de escola nos primeiros anos. – falei indiferente. Mas Draco pareceu nem perceber a minha zombação com ele, o que chamou sua atenção foi outra coisa.

- O que? Você disse ”Lorde Voldemort”? – ele me perguntou receoso.
- Disse. Qual o problema?

- Não tem ”medo” de pronunciar o nome do Lorde?

- Porque eu deveria ter?

- Hum, ta igual ao Potter. Ele que é exibido e prefere chamar o Lorde das Trevas pelo nome... – foi interrompido pela minha mão direita agarrando fortemente o colarinho da sua camisa.

- Compare-me ao Potter novamente e você vai ver o que posso fazer com você! – eu sentia a velha ”irritação-Weasley” subir pelas minhas veias e ir pulsar nas minhas orelhas e nas pontas dos dedos. Draco me olhava com olhos prateados arregalados.

- Calminha Virginia. Só fiz uma brincadeira.

- Brincadeira comigo tem hora! – disse soltando-o.

- Você anda muito estranha Virgínia. O que há? – ele disse arrumando a gratava verde e prata.

- Eu sou estranha. Não tente me entender. – disse num tom que cortava o assunto.

- Voltando então ao Clube dos Duelos... Você vai? – ele perguntou enquanto chegávamos ao Salão Principal.

- Depende. Quem vai comandar?

- Lockhart. – Draco disse torcendo o nariz.

- Que ridículo! – eu não segurei a risada. – Eu não vou perder meu tempo com isso...

- Ora vamos Virginia! Para me ver derrotar o Potter.

Olhei para ele e revirei os olhos. Draco então pegou uma maçã na mesa da Sonserina e me ofereceu tentando me comprar. A maçã era muito vermelha. A partir daquele dia Draco começou a me dar maçãs bem vermelhas freqüentemente. Ele dizia que eu ficava linda quando comia uma maçã tão vermelha quanto os meus cabelos.

- Ok Draco. Eu venho. – o que eu vi em seguida foi um loiro animadíssimo dando um grande beijo na minha bochecha.

- Eu vou acabar com ele.

- Não promete muito Draco. Fale menos e aja mais.

Fiquei então o dia todo na expectativa do tal Clube dos Duelos. Escrevi ao Tom contando sobre o que eu sabia. Ele ficou animado. Disse-me que era pra eu ir sim e contar tudo pra ele depois. Quando a noite chegou os alunos se dirigiam apressados para o Salão. Amontoaram-se perto de uma passarela e vimos o imbecil do Lockhart entrar acompanhado do Profº Snape que seguia sério e com cara de enfadado.

Lockhart falou algo sem importância sobre o Clube e desafiou Snape para o primeiro duelo. Ficaram em posição e tudo parecia um teatro muito enfadonho até que Snape lançou o Expelliarmus no Lockhart que o fez voar até a parede oposta e se estatelar no chão. Isso eu achei engraçado. Nós da Sonserina demos vivas pelo golpe de Snape. Lockhart se levantou e disse algumas baboseiras dando a entender que ele deixou Snape fazer aquilo. Ao ver a expressão assassina de Snape Lockahrt achou melhor partir para os finalmentes.

E foi com grande rapidez que Snape chegou até o Potter e Rony que estavam formando duplas. Eu não pude ouvir o que eles diziam, mas Snape se virou para nós da Sonserina e chamou por Draco. Na hora eu percebi que Draco e Snape haviam combinado aquilo antecipadamente, pois Draco estava muito certo de sua participação no duelo com o Cicatriz. E foi com um grande sorriso nos lábios e uma pequena e discreta piscada pra mim que Draco saiu em direção a Potter.

A cara do Cicatriz ambulante foi hilária. Parecia que Draco era uma grande ameaça que causaria destruições e ruínas.
Draco e Potter reverenciaram-se com uma quase imperceptível inclinação da cabeça, sem tirarem os olhos um do outro por um milésimo de segundo. Prepararam as varinhas e começaram a contar.

Como eu já esperava, Draco começou pelo ”dois” e atingiu Harry atirando-o para longe. Potter não perdeu tempo e atacou Draco com um ridículo feitiço de cócegas. Draco tomou fôlego e atirou outro feitiço imbecil no Cicatriz. Desta vez Snape interviu e interrompeu os feitiços. Outros alunos ainda estavam duelando e Lockhart quis ensinar um feitiço de bloqueamento-de-não-sei-o-quê.

Quis chamar o idiota do Longbottom e Finch-Fletchey, mas claro, Snape não deixou e chamou justamente o Cicatriz e Draco.
Lockhart foi tentar ensinar alguma coisa para o Cicatriz, mas nem manejar a varinha ele sabia. Já Snape sussurrou algo no ouvido de Draco e este sorriu satisfeito. Ele sentia-se preparado para o duelo, já Potter parecia perdido. Lockhart contou até três e rapidamente Draco berrou:

- ”Serpensortia!”

E uma imponente serpente apareceu da ponta da varinha de Draco e começou a se rastejar na direção de Potter. Eu enfim estava começando a me divertir. Lockhart tentou dar um fim na cobra, mas o máximo que conseguiu foi fazê-la rodopiar no ar e cair violentamente no chão. Isso a enfureceu e ela avançou para Finch-Fletchey, pronta para o bote.

Potter então, num ato de heroísmo caminhou lentamente até a cobra e disse algo que ninguém entendeu. A única coisa compreensível ali foi que a cobra amansou-se completamente em plena atitude de obediência ao Potter. O Cicatriz sorriu para o Finch-Fletchey, mas este pareceu não gostar e berrou com Potter:

- De que é que você acha que está brincando? – e saiu furioso do salão enquanto todos olhavam para Harry como se ele fosse um trasgo (o que não era muito diferente). Snape deu um fim na cobra e Rony e Granger logo puxaram Potter pra longe dali. Enfim eu teria algo de sumo interesse para contar a Tom.

”Então Potter falou em uma língua diferente com a serpente e ela obedeceu-o?”

”Exatamente. O que é isso Tom?”

”Ele é um Ofidioglota”

”Um o que?”

”Ofidioglota, minha Virginia. Potter pode falar com as cobras”

”E o que isso tem demais? Não seria apenas mais uma das milhões de habilidades do Cicatriz?”

”Não. Esta é especial. Só o herdeiro de Slytherin teria esse dom.”

”Mas você é o herdeiro. Não é o Potter!”

”Eu sei. Justamente por isso que estou estranhando a idéia.”

”Isso muda nossos planos?”

”Ainda não sei. Tenho que pensar sobre isso. Continue de olhos bem abertos sobre o Potter.”

”Sabes que pode contar comigo Tom.”

”Sim, eu sei minha Virginia...”

”Agora preciso ir Tom, ouço passos se aproximando.”

”Durma bem, meu anjo. E prometa estar sempre junto comigo.”

”Eu prometo Tom.”


- E então Virginia gostou da minha atuação contra o imbecil do Potter? – era Draco quem entrava radiante no Salão Principal enquanto eu guardava o meu diário dentro da capa. Veio-me na ponta da língua para dizer que ele só soube aquele feitiço porque o Snape cochichou em seu ouvido, mas eu seria cruel demais.

- Foi magnífico Draco! – sorri.

- Acha mesmo? – eu começava a pensar em Draco como um garoto de 12 anos carente de atenção e carinho.

- Sim, eu acho.

- Mas não me conformo pelo Potter ser um ofidioglota! Ele é um grifinório idiota! E é mestiço! Eu que sou um Sonserino Sangue-Puro não tenho essa capacidade. – ele gesticulava inconformado. – E sabe o que já estão dizendo por aí? Que Potter é o Herdeiro!

Eu não agüentei e explodi em risos.

- Ah! Não mesmo Draco!

- Como pode ter tanta certeza?

- Acha mesmo que Slytherin teria um descendente babaca como o Potter? E o pior: da Grifinória!!

- Pode ser, mas eu conheço muitas histórias de pessoas que renegam sua família e saem completamente ao contrário do esperado.

- Pode conhecer e achar o que quiser Draco, mas o Herdeiro de Slytherin não é um idiota qualquer!

- O que sabe a respeito do herdeiro? – ele ergueu a sobrancelha direita e me examinou com olhos prateados faiscantes.

- Nada. Apenas o óbvio: O Herdeiro, seja quem for, é sonserino!
- Acha que ele está então no meio de nós?

- Isso é obvio Draco, senão como ele estaria agindo?

- Tá, mas... Por que não sou eu? – ele bramiu indignado.

- Porque nem tudo é como a gente deseja Draco!

- Mas eu não vou sossegar enquanto não descobrir quem é o grande felizardo.

- Felizardo?

- Claro, quem não gostaria de ser o herdeiro legitimo de Salazar Slytherin?

- Talvez o Potter! – brinquei. Draco deu um riso sarcástico.

- Ele seria o único imbecil.

Os comentários que se seguiram após o Clube dos Duelos eram que Finch-Fletchey seria a nova vitima do Potter. A escola inteira acreditava que era o Cicatriz quem provocava os ataques, que ele era o Herdeiro. Então já que era assim... eliminamos Justino Finch-Fletchey também. Mas pra variar ele também não morreu. E mais uma vez Potter estava no local errado, na hora errada.

Eu não sei, parece que tudo sempre acontece com o Potter! Dessa vez quem se encarregou de espalhar a noticia foi Pirraça. Mais encrencas para o Potter Podre.




N/A: créditos totais à Pequena Kah, autora de Dust in the Wind.

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