A bela casa dos Potter
Harry acordou aquela manha com certos barulhos indesejáveis. Parecia que alguma coisa batia no vidro da janela. Apalpou a cabeceira do lado de sua cama a procura de seus óculos. Rony já resmungava a alto som.
- Não Mione... deixe-me dormir!- falava e balançava os braços como se tentasse espantar um bando de abelhas- Pára com esse barulho...já estou levantando.- dizia ainda sonolento.
Harry se rachava de tanto rir. Como pode seu amigo sonhar a noite inteira com Mione?
Na mesma hora livrou-se desse pensamento, porque momentos antes também estava sonhando com Gina.
Olhou para janela e viu uma ave branquíssima tentando entrar.
- Edwiges!- fazia mais de mês que Edwiges não voltava para casa.Harry abriu a janela e acariciou o cocuruto de sua ave. Ela lhe mostrava toda exibida um rato que trazia em seu bico- Que bela caçada Edwiges!
Rony levantou assustado da cama.
- Quê? Onde?- parecia desnorteado e também com medo, talvez de não ter acordado na hora que “Mione lhe chamou”
- Relaxa, não precisa ficar apavorado! Mione ainda está no quarto dela!
- Hum...ufa! Ainda bem não é mesmo?- suspirou aliviado- ma...mas....quem di-disse que eu estou apavorado?
- A sua cara! E agora vamos. Quero chegar a Godric’s Hollow antes da meia noite!
Harry e Rony desciam para a cozinha, estavam esfomeados, pois à noite não comeram nada.
- Bom dia- disseram a todos.
Gina parecia mais triste que antes. Harry se sentara próximo dela exatamente para tentar acalmá-la.
- Gina, não se preocupe.- Harry falava baixo com ela. Aproveitou que todos estavam em uma conversa animada.
- Harry, não sei. É uma coisa de dentro de mim.É um... um medo que do nada me toma- uma lágrima descia de seus olhos. Harry não suportava vê-la chorando.
- Gina, por favor não chor.- mas esta já se levantava da mesa e ia para quarto.
- Nossa, o que aconteceu a essa Weasleyzinha?- sr. Weasley perguntava surpreso.
Harry não respondeu, abaixou a cabeça e não conseguiu comer aquelas deliciosas omeletes com bacon.
Quando estavam todos prontos ouviram uma buzinada que veio de fora. O carro havia chegado.
Lá fora, Harry esperava com das outras vezes, um motorista dirigindo-o, mas o banco do motorista estava vazio.
Ele não foi o único a notar isso, e viu que não era mais uma de sua ignorância de seu mundo tão preferido.
- Papai, e o motorista? – Rony perguntou atordoado.
- Eles acharam interessante a idéia do Ford ter se tornado um selvagem e ter se virado sozinho com a magia que foi imposto nele. Resolveram implantar uma certa magia nos carros trouxas para que “se virassem”.
- Uau- Rony estava de boquiaberto, afinal seu pai que praticamente teve a idéia.
- Vamos crianças! Entrando!- sr. Weasley abria a porta e mandado todos entrarem.
Mione entrou primeiro no carro, seguida de Rony, Harry e Gina. Na frente o sr Weasley no banco do motorista. A sra. Weasley saiu correndo da cozinha.
- Anda Molly! – reclama o sr. Weasley.
- Já estou indo Arthur.
E ela entrou ao lado do sr. Weasley.
Para quem não conhece a magia, acharia aquilo muito incrível, mas como Harry já estava acostumado não se surpreendeu que no carro do banco de traz da frente sobravam quatro pessoas. Assim eles puderam ir bem folgados e espaços, mas para Rony e Mione não pensavam assim, estavam mais juntos do que poderiam, sendo que ao lado de cada um havia um espação sobrando.
- Mas sr. Weasley, como que os trouxas não conseguem perceber que o carro está andando, sozinho?- Mione como sempre interessada.
- Quando eles olham para o carro, ou melhor para o motorista, as mulheres vêem um reflexo de uma promoção de uma roupa que ela quer muito. Assim o mesmo acontece com os homens, mas eles vêem promoção carros.
- Mas e as crianças?
- Elas vêem um brinquedo enorme fazendo reflexo no carro.
- É cada coisa que esse ministério inventa!- dizia Molly não acreditando no que ouvia.
A viagem até Godric’s Hollow foi bem animada, apesar de Harry sentir uma certa ansiedade.
Chegando próximo a um cercado de grande arvores, Harry pode avistar uma vila, que na entrada havia uma placa bem velha e enferrujada que dizia:
“Bem Vindos a Godric’s Hollow”
Harry sentiu um aperto no coração muito grande.
A vila parecia deserta. As casas praticamente destruídas por causa do tempo, e tão sombrias com aquelas aparências de abandonadas.
Havia um bar, onde parecia ser o único local onde havia habitação.
O sr. Weasley saiu a procura da casa dos Potter. Mas era difícil de reconhecer, a única descrição era que a casa de Harry fora deixada quase destruída, mas a vila inteira possuía casas quase destruídas e abandonadas.
Eles param no bar onde um senhor gorducho e baixinho os atendeu. Era simpático o que contradizia a sua aparência que parecia ser muito rabugento.
- Olá! Pegaram a estrada errada?- perguntava com um sorriso no rosto.
- Na verdade, o caminho está certo, mas gostaríamos de encontrar uma casa. A única descrição que tínhamos errada que ela estava quase destruída, mas acho que agora ficou um pouco difícil.
- É, de um certo tempo para cá as pessoas fugiram da vila.
- Há quanto tempo?- precipitou Harry a perguntar.
- A uns dezesseis anos, desde que uma família morreu de uma forma muito estranha. As pessoas ficaram com medo de permanecer na vila. Eu era muito amigo do casal, eram ótimas pessoas.Coitados, morreram todos. E aquele garotinho...tão jovem, tão pequeno. Não pode aproveitar nada da vida.- o senhor olhava para chão, parecia chorar.- Sabem, as pessoas não conseguem explicar como que eles morreram, não possuía indícios de tortura, de nada! Mas sei que havia alguma coisa a mais por trás disso tudo.
- E como se chamava o garotinho?
- Arry, eu acho, faz tanto tempo...
- Harry?- perguntava Harry cada vez mais interessado.
- Isto. Ele possuía os olhos de Lily, mas aqueles cabelos espetados e rebeldes eram de seu pai.- o senhor baixinho agora olhava para Harry de certa forma que o deixava constrangido.
- incrível...você faz lembrar aquele garotinho. Se ele não estivesse morto, diria que era você.
Harry e todos se assustaram com aquilo. Harry, morto?
- Mas de onde que vocês tiraram que o garoto está morto?- Harry perguntou. A cada palavra mais preocupada ele ficava.
- Bem, o casal Potter encontramos mortos, um no hall da casa, e o outro no quarto de Harry. O garoto simplesmente desapareceu aquela noite. Mas ninguém da vila foi lá antes de do amanhecer.
- Mas este que se encontra na sua frente, é o Harry. Harry Potter.- sr. Weasley apontava para Harry.
O senhor abraçou Harry de uma forma inesperada, que não só assustou a Harry com a todos também.
- O pequeno Harry? Vivo?- ele chorava e ria ao mesmo tempo. Nunca Harry recebera de um estranho, tanta alegria por estar vivo.
- Seus pais chegaram aqui uns seis meses antes de tudo acontecer. Você ainda um bebê...todos que te viam babavam, você era uma criança incrível, não tinha cara feia para ninguém, era acolhido por todos. Era admirado...as meninas se encantavam com você. Fazia muito sucesso garoto.
Harry sentiu uma certa fisgada de ciúmes de Gina. Harry não sabia onde enfiar a cara, Rony aproveitou a situação e já jogou uma piada daquelas.
- Uhu garanhão...
- Seus pais me ajudaram muito, eu era um aborto, e muito do mundo bruxo me desprezaram, mas seus pais não...Apoiaram-me, foram amigos comigo, um momento que ninguém queria se aproximar de mim. Uma fase difícil...muito difícil...
- Bom estamos aqui falando...falando...mas não nos apresentamos. Sou Arthur Weasley, esta é Molly, Rony, Mione, Gina e como você já conhece...Harry.
- Rou-rou...é mesmo. Sou Bone Priuet. Entrem, vamos tomar alguma coisa. Vamos!
Todos entraram no simples bar. Ficaram ali durante muito tempo. O senhor Priuet lhes contando tudo o que aconteceu, e como eram os Potter.
Harry iria explodir, precisava ficar um tempo sozinho. Precisava sair, ficar um pouco só.
Sentou-se nos banquinhos próximo à entrada. Não conseguia raciocinar. Estava atordoado, foram muitas emoções para uma manha só.
Olhou para todos os lados, a procura de sua casa. Eram todas iguais, seria complicado encontrá-la sozinho. Mas de repente, um brilho forte veio de um morro. Era de uma casa, a casa mais linda que já vira. Possuía o jardim mais belo, todo florido; os jardins da rua dos Alfeneiros não chegam aos pés deste, pensou Harry. A casa tinha três andares, onde o último parecia ser um sótão. A varanda daquela casa era alegre, cheio de flores, e próximo à porta o sino, o pequeno sino que Harry adorava tanto quando criança.
A visão de Harry foi saindo de foco, ficando cada vez mais escuro. Na sua mente, passavam flash de visão, que ele nuca tinha visto. Estava dentro daquela casa, ouvia gritos, via jatos de luzes, vozes brigando, e uma risada fria que fez os cabelos da nuca de Harry se arrepiarem. Em momento estava ali, dentro da casa, no outro estava caído no chão, em frente ao bar do senhor Priuet. Ele levantou rapidamente, e foi a procura de seus amigos. Quando entrou na sala, todos estavam conversando alegremente com o senhor Priuet. Parecia que o destino final de todos saiu de suas mentes. Ninguém mais se lembrava o porque vieram para Godric’s Hollow. Harry foi andando sem querer tirar a concentração de todos naquela conversa. O senhor Priuet parecia ser um homem muito bom, mas Harry sentia que alguma coisa estava errada. Ficou ali sentado prestando atenção a cada palavra que saia da boca do sr. Priuet. Tudo estava normal, a conversa dele não poderia ser motivo de nenhuma suspeita, até porque estavam falando sobre trouxas, um assunto que Harry tinha certeza de que foi o sr. Weasley que começou.
Depois de um tempo, que para Harry parecia meses, a sra. Weasley chamou seu marido para irem, pois ainda queria passar no Beco Diagonal, para visitar a loja dos gêmeos e para comprar certos acessórios que precisava.
Assim, restaram apenas Rony, Gina, Mione e ele.
- Harry, como vamos encontrar sua casa? Todas estão praticamente iguais!- Rony falava com aquela cara de perdido.
- Todas menos uma!- Harry olhava para o morro.
- Para mim, todas são iguais- Mione olhava em sua volta.
- Não gente! Olhem aquela do morro! É bem diferente de todas da vila- Gina apontou para o morro.
- Ual, e que casa! - assobiava Rony.
Harry não entendia como que a casa de seus pais estava tão bem cuidada sendo que foi deixada quase destruída.
- Mas como você pode ter certeza de que seja aquela Harry?- Mione dizia com cautela para não magoar o amigo.
- Isto me mostrou que aquela é a minha casa- Harry pegou o colar.
Ninguém mais conseguiu falar, estavam pasmo de mais para produzir algum tipo de som.
A casa dos Potter era para estar em ruínas, e ela simplesmente está linda e bela como eles nunca viram antes. Por que? Como? Eram as perguntas que passavam pela cabeça de Harry.
- Então, vamos?
E os quatros começaram a caminhar em direção a casa, cada vez mais que se aproximavam uma sensação estranha os apoderava. Isso era pura magia.
** Cap. 7 já está em andamento...talvez mais uma semana ou até poucos dias eu posto aqui...Bjus
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