VIII- Sheffield Park
N/A: Oi gente! Desculpem a demora, mas eu to estudando pra caramba! Sério!
Mas, bem, ai está o capítulo VIII
Espero que gostem.
Não é muito, mas a outra parte eu vou postar separadamente, porque tem que ter outro nome no cap. e assim fica um suspense xD
Muito, muito obrigada pelos comentários!!
Valeu mesmo.
Bem, não deixem de ler esse capítulo, hein?
Momento R/Hr super fofo ^^
Ah! Só pra esclarecer!! Pra quem não entendeu o trocadilho, Pumpkins é Abóbora em inglês xD
Desculpem-me os H² que estejam acompanhando a fic, principalmente a Amanda e o Adriano ^^ Mas eu não resisti ao trocadilho!
Bem, é isso, obrigada por tudo!
Beijos!!
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Capítulo VIII
- Cadê a Hermione, hein?
Ron e Harry esperavam aos pés da escada, juntamente com a Sra. Pumpkins que carregava uma cestinha de piquenique.
- Calma, Ron. – pediu Harry ao amigo, que batia um dos pés, insistentemente, contra o piso. – Hermione deve estar terminando de se arrumar.
- Vamos subir e apressá-la? – sugeriu o ruivo.
- Não há necessidade! – exclamou uma voz feminina.
Hermione descia as escadas aos pulinhos, usando vestes azul-escuras e uma capa preta, segurando uma mochila nas mãos e colocando-a nas costas com dificuldade.
- Já estava na hora! – resmungou Ron.
- Desculpem a demora. – pediu Hermione sem jeito.
- Ora, tudo bem queridinha! – disse a Sra. Pumpkins com um sorriso. – As garotas nessa idade gostam de se arrumar, é normal. Ainda mais quando o namoradinho está por perto.
Sem pensar, Hermione e Ron se entreolharam. O ruivo engoliu em seco e, corando, baixou o olhar para os sapatos.
- Que namorado? – perguntou Hermione, sentindo-se corar, evitando olhar para o lado de Ron.
A Sra. Pumpkins lhe deu mais um sorriso e apontou Harry com a cabeça.
- Não! – disse Hermione rapidamente. – A Sra. entendeu mal, ele... digo, eles são só meus amigos.
- Claro, claro. – concordou a velhinha dando uma piscadela para a garota.
Hermione olhou para Harry, aparvalhada. O garoto deu de ombros e girou um dos dedos à altura das orelhas, um sinal claro de que ele concordava que a Sra. Pumpkins estava ficando gagá.
Hermione procurou apoio da parte de Ron, esperando que ele também estivesse achando graça na confusão da velhinha, mas o ruivo ainda mirava os sapados. As orelhas vermelho-vivo e os punhos cerrados. Ron, definitivamente, não vira a menos graça.
A vista da cidade de Godric's Hollow, do alto, era tão desagradável quanto possível. Os raios de sol, mesmo que ainda fortes, iam sendo cobertos por algumas nuvens, que começavam a aparecer aqui e ali. A poeira baixara um pouco, pelo visto.
Um par de olhinhos castanhos espiava por entre a frestinha de uma das janelas mais altas do casarão.
Ginny Weasley esperava o momento adequado para por em prática o que combinara com Hermione.
"Então, assim que nós sairmos, ponha o plano em prática! Faça exatamente o que eu lhe disse e, se perceber qualquer coisa suspeita, não se importe em aparecer! Estou com um péssimo pressentimento, Ginny! Sei que nunca liguei para isso, mas desta vez tenho motivos. Se nada acontecer, volte pra cá e continue escondida! Diga à eles para fazerem o mesmo!"
Ginny ainda achava aquela decisão um tanto radical da parte da amiga. Mas quem era ela para discutir com Hermione sobre o que deveriam ou não fazer? Uma garota que saiu voando país à dentro, com o perigo de ser vista ou coisa pior, seguira os três por um bosque e se escondia em um casarão mal acabado? É, realmente era melhor confiar nos instintos de Hermione.
Ginny também fora exagerada ao deixar os dois prevenidos de que talvez precisasse deles. Não tinha certeza de que eles esperavam um sinal, mas confiava nos dois amigos, nunca haviam lhe deixado na mão.
Ginny avistou uma cabeleira ruiva (tão ruiva quanto a dela) ir em direção à praça.
Era o sinal! Estava na hora!
Porém, antes de seguir com o plano, Ginny olhou para fora novamente, baixou o olhar e o viu-o, tão próximo quanto distante. Os cabelos negros balançando suavemente ao vento. Harry olhou para cima, exatamente em sua direção. Por um momento, Ginny pensou em se esconder, mas não havia porquê, ele não a veria. Ela vislumbrou os olhos verdes do garoto, por trás dos óculos de aro redondos e suspirou profundamente. Estou fazendo isso por você, Harry!
Ginny levantou-se rapidamente, voltando a raciocinar, e pegou a moeda da AD. Com a outra mão, apontou a varinha para a mesma. Mentalizou bem, fez o feitiço e aguardou um pouco.
A moeda irradiou um brilho metálico e deu um estalido, logo apareceram em seu núcleo pontos de cores diferentes, alguns mais distantes do que os outros. Ginny ficou feliz em ver que os dois pontinhos que procurava pareciam estar no mesmo lugar. Com a ponta da varinha, tocou-os. Está na hora de provar que você dá mesmo sorte, moedinha!
Dez minutos mais tarde, um forte estampido, duas pessoas aparecendo do nada e caindo no chão, provaram isso a Ginny.
Naquele mesmo instante, quatro pessoas saiam para a praça.
- Então! Aonde vocês querem ir primeiro? – perguntou a Sra. Pumpkins.
Harry, Ron e Hermione se entreolharam.
Harry não estava certo de que fosse mesmo uma boa idéia, mas precisava fazer aquilo. Por um minuto, observou a volta. Respirou fundo. Não fazia aquilo por ele, fazia por todos. Derrotar Voldemort era sua missão, ninguém mais poderia fazê-lo. Seu passado, porém, parecia um inimigo mais cruel do que o próprio Lord das Trevas.
- Então? – insistiu a Sra. Pumpkins.
Ron deu um tapinha no ombro de Harry, e Hermione assentiu com a cabeça, encorajando-o.
- A Sra. poderia nos mostra... – começou Harry tomando fôlego. – a... a casa dos Potter?
A Sra. Pumpkins reagiu estranhamente ao ouvir a sugestão. A velhinha sorriu nervosamente e suspirou. Harry teve a impressão de ver um brilho em seus olhos.um tom estranho. – Então, sigam-me.
Ela começou a andar a passos curtos em direção ao outro lado da cidade.
Harry, Ron e Hermione a seguiram.
A cidade de Godric's Hollow, apesar de parecer pequena, era exaustiva de se atravessar.
Harry, Ron, Hermione e a Sra. Pumpkins, caminharam um bom tempo, em silêncio.
Subiram e desceram ladeiras, cujas casas desoladas se inclinavam perigosamente para frente, passaram por mansões antigas e abandonadas, andando com dificuldade pelas ruas cheias de buracos.
Aos poucos o céu ia escurecendo, a poeira e o sol desapareciam com o passar dos minutos e o vento tornava-se mais forte e gélido.
Harry já não pensava em mais nada naquele momento, a não ser no que veria a seguir. Era impossível não imaginar a casa de seus pais, formular momentos que deveria ter passado com a família, e rever em sua mente os rostos de James e Lily.
Quanto mais andavam, mais o nó em sua garganta apertava.Como reagiria ao ver os destroços da casa dos Potter? Sentiria vontade de chorar? Ou iria simplesmente não reagir? Seria capaz de tanta frieza?
Harry procurava, em vão, por uma resposta. Aliás, particularmente, ele mal sabia o que estava procurando ali. Alguns poderiam chamar de pressentimento, mas Harry não sabia se aquilo que estava sentindo tinha um nome.
Passaram por mais uma mansão desolada. Nessa, havia anões de porcelana quebrados e uma casinha de cachorro, ou o que havia sobrado dela.
Harry sentiu o estomago afundar.
Pensava em seus pais, pensava em Sirius, pensava em Dumbledore. Mas naquele momento, havia mais alguém em seus pensamentos. Uma jovem ruiva, a única que poderia aliviar um pouco aquele sofrimento. Mas Harry sabia que a deixara segura, a deixara a salvo. Longe do perigo, longe da maldade, longe dos duelos... longe dele.
Uma lufada de vento envolveu-o por alguns segundos. Harry respirou fundo e sentiu o peso em seu coração se aliar um pouquinho. Mas, ao sentir o ar frio penetrar seus pulmões, sentiu também um perfume. Um perfume floral, suave e envolvente. Harry parou e olhou a volta. Nunca esqueceria aquele perfume. Era dela, sim, o perfume dela. O perfume que o fizera perceber que não poderia conter aquele sentimento.
Mas, assim como o perfume se esvaiu para dar lugar ao oxigênio, a felicidade instantânea foi substituída por desesperança.
Não havia ninguém ali além dele, Ron, Hermione, a Sra. Pumpkins e casas abandonadas.
É melhor assim, pensou ele.
Mas bem que poderia ser verdade... ver Ginny... nem que apenas uma última vez.
Harry distraiu-se por alguns minutos e demorou a notar que as construções já estavam distantes e eles caminhavam por uma praça deserta.
Bem à frente, havia um grandioso portão de ferro, completamente enferrujado, e um muro alto, ladeando uma mata espessa.
Harry nunca teria imaginado que aquilo um dia fora um parque, se não houvesse uma placa de madeira talhada com os dizeres "Sheffield Park".
Antes de abrir o portão e entrar, porém, a Sra. Pumpkins fez uma pausa e virou-se para os três.
- Vocês têm certeza de que querem entrar ai? – perguntou ela. – Sabem, este parque está fechado a anos, deve haver bichos horríveis ai dentro!
Harry, Ron e Hermione se entreolharam.
- Precisamos ver a mansão. – disse Harry prontamente.
A Sra. Pumpkins baixou a cabeça e começou a murmurar algo para si mesma.
- Não querem comer alguma coisa? – perguntou ela novamente, voltando a olhar para eles, com a esperança de que desistissem. – Devem estar famintos.
- Não, obrigado.- disse Harry, antes que Ron aceitasse o convite.
A velhinha percebeu que de nada adiantava insistir, endireitou a cesta no braço e levou uma das mãos à grande e enferrujada corrente que prendia o trinco do portão.
- Quer ajuda? – ofereceu-se Ron.
- Não, obrigada. – agradeceu ela.
E não era mesmo necessário, pois o cadeado e as correntes estavam tão velhos e gastos, que não foi preciso mais do que alguns segundos para o portão se abrir, praticamente sozinho.
Uma trilha, praticamente invisível por baixo das plantas, se estendia por todo o parque, em direção ao outro oposto.
Antes de entrarem, Harry, Ron e Hermione se entreolharam.
- Deveríamos esperar até amanhã, - sugeriu Hermione em um sussurro – já está escurecendo.
- Não sei se eu agüentaria esperar até amanhã. – disse Harry.
Ron deu um longo suspiro e observou o "parque" por alguns segundos.
- O que não se faz pelos amigos...
Juntos, os quatro se embrenharam pela trilha. A Sra. Pumpkins caminhava tranqüilamente, já Harry, Ron e Hermione eram obrigados a andar com as cabeças baixas, para não bater nos galhos. O céu ia escurecendo, mas não os impedia de ver por onde andavam. Estava esfriando.
Do meio das árvores e dos arbustos, vinham ruídos estranhos. Harry segurava a varinha, disfarçadamente posicionada na manga de suas vestes. Atento a qualquer sinal. Andava a frente de Ron e Hermione e seguia de perto a Sra. Pumpkins.
Não duvidava nada que comensais aparecessem a qualquer momento. Seu coração saltitava para cima e para baixo em seu peito. Qualquer barulhinho o fazia imaginar pessoas encapuzadas surgindo da escuridão por entre as árvores. Harry estava tão atento quanto nervoso.
Não parava de relembrar o momento da morte de Dumbledore. Seus punhos se serravam, enquanto Harry imaginava o rosto macilento de Severus Snape sorrindo cinicamente para ele.
- Será que foi mesmo uma boa idéia? – sussurrou Ron para Hermione, que andava a seu lado.
- Não sei, Ron. – respondeu a garota em um sussurro quase inaudível. – Estou com medo do que possa acontecer. Harry já enfrentou muitas coisas nos últimos tempos... mas isso...
Ron observou lágrimas se formando no canto dos olhos castanhos de Hermione.
Ele a compreendia perfeitamente. Ver um amigo sofrer e não poder ajudar, é horrível.
Triste por vê-la daquele jeito e sentindo um impulso incontrolável de ajudá-la, Ron fez algo que não esperava fazer: segurou a mão de Hermione e sussurrou em seu ouvido.
- Vai ficar tudo bem.
Hermione fitou-o, aparvalhada, e sorriu. Apesar de estar tremendo por dentro, Ron decidiu se controlar, pelo menos desta vez. Retribuindo-a com um sorrisinho espontâneo, Ron soltou a mão da garota e levou a dele até seus olhos. Enxugou uma lágrima antes mesmo que ela escorresse.
Hermione sorriu novamente.
- Obrigada. – sussurrou ela, e então beijou o rosto do garoto, que corou instantaneamente.
Depois disso, os dois continuaram a caminhar, um pouco mais afastados. Cada um olhando para um lado e trocando sorrisinhos desconcertados uma vez ou outra.
Era em momentos como aquele, que Ron se perguntava quando, finalmente, seria o momento certo para cometer uma loucura de uma vez.
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N/A: Então... oque acharam? ><
Me digam que não tá uma porcaria, por favor!
Eu ando meio nervosa por causa das provas e tal...
Comentem, please!!
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