VI- O Herdeiro dos Potter





O silêncio apoderara-se do aposento mal iluminado, quebrado apenas pelo murmurinho das duas meninas que ainda brincavam animadamente com suas bonecas de pano, em frente à lareira.
Os olhares se fixaram em Harry. Mas desta vez, diferente de todas as outras, o ponto fixo não era a cicatriz no meio da testa, mas seus olhos.Era quase como se os olhares atravessassem as lentes de seus óculos de aros redondos.
Harry buscou o olhar do amigo, implorando, em pensamento, que ele quebrasse o silêncio. Ron simplesmente deu de ombros.
- Co-como disse que... que se chamava? – gaguejou Sarah, embora Harry tivesse certeza de que ela ouvira muitíssimo bem.
- Harry – repetiu o garoto sem jeito.
- Ele disse que se chamava Potter. – A Sra. McGuire mirava Harry com os olhos azuis ainda mais esbugalhados que o normal, se é que isso era possível.

Todos a mesa, agiam como se alguém tivesse jogado um balde de água fria sobre eles. O silêncio tomou conta do ar novamente.
Harry e Ron se entreolharam mais uma vez, ambos implorando mentalmente para que Hermione aparecesse de uma vez.
- Ora...– começou Sarah, quebrando o silêncio, tentando minimizar a tensão – é um nome... um nome muito comum, não é? Certamente ele não é o único a se chamar Harry e ter o sobrenome Potter.
Ela deu uma risadinha forçada, mas ninguém se mexeu. Continuaram a fitar Harry com espanto e um certo interesse.

- Com licença.
Hermione colocara a cabeça para dentro da saleta e ia entrando devagar, com um simpático sorriso nos lábios.
Ron e Harry suspiraram aliviados.
- Ora, o que está acontecendo por aqui? – resmungou o Sr. McGuire, medindo Hermione dos pés à cabeça. – Por um acaso esse lugar virou uma colônia de férias?
O sorriso sumira do rosto da garota, dando lugar a uma expressão de constrangimento e uma leve cor rosada nas bochechas.
- Sr. McGuire! – intercedeu Sarah rapidamente. Ela parecia aliviada por ver a conversa mudar o rumo. – Não seja tão rude com as visitas! Entre querida!

Hermione entrou e fechou a porta.
- Eu vou ajudar a trazer o jantar, pode se sentar aqui.
Sarah cedeu o lugar à garota e saiu rapidamente da sala.

- Olá! – cumprimentou Hermione ao se sentar ao lado de Ron.
Ninguém fez questão de retribuir. O Sr. e a Sra. McGuire cochichavam, enquanto a Sra. Gordon ia até as duas menininhas e o Sr. Gordon assoviava para as paredes, distraidamente, como se nem notassem a presença deles.

- Eu disse alguma coisa? – perguntou Hermione, em voz baixa, aos amigos.
Os dois se entreolharam.
- Esse lugar é muito esquisito. – comentou Ron. – Quanto antes nós sairmos daqui, melhor.
- Mas o que foi que aconteceu? – perguntou Hermione ainda aos sussurros. – Vocês estão com umas caras...
- Foi só o Harry dizer o próprio nome, que eles começaram a agir estranho. – Ron olhou a volta e voltou a falar baixinho. – Se bem que já me pareciam esquisitos antes.
- Vocês acham que eles... – Harry observou a volta, ninguém parecia interessado na conversa deles. – bem... acham que sabem quem eu sou? Mesmo sendo trouxas?
- Ora, é obvio! – concluiu Hermione. – Seus pais morreram na cidade, não é? Certamente o nome lhes é familiar!
Harry sentiu uma emoção estranha apoderar-se dele. Será que alguém ali conhecera seus pais? Deveria perguntar a eles?
- Talvez não gostassem dos seus pais Harry. – comentou Ron. - Talvez... Ai Hermione! Quer parar de me cutucar?
A garota deu um sorrisinho a Harry, em seguida olhou feio para Ron.
- A questão, Harry, é que seus pais moraram aqui. Essas pessoas já têm idade, devem tê-los conhecido!
- Talvez Ron esteja certo, Hermione! Do jeito como eles me olharam... não pareciam nem um pouco felizes em me ver.
Hermione parou para pensar um pouco, enquanto Ron massageava o braço que a garota cutucara insistentemente.
- Tentem descobrir alguma coisa durante o jantar, quem sabe não...
- Por que você não faz isso, Hermione? – interrompeu Ron desconfiado.
- Porque... ora, porque... eu vou jantar no meu quarto!
- Quê? – exclamaram Harry e Ron ao mesmo tempo.
- É! – disse Hermione prontamente – Quero estudar o mapa da cidade, buscar referências! Vou pegar as mochilas e deixá-las no quarto de vocês! – ela apontou para as duas enormes mochilas que Harry e Ron haviam deixado encostadas na parede.
- Já reservou os quartos? – perguntou Harry.
- Sim! O de vocês dois é o terceiro a esquerda, neste mesmo corredor.
- E você, vai dormir aonde? – perguntou Ron.
- Meu quarto fica no andar de cima. Não quero interrupções, ok? Vou tentar me concentrar no que faremos amanhã. Qualquer coisa, a Sra. Pumpkins disse que podem falar com a neta dela, Sarah. Aliás, quem é Sarah?
- A mulher que acabou de sair. – explicou Ron. – Não sabia que ela era parente da dona do "hotel".
- Bem, vocês dois, - continuou Hermione – tentem descobrir tudo o que puderem durante o jantar. Amanhã nós conversamos. Boa noite.

Dito isto, Hermione saiu pela porta, que ao fechar provocou um estrondo.

- Que é que ela tem? – exclamou Ron.
- E eu é que sei! – disse Harry distraidamente.
- Garotas... nunca vi! Pra que tanto mistério? Vamos ter que fazer tudo juntos, não é?
- Ela só quer ficar sozinha, Ron. Só isso! – explicou Harry.
- Não duvido nada que ela esteja indo se corresponder o Vitinho dela! Sempre fica toda cheia de mistério quando vai escrever praquele búlgaro idiota!

Harry abafou o riso. O ciúme que Ron tinha de Vitor Krum, apesar de irritante, era muito divertido. Não que Harry gostasse de ver os melhores amigos brigando, mas, de certa forma, era interessaste.
Durante seis anos, Harry observara as brigas, as discussões e os ataques de ciúmes. De um lado, tinha um certo medo de que os dois viessem a se "acertar". Imaginava o quanto constrangedor seria andar com Ron e Hermione se eles estivessem namorando. Ficar de vela não parecia muito divertido. Mas por outro lado, queria que aquela "situação" entre os dois se resolvesse de uma vez por todas. Quem sabe assim as brigas cessassem.
Nos últimos dias, Harry tentava não dar atenção alguma as brigas Ron vs. Hermione, porque sabia que vendo aquele "climinha" ia acabar voltando a pensar nela. Por mais que tentasse esquecer, ela ainda estava gravada nele, e dali não sairia nunca.
Ginny. Não queria, não podia pensar nela, mas era inevitável. Decidira esquecer os sentimentos enquanto estivesse preso àquela profecia, se é que ainda estaria vivo quando conseguisse. Mas depois do casamento de Bill e Fleur, depois de dançar com ela sem se importar que estivessem olhando, depois de envolvê-la em seus braços e perder-se em seus lábios. Como, como poderia esquecê-la?
A resposta era simples: Não poderia!
Quanto tempo. Quanto tempo desperdiçado. Poderiam ter aproveitado mais aquele sentimento novo e envolvente.
- Não é Harry... Harry?
Harry despertou de seu breve devaneio e olhou a volta. Ron observava-o.
- Que... que foi?
- Sarah. – explicou Ron. – Eu disse a ela que estávamos com muita fome. Sirva-se Harry! Estava dormindo é?

De fato, parecia que ele estivera dormindo sim. A mesa já estava posta, e todos se serviam. Bem a sua frente havia uma grande travessa de purê de batatas ao lado de um panelão de arroz. Havia bastante carne dentro de uma grande forma de acrílico e jarras de suco.
O jantar começou.

No andar de cima, Hermione empurrava, com extrema dificuldade, uma velha mesinha de rodinhas, sobre a qual haviam dois pratos fartos de comida, dois copos cheios até a borda, dois pares de talheres e dois guardanapos de papel.
Chegando finalmente, a única porta do corredor, bateu três vezes.
- Ginny – sussurrou ela. – Abra a porta! Sou eu, Hermione!
Com um estampido a maçaneta girou para a esquerda, e a porta se abriu.
Do lado de dentro, Ginny espichou o pescoço para ver além de Hermione, embora o corredor estivesse totalmente escuro.
- Não tem ninguém! – tranqüilizou-a Hermione – Mas me ajude com esse carrinho... está todo enferrujado.

Juntas, as garotas empurraram o carinho de comida para dentro do quarto. Hermione fechou a porta.
Para um quarto de hotel de uma cidadezinha abandonada, até que não era assim tão ruim.
Haviam duas camas paralelas separadas por uma cômoda de madeira antiga, uma grande janela, que Ginny achou melhor que continuasse fechada, e um banheiro.
A "suíte", apesar de pequena, era muito confortável.
- O cheirinho está ótimo Hermione! – disse Ginny enquanto suspirava. – Não pensei que estivesse com tanta fome, mas agora... parece que não vejo comida a dias!
Ginny empurrou a mesinha até que ficasse entre uma cama e outra, e as duas começaram a comer.
A comida não era tão boa quanto a de Molly, mas era realmente gostosa. Talvez fosse impressão sua, mas Ginny sentiu um estranho gostinho de abóbora no purê e na carne de panela.
- Do que é esse suco? – perguntou Ginny, depois de mastigar bem um pedaço de carne.
- Não sei, - respondeu Hermione entre os dentes. – deve ser de laranja... pela cor. – ela pegou terminou de mastigar e provou um golinho. – Que estranho...
- O quê? – perguntou Ginny.
- É de abóbora... os trouxas não costumam tomar suco de abóbora, só muito raramente.
Ginny provou um gole do seu.
- Ah, que importa? Está ótimo!

- Hermione. – disse Ginny quando as duas já acabavam de comer.
- Sim? – respondeu a garota limpando o canto da boca com o guardanapo.
- Será que não vão me descobrir aqui? Quero dizer, você dormindo num quarto com duas camas...
- Sem problema! – disse Hermione prontamente. – Coloquei um feitiço na maçaneta! Qualquer garoto que puser a mão nela, além de disparar um alarme que só pode ser ouvido do lado de dentro, esquece imediatamente o que ia fazer. Fica numa espécie de devaneio. O que nos dá tempo suficiente para escondê-la.
- Você pensa em tudo!


Vinte minutos mais tarde, o jantar já havia terminado. O Sr. e a Sra. Gordon se despediram e foram para casa. O Sr. e a Sra. McGuire, desceram junto com a Sra. Pumpkins para conversar na cozinha.
Na sala de jantar permaneceram, sentado à mesa arrumada, Harry, Ron e Sarah.
As duas garotinhas ainda brincavam em frente a lareira.
- Sabem garotos, - disse Sarah. – não liguem para o jeito deles. É normal ser rabugento quando se mora em uma cidade que está caindo aos pedaços.
- Sarah, - interrompeu Harry. – por que todos me olharam daquele jeito? Quando eu me apresentei. Tem alguma coisa errada...
Sarah ficou calada. Respirou fundo e baixou a cabeça.
- É uma história complicada... já faz tanto tempo... dezesseis anos, na verdade.

Harry e Ron se entreolharam. Harry entendeu o sinal. Era hora de seguir com o plano de Hermione.
- Temos todo o tempo do mundo. – comentou Ron animadamente, como quem espera ansioso para ouvir uma historinha.
- Bem, vejamos. – disse Sarah passando a mão pelos cabelos. Harry teve a impressão de que era difícil para ela tocar no assunto. – Godric's Hollow, nem sempre foi essa cidade fantasma que é hoje, sabem. Era uma cidadezinha linda e cheia de gente. Até que... – ela parou. Parecia ter dificuldade para continuar.
- Até que? – insistiu Harry curioso.
- Bem, havia uma família. Uma família que passava as férias aqui. Tinham uma casa, uma mansão na realidade, atrás do parque. Eram pessoas queridas, muito queridas. – ela parou novamente, respirou fundo e prosseguiu. – Eu me lembro bem deles... os Potter.
Harry levantou-se de um salto. Hermione tinha razão, eles conheceram seus pais! Uma onda de alegria instantânea se apoderou de seu peito.
Sarah observava-o, assustada, e Ron fazia gestos para pedir que ele se sentasse.
- É... – Harry sentou-se devagar. – continue, por favor. Como eram esses.. esses Potter?
- Um casal de senhores de idade, muito gentis e educados, por sinal.
Harry ficou confuso. Um casal de idosos?
- Idosos, tem certeza? – perguntou Harry interessadíssimo.
- Tenho, por quê?
- Deixa ela continuar, Harry. – pediu Ron, fazendo sinal com a mão para que Harry se acalmasse.
- Ah, sim... desculpe.
- Como eu estava dizendo, – continuou Sarah. – o Sr. e a Sra. Potter, eram um casal de idosos, muito queridos. Mas ninguém gosta muito de falar deles.
- Por quê? – perguntou Harry.
Sarah suspirou.
- Certa vez, eles foram vistos passeando pela pracinha, junto com um outro casal, bem mais novos. Uma mulher jovem e bonita, ruiva, e um homem alto e moreno parecido com você por sinal. – Harry sorriu. – eles estavam apresentando o filho, não me lembro bem o nome, acho que era Jack... não, não... James! Isso mesmo, James! – Harry e Ron se entreolharam com olhares interessados. – Nós ficamos surpresos, só víamos o garoto de vez em quando, ele ainda era menino, e de repente já era um homem, casado e com um filho... – Sarah parou, ponderando se deveria continuar ou não.
- Um filho? – insistiu Harry.
- É... o menino se chamava Harry. Bem, nós ficamos... bem... quando você disse se chamar Harry e ter o sobrenome Potter.
- Por quê? – perguntou Ron forçando um pouco mais de curiosidade.
- É que... logo depois os Potter faleceram. E soubemos que só o menino sobreviveu. Como a polícia nos informou, havia sido um assassinato. Nunca havia acontecido algo assim em Godric's Hollow! Ficamos apavorados! E pior... – Sarah fez uma nova pausa. Harry notou que ela continha lágrimas. – No jardim da casa, haviam duas covas cheias de terra... o Sr. e a Sra. Potter haviam sido enterrados antes do filho deles e a esposa morrerem. Haviam boatos de que o próprio filho os havia matado e depois se suicidado e...
- ISSO É RIDÍCULO! – brandiu Harry cheio de ódio na voz, levantando-se e atirando a cadeira longe.
- Harry! – Ron levantou-se, impedindo que Harry fizesse uma besteira. – Que é que você está fazendo? – Ele apontou com a cabeça para Sarah, que se espremia na cadeira com uma expressão de pânico e confusão.

O coração acelerado quase impedira Harry de pensar. Como, como alguém poderia achar que seus pais matariam seus avós? Era ridículo, inaceitável! Mas Ron tinha razão, era melhor disfarçar.
- Desculpe Sarah... eu... eu não sei o que me deu, eu... sinto muito.
- Você me deu um susto... bem... desculpe se falei algo demais... mas é que... – ela baixou o tom de voz e apontou com a cabeça para as garotinhas que haviam adormecido abraçadas em frente a lareira. – estão vendo essas belezinhas. – Sarah deixou escapar uma lagrima. – São minhas... meu marido morreu à dezesseis anos, pouco depois de chegar em casa desesperado, jurando ter visto duas pessoas encapuzadas matarem o Sr. e a Sra. Potter no parque... ele era guarda florestal, sabem. – Sarah já não continha as lágrimas, sua voz falhava - Ele havia saído para comunicar o delegado... e apareceu morto... no parque. Eu fiquei apavorada! Tranquei-me em um quarto deste hotel depois do enterro e... e não tive... não tive co-coragem de chamar a polícia e dizer o que ele havia me contado. Se eles tivessem sabido antes... mas eu... eu... ai, eu me culpo todos os dias da minha vida... Dois anos mais tarde, eu me casei novamente. Faz dois anos que ele me abandonou... minha vida não tem sido fácil...
Ron lhe deu palmadinhas no ombro, tentando fazê-la parar de chorar.
- Desculpem... – Sarah enxugou as lágrimas na manga e respirou fundo. - o que eu estava falando é que... é que depois que eles morreram, o povo ficou apavorado. O que mantinha esta cidade era o turismo, e depois dos boatos, ninguém mais veio aqui... as pessoas se mudaram... os comércios foram se fechando aos poucos... a única coisa que mantém esta cidade é a plantação de abóboras. Temos que ir até a cidade vizinha para comprar comida e tudo o mais, mas as abóboras tem nos sustentado a muitos anos. Esta cidade vive por causa das abóboras que plantamos.
Harry ainda estava emocionado demais para falar. Tudo o que pensavam sobre sua família... como podiam... um sentimento amargo subia por sua garganta.
- E o bebê? – perguntou Ron de repente.
- Disseram que foi morar com os parentes do lado da mãe... nunca mais ouvimos falar dele... e quando você apareceu, - ela olhou para Harry – nos pegou de surpresa... não estou afirmando que você seja o herdeiro dos Potter... isso seria impossível... mas... mas é idêntico ao... ao assassino... exceto os olhos... se não me engano os dele eram castanhos...
- Por que pensam que ele é um assassino? – indagou Harry impaciente. - Ele e a mulher morreram também não é? Como podem achar que ele enterraria os pais e depois se mataria?
- Ora... era o que tudo indicava... nós só...
- Só não os conheciam!

Dito isto, Harry saiu da sala. Ron o seguiu.

Sarah ficou parada, atônita. Pelo visto não deveria ter contado tudo aquilo. Mas que diabos estava acontecendo com aquele garoto?



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N/A: Mais um cap. escrito a noite ^^
Espero que gostem!
Muito, mas muito obrigada pelos comentários!
Espero ter respondido a quase todas as perguntas neste novo capítulo.
Não deixem de conferir o vídeo R/Hr que eu postei no 1º cap. junto com o H/G ><
Eu não revisei esse cap. então se estiver sem sentido ou com muitos erros de português, já sabem! Não precisam ter medo de reclamar!
xD

Dêem uma olhadinha na minha fic James e Lily,
http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=14255
espero que gostem
tbm tem vídeo ^^

Beijos pra todos vocês!
Até mais!



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