A recuperação de Malfoy



O dia começou chuvoso. Mesmo dormindo muito pouco, acordei bem disposta e torcendo para que Malfoy já estivesse melhor.

Me sentei na cama onde havia dormido aquela noite, Malfoy ainda dormia calmamente.

Madame Pomfrey estava preparando algumas porções para que Malfoy tomasse. Ao me ver disse se aproximando.

- Que bom que a srta. já se levantou, tenho boas noticias para te dar. – disse ela com um sorriso no rosto.

- Boas noticias? – eu perguntei com o coração muito acelerado.

- O sr. Malfoy esta respondendo muito bem aos cuidados que vem recebendo. – ela disse um pouco exaltada.

- Que bom. – eu respondi dando um grande sorriso, pelo menos agora eu não preciso me sentir culpada por ele estar mal, graças a Merlin.

Sai da enfermaria e me encaminhei diretamente a sala comunal, precisava pegar alguns livros para as aulas daquele dia.

Passei pelo retrato da mulher gorda, que parecia estar um pouco chateada com algo.

Fui rapidamente até meu dormitório, arrumei minha mochila e rumei para o salão principal para tomar café da manhã.

Entrei um pouco apressada, o salão como de costume estava cheio.

Parei um instante e passei os olhos pelo salão, havia ali um rosto desconhecido. Em seguida rumei para perto de Gina, Harry e Rony.

- Mione, onde você se meteu? – perguntou Gina.

- Hum... eu passei a noite na ala hospitalar. – respondi me sentando.

- Na ala hospitalar? O que aconteceu? Você esta bem? – perguntou Harry muito preocupado.

- É o que aconteceu, Mione? – quis saber Rony.

- Madame Pomfrey disse que não foi nada demais, acho que comi algo que não me fez bem, mas, agora estou melhor. – eu respondi calmamente.

- Que bom. – disse Gina respirando aliviada.

Mal sabiam eles que o motivo pelo qual passei a noite na enfermaria era o Malfoy.

Harry ia voltar a falar algo mais foi interrompido por vários tilintares suaves que vieram acompanhados pela calma e macia voz de Dumbledore.

“Caros alunos,

Pretendo ser breve em meu discurso por isso vou direto ao ponto.
É com muita honra que Hogwarts recebe o seu mais novo aluno Ben Willian. Como todos aqui presentes o sr. Willian será selecionado pelo chapéu seletor.

Seja bem vindo a Hogwarts sr. Willian.”

Ao terminar seu breve discurso Dumbledore voltou a se sentar.

O dono do rosto desconhecido se chamava Ben Willian, era um rapaz alto, com cabelos lisos e castanhos que caiam sobre os olhos, olhos cor de mel, físico atlético, muito bonito. Este se sentou em uma cadeira na frente de todos, a professora McGonagall se antecipou para colocar o chapéu em sua cabeça.

O chapéu seletor não demorou muito para fazer a escolha.

- SONSERINA. – disse o chapéu.

- Ah que ótimo mais um sonserino. – exclamou rony desanimado.

Eu por outro lado não tinha ficado nem feliz, nem triste, apenas conformada. Afinal minha semana estava sendo péssima e tudo por causa de um sonserino.

O café estava delicioso, como nos dias anteriores demorei um pouco mais para me retirar, já que a maioria dos meus dias começariam com o primeiro tempo livre.

O salão estava quase deserto, a não ser por mim e pelo tal de Ben Willian que aguardava pacientemente que a professora McGonagall lhe desse algum tipo de instrução, instrução essa que me tornaria a pessoa mais infeliz do mundo minutos mais tarde.

Eu já estava me retirando quando escutei a voz da professora McGonagall me chamando.

- Srta. Granger, srta. Granger... – exclamou ela andando muito apressada com Ben Willian em seus calcanhares.

Eu me virei no mesmo instante, mirando-os e disse:

- Sim, professora.

O garoto com toda certeza era mais belo sendo visto de perto.

- Na ausência do sr. Malfoy, eu estou te incumbindo de mostrar toda a escola para o sr. Willian. – ela disse calmamente.

- Mas professora... – meu inicio de protesto foi interrompido por ela.
- Sem mas... srta. Granger. – disse ela secamente.

Eu respirei derrotada e concordei a contra gosto com ela.

Com toda certeza eu sou a pessoa mais azarada do mundo, a minha primeira semana de aula estava sendo realmente péssima. É incrível, justamente quando pensamos que as coisas não podem piorar, sempre pioram. Agora ao invés de ter que aturar um sonserino, terei que aturar dois, a não isso já é castigo demais.

Quando me dei conta a professora já tinha ido dar aula e eu estava sozinha com aquele estranho, só me faltava ser outro como o Malfoy.

Comecei a andar em direção aos corredores que já estavam desertos.

- O meu nome você já deve saber. – começou ele a dizer. – Mas vejo que você não tem apresso para a casa que eu fui escolhido.

Eu me virei e mirei-o por um instante dizendo logo em seguida.

- Olha me desculpe se fui grossa com você mas, eu não tenho motivo nenhum para ter apresso por uma casa como a Sonserina, todos que fazem parte dessa casa são extremamente patéticos, metidos, nojentos, asquerosos, idiotas, falsos, desprezíveis e tudo mais o que você possa imaginar.

Quando parei de falar o sonserino me olhava boquiaberto então recomecei a andar pensando.

A qual é Hermione por que você esta tão exaltada? O que esta acontecendo com você? O infeliz não tem culpa de estar na mesma casa que aquele asqueroso do Malfoy. Vamos lá tente agir normalmente, trate-o bem e procure não olhar na veste dele para não se lembrar que ele é um sonserino.

- Então de que escola você veio? – eu perguntei o mais calma que consegui.

- Vim do Instituto Durmstrong. Você já deve ter ouvido falar. Participamos do torneio tribruxo aqui em Hogwarts. – ele disse.

- Claro, mas não te vi durante o torneio. – eu falei dessa vez amigavelmente.

- Bom eu não pude participar do torneio porque as vésperas do mesmo meu avô requisitou minha presença com urgência. – ele respondeu.

- Ah, bom vou te levar para passear por Hogwarts. – eu disse animada, já que não tinha outra saída.

Caminhamos pelos corredores desertos, aproveitei e fui contando um pouco da história da escola. Mostrei-lhe todas as salas que ele teria que freqüentar, algumas coincidiam com as minhas.

Estávamos andando perto do lago, quando uma garotinha aparentando ser do primeiro ano se aproximou de nós.

- Você é Hermione Granger? – perguntou a garotinha de aparência pálida.

- Sim. – eu respondi um pouco apreensiva

- A Madame pomfrey esta te chamando na enfermaria. – ela falou rapidamente.

- Muito obrigada. – eu disse.

Depois de ter dado o recado a garotinha me entregou um envelope e partiu.

Eu reconheci de imediato que aquela caligrafia pertencia ao tal admirador e guarde-o no bolso da minha veste.

Me despedi de Willian o mais rápido que pude e rumei com urgência até a ala hospitalar.

No caminho inúmeros pensamentos passavam desesperadamente pela minha cabeça, será que aconteceu alguma coisa com o Malfoy?

Quando me dei conta já estava na porta da enfermaria, prestes a entrar.

Coloquei a mão na maçaneta da porta, respirei bem fundo mas, resolvi esperar uns minutos antes de entrar, com certeza Malfoy já devia estar acordado e uma fera com Madame Pomfrey por ter permitido que eu, logo eu tomasse conta dele durante a noite.

Fiquei ali parada diante da porta, não conseguia me acalmar. Foi então que me lembrei do envelope que estava em meu bolso, apanhei-o imediatamente. Segurei-o firmemente nas mãos, mirei meu nome por alguns segundo e em seguida abri, retirei o pergaminho que dizia:

“Querida Hermione,

As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas ou tocadas.
Precisam ser sentidas com o coração, abra seu coração para meu amor entrar.

Apaixonadamente seu Admirador Secreto”

Aquelas palavras acalmaram meu coração, fazendo com que por um momento Malfoy saísse da minha cabeça.

Tornei a respirar profundamente mas dessa vez não hesitei em abrir a porta e entrar.

Como tinha pensado Malfoy já estava acordado mas não parecia estar bravo. Ele se encontrava sentado em sua cama, aparentemente já estava bem.

Me aproximei com certo receio mas o fato é que eu devia desculpas ao Malfoy por ter feito ele cair da vassoura, por mais difícil que fosse assumir isso eu fui a culpada.
Parei ao pé da cama onde Malfoy se encontrava, Madame Pomfrey estava ao lado de sua cama, dando-lhe uma porção de cor violeta. Esta foi recebida e ingerida imediatamente sendo seguida por uma careta de Malfoy.

- Eca... o que tinha nessa coisa que você me deu para beber? – perguntou um Malfoy um pouco enjoado. – Isso é muito ruim.

- Ora sr. Malfoy, essa porção não é tão ruim assim, não reclame à toa. – respondeu Madame Pomfrey.

Por um momento cheguei pensar que estava com a capa de invisibilidade de Harry, pois nem Malfoy nem Madame Pomfrey parecia ter notado minha presença.

- Licença. – eu disse timidamente.

Os dois passaram a me encarar em silêncio.

- A sra. mandou me chamar? – eu perguntei.

- Mandei sim minha querida, achei que a srta. gostaria de saber que o sr. Malfoy já esta bem melhor. – ela respondeu mirando-o.

Ele franziu o cenho, fazendo uma cara de quem não estava entendendo nada.

- Agora vou deixa-los a sós pois tenho certeza que vocês tem muito o que conversar. – ela disse arrumando uns frasquinhos em uma bandeja. – Sr. Malfoy acho que o sr. gostaria de saber que a srta. Granger fez questão de cuidar de você essa noite.

Eu senti meu rosto esquentar, como ela podia estar me entregando assim? Isso é muito injusto, eu só ajudei aquele inergumino asqueroso porque a culpa foi minha.

Quando voltei de meus pensamentos Madame Pomfrey já tinha se retirado e eu estava sozinha com Malfoy que me olhava em silêncio. Eu não suportei todo aquele silêncio acompanhado daquele olhar e desabafei.

- Olha, eu estou aqui somente para me desculpar com você, não foi minha intenção te derrubar da vassoura. – eu disse rapidamente e muito agitada.

Por um momento pensei que fosse explodir, era mais difícil do que eu pensava ter que pedir desculpas para alguém como o Malfoy, com certeza ele iria debochar e desdenhar de mim pro resto de nossas vidas mas isso não tinha muita importância já que independentemente de pedir desculpas ou não pra ele, ele já debochava de mim.

Depois de quase ter vomitado as palavras nele, eu fiz silêncio não esperava que ele agradecesse já estava me retirando quando ouvi aquele riso inconfundivelmente nojento.

Me virei para mira-lo de frente e me deparai com aquele sorrisinho que só um Malfoy é capaz de dar.

- Desde quando você se importa comigo, Granger? – ele disse ironicamente.

- Eu não me importo com você, Malfoy. – eu respondi em tom agressivo.

- Claro que se importa. – disse ele.

- Não dou a mínima pra você, Malfoy. – eu respondi irritada.

- Você se importa comigo e nós sabemos disso, se você não desse a mínima para mim não teria me trazido até aqui e não teria passado a noite aqui comigo. – ele falou sarcasticamente sorrindo.

- Eu não fiz o que fiz por sua causa fiz por peso de consciência não sou como você que é incapaz de se importar com o próximo por pior que essa pessoa seja- eu disse em tom de desprezo.

- Você não sabe nada Granger, não sabe nada sobre mim, como pode dizer que sou incapaz de algo? – ele questionou.

- Ora não seja ridículo Malfoy você não é a pessoa mais indicada para se falar de sentimentos. Você é incapaz de amar. – eu disse vitoriosa.

Por um momento fez-se silêncio, Malfoy baixou o olhar as minhas palavras pareciam-lhe calar na alma. Depois de um pesado suspiro ele levantou a cabeça me mirando no olhos.

- O que você entende de amor Granger? – ele disse deixando uma lágrima cair solitária.

Não sei por qual motivo mas aquela lágrima me tocou fundo, despertando uma enorme dor em meu peito, uma vontade louca de gritar, me deixando sem ação nem resposta. Para minha sorte Madame Pomfrey nos interrompera quebrando nosso contato visual.

- Sr. Malfoy não vejo mais nenhum motivo para o sr. continuar aqui na enfermaria por isso estou te dando alta para que o sr. possa voltar a assistir suas aulas. – ela disse serenamente.

Aquelas palavras soaram como música para meus ouvidos, nem acreditava que já não tinha mais nada que me prendesse ao sonserino, não precisava mais me preocupar com o ocorrido. Respirei aliviada.

- Quanto a você srta. Granger, muito obrigada por ter sido tão prestativa. – continuou ela.

- Não foi nada, eu faria isso por qualquer um. – eu disse olhando para Malfoy.

Esse ainda me olhava como se esperasse uma resposta significativa para sua pergunta mas, essa não veio. Me virei e comecei a caminhar em direção a saída.

Já era perto da hora do almoço e eu ainda não tinha assistido nenhuma aula, me apressei pelos corredores para ver se chegava a tempo para as aulas de runas antigas.

Consegui chegar até a sala minutos antes da aula começar, entrei rapidamente me sentando no primeiro lugar que achei.

Como sempre as aulas de runas foram muito interessantes mas dessa vez eu não pude prestar muita atenção não conseguia tirar a imagem do rosto de Malfoy com aquela lágrima solitária da minha cabeça.

- Srta. Granger , srta. Granger. – chamou varias vezes a professora.

- Desculpa a sra. disse alguma coisa? – eu perguntei meio perdida.

- A sineta para o almoço já tocou. – ela respondeu.

- Ah, claro. – eu disse guardando minhas coisas na mochila e me levantando.

Fui a última a sair da sala, o corredor estava vazio.

Aproveitando que estava sozinha naquele corredor, me encostei em uma das paredes frias e por um momento fechei meus olhos respirando pesadamente, senti um hálito quente próximo ao meu rosto mas, não abri os olhos estava preocupada demais em me livrar dos pensamentos que me perturbavam, que não tinha a menor importância quem era o dono daquele hálito quente com aroma de hortelã.

Pouquíssimo tempo depois comecei a sentir que lábios muito macios roçavam nos meus, não pude abrir os olhos comecei a sentir um certo receio do que veria na minha frente quem seria o maluco que ousaria me beijar daquele jeito. O beijo começou ficar intenso e eu não podia fazer nada contra o responsável por aquele beijo tão bom, não podia lhe dar uma detenção por me beijar isso seria um abuso total da minha autoridade de monitora.

Reuni todas as minhas forças e afastei quem quer que seja para que assim pudesse mira-lo nos olhos e para meu enorme desespero eu disse enorme? Não para meu total desespero dei de cara com um rapaz de belos olhos azuis acinzentados que eu rezei em vão para não ter lindo cabelos loiros me olhando com um sorriso nos lábios.

Senti meu rosto esquentar, não sabia por que Malfoy estava fazendo aquilo.

Mirei-o nos olhos, tinha uma grande vontade de bater na cara dele mas, não o fiz apenas o encarei.

- O que exatamente pensa que esta fazendo Malfoy? – eu perguntei fechando a cara.

Ele sorriu e disse aproximando seu rosto do meu.

- Se eu te disser a verdade com certeza você não acreditaria. – ele disse se afastando.

- Ah sim claro, escuta aqui você pensa que pode sair beijando os outros sem autorização. – eu disse indignada.

- Se eu tivesse pedido autorização você não daria então resolvi aproveitar que você e eu estávamos sozinhos nesse corredor e te beijar. – ele disse.

- Você é um nojento eu jamais deixaria você me beijar nem se estivesse sobre tortura permitiria um absurdo desses. – eu disse com raiva.

- Foi justamente por esse motivo que não pedi permissão. – ele disse dando um sorriso. – Mas se eu sou tão nojento quanto você diz por que correspondeu meu beijo? – perguntou franzindo o cenho.

- Porque não tive escolha e além do mais eu nem sabia que era você que me beijava. – eu respondi como se essa fosse a resposta mais óbvia do mundo.

- Entendi. – ele falou se aproximando perigosamente.

- Olha eu já perdi tempo demais aqui, estou morrendo de fome então se me da licença vou almoçar. – eu disse.

- Não eu não te dou licença. – ele respondeu me agarrando e me beijando novamente.

O beijo dessa vez foi um beijo possessivo. Não conseguia me soltar dos braços daquele nojento e ele por sua vez parecia não querer me soltar tão cedo. Para meu desespero comecei ouvir passos próximos, reuni todas as minhas forças e empurrei-o afastando-o de mim.

O infeliz sorria enquanto eu sentia muita raiva.

- Eu te odeio garoto. – eu disse limpando a boca com cara de nojo.

- Sabe... – começou ele. – Eu adoro te ver irritada você fica uma graça. – ele falou irônico.

- Eu te odeio. – eu tornei a repetir mas dessa vez aos berros.

Ele sorriu com ar de cafajeste.

- Cuidado Granger amor e ódio andam juntos. – ele disse me olhando.

- Que conversa é essa Malfoy? – eu perguntei. – Pensei que você não acreditasse no amor.

- Pra falar a verdade eu não acreditava, até que me apaixonei por quem eu mais odiava no mundo. – ele falou.

- Eu tenho pena dessa infeliz. – eu disse sarcasticamente.

- Eu ainda vou te provar que não sou o monstro que você pensa. – ele disse sério.

- Você não precisa me provar nada. – eu disse com desdém. – Agora me da licença vou almoçar.
Comecei a andar rumo ao salão principal. Passos apressados se aproximavam rapidamente de mim, quando olhei para o lado vi Malfoy novamente. Bufei.

- Só queria te dizer mais uma coisa. – ele falou. – Até a monitoria Granger. – ele disse em tom provocante.

Em seguida Malfoy rumou para o salão principal e eu fiquei ali parada sem nenhuma reação pensando se ele teria coragem de me agarrar durante a monitoria. Sacudi a cabeça e entrei no salão.

Passei os olhos pelo salão e vi Gina, Harry e Ron sentados na mesa. Rumei até eles e me sentei ao lado de Gina, sem nem notar que tinha sentado na direção de Malfoy.

- Nossa Mione o que esta acontecendo com você? – perguntou Ron.

- Comigo? Não esta acontecendo nada. – eu respondi fingindo não ver que Malfoy me encarava.

- Mione você tem o primeiro tempo da tarde livre hoje? – quis saber Gina.

- Tenho sim, por quê? – eu disse.

- Quero sua ajuda com uma matéria que estou tendo dificuldades. – ela falou. – Você pode me ajudar?

- Claro. – eu respondi distraída.

Terminamos de almoçar e rumamos para uma sala desocupada.

Ocupamos uma das mesas.

- Mione, na verdade eu não preciso da aulas. – ela disse calmamente. – Eu só queria conversar com você. – ela tornou a falar um pouco apreensiva.

- Falar comigo? Sobre o que? – eu perguntei um pouco receosa.

- Quero saber o que esta acontecendo com você?

Eu franzi o cenho tentando entender onde Gina queria chegar, será que ela tinha visto o Malfoy me beijar ou será que ela tinha descoberto o que aconteceu na noite passada.

- Como assim o que esta acontecendo comigo? – eu perguntei fingindo surpresa.

- Tenho achado você muito estranha Mione, você pareceu distraída quando falamos com você. Demora para chegar nos lugares e nas alas. – ela disse estranhamente. – Isso nunca aconteceu antes.

- É que eu ando muito atarefada com a monitoria e quase não sobra tempo pra nada. Sempre estou encima da hora pra tudo. – eu disse tentando parecer calma.

Eu não podia contar pra ninguém o que tinha acontecido essa manhã.

- Você tem passado a maior parte do seu tempo com o Malfoy, eu fiquei preocupada por causa disse. – ela disse me olhando com ar preocupado.

- Ah, esse é todo o problema? Nós sabemos muito bem que o Malfoy num ia se meter a besta comigo. – eu disse divertida.

As duas riram divertidas.

- Bom se não é ele que esta te perturbando, sugiro que você não leve a monitoria ta a sério. – ela disse.

Eu olhei para ela e disse:

- Tudo bem prometo que não vou me dedicar tanto assim para a monitoria.

Eu ia me levantando quando Gina tornou a falar.

- Mione, tem mais uma coisa que quero te contar.

- Diga. – eu disse serenamente, voltando a me sentar.

- Bom a seleção para o baile é amanhã e ... – ela hesitou por um momento. – Eu queria saber se você tem alguma idéia de como será a seleção, eu fiquei sabendo que as garotas serão selecionadas pela manhã e os garotos durante a tarde.

- Eu não tenho idéia de como será feita a união dos casais, a professora Trelawney que fará a seleção faz questão de manter em absoluto sigilo o feitiço e os métodos que serão usados. – eu disse.

- Não sei estou insegura sobre essa tal seleção. – disse Gina um pouco apreensiva.

- Eu também. – respondi pensando em algumas hipóteses. – Mas agora temos que ir, tenho aula de transfiguração e não posso me atrasar.

- É também não posso me atrasar tenho aula do Seboso agora. – disse Gina.

Nos levantamos e rumamos rapidamente para nossas salas. No caminho encontrei Willian que estava indo para a mesma aula que eu.

- Srta. Granger. – ele gritou correndo em minha direção.

- Oi sr. Willian tem gostado do seu primeiro dia de aula em Hogwarts? – eu perguntei tentando não ser indelicada.

- Estou adorando. – ele disse me acompanhando para a sala.

Entramos juntos e sem notar me sentei com ele.

A aula começou e como sempre voou, é incrível como todas as aulas que gosto passam muito rápido. Além do mais Willian conta ótimas piadas me diverti a aula toda, foram duas aulas de muito riso. Não acredito que acabei de dizer isso me divertindo com um sonserino mas, isso já não importa mais o que importa é que tenho o último tempo livre e já tenho uma idéia do que vou fazer, vou aproveitar para ler quero saber como aquela história continua.

Fui até a biblioteca me sentei em um canto isolado, peguei o livro na mão, abri-o e comecei a ler.

Eu já tinha lido que o livro contava a história de amor entra Emily uma bruxa linda, de origem trouxa e Dolph bruxo muito bonito que fazia parte da raça ariana em outras palavras puro sangue.

Emily e Dolph se conheceram por acaso, apaixonaram-se a primeira vista mas não notaram isso pois brigavam o tempo todo...

Parei de ler por um instante, não podia acreditar no que lia, era coincidência demais.

... o rapaz vivia desprezando e desdenhando a garota, vivia chamando-a de sangue ruim e coisas muito piores que nem devem se citar. Anos se passaram ambos cresceram, ficavam mais bonitos do que eram a alguns anos. O encontro foi inevitável, Dolph se perguntava totalmente atordoado se aquele anjo de belos cabelos castanhos era a mesma pessoa que tanto odiava todos esses anos...

Será que esse livro tem algum tipo de feitiço? Eu não parava de me perguntar. Conheço uma história muito familiar com esta, não pode ser. Eu precisava saber o final dessa história, tinha que ler mais e mais.

... Emily por sua vez fez de conta que o belo rapaz loiro não estava ali, passando por ele que a segui com os olhos. Ambos lutavam contra seus impulsos e desejos mais secretos.

A sineta tocou, já era noite, hora do jantar, a temperatura tinha caído absurdamente a garoa fina que caia tornava o tempo mais frio.

Fechei o livro e guardei-o na mochila, desejava lê-lo até o fim mas, não podia tinha compromissos a cumprir.

Sai da biblioteca e rumei para a sala comunal da Grifinória. Disse a senha e entrei, o ambiente era agradavelmente quente.subi até o dormitório, apanhei um suéter e um cachecol, deixei minha mochila e o livro sobre a cama, não os levaria nem para o jantar nem para a monitoria.

Vesti o suéter coloquei a capa da Grifinória encima depois enrolei o cachecol no pescoço.

Desci correndo as escadas, passei rapidamente pelo quadro rumando diretamente para o salão principal.

No caminho um elfo domestico me parou para que pudesse me entregar um pergaminho que dizia:

“Estou ansioso para te ver e quem sabe te beijar novamente.

Beijar, beijar, beijar até cansar.

Ass.: Draco Malfoy”

Agradeci ao pobre elfo que logo sumiu. Em seguida bufei de raiva como ele se atreve, com que direito?

Entrei no salão lotado, tentava desesperadamente disfarçar a minha ira enquanto caminhava em direção a Gina, Harry, Ron e Luna que conversavam animadamente enquanto comia.

Ao notarem minha presença Gina disse:

- Até que enfim, um dia sem um atraso significativo perfeito.

Os demais inclusive eu riram. Me sentei junto deles que voltaram a conversar animados.

Me servi com um pouco de carne com batatas, realmente parecia delicioso.

Enquanto comia, minha cabeça tentava desesperadamente pensar em uma maneira de evitar os beijos daquele nojento do Malfoy mas, não conseguia chegar a nenhuma conclusão então resolvi deixar de pensar nessa história porque eu lembrava do bilhete que aquele atrevido tinha mandado e ficava irada, comecei a prestar atenção no que os demais conversavam e notei que os quatro faziam casais interessantes.

O jantar terminou com uma gostosa torta de chocolate com nozes da Índia.

Logo depois de terminar minha refeição, fui até onde nos encontraríamos para começar a monitoria.

Malfoy já estava lá, quando o vi senti uma vontade louca de enfocá-lo mas, só fui até ele totalmente histérica com o pergaminho na mão completamente amassado, joguei o pergaminho nele e em seguida comecei a distribuir-lhe tapas os quais ele defendia, quando conseguiu segurar minhas mãos me olhou fixamente eu não podia deixar que ele fizesse o que bem entendesse.

- O que você pensa que esta fazendo? – eu gritei.

Ele sorriu, simplesmente sorriu. O que fez com que eu me irritasse mais ainda, aproveitando de uma distração dele consegui me soltar mas todo o esforço foi em vão pois o filho de uma égua me encostou na parede, de uma forma que eu ficasse totalmente presa.

- Sabe Granger roubar beijos seus são mais interessantes. – ele disse. – E quero que saiba que vou rouba-los sempre que tiver chance. – ele completou em tom provocante.

Depois de ter dito isso ele me beijou, foi um beijo longo e provocante. Eu tentava em vão me libertar, quando notei que o beijo havia parado.

Abri os olhos mas, não pude ver nada mais além do rosto de Malfoy e minha fúria que parecia crescer a cada segundo.

- Malfoy me solta. – eu disse irritada.

- Não solto não Granger. – ele respondeu sorrindo. – Por que se incomoda tanto? – ele quis saber.

- Me incomodo porque... bem porque te odeio e você também se lembra sou uma sangue ruim. – eu disse me soltando.

- Isso já não me importa mais. – ele disse. – Francamente granger, você é esperta para algumas coisas isso eu reconheço mas sinceramente eu não acredito que você não tenha notado nada.

Eu não conseguia compreender onde ele queria chegar então notei que o horário da monitoria já tinha acabado. Me virei e sai andando em silêncio, estava cansada demais para discutir até mesmo com Malfoy.

- Aonde você vai? – perguntou Malfoy.

- A monitoria já acabou e eu estou cansada demais para discutir com você. – eu respondi ainda andando.

- Esta bem mas, você não poderá fugir para sempre. – ele falou um pouco exaltado.

Eu continuei andando até a sala comunal, meus pensamentos não se desviavam das palavras de Malfoy e minha boca sentia o gosto de hortelã do seu beijo.

Passei pelo quadro da mulher gorda, a sala comunal estava vazia, rumei para o dormitório.

Coloquei meu pijama, deitei em minha cama respirando profundamente. Fechei meus olhos e vi o rosto de Malfoy abri-os novamente mas o cansaço tratou de fechar-los me fazendo adormecer.


N/A: Bom..gnt o cap. novo ta ai espero q gostem..^^
Desculpa por ter demorado tanto..mas eh q eu so to podendo escrever em meu tempo livre... e esse anda mto escaço..mas uma coisa eu prometo ñ vou abandonar a fic..pod ser q demore um pokinho mas vou postar sempre...
Espero q gostem..COMENTEM PLEASE..^^

Bjos Nonozinha

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.