A Batalha Final II



Capitulo 19 – A Batalha Final II

Apocalipse sentia o sangue escorrer de seus ferimentos, mas nem por um segundo demonstrou dor. Via Voldemort também machucado e sangrando, mas o orgulho deles era maior e não permitia que demonstrasse, exatamente porque sabiam que o outro não teria misericórdia.
Voldemort olhou para os lados procurando algo para acertar o Anjo, viu dois bruxos perto da luta e com um feitiço tombou a mulher. Olhou novamente para o Anjo, viu uma barra de ferro que prendia a lona que momentos antes guardava do sol pessoas felizes. Arrancou a barra do chão com um feitiço e jogou em direção ao Anjo, que não teve tempo de desviar ou destruir a barra e foi atingida. A barra cravou-se um pouco abaixo das costelas, bem abaixo do coração, no centro de seu peito.
Apocalipse sentiu aquela dor, tombou e sentiu o gosto de sangue invadir sua boca, tossiu e espirrou sangue para todo lado. Olhou para o lado e viu Aluado correr na direção de Voldemort, logo depois ouviu um grito:
-Avada Kedavra. – se assustou com o grito e viu o corpo de Lupin ser jogado ao lado do de Tonks. Sentiu lágrimas escorrerem de seus olhos, tudo o que sabia é que morreria.

Harry ouviu Voldemort gritar aquelas palavras e correu a tempo de ver o corpo do lobisomem cair longe. Olhou para o outro lado e viu o corpo de Apocalipse caído no chão e algo estava fincado em seu peito. Correu até ela e parou ao seu lado.
-Apocalipse. – e segurou a mão dela e com a outra fez carinho em seu cabelo. Ela apenas sorriu e tossiu novamente mais sangue, estava morrendo.
-Me desculpe. – ela disse isso tossindo sangue, com a mão livre ela pegou em sua cintura a adaga. Com um movimento rápido finou a adaga na perna de Harry e ouviu ele gritar de dor.
Com ou movimento rápido da outra mão, ela o jogou longe, para que não pudesse impedir o fim da batalha. O resto do grupo se juntou a Harry e quando eles foram em direção a ela, bateram em um campo de força invisível. O garoto-que-sobreviveu bateu com as mãos na barreira e gritou:
-Apocalipse. – mas ela não desfez o feitiço.
Ao longe eles viram Voldemort se aproximar mais do corpo dela.

Ela olhava para aqueles olhos de cobra e sentia nojo. Ele colocou a mão na barra e a afundou mais no corpo da garota, e sorriu quando ela tossiu sangue outra vez.
O Anjo sentiu a barra atravessar a carne de suas costas e bater na terra. A dor era enorme e o sorriso daquele assassino era tortura.
-Mestiço. – disse guspindo sangue nele. Ele odiou ouvir aquilo e se aproximou mais dela dizendo:
-Um mestiço que vai continuar vivo. Ao contrário de você, seu maridinho e sua filha. – e riu alto na cara dela.
A garota sentiu a raiva tomar conta de seu corpo, e com um golpe rápido, fincou a adaga com o sangue de Harry no coração dele. Viu o corpo de seu inimigo se afastar tentando em vão puxar a adaga.
Voldemort puxava a adaga, mas essa não saia, sentiu as pernas enfraquecerem e acabou por cair. Olhava para aquele céu cinzento e carregado, e sentiu o vento. Ainda puxou várias vezes a adaga cravada em seu coração, mas essa não saiu, sentia que, como um veneno, o sangue que estava na adaga quando o atingiu estava se espalhando pelo seu corpo. Primeiro deixou de sentir os pés, depois as pernas, os braços, por fim só mexia a cabeça. Mesmo que já não sentisse nada, a dor do sangue-venenoso era imensa, o Lord agora gritava tamanha a dor.
Apocalipse sabia que não havia terminado, ainda tinha que lançar o feitiço da morte, só assim Voldemort morreria. Mas seu corpo já estava fraco, perdeu muito sangue na batalha, e ser empalada não ajudou nada. Sentiu um vento forte bater em seu rosto, se lembrou de partes de sua vida. Quando Dumbledore foi busca-la no orfanato trouxa, quando descobriu o que era, quando conheceu Sirius, quando conheceu Lupin o casamento de Lílian e Thiago que ela assistira de longe, sua profecia, Harry, Ron, Hermione e sua filha.
-Não posso fraquejar. – falou para si mesma, E sentiu lágrimas escorrerem de seus olhos. Com o resto de força que lhe sobrava ela fez as asas baterem com força e seu corpo se levantou, mas a barra de ferro a prendia ao chão.
Não via outra saída, tinha que arrancar a barra de seu peito. Colocou as suas mãos firmes na barra, as asas prontas para a impulsionarem a ficar de pé, fechou os olhos e com um puxão arrancou a barra de seu peito e a jogou longe, bateu as asas e se levantou, mas não conseguiria ficar por muito tempo assim.

Harry viu quando ela arrancou a barra de seu peito e se levantou indo em direção de Voldemort. Ela não conseguiu se mexer, mas se ajoelhou ao lado do corpo de seu inimigo que ainda respirava. Harry já não sentia a dor que o ferimento lhe causava, amarrou um pano e se levantou batendo na barreira, cada vez com mais força. Sabia que o ferimento nunca se curaria, mas aquilo não importava aquela hora.
Apocalipse olhou para o grupo de amigos e viu Harry bater na barreira, gritando por ela, virou e olhou para seu inimigo nos olhos e colocou as mãos no cabo da adaga e gritou para que todos ouvissem:
-Por todos aqueles que eu amava e você matou... – respirou fundo e tossiu sangue nas mãos – Avada Kedavra.
Todos viram uma luz verde iluminar a adaga e o corpo de Voldemort se tornou imóvel. Apocalipse se arrastou para longe e caiu olhando para o céu, nesse momento a barreira se desfez e todos se juntaram ao lado dela. Harry segurava sua mão e viu as asas virarem cinzas, o céu clarear e o sol brilhar outra vez. Olhou para o ferimento aberto no peito dela e olhou para seu rosto, seus olhos estavam cinzas outra vez.
-Cuide de Lílian. Eu te amo. – ela disse tossindo sangue e parou de respirar. Harry a tomou nos braços e chorou, gritou e amaldiçoou Voldemort.
O Sr. Weasley pediu aos gêmeos que fossem buscar Molly, avisar que já estava tudo bem. Eles começaram a correr me direção ao campo para procurar a mãe.
Ron abraçava Hermione, que chorava a perda da amiga, ao ver a dor de Harry, ao pensar que Lílian cresceria sem mãe.
Um pouco mais afastado, Draco se encontrava amarrado ao lado do corpo de Gina, e ele chorava porque também havia perdido o amor de sua vida.

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