A Fuga



Capitulo 12 – A Fuga

-O que? – falou o namorado de Hermione.
-As coisas dela sumiram. Ela foi embora. – e viu Harry pegar o pergaminho. Ficaram ao lado dele e viram que era para ele.
Ele abriu a mensagem e a leu em voz alta:
“Espero que me perdoe, mas não posso mais atrasar sua vida. Fui embora, assim é mais fácil para todos. Preciso te contar, mesmo que esse não seja o jeito certo, no momento é o mais certo para mim, estou sendo covarde, eu sei, mas preciso dizer que estou esperando um filho seu. Não me procure, por favor. Não vou deixar você sem saber sobre ele, mas você não merece isso. Tem ainda uma vida pela frente, eu não. Espero que me perdoe.
De quem te ama de verdade, Apocalipse.”

Os olhos de Mione se encheram de lágrimas, Ron ficou sem reação e Harry amassou o papel e gritou o mais alto que conseguiu, estava com raiva.
-Como ela pode fazer isso comigo? – berrou mais para si do que para os amigos.
-Calma, Harry. Vamos achar ela. – disse Ron em um tom de que não tinha certeza do que estava falando.
-Como? – berrou Harry novamente olhando com raiva para os amigos – Como vamos achar ela? Dessa vez não tem coruja para dar pista, não tenho nada. Ela não podia ter feito isso comigo. – e caiu de joelhos no chão com as mãos nos cabelos que agora estavam quase no ombro, e de seus olhos desciam grossas lágrimas. Hermione chorando andou até o amigo, se ajoelhou na frente dele e o abraçou com toda a força que conseguiu, também estava triste. “Ela não podia ter feito isso. Não com Harry. Por que Apocalipse? Porque?”
A Sra. Weasley e Tonks ouviram os gritos e subiram para saber o que estava acontecendo, Ron contou para elas o que estava acontecendo e elas olharam triste para o garoto que estava sendo abraçado pela amiga e eles choravam. Não havia nada que pudesse ser feito. Apenas esperar que ela se acalmasse e desse noticias. Mas Tonks sabia que ela tinha feito aquilo pelo Harry.

Gina estava tomando café da manhã com seus amigos no dia seguinte a fuga de Apocalipse, quando uma coruja chegou derrubando tudo. Era um recado de seu pai. A garota abriu a carta e leu. Quando viu a palavra “grávida” escrita saiu correndo do Salão, com as mãos no rosto. Passou por um grupo da Sonserina, quase que derrubando eles, e correu para as escadas.
Draco estava no grupo e viu que a garota chorava. Se virou e ia seguir na direção que ela tinha ido, mas ouviu:
-Onde vai, Draco? – perguntou Pansy.
-Esquecei de pegar uma coisa, já volto. – e se virou para seguir a garota.
Procurou ela nos corredores que davam no Salão Comunal da Grifinória, mas não achou ela. Então se lembrou de um lugar que ela poderia estar. Correu até o corredor que era o da Sala Precisa e viu uma garota de cabelos vermelhos parada olhando para uma parede e dizendo algo em voz baixa.
-O que aconteceu? – perguntou para ela, que tomou um susto quando o viu. O rosto da garota estava manchado de lágrimas que não paravam de cair.
-Não consigo fazer a sala aparecer. Nunca desejei tanto, mas parece que não é o suficiente. – e voltou a olhar a parede.
-Porque está chorando? – e se aproximou dela, fazendo com que ela virasse para ele e se encostasse na parede.
-Ela está grávida. Apocalipse está grávida de Harry. – e começou a chorar de novo.
Draco afastou o corpo da garota da parede e disse algo que nem ela entendeu, e segundos depois uma porta apareceu lá. Ele abriu a porta e deixou ela entrar primeiro, entrou atrás dela e fechou a porta. Era um quarto. Tinha um sofá verde escuro, uma lareira apagada, uma cama muito escura, um tapete da mesma cor do sofá e duas poltronas combinando. Gina se sentou em uma delas e voltou a chorar.
-Então o Potter resolveu que era hora de ser pai? – e riu da cena que imaginou, Harry empurrando um carrinho de criança.
-Que bom que pra você é hilário, para mim não é. Agora mais do que nunca preciso tirar ela do caminho. – disse se levantando e enxugando as lágrimas com a manga das vestes.
-Quer tirar ela de seu caminho? Por que? – perguntou ele se sentando na cama.
-Era sobre isso que queria falar com você. – e viu o rosto do garoto se iluminar, ele já tinha aceito o plano antes de saber que existia um – Preciso que ela suma da vida dele. Preciso de sua ajuda em um plano.
-Que plano? – disse um garoto totalmente mudado, estava louco para acabar com a felicidade de Potter. Mas na hora o que interessava era a ruiva que estava na sua frente.
-Pensei em...
-Acho melhor não discutirmos isso agora. Temos outras coisas para fazer. – e se levantou indo em direção a porta.
-Verdade, temos aula. Nos encontramos aqui às oito, ta? – e foi em direção a porta.
-Não disse que sairemos daqui, disse? – e trancou a porta, olhando nos olhos dela – Não se preocupe, você terá a sua vingança. – e se aproximou dela, puxando seu cabelo com força para trás e dizendo em seu ouvido – Espere essa criança nascer e terá um alvo mais fácil do que a mãe e o pai. – Gina estava sem reação, ele tivera uma idéia melhor que a dela.
-Mas, o que faremos até a criança nascer? – disse se soltando com esforço da mão de Malfoy. Mas ele não respondeu, apenas se aproximou e a beijou, ela entendeu o recado. E o beijou de volta, a noite passada tinha sido boa, mesmo que a que passara com Harry tivesse sido melhor, Draco sabia o que fazer para ela se sentir uma rainha.
-Você terá sua vingança, Gina. – sussurrou no ouvido dela – Ela vai morrer e ele voltará a ser seu. – e a beijou novamente e começou a tirar as roupas dela.


Todos estavam reunidos na cozinha da Toca. Remus Lupin, Tonks, Minerva, Moody, Hermione, Ron, Sr. e Sra. Weasley, Gui, Fleur, Fred e Jorge, Carlinhos e Harry. Esse era o que menos prestava atenção na reunião, estava pensando na garota e em seu filho. Já faziam 7 meses que ela estava sumida, e ainda não tinha recebido noticias dela.
-Temos que tomar muito cuidado. Os ataques estão mais perigosos. Você-Sabe-Quem está cada vez mais abusado... – disse Minerva, mas Harry nem ouvia.
-Realmente. Agora sem Apocalipse estamos mais vulneráveis. – disse Lupin na tentativa de trazer o garoto para a conversa, mas sem sucesso disse – Posso dar uma palavrinha com você, Harry? – e balançou o garoto que consentiu com a cabeça.
Eles se afastaram do grupo e se sentaram na sala, com Remus olhando nos olhos de Harry:
-Você não pode deixar se abater.
-Ela foi embora e levou meu filho junto. Nem sei se estão vivos ou não. E você diz que não devo deixar me abater? – disse Harry sério.
-Sei o quanto pode ser difícil...
-Você tem algum filho? – e viu o ex-professor responder que não – Então, não tem idéia do que eu sinto. – Remus olhava aquele garoto na frente dele, era apenas um garoto e já carregava o mundo nas costas.
-Harry, sei que cedo ou tarde ela vai acabar dando noticia. Tente se acalmar.
-Acalme-se você. – disse se levantando e indo em direção a escada – Se perguntarem por mim, diga que fui dormir. – e começou a subir as escadas.
-Mas precisamos resolver o plano contra Voldemort. – disse Lupin indo até o pé da escada.
-Não vou atrás dele até achar meu filho. Boa Noite. – disse mais sério ainda e desapareceu da vista dele.
Remus voltou para a cozinha e todos o olharam, esperando alguma noticia boa.
-Temos que achar ela. – e olhou para todos que estavam presentes.

Subiu as escadas com dificuldade, a barriga não ajudava. Parou na frente da porta com número 13 e a abriu. Entrou e fechou a porta atrás de si. Estava tudo igual ao que deixara quando foi embora naquela doida caçada com aqueles três adolescentes. Cedo ou tarde saberão que estou aqui.” pensou ela se sentando em uma das poltronas. “Como essa barriga pesa.”
Sua barriga de 8 meses de gravidez era grande, mas estava redonda parecendo uma bola de paria. Fazendo carinho na barriga, fechou os olhos e quase dormiu. Decidiu que tinha coisas mais importantes para fazer do que ficar ali sentada pensando no pai de seu filho. Abriu os olhos e se viu sendo observada por dois olhos azuis e quase gritou de susto.
-O que faz aqui?
-Uma hora ou outra você ia voltar para cá. Vim aqui todos os dias para ver se você tinha voltado. – e respirou fundo olhando para a barriga dela, estava linda daquele jeito. “Pare de pensar nela desse jeito. Não faça isso com você novamente, Lupin.” e olhou para o rosto dela, viu que um meio sorriso se formou antes de ela abaixar a cabeça, tinha escutado o que ele pensara - Vamos, precisamos de você. – e Remus estendeu o braço para ela pondo de lado aqueles pensamentos.
-Não. Não vou com você. – disse levantando o rosto já mudado, jogando o cabelo para trás, o cabelo estava ainda maior que 7 meses atrás, preso em um rabo de cavalo alto.
-Você tem que vir. Harry está ficando louco por causa desse filho.
-Ainda não. Pode me chamar de egoísta, mas eu quero ele só pra mim por hora. – disse passando a mão na barriga - Harry vai ficar com essa criança pela vida toda, eu só vou ficar esses meses que a carrego. Ou você esqueceu que vou morrer logo? – e começou a chorar.
-Se acalme. Vamos resolver isso.
-Como, Aluado? Eu vou morrer e essa é a verdade. E não precisa fingir que está triste por isso. – o pequeno sorriso que tinha se formado quando escutou o velho apelido sumiu quando escutou a última frase.
-O que quer dizer com isso? – e se aproximou dela.
-Nada. Esquece. – olhou para o lado, cruzando os braços.
-Você é difícil de se lidar. Mas por favor, vamos?
-Não. Quero ficar aqui. – e afastou a mão que ele oferecia.
-Por favor. Vamos. Por Sirius.
-Como ousa? Como ousa me pedir algo no nome de Sirius? – olhava para ele com raiva. “Que ousadia pedir algo no nome de Almofadinhas.” pensou ela quase que gritando com ele.
-Desculpe. Mas por favor, vamos? – viu que ela fora vencida pelo cansaço.
-Vou fazer minha mala. – e saiu para o quarto fazer a mala. Estava na verdade vencida pela saudade de ver Harry, abraçar ele, beijar ele, e a vontade de deixar ele fazer carinho na barriga dela.
-Vamos? – disse ele quando ela voltou para a sala com uma mala na mão. Olhou para ela com um sorriso no rosto, pegou a mala da mão dela e a segurou pela mão.
-Devagar, por favor. – disse ríspida para ele, que riu com aquele pedido, quem sempre falava aquilo era Almofadinhas. E os dois aparataram para a Toca.

Apareceram na cozinha, que se encontrava cheia. Todos ficaram olhando para ela e aquela barriga que ela estava carregando. Harry sentiu os olhos encherem de lágrimas, Mione desatou a chorar junto com a Sra. Weasley. Ron deixou o queixo cair. Gina parecia que tinha comido algo estragado, porque engasgou e tossia feito louca. Ela olhava para Harry com aquele olhar que ele não gostava, mas era gostoso sentir ele novamente.
Alguns segundos se passaram e o garoto se levantou, indo na direção dela. Parou na sua frente, pegou na mão dela, a puxou e lhe beijou. Aquela raiva que estava sentindo era na verdade saudade. Se afastaram e ele olhou para a barriga dela, queria tocar:
-Posso? – e olhou para ela, que tinha os olhos marejados.
-Claro. É seu. – e caiu no choro, juntamente com o pai da criança. Depois de muito carinhos na barriga, eles subiram para o quarto dos gêmeos sozinhos. Entraram e se sentaram na cama, se olhando:
-Precisamos conversar. – disse ela.
-Agora não. – disse Harry se deitando e puxando ela para deitar ao lado dele – Depois conversamos. Deita aqui comigo agora. – ela concordou e se deitou. Harry se virou para ela e ficou fazendo carinho na barriga. Sentiu um chute, olhou para ela que sorria e sorriu também. Não podia estar mais feliz. “Vou ser pai.” Mas esse pensamento foi cortado pelo pensamento de que aquela criança não conheceria a mãe, provavelmente nem o pai.


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Podem me odiar o qto der vontade mais ainda vai piorar...
Não deixem de comentar...
Bjokas
Valeu

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