Um Outro Segredo
Capitulo 11 – Um Outro Segredo
Levantou a cabeça da lata de lixo e viu que se encontrava rodeada pela família Weasley. Todos sorriam para ela, estavam felizes por ela ter voltado.
-Finalmente acordou. – disse Mione sentando na cama ao lado dela – Achamos que você não iria acordar mais. – e deu um sorriso amarelo para ela.
-Que exagero. Só foram algumas horas. – disse a garota colocando o lixo do outro lado da cama e se levantando.
-Horas? Você estava desacordada já fazia um mês. – disse Ron para ela.
-O que? Um mês? – se virou para todos e quase caiu.
-Pois é. Ficamos muito assustados. – disse Harry que vinha ajudar ela.
-Um mês desacordada. Uau. Por isso meu corpo dói tanto. – e se sentou na cama novamente – Minhas costas já sarou? – e tentou olhar para o ferimento.
-Já. Você está nova em folha. – disse Rony abraçando Mione que estava muito alegre.
-Pois bem... – a Sra. Weasley falando pela primeira vez – Vamos deixar que ela tome um banho e pela primeira vez desça para nos acompanhar em uma refeição. Tudo bem? – olhando para a menina e expulsando o marido, Rony e Mione, estrategicamente deixando Harry.
-Claro. – e se levantou indo na direção dos pais de Ron – Sr. e Sra. Weasley muito obrigada por tudo o que fizeram por mim. Nem sei como retribuir.
-Você nos salvou daquele monstro, nós que estamos em divida com você. – disse um Sr. Weasley sorridente e eles saíram do quarto.
Harry viu ela se virar com dificuldade, ela ainda estava fraca, precisava comer, estava magra demais. “Por Merlin, o que aconteceu com ele?” pensou ela ao olhar para Harry.
-Foi atropelado, amor? – aquela última palavra animou ele, que sorriu e esqueceu como ela estava magra.
-Sim. – ao ver o efeito de sua resposta no rosto assustado dela, acrescentou – Um trem chamado Apocalipse me atropelou. – e riu junto dela.
-Você está magro. Que barba é essa? – passando a mão no rosto dele.
-Esse mês não foi fácil. Não fiz nada, só fiquei ao seu lado. – e beijou ela. Que falta aquele beijo fez. Aquele corpo que ele abraçava agora com tanto força também tinha feito muita falta. O sorriso dela, o cabelo, a voz, as tatuagens, enfim tudo. A levou até perto da cama, estava com alguns pensamentos que queria que ela escutasse. “Enfim um tempo com você. Vamos aproveitar.” e sorriu malicioso quando viu que ela sorria porque tinha escutado.
Em questão de segundos o sorriso sumiu e ele viu o rosto da garota mudar, seu rosto foi ficando fechado e ela se inclinou e pediu o lixo. Ele correu, pegou o lixo e entregou para ela, segurando o cabelo dela para cima, sabia que ela iria vomitar novamente.
“Ele não pode estar certo. Dumbledore, maldição. Não faça isso. Não agora.” pensou ela ao se sentar no chão e afastar o lixo e ver Harry se sentar ao lado dela. “O que será que ela tem?” pensou o garoto fazendo carinho nos cabelos dela.
-Nada. Não tenho nada. – olhando para ele e rindo.
-Acho que é a emoção da volta. – disse mas realmente não acreditava naquilo.
-Provavelmente. – ainda não estava pronta para contar seu sonho com Dumbledore – Vou tomar um banho. Escovar os dentes. Lavar os cabelos. Que horror um mês sem me mexer, só tomando um banho pela mão de outra pessoa... – e olhou para Harry, o garoto percebeu que ela o olhava e logo explicou:
-Não fui eu que te dei banho. Uma enfermeira vinha todo dia aqui. – e viu a garota sorrir de alivio. Se virou e pegou a mochila, escolheu uma roupa, escova de dentes e toalha. Olhou para ele mais uma vez e foi para o banheiro.
Harry desceu e ficou conversando com Ron na sala. Os dois estavam felizes por ela ter acordado.
-Que susto que ela nos deu, hein? – disse Ron sorrindo da felicidade de Harry.
-Com certeza. – e sorriu para o amigo – Ela passou mal de novo agora de pouco. O que será?
-Cara, deve ser a volta. Ela mal acordou e começou a andar pelo quarto e fazer isso e aquilo. Acho que foi isso. – mas Harry viu uma sombra de preocupação passar pela face de Ron ao dizer aquelas últimas palavras.
-O que foi?
-Harry, não quero entrar na intimidade de vocês, mas cara, vocês usaram camisinha naquela noite? – falou baixo para que nem seus pais nem Hermione escutassem.
-Sim. Aquela que você me deu dias antes. – e olhou para a cara do amigo novamente – Porque? Acha que ela pode estar grávida? – perguntou com cara de desespero.
-Cara, sei lá. Você checou depois para ver se não tinha estourado nem nada? – se aproximou para conversarem mais baixo.
-Nem... – falou surpreso com ele mesmo – Que mancada. Mas eram camisinhas bruxas?
-Nem. Eram trouxas. Eu também usei, mas chequei depois. Imagina a Mione grávida agora, eu morro apanhando dela e dos meus pais. – e riu da própria piada.
-Nossa... Meu, será? Acho que ela não está não. Em todo caso falo com ela depois. – e sorriu para o amigo – Então quer dizer que vocês também dormiram juntos, Sr. Ronald? – e bateu no ombro do amigo que sorria de alegria.
-Pois é. Aconteceu. Você sumiu, ela tava triste, a porta do quarto que ela ia dormir estava trancada, uma coisa levou a outra e é isso aí. – e riu feliz da vida.
-É isso aí. – e suspirou lembrando daquela noite.
-E você cara, subiu para levar comida para ela e não desceu mais.
-Bom, ela tentou me matar e depois ela achou que eu ia tentar matar ela. Daí rolou. – viu a cara de surpreso do Ron quando disse que eles tentaram se matar. Eles continuaram a conversar.
Abriu a torneira da água quente e entrou embaixo, sentindo a água bater em sua pele. Ficou alguns segundos deixando somente a água bater em seu corpo, apoiada com as mãos na parede. Olhou para cima e começou a chorar. Sentou no chão, colocou a cabeça nos joelhos e a cobriu com os braços. Chorava por Dumbledore, por Sirius, por Harry, por ela e por aquela criança. “Como fui deixar isso acontecer? Não sou mais adolescente. Não sou mais criança. Como fui ficar grávida com essa idade? Como fui deixar um acidente desse acontecer com essa idade?” e se colocou a pensar nas duas tiras azuis do teste que estava agora jogado no chão perto do vaso. Tinha conjurado um teste de gravidez trouxa até lá, tinha que ter certeza. Seu estomago se embrulhou novamente, dessa vez porque pensou em ter o filho e logo depois morrer e deixa-lo sozinho.
“Sozinho? Sim, não posso fazer isso com Harry. Ele é novo, tem toda a vida pela frente. Eu tenho pouco tempo mesmo. É isso.” E se levantou com dificuldade, estava ainda dolorida por todo o corpo. Entrou novamente embaixo do jato de água e se ensaboou, ao passar pela barriga que ainda não indicava gravidez, deteve sua mão ali, fazendo carinho nela. “Por Merlin, tenho que ir embora.”.
Saiu, se secou e se olhou no espelho “Porque vou embora? Tenho que contar para ele. Ele vai ficar feliz de saber que vai ser pai.” E desceu. Na cozinha se achavam o Sr. e a Sra. Weasley, Harry, Rony, Mione, Gina e Tonks. Estavam todos esperando ela.
-Senta aqui, Apocalipse. – ofereceu Tonks uma cadeira ao lado da sua, bem em frente da de Harry. A garota se sentou, olhava para todos, felizes conversando, a Sra. Weasley cozinhando. Era essa vida que queria para si, não ir atrás de um louco que provavelmente a torturaria e mataria em sua frente todos que amava, inclusive aquele filho que carregava.
-Está tudo bem? – perguntou Harry pegando em sua mão.
-Sim. – respondeu ela com um sorriso. Abriu a boca para falar sobre a novidade mais foi interrompida por uma risada de Ron que chamou a atenção de todos.
Ela ficou muito tempo procurando como falar a grande novidade, sem sucesso. Estava quase desistindo quando Tonks perguntou bem alto, chamando a atenção de todos na cozinha:
-O que tem?
-Nada. – e sorriu para todos.
-Faz tempo que você está para falar alguma coisa mas não consegue. Fala. – incentivou a garota de cabelo roxo.
-Não é nada mesmo. – e ficou vermelha de vergonha.
As pessoas voltaram a conversar e deixaram de prestar atenção nela. Tonks a chamou para irem tomar um ar, ela aceitou e se sentaram em um banco.
-O que tem? – insistiu a garota.
-Sei lá... Tenho uma bomba pra contar. – e voltou a ficar vermelha.
-Pra você ficar vermelha desse jeito é uma bomba mesmo. – e se aproximou da garota vermelha – Conta.
-Não sei se devo.
-Vai, conta.
-Ta bom, mas não pode realmente contar para ninguém.
-Tudo bem. – disse Tonks quase não se agüentando de curiosidade.
-Estou grávida. – e viu o queixo da garota de cabelo roxo cair. – E é do Harry.
-Do Harry? – berrou sem querer.
-É. Fala baixo. – pediu colocando a mão na boca dela.
-Porque ainda não contou para ele?
-Será que ele vai ficar feliz? Será que ele quer?
-O que eu quero? – disse o garoto que tinha ouvido o grito de Tonks e veio ver o que estava acontecendo. Tonks quase contou mas apocalipse foi mais rápida.
-O seu presente de aniversário. – e corou por ter mentido para ele mais uma vez.
-Ah ta. O que é?
-Surpresa.
-Então ta. – respondeu e entrou novamente. Apocalipse e Tonks se olhavam.
-Você tem que contar para ele.
-Não agora.
-Então quando?
-Quando eu contar. – e se levantou e foi indo na direção da porta – Por favor, não diga nada. – viu Tonks concordar e entrou na casa. Passou pela cozinha dizendo que já voltava e subiu para o quarto. Entrou no quarto, arrumou suas coisas e escreveu em um pergaminho uma mensagem para Harry. Olhou para o quarto vendo se não tinha esquecido nada e desaparatou.
O garoto estranhou a demora da garota e subiu com Ron e Mione junto. Viram que o banheiro estava vazio e seguiram para o quarto. Quando entraram não viram ela, somente um pergaminho na cama onde ela estava.
-Tem alguma coisa errada aqui. – disse Mione.
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Galera ta grande mais se eu dividesse ia ficar estranho....
Espero que gostem, pq to amanda escrever...
Bjokas
Valeu pelas ideias...
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