Natal Negro



Capitulo 7 – Natal Negro

Hermione já tinha perdido as forças, estava machucada, provavelmente com o pé esquerdo quebrado. Sangrava muito, deixando gotas irregulares na calçada. “Vamos morrer.” pensou e caiu no chão, estava se arrastando e carregava Apocalipse desacordada, a amiga parecia morta.
Apocalipse sangrava muito, tinha as costas cortadas, o rosto, as pernas e Hermione sentia que um braço da amiga tinha se quebrado.
Mione olhava para os lados com medo de serem pegas. Já fazia horas que tinham saído daquela armadilha mais continuava com medo. “Para com isso.” disse para si mesma. "Não seja fracote agora, ela precisa de você.” disse e reuniu todas as forças que sobraram e desaparatou.

Ron tinha acabado de acordar, estava descendo as escadas quando ouviu alguém batendo bem forte na porta, mas foi só uma batida, como não sabia o que ocorrera com as meninas não se apressou, era Natal e a família ia se reunir lá, então deveria ser algum deles. Quando abriu a porta, berrou para os pais e Harry. Ele se abaixou e puxou as duas amigas para dentro.
Seus pais apareceram correndo junto com Harry. Quando viram a cena quase desmaiaram. Hermione abriu os olhos e disse:
-Eu to bem. Cuidem dela. – e as lágrimas caíram pelo seu rosto, ela achava que a amiga estava morta. Harry se aproximou do corpo de Anita e pisou em uma poça de sangue que saia de suas costas. Olhava para ela, que parecia sem vida.
-Vamos levar elas lá para cima! – os pais de Ron com um movimento das varinhas fizeram com que os corpos fossem para o quarto dos gêmeos.
Se passaram minutos demais até que os pais de Rony e um medico saíssem do quarto. Os garotos estavam sentados no chão ao lado da porta e assim que eles saíram, Harry disse:
-Como elas estão?
-Melhor. – disse o médico tentando acalmar eles – Sofreram muitos ferimentos esternos e internos. Perderam muito sangue, principalmente a morena, mais já estão fora de perigo. A mais nova está acordada, se quiserem ver. – mas os meninos já tinham entrado e foram direto na cama de Hermione, que sorria.
-Vocês estão bem?
-Nós estamos. – disse Ron bravo – Mas o que aconteceu com vocês?
-É melhor Apocalipse contar. Como ela está? – olhando o corpo desacordado dela.
-Fora de risco. – falou Harry olhando para a garota que gostava.
-Me ajuda a ir até lá. Quero ficar perto dela. – Mione sentia dor mais não queria se afastar da amiga. Os garotos ajudaram a amiga a se sentar em uma cadeira ao lado da cama de Apocalipse. Segurou a mão dela, Ron se sentou de frente para a cama e olhava para as duas. Harry se sentou do outro lado da cama, em uma cadeira. Olhava para aquela garota toda machucada, desacordada, parecia que nem respirava. Abaixou a cabeça e sentiu os olhos arderem, não podia chorar mas não conseguiu. Amava ela.

O corpo doía muito, mas se alegrou de estar viva. Não queria mexer o corpo por causa da dor, então só abriu os olhos. "Onde estou?” Começou a olhar para os lados e viu Mione encostada em sua cama com a mão na mão dela, dormindo. Rony também dormia em uma cadeira de frente para ela. Então viu ele, Harry estava de mãos dadas com ela e dormia com a cabeça na cama e sentado em uma cadeira. Eles estavam ali por ela.
Ela tentou se mover, mas acabou acordando Mione e Harry, que olhavam para ela, felizes.
-Ron, acorda! – disse Mione e Ron acordou e sorriu quando viu Apocalipse acordada – Você está bem? – e se sentou na cama com esforço, seu pé ainda doía.
-Sim. E você? – disse olhando para o pé quebrado da amiga.
-Isso não é nada. – se aproximou e beijou a testa da amiga – Fiquei preocupada com você. Você sangrou muito.
-Já estou melhor. Pronta para a próxima. – e riu.
-O que aconteceu? – perguntou Harry ainda segurando a mão dela. Ron se levantou e fechou a porta do quarto.
-Bom, era uma armadilha. – começou e olhou para Hermione. – Quando Mione chegou lá, tentou me avisar mas eu não quis saber. Entrei na casa e mostrei que Snape estava morto. Eles o mataram para me atrair. Belatriz – e sentiu o garoto apertar sua mão por causa da raiva – ela e Malfoy estavam nos esperando. Se Mione não estivesse lá, eu estaria morta. – Harry olhou para Ron que devolveu o mesmo olhar. –Eles me atacaram mas não queriam me matar. Eles conseguiram o que queriam. – e riu com a dor que sentia.
Hermione começou a chorar e foi acolhida por Ron.
-Como chegamos aqui? – perguntou para a amiga.
-Consegui aparatar até aqui. – respondeu Mione – Depois de horas aparatando e desaparatando para enganar ele, percebi como você estava gelada e sangrava. Só consegui pensar aqui.
-O que é aqui?
-Minha casa. Da minha família. – respondeu Ron, que fazia carinho em Hermione. Harry se levantou e começou a andar pelo quarto.
-Porque não nos contou que era um Anjo da Morte?
-O que? – olhou para Hermione, mas ela negou que tivesse falado. – Como soube?
-Os pais de Ron nos contaram. Dumbledore sabia. – se virou e olhou para ela – O que mais escondeu? – seus olhos eram de raiva.
-Que usarei seu sangue para matar Tom. – se sentando com dificuldade na cama.
-O que? – disse Ron, que olhava incrédulo de Apocalipse para Hermione que também sabia disso.
-Porque você tem de mata-lo e não eu?
-É assim. Não me culpe. Nasci com essa maldição e morrerei com ela. Por causa dela. – as ultimas palavras saíram fracas e baixas.
Harry olhava para ela, não podia deixar ela morrer. O fato de ele ter que dar seu sangue para que Voldemort morresse nem o atormentou, daria todo o sangue do corpo se isso fizesse ela ficar viva.
-Hermione, por um acaso você... – mas a garota nem terminou e Mione puxou seu casaco e tirou um embrulho de um dos bolsos internos – Obrigado. – e sorriu para a amiga.
-O que é isso? – perguntou Ron curioso.
Apocalipse não respondeu e desembrulhou o objeto. Agora segurava uma adaga na mão, o cabo era dourado com alguns desenhos, sua lamina parecia ser fatal. “Foi isso que foi buscar na sala de Dumbledore.” pensou Harry.
-É com isso que vai matar Voldemort? – perguntou Harry.
-Sim. Essa adaga não deixa que quem foi atingido por ela se cure. Uma vez ferido, eternamente ferido. – disse olhando para a adaga. A colocou na cabeceira do seu lado direito e olhou para Harry. Ele estava confuso.
-Acho que dormirei um pouco mais. – disse para os amigos.
-Estaremos lá embaixo. É só gritar. – disse Rony ajudando Mione a andar. Harry foi o último a sair. A garota se virou e dormiu.

Na parte de baixo estava boa parte da família reunida. Os gemeos já estavam lá, Gui e Fleur e Carlinhos. Também estavam Tonks, Lupin e Moody. Foi então que o coração de Harry desacelerou, Gina estava lá. Não tinha falado com ela desde aquela noite, naquela casa.
A garota olhou para Harry, se levantou e o puxou para um lado.
-Precisamos conversar. – disse para ele. “Ela vai querer conversar sobre aquela noite.” pensou ele.
-Tudo bem.
-Essa garota que está com vocês, eu acho... Acho não, eu vi ela com Draco... – e contou o que tinha visto no castelo. O garoto não sabia se estava feliz por não ser o outro assunto ou com raiva por Apocalipse não ter contado isso para eles.
-Achei que deveria saber. – e foi voltando para a sala, quando Harry puxou seu braço.
-Espera. Tem uma coisa...
-Não precisa falar. Eu entendo. – disse a menina – Sei que estão juntos. Sorte para vocês. – e se livrou da mão dele e seguiu para a sala antes que chorasse na frente dele. “Porque me magoar assim?” pensou ela já sentando novamente no sofá.

Já era noite e todos estavam comendo. Harry pegou uma bandeja e subiu para ver como Anita estava. Abriu a porta do quarto e olhou para a garota que dormia, entrou e fechou aporta. Colocou a bandeja na outra cama, pegou uma cadeira e a colocou na maçaneta da porta, impedindo que alguém entrasse.
Se virou e viu que ela estava acordada e segurava a adaga, como se fosse ataca-lo.
-Conhece Draco Malfoy? – perguntou sem sair do lugar.
-Sim. Conheço todos os Comensais e suas famílias. – e se levantou da cama com muita dificuldade.
-Como ?
-Tenho que conhecer minhas vitimas.
-Porque ele não te matou em Hogwarts, já que sabia que você ia matar o mestre dele?
-Ele é um perdedor. – disse sorrindo, porque Harry tinha entregado quem tinha contado para ele, a imagem de Gina era calara na mente dele. – Porque trancou a porta?
-Queria falar com você sem interrupção. – e deu dois passos na direção dela. Ela se afastou com dificuldade.
-Só isso mesmo? – disse se apoiando na parede.
Ele nada respondeu e veio andando na direção dela, pisando duro, tirando tudo que estava na frente dele com chutes. Quando ele chegou perto dela, Apocalipse ergueu a adaga para acertar nele, mas Harry segurou seu braço no ar.
Pegou o outro braço dela e segurou os dois com uma mão acima da cabeça dela. Ela respirava com dificuldade, ainda estava ferida. Olhava para os olhos dele e viu que era raiva pura.
-Se vai me matar, me mata logo. – ela disse olhando nos olhos dele. Harry pegou a adaga da mão dela e encostou no peito da garota.
“É isso. Vou morrer.” pensou ela sem ficar triste demais. Harry olhou pela primeira vez o que ela vestia, uma blusa e da alça e um shorts curto. Olhou a tatuagem que saia do shorts e só então viu o que era, o brasão de Hogwarts. Mas o que chamou sua atenção foi uma tatuagem em seu braço, era a mesma tatuagem que Sirius tinha no peito.
-Vai logo! – falou Apocalipse estufando o peito fazendo com que a lamina rasgasse sua blusa. “Porque demora tanto?” pensou.
-Acha que quero te matar? – perguntou Harry abaixando a adaga. – Acha mesmo? – e apertou os pulsos da garota com mais força sem tira-los do lugar.
-Então o que? – tentando se soltar mais estava muito fraca e não conseguiu.
-Você é mesmo estranha. – e jogou a adaga perto da bandeja – Não percebe?
-O que? – e sentiu o garoto se aproximar e a prensar na parede com a corpo.
-Que temo por você. Que não quero que se machuque. Que te... – e parou pensando se era uma boa idéia dizer que amava ela.
-Que o que? – perguntou curiosa, mesmo já sabendo a resposta.
-Que te amo. – disse e abaixou o rosto.
-Eu também. – vendo ele levantar o rosto.
O beijo aconteceu. Era inevitável, era preciso, era desejado. Não queria saber de mais nada, a não ser beijar a garota que estava na sua frente. Ainda segurava as mãos dela no mesmo lugar, passou a beijar seu pescoço e ouvir a respiração cortada dela.
Com a outra mão passeava pelas costas dela, até chegar na maior ferimento, sentiu que ela sentia dor e tentou se afastar do toque. Voltou a descobrir aquele corpo com a mão.
-Solta meus braços. – disse em uma voz baixa e entrecortada.
-Não. – e riu dela.
Prendendo as mãos dela ainda, eles se deitaram e tiveram um o corpo do outro. Harry sabia que ela mais velha, não era mais garota. Ela sabia que ele era um garoto. A noite passou e eles se tiveram muitas vezes sem que ninguém os perturbasse.


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Bjokas

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