O cavaleiro e seu dragão
Harry se sentia muito estranho naquele momento. Sabia que havia lutado com um dragão muitas vezes maior que ele, que o bicho havia quebrado as suas duas pernas. Mas ele se sentia muito bem naquele momento. Não conseguia abrir os olhos ainda, não que ele quisesse abri-los, mas havia naquela tranqüilidade que ele sentia algo que o fazia querer jamais reabrir os olhos.
Havia uma brisa leve e ele podia sentir muitas coisas naquele momento, mesmo não as vendo. Ele sentia o crepitar de uma fogueira próxima a ele e o cheiro de uma carne muito bem assada. Sentia a correnteza de um rio também muito próximo e dos peixes que nele pulavam e desciam a sua corredeira. O vento fino balançava a copa das árvores e dos pequenos pássaros que cantarolavam e voavam para baixo e para cima.
Ele finalmente resolveu acordar de seu transe e abriu os olhos. Estava tudo embaçado como de costume “Por que sempre que eu fico mal as pessoas insistem em me tirar os óculos” pensou ele indignado tateando a procura do objeto.
“Vejo que finalmente acordou, já estava achando que Draco havia realmente matado você” disse uma voz forte e Harry rapidamente se aprontou para batalhar, ficou de pé e tentou encarar o seu adversário, mas seria muito difícil sem os óculos.
“Acalme-se rapaz, eu não sou seu inimigo” disse a voz.
“E como vou saber se é verdade mesmo?” perguntou ele desconfiado.
“Por que se eu fosse realmente seu inimigo você já estaria morto e sendo comido” disse novamente “Aqui estão seus óculos” disse ele entregando os óculos ao moreno que finalmente relaxou e sentou-se em uma pedra defronte ao homem.
Ele era alto, loiro com o cabelo até o pescoço, uma barba negra que envolvia seu rosto de ponta a ponta, poderia se dizer que não tinha mais que 35 anos, usava uma vestimenta bem rudimentar como se ele fosse um cavaleiro medieval, mas sem toda a armadura, tinha uma espada presa na cintura, no cabo havia um grande dragão com a boca escancarada e com um grande rubi vermelho como se fosse a sua língua. Igual ao que Harry tinha cravado no meio de sua armadura.
“Quem é você?” perguntou o garoto.
“Meu nome é Bowen e aquele ali em cima é o Draco” disse o homem apontado para cima enquanto cuidava da carne.
Harry não teve nem tempo de olhar para cima, pois ouviu um rugido ensurdecedor que foi seguido de uma grande labareda vermelho-alaranjada e o que ele viu a seguir o fez tremer. Lá estava ele. O dragão que quase o havia matado na caverna.
“Hei! Draco quer parar de se exibir para o nosso convidado e descer aqui para dizer um “Oi”. Ele é sempre assim quando chega um novo candidato a cavaleiro de Dragão” disse Bowen.
“Você o conhece?” perguntou Harry espantado com o que o cavaleiro falava.
“É claro que sim, Draco e eu nos completamos, eu não consigo ficar longe dele e ele de mim, somos cada um a metade do outro” disse o cavaleiro.
“Draco?” perguntou Harry enquanto o dragão dava mais uma pirueta no ar e depois de mais uma labareda mergulhou em direção aos dois com a boca escancarada.
“É o nome dele” disse enquanto saia do caminho e falava para Harry “Se eu fosse você sairia daí” no que Harry prontamente obedeceu. No instante seguinte o dragão aterrisou com um grande estrondo no chão, as quatro patas bateram ao mesmo tempo no chão e ele olhou de Bowen para Harry.
“Ah! Draco olha só o que você fez, apagou a nossa fogueira. Agora a carne não vai ficar bem cozida” disse o cavaleiro com certo sarcasmo na voz.
“Para com isso Bowen. Você prefere a carne mal passada ou bem tostadinha?” perguntou o dragão, levantando o que deveriam ser as suas sobrancelhas, para espanto de Harry.
“No ponto, por favor,” disse o cavaleiro com cara de deboche.
O dragão uma grande quantidade de ar e, em seguida, despejou pelo nariz uma grande labareda como a anterior que ele havia soltado no céu. Harry teve que dar um pulo para trás para não ser atingido pelas chamas.
“Você nunca me ouve não é, eu disse no ponto não super-passada” disse Bowen rindo, pegou a espada e depois apontou para fogueira, um pequeno jatinho de água saiu dela e apagou as chamas ardentes.
“Sabe como é Bowen, comigo é tudo bem passado” disse o dragão.
“É sei, estou sabendo. Bom melhor comer um pedaço rápido garoto, pois quando o Draco aqui resolve comer, sai da frente” disse o cavaleiro pegando a sua espada e cortando um pedaço da carne para ele e para Harry.
A lamina da espada dele era muito brilhante e do jeito que ela havia cortado a carne como se fosse um pedaço de papel deveria ser bem afiada mesmo. Harry pegou e comeu a carne com gosto, finalmente havia se lembrado de que não comia há dias, segundo ele.
“Desculpe o mal jeito na caverna garoto, mas como eu sou o guardião desse lugar não posso deixar qualquer um passar, mas vejo que você conseguiu sobreviver ao primeiro teste e inteiro, normalmente eu arranco um braço pelo menos” disse o dragão piscando um olho para Bowen, o que fez Harry arregalar os olhos.
“Quer para de mentir Draco, você sabe que isso é muito feio para um dragão. Não ligue para ele Harry, ele é sempre idiota assim” disse o loiro.
“Quem é o idiota aqui?” perguntou Draco.
“Você é claro” disse o homem sorrindo e piscando para Harry.
“Ora, mas que disparate Bowen, se eu sou idiota. Você também é, uma vez que eu sou metade de você” disse o dragão.
Harry apenas ria da discussão dos dois, mas finalmente resolveu interromper.
“Desculpem, mas afinal que lugar é este?” perguntou.
“Este Harry é o ultimo lugar entre o céu e a terra, o santuário dos dragões, apesar de que só existem dois dragões aqui, um é o Draco” disse o cavaleiro.
“E qual é o outro?” perguntou.
“O de Kamahl” respondeu Draco.
“Kamahl tem seu próprio Dragão?” perguntou espantado.
“Na verdade é uma dragão. Ela é a mãe de todos os dragões Harry” completou o cavaleiro.
“Como sabe meu nome?” perguntou ele.
“Sei tudo e mais um pouco sobre você” disse ele para surpresa do moreno. “Mas devo presumir que você tem mais algumas perguntas, estou certo?”.
“É claro! A ultima coisa que me lembro era da batalha com seu dragão na caverna e pude apostar que eu não passava daquele momento, então como vim parar aqui e por que não estou todo quebrado e onde está minha armadura e minha espada?” ele jogou tudo aquilo em cima do cavaleiro.
“Draco é o primeiro do ultimo teste para se tornar um verdadeiro Cavaleiro do Dragão Harry, você deve, pelo menos, sobreviver a ele e mesmo assim a maioria nunca conseguiu terminar, pois morreram antes. O ultimo a se formar como Cavaleiro foi seu antepassado Godric. Draco te trouxe até aqui é claro, ele acabou com você, mas felizmente você conseguiu sobreviver. Já está recuperado por que existe todo o tipo de erva medicinal neste lugar, as ervas daqui curam qualquer coisa, sua armadura está sendo banhada na cachoeira e sua espada está sendo renovada com sangue de Scatha, o que fará com que sua espada fique indestrutível” disse ele respondendo a todas de uma vez.
“Então quem são vocês realmente?” perguntou o moreno.
“Eu sou Bowen, sou o primeiro dos Cavaleiros do Dragão, meu mestre foi Kamahl, ele e seu dragão que me deram esse teste, agora que ele está muito velho para fazer isso eu que assumi essa tarefa, aqui eu tenho a vida eterna, mas infelizmente não posso sair deste terreno, quero dizer até posso sair, mas isso eu lhe contarei quando você tiver seu próprio Dragão. Já o Draco aqui, nasceu de dentro de mim e ainda pegou metade do meu coração” disse ele acariciando o dragão.
“Meu próprio dragão?” perguntou assustado.
“É para isso que você veio não é? Para libertar o verdadeiro dragão que há em você” disse o cavaleiro.
“Sim. Então quer dizer que eu vou ter que libertar o dragão que está dentro de mim?” perguntou.
“Isso mesmo” disse Draco.
“Mas como farei isso?”.
“Bom Harry, depois que você passa por tudo que você já passou você é convocado a vir neste lugar. Aqui você terá que superar todas as expectativas para se tornar um bom cavaleiro. Cada Cavaleiro do Dragão tem dentro do seu coração um dragão real, quando se chega ao nível que você está, esse dragão desperta e começa a querer sair de dentro de você, mas para isso acontecer você deve treinar muito, bom o resto você verá com o treinamento. É bom você descansar, pois começaremos bem cedo amanha” disse Bowen se levantando.
“Mas eu ainda tenho algumas perguntas” disse o moreno, pela primeira vez ele notou que o dia já acabando e o imenso lençol negro da noite já começava a cobrir o céu.
Ele deitou-se novamente na grama fofa e ficou a observar as estrelas e pensar em como todos estariam. Viu que havia um coberto ao lado dele e cobriu-se. Bowen havia entrado debaixo da asa de Draco e provavelmente já havia adormecido. O dragão olhava para as estrelas também, mas logo adormeceu, quase ao mesmo que o moreno.
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“CORRAM SEUS TOLOS. TIREM ESSAS PESSOAS DAQUI” gritava Rony no meio do beco diagonal.
“VAMOS RAPIDO” gritava Hermione.
“NÃO VAMOS CONSEGUIR TIRAR TODO MUNDO DAQUI RONY” gritou Hermione.
“TEMOS QUE CONSEGUIR MANTE-LOS AFASTADOS ATÉ QUE OS REFORÇOS CHEGUEM” gritou o ruivo.
O inferno havia começado como Harry tinha previsto. Voldemort lançou seu primeiro ataque diretamente no Beco Diagonal. Ele havia mobilizado um batalhão de seus seguidores entre Comensais, Dementadores e alguns outros tipos de criaturas que nenhum daqueles três jovens já havia visto na vida. Tudo estava uma correria só.
Tiago, Lillian, Sirius e Lupin combatiam os tão temíveis Cavaleiros Negros, eram os únicos que levavam vantagem naquela batalha. Os cavaleiros Negros estavam perdidos como da ultima vez que eles havia se enfrentado. E novamente os Cavaleiros da Luz estavam levando a melhor.
Mas eram só eles, por que a batalha, que havia se iniciado na porta do Caldeirão Furado, estava se revirando para o lado de Voldemort. Mesmo com Rony, Hermione e Gina lutando bravamente para defender o beco eles praticamente não podiam fazer nada. Tiago e os outros estavam ocupados demais com os Cavaleiros Negros, Dumbledore duelava com um comensal duas vezes mais alto que o velho diretor, mas mesmo assim o velho bruxo não deixava por menos e levava uma vantagem considerável do seu oponente.
Hagrid lutava palmo a palmo contra o único gigante que Voldemort havia enviado. A luta era a mais parelha de todas. Hagrid apesar de ser meio gigante sempre lidara com feras muitas vezes maiores que ele, por isso conseguia se igualar ao seu meio-parente.
Os que mais sofriam eram mesmo Rony e as meninas. Eles estavam agora na frente da antiga loja de Fred e Jorge. Assim como a maioria dos vendedores, eles haviam abandonado a loja devido ao fraco movimento que o Beco tinha nos últimos dias. Faltavam poucos metros para eles chegarem à entrada da Travessa do Tranco. Lá com certeza haveria mais comensais e seguidores de Voldemort a espera deles. Rony havia erguido um escudo entre os comensais e os bruxos que eles estavam protegendo. Os comensais haviam colocado um feitiço anti-aparatação para que ninguém tentasse escapar. Todos se escondiam atrás deles e do escudo do ruivo. Gina e Mione cuidavam dos Dementadores, aquelas coisas pareciam brotar do nada, uma vez que a cada um fosse derrotado outros dois apareciam quase que instantaneamente.
Dumbledore havia ordenado que os professores e os membros da AD e da Ordem ficassem em Hogwarts caso Voldemort quisesse atacar lá também, mas pelo visto o Lorde havia se concentrado primeiro no Beco.
Hagrid já havia derrubado, com muito esforço o seu oponente e agora partia para cima dos comensais para ajudar os garotos. Logo Dumbledore derrotou o seu e puxou Hagrid junto com ele para trás do escudo de Rony.
O bruxo parecia muito cansado, assim como os outros, mas em um ultimo esforço ele ergueu a varinha no ar e disparou um raio vermelho para o céu. Tiago e os outros rapidamente entenderam o que era aquilo e foram para trás do escudo também. Logo que eles entraram no escudo, uma labareda vermelha explodiu no céu e Fawkes, a Fênix de Dumbledore apareceu.
“É muita gente Fawkes, você que consegue?” perguntou Dumbledore para a ave em seu braço.
Ela deu um pio alto de aprovação e depois Dumbledore gritou.
“Segurem-se uns nos outros” e todos assim o fizeram. “Para Hogwarts Fawkes” e todos que estavam encurralados dentro do escudo de Rony desapareceram após a Fênix pegar fogo e explodir novamente.
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Harry levantou mais cedo do que imaginava. Só pelo fato de saber que conseguiria seu próprio dragão, isso já o deixava enérgico. Fez tudo que tinha para fazer da sua higiene e comeu mais um pedaço de carne que havia sobrado.
Logo já estava à espera que Bowen e Draco acordassem. Viu o cavaleiro se mexendo por debaixo da asa de seu companheiro e logo ele saiu e assim Draco acordou também.
“Já acordou?” perguntou o cavaleiro espantado.
“Sim e estou pronto para começar” disse ele empolgado.
“Sim! Sim! Claro, deixe-me só tomar um café e depois começaremos” disse Bowen e Harry se sentou a sua frente e Draco ao seu lado.
“Bom Harry...” começou o cavaleiro a falar enquanto comia “... Para começar, a sua primeira tarefa era sobreviver ao Draco, coisa que você já fez. A segunda é a seguinte; Você deve aprender a falar em língua de dragão, ou draconio como nós costumamos chamar” terminou.
“Para que tenho que aprender a falar draconio?” perguntou.
“Porque depois vem uma das tarefas mais difíceis. Encontrar o seu ovo no meio da ninhada que é guardada por Scatha. O problema é o seguinte, cada vez que um aspirante a Cavaleiro do Dragão consegue chegar até onde você chegou, Scatha coloca um ovo para esse homem, mas nem sempre esse aspirante consegue pegar o ovo, ou seja, existem milhares de ovos que Scatha guarda, mas só um deles é seu” disse o cavaleiro.
“Entendo, mas como vou saber qual é o meu ovo?” disse o moreno.
“Ai é que entra o porquê de se aprender a falar draconio. Mesmo sendo um ovo, ele já entende draconio, portanto você deve primeiro aprender a falar a língua do dos dragões” disse o cavaleiro.
“É claro que não. Falar draconio é muito legal, mas depois de um tempo você e seu dragão passam tanto tempo juntos que ele vai aprender a falar sozinho” disse o cavaleiro.
“Os dragões são as criaturas mais inteligentes que existem logo você verá” completou.
“E se eu não conseguir identificar qual é o meu dragão?”.
“Ai ou você sai correndo ou fica para ser a janta de Scatha, pois só terá uma chance, se não conseguir é adeus” falou Draco.
Harry ficou espantado com tudo isso, mas logo se recompôs e já estava pronto para começar a praticar seu draconio. Por ordem de Bowen, Draco foi ensinar Harry a falar à tão famosa língua dos dragões.
“Meu nome é Harry Potter” disse Draco em uma língua realmente estranha pára ele. Era mais um rugido que uma fala, mas Harry não sabia como e nem de onde aquilo veio. A resposta simplesmente saiu de sua boca.
“Não! O meu nome é Harry Potter. O seu é Draco” respondeu ele para espanto de todos, inclusive dele mesmo.
“Desde quando você fala draconio?” perguntou Bowen depois de se recuperar do susto.
“Não sei. As palavras simplesmente pularam da minha boca” disse o moreno.
Harry continuou praticando o seu draconio durante todo o dia com Draco e com Bowen e logo que a noite caiu os três já riam e falavam entre rugidos, coisa que o moreno jamais havia pensado em fazer na vida dele.
“Sabe Harry! Eu tenho que admitir, no começo eu achei que você não conseguiria, mas depois de ver o quanto você é bom em falar draconio eu acho que você tem grandes chances de se tornar um verdadeiro Cavaleiro do Dragão” disse Bowen.
“Obrigado. Isso é muito importante para mim” disse ele pensativo.
Eles jantaram e depois adormeceram. Draco cedeu mais um espaço a Harry sob a sua asa. Fazia uma noite muito fria, mas o dragão sequer se mexia, parecia mais um rocha sob a luz do luar.
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“Bom, nós temos que pensar. Já se passou um mês e meio desde que Harry saiu e o que exatamente já aconteceu?” perguntou a ministra sob o olhar atento do professor Dumbledore e de mais alguns presentes.
“Já perdemos as batalhas no Beco Diagonal e no Hospital St. Mungus e pelo visto os olhos do Lorde Negro se voltam agora para o Ministério” disse o velho Dumbledore.
Todos os presentes na sala de reuniões do Ministério da Magia tinham um semblante serio e muito pesado. A situação ia de mal a pior para aqueles que agora se denominavam Exercito da Liberdade (EL). Voldemort não havia poupado nenhum esforço para conseguir dominar a Inglaterra, as únicas partes ainda livres do país eram onde ainda havia bruxos para combatê-lo como em Londres e perto de Hogwarts onde as defesas haviam sido magicamente aumentadas, mas estas já começavam a cair devido aos constantes ataques.
O mundo inteiro já não escondia a preocupação com o país, pois as noticias eram cada vez piores. Trouxas mutilados, desmembrados e até mesmo virados do avesso eram as principais manchetes dos jornais mundiais, mas o estranho era que ninguém tentava entrar no país para ajudar as pessoas, ao contrario só saiam. Os ingleses já não escondiam seu medo e fugiam. A rainha havia deixado o país a pedido do próprio Dumbledore e agora os que continuavam ali eram somente os que lutavam contra Voldemort, ou pelo menos tentavam atrasar os planos dele para que Harry pudesse voltar, assim como Lupin com os reforços.
“Estamos sem saída meus amigos” disse a ministra cabisbaixa.
“Nunca é o fim enquanto estiver alguém disposto a lutar ministra” disse Dumbledore.
“Mas o que vamos fazer se até mesmo seus homens de confiança não conseguem deter o avanço do exercito de você-sabe-quem” disse a mulher.
“Mas nós ainda não desistimos de combater e vamos lutar até que Harry chegue. Ele nunca desistiu, fizeram coisas horríveis contra ele, ninguém sofreu tanto quanto ele, mas ele jamais desistiu. Sempre tirava uma carta da manga e jamais se entregou, fosse o que fosse ele jamais parou de lutar” disse Gina.
“E agora, mesmo que ele não esteja aqui, nós não vamos desistir vamos lutar até que ele volte, pois quando Harry Potter faz uma promessa. ELE CUMPRE” falou Hermione.
“Então eu digo a vocês. Se fugiram são frouxos e não são dignos da vida que tanto prezam. Harry nunca pensava duas vezes antes de arriscar a própria vida por alguém e isso nós devemos aprender, por que não estamos lutando só por nós mesmos, estamos lutando por um futuro. EU MORRERIA POR ESTE FUTURO E VOCÊS? O QUE ME DIZEM” falou Rony.
“Eu digo que vocês devem morrer então” disse uma voz em tom deboche, uma voz fria e horripilante.
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Mais uma vez Harry acordou cedo. Como ele havia ido muito bem à tarefa de aprender a falar como um dragão, Bowen achou que ele já estava pronto para tentar pegar o seu ovo junto a grande mãe de todos os dragões.
“Ele tem que aprender a acordar mais tarde” disse Draco a Bowen enquanto os dois tomavam o café e Harry já estava sob uma arvore meditando. Ele não conseguia ver o que acontecia fora daquele lugar que estava, mas podia sentir. Sentira uma pontada no coração e isso acordara. O tempo estava passando, quanto mais ele demorasse ali mais seus amigos sofreriam.
“O que será que ele tanto pensa?” perguntou o dragão.
“Pensa na vida dele Draco” respondeu Bowen.
Bowen e o seu dragão logo terminaram o café e junto com Harry partiram voando para a caverna onde ficava Scatha a mãe dos dragões. As paisagens que passavam deixavam Harry de queixo caído, era como se nada naquele lugar jamais tivesse sido tocado por alguém que não fosse um animal. Os rios lindíssimos e tão claros quanto um cristal, as arvores sempre verdes, as montanhas em nenhum lugar do mundo seriam tão belas e o céu sempre azul.
“Vê aquelas montanhas ao fundo Harry?” perguntou Bowen aos berros, apontando para uma faixa rochosa longínqua.
“O que têm elas?” perguntou o moreno.
“É lá que está Scatha e o seu ovo. Chegaremos dentro de alguns minutos” disse o cavaleiro e Harry fez um sinal positivo e depois voltou a olhar a paisagem.
Eles demoraram mais um pouco e quando finalmente Draco parou em uma entrada na parede rochosa, o sol já ia alto apontando a passagem do meio-dia segundo Bowen. Harry analisou bem os parâmetros a sua volta. Era uma queda de mais de 100 metros de altura e bem ingrime, acima mais rochas, algumas prontas para desabar pensou ele, mas isso não tirou a ansiedade de seu coração. Aquela entrada o separava de seu dragão, ele e seu futuro com seus amigos e pensando isso ele entrou decidido enquanto Bowen e Draco esperavam do lado de fora, segundo eles, Scatha preferia que os candidatos fossem sozinhos.
“Boa sorte garoto” disseram Draco e Bowen e depois Harry desapareceu nas profundezas.
Ele andou tropeçando e batendo nas rochas aos seus pés. Não conseguia enxergar nada a sua frente e as suas costas, guiava-se pelo cheiro do bafo do dragão, era quase idêntico ao de Draco, mas Scatha parecia mais cansada que o dragão de Bowen deveria ser por causa da idade pensou Harry.
“Quem está ai?” perguntou uma voz em um rugido poderoso e Harry respondeu da mesma forma usando o draconio.
“Meu nome é Harry Potter, você é Scatha?”.
“Chegue mais perto rapaz, se você é mesmo Harry Potter eu não lhe farei nenhum mal” disse a voz e Harry se aproximou, mas não sabia do que deveria se aproximar, logo uma luz se ascendeu na escuridão e Harry a viu.
Era com certeza o dragão mais belo que Harry já havia visto, era de um vermelho tão denso quanto o sangue, suas escamas brilhavam com o fogo, os olhos tão verdes quanto os de Harry, dentes afiados em uma boca gigantesca, as narinas dilatas sentido todo o ar a sua volta e prontas para soltar uma labareda, garras mais afiadas que as de Draco e de uma cor prateada muito bonita.
“É você mesmo” disse ela respirando normalmente.
“Você é Scatha?” perguntou o garoto.
“Eu mesmo e suponho que você deseja o seu ovo certo?” disse o dragão.
“Sim” respondeu.
Ela mexeu-se com muita facilidade para frente e depois para o lado, ela era realmente imensa, era o dobro de Draco, deveria ter uns 100 metros de comprimento de cauda a cabeça.
“Escolha o certo, pegue-o e saia” disse ela e Harry pode ver que havia mais ou menos 50 ovos que ela guardava. Ele se aproximou e observou todos os ovos, cada um tinha uma marca diferente, alguns eram garras, outros dragões, mas havia um, somente um com a marca de um leão. Naquele momento Harry teve certeza, esticou as mãos e fechou-as sobre o ovo, ele brilhou e depois voltou ao normal e o leão havia desaparecido.
“É melhor você sair agora” disse o dragão e Harry prontamente obedeceu, andou pelo que pareceu horas com o ovo bem preso ao peito e logo que saiu viu a caverna fechar-se atrás dele.
“O que houve?” perguntou a Bowen.
“Depois que o cavaleiro pega o ovo a caverna se fecha e só volta a se abrir quando um novo candidato aparece, mas vejo que você escolheu o seu corretamente, como sabia?” perguntou o cavaleiro.
“Era o único que tinha um leão na frente” disse ele piscando um olho.
“Já escolheu um nome?” perguntou Draco enquanto os dois homens subiam em suas costas.
“Acho que vou esperar ele nascer primeiro, aliás, como vou saber quando ele vai nascer?” perguntou.
“Daqui a cinco dias, se tudo correr bem e você aquecê-lo direito, ele deverá nascer” disse o cavaleiro.
“Se eu fosse você eu colocaria um nome agora” disse Draco.
“Por quê?”.
“Dragões são bons de memória e se você chamá-lo de dragão alguma vez, ele só vai responder se você chamá-lo novamente de dragão” disse o dragão.
“Eu coloquei o nome de Draco quando ele ainda era um ovo, eu acho que tanto faz se você coloca o nome antes ou depois, mas por precaução eu coloquei antes” disse Bowen.
Harry pensou durante algum tempo e depois falou “Que se chame Drake” e sorriu.
“Drake?” perguntou Bowen.
“Drake! Está ai, gostei” disse Draco sorrindo.
E assim foram discutindo o nome do novo dragão.
O dia já ia virando noite quando eles voltaram ao acampamento e Harry rapidamente fez um ninho de folhas para seu ovo. Estava ai uma coisa que ele jamais tinha feito cuidar de um ovo de dragão, nesse momento ele lembrou de Hagrid e como o amigo seria útil naquele momento. Depois Draco ascendeu à fogueira e a comida foi feita. Harry se deitou exausto no chão ao lado do ovo e adormeceu rapidamente.
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PEÇO MILHÕES DE DESCULPAS A TODOS PELA MINHA FALTA DE ATT... DESCULPA MESMO...
AGRADECIMENTOS MAIS Q ESPECIAIS A ALINE, CAROL E TONKS... MTO OBRIGADO POR COMENTAREM NA MINHA FIC VIU
SEI Q DEMOREI UM POKO MAIS AGORA TA AI O CAP PRA VCS
ESPERO Q GOSTEM
TONKS TO INDO LER O CAP NOVO DA SUA FIC E DEPOIS EU COMENTO TÁ
ABRAÇOS E BEIJOS GURIZADA
FUI...
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