Um bom dia.
-Bom dia! – Diz Gina que entra extremamente sorridente na cozinha.
-Dia. – Todos respondem.
-Dia Gina. – Diz Rony de mau humor.
-Querida pegue um biscoito. – Oferece a mãe.
-Sabe quem começa a trabalhar no ministério hoje? – Pergunta Rony.
-Não, quem? – Gina ainda possuía um sorriso no rosto.
-O idiota do pai dos seus filhos. – Disse Rony fitando sua caneca.
-Hei tio Ron, o papai não é idiota. – Fala Guinne, que acaba de entrar na cozinha, com seu tom autoritário.
-Ronald Weasley! – Diz Molly com cara de reprovação.
-O malfoy começa a trabalhar no ministério hoje. – Rony diz revirando os olhos.
-Você só pode estar brincando. – Via-se desapontamento estampado no rosto de Gina.
-Não, é seriíssimo. – Completa Arthur. -Por causa de briga com o pai dele, ele se desvinculou de qualquer relação com Lúcius.
-Mamãe, não vai ser legal, você vai trabalhar com o papai. – Disse Devon sentando no colo da mãe.
-Hum... É, vai ser super legal. – Disse Gina nada empolgada com a idéia. – Devon, senta aqui, deixa a mamãe subir pra terminar de se arrumar.
-Mas você nem comeu mamãe. – Disse Guinne.
-É que a mamãe tá sem fome, mais tarde eu como alguma coisa. – Gina disse já de costas para a cozinha.
Gina subiu até seu quarto, trancando a porta atrás de se. A notícia de seu novo companheiro de trabalho a abalara muito.
-Primeiro ele volta repentinamente na minha vida, depois invade insistentemente a minha cabeça. – Ela praguejava enquanto andava de um lado para o outro em seu aposento. – Maldito. Ele deve tá fazendo de propósito, é só pra me enlouquecer, só pode.
“Eu acho que ainda o amo como antes, e que eu nunca o esqueci.”. Esses palavras ecoavam por sua mente depois da conversa com Hermione.
-Por que eu penso tanto nele? – Ela perguntava para se. – Desgraçado, ele não pode fazer isso comigo, eu não vou deixar ele fazer isso comigo.
Ela correu até seu travesseiro, afundou sua cabeça nele, em seguida se levantou e encaminhou até o espelho.
-Não, hoje você não vai chorar por aquele idiota. – Ele disse para sua imagem. – Você vai trabalhar, entrar naquele prédio, radiante como sempre, nada vai te abalar. – Ela dizia na tentativa de se encorajar.
Com outra áurea, ou aparentemente com um humor mais agradável, Gina desce novamente, se senta calmamente e termina seu café.
-Ué, mamãe, você não disse que ia terminar de se arrumar? – Pergunta Dev curioso. – Não to vendo nada de diferente.
-Ah! É que eu... Fui... – Ela não sabia o que dizer.
-Ela tinha que arrumar a cama dela, não é mesmo querida? – Ajudou Molly.
-É claro. – Responde Gina fitando sua mãe sem entender nada.
-É, tem que arrumar a cama mesmo né vovó? – Disse Devon com um sorriso.
-Sim, e por sinal, você arrumou a sua? – Pergunta Molly com a mão na cintura.
-Huum... Bom, na verdade, nossa vovó, você tá tão bunita hoje. – Disse Devon tentando disfarçar.
Todos presentes na cozinha riram, Gina engasgou com o leite que tomava, Guinne se revirava na cadeira de tanto rir, Molly permanecia séria.
-Vai mais seu bobo. – Guinnever disse ainda rindo.
-Suba agora e arrume sua cama mocinho. – Ela disse secamente. – E você? Guinnever arrumou a sua? – Disse fitando a neta.
-Bom, mais ou menos. – A pequena parou de rir instantaneamente, o que fez com que todos rissem mais.
-Suba também e arrume a sua cama! – Disse enérgica.
A garota se retira da cozinha desapontada, indo de encontro com o irmão que ria ao pé da escada.
-Seu idiota, culpa sua.
-Minha nada, não mandei você não arrumar sua cama. – O garoto ainda ria.
-Vou fazer você continuar rindo. – A garota partia para o lado do irmão.
Sem que eles percebessem Gina apareceu atrás deles.
-Eu não acredito no que estou vendo. – Desapontada ela continuou. - Vocês começam uma briga simplesmente porque a avó de vocês pediu para arrumarem a cama de vocês, não sentem vergonha dessa atitude?
Os dois nada disseram, apenas olharam um para o outro e abaixaram o olhar.
-Não vão dizer nada. – Após uma pausa na esperança de um pedido de desculpa, ela suspirou. – Subam e façam o que ela pediu.
Os gêmios subiram sem proferir nenhuma palavra. Eles odiavam broncas, principalmente por motivos idiotas como esses. E quando olharam para a mãe e viram o olhar triste que ela possuía se sentiram pior.
Gina voltou para a cozinha, ainda tinha que trabalhar, mesmo não querendo isso.
-Ué... Cadê o Ron e o papai? – Interrogou ela à mãe.
-Eles foram à frente, eu disse para eles irem primeiro. – Molly arrumava a mesa do café da manhã.
-Hum... Então tá. – Gina pega mais um biscoito feito pela mãe. – Eu também já vou indo, até mais tarde.
-Não, espere, eu pedi pra eles irem à frente porque queria falar com você.
-Então fale, não quero chegar atrasada de novo.
-Se você chega atrasada é porque quer.
- Que seja, você não disse que queria conversar?
-Por que a idéia de Draco trabalhar no mesmo local que você lhe afeta tanto?
-Porque eu o odeio! – Disse com mágoa na voz.
-Será mesmo?
-O que você está querendo dizer?
-Não se irrite, mas desde que Draco voltou a sua vida você tem agido de forma diferente, na presença dele você praticamente se transforma.
-A presença de Malfoy me dá náuseas, eu só o aturo por meus filhos.
Molly foi até o lado de sua filha.
-Você sabe que isso não é verdade, assim como eu sei.
-O que eu sei é que eu quero o menor contato possível com ele.
-Não, você quer ficar com ele.
-Não, eu sei o que eu quero, e ficar com ele não é uma dessas coisas.
-Você pode até tentar me enganar, tentar. – Molly voltou a fazer o que tinha parado. – Mas lembre-se, você não pode se enganar, é perda de tempo.
As crianças entraram correndo na cozinha, encontraram uma cena tensa.
-Mamãe? – Perguntou Guinne.
-O que você ainda tá fazendo aqui? – Perguntou Devon após sua irmã.
-Sua avó queria conversar, mas já estou de saída. – Ela se encaminhou até as crianças e deu um beijo na bochecha de cada um.
Guinnever a segurou pelo pescoço e deu um abraço apertado. Se aproximou de seu ouvido esquerdo e disse bem baixinho. “Nos desculpe, nós te amamos.”, após esse ato a pequena a largou, mas Gina ainda a segurava e puxou Devon para o abraço também.
-Eu amo muito, muito vocês, não importa o que aconteça, nem o que os outros digam. – Ela os solta. – Tchau queridos, tchau mãe.
-Tchau Gina, até o almoço.
Gina saiu da cozinha e aparatou no Hall do ministério, seguiu até o elevador, subiu até o oitavo andar, onde se encontrava seu pequeno escritório.
-Bom dia. – Disse Gina a atendente do andar.
-Bom dia senhorita Weasley. – Respondeu ela com um sorriso simpático.
Gina seguia seu caminho, até encontrar com Hermione.
-Bom dia. – Disse ela sorridente.
-Dia, Mione. – Respondeu sorrindo.
-Já sabe que...
-Que o Malfoy começa a trabalhar aqui hoje. – Completou a ruiva.
Hermione a fitava confusa. Gina a deu as costas e continuou a andar pelo corredor.
-Nesse andar, para ser mais exata! – Hermione praticamente gritou para Gina ouvir.
Gina apenas acenou com a mão, mostrando que não se importava.
-E daí? Eu posso evitar um... – Ela dizia para se mesma, quando seus olhos se encontraram justamente com o que ela poderia evitar.
-Bom dia. – Disse Draco abatido.
-Dia, Malfoy. – Gina parecia embaraçada.
N.A.:Hum... disculpa a demora, mas o site num tava entrando.
Espero que gostem.
Beijos.
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