Conversa de Mulher



No interior do apartamento imagens de Gina andando por todos os lados, com aquele sorriso encantador que só ela podia lançar, passavam pela cabeça de Draco.

Tudo estava como ele havia deixado naquela manhã, exceto pelo fato de a ruiva não se encontrar lá. Draco seguiu até o quarto, arrumou suas coisas em seus devidos lugares. Olhou o relógio e percebeu que era tarde, muito tarde, deitou-se na cama de lençóis verdes de maneira desajeitada, adormeceu.

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-Tio Harry! – As duas crianças gritaram ao encontro do padrinho.
-Oi Guinne, oi Dev. – Disse o homem abraçando as crianças.
-Cadê a tia Mione? – Perguntou Guinne com a mãe na cintura.
-Está vindo aí com a sua mãe.

As crianças correram pra encontrar com a mãe e Hermione.

-Oi tia Mione. – Os gêmeos gritaram novamente quando encontraram com Hermione.
-Oi querida. – Hermione se abaixou para beijar a bochecha da pequena.
-Mamãe, o papai vai vir aqui? – Perguntou Devon enquanto Hermione lhe depositava um beijo.
-Não sei Devon, há uma pequena possibilidade. – Gina esperava que não, ela já havia dito ao loiro que “domingos Weasleys” eram sagrados.
-Hum... Então eu espero que sim. – Disse Guinnever entusiasmada.
-Por que vocês não vão brincar com o Lippe? – Gina queria fugir de mais perguntas que envolvessem Draco.
-Hunf... Tá bem, a gente vai. – Disse Devon desanimado puxando a irmã.
-Acho que ele não gostou muito da idéia. – Hermione acompanhava o garoto com os olhos.
-É, eu também acho que não, mas eu não queria ouvir mais perguntas sobre o pai deles. – O olhar de Gina era triste.
-Não acho que isso seja um motivo pra te deixar assim, na verdade você deveria ficar feliz.
-Feliz? Desde que Draco voltou pra minha vida eu não consigo parar de pensar nele, sempre lembrando de quando nós estávamos juntos. – Hermione olhou pra Gina intrigada com o que ela havia dito.
-Você quer dizer... – Gina a interrompeu.
-Eu acho que ainda o amo como antes, e que eu nunca o esqueci. – Gina chorava.
-Então, mais um motivo pra você falar com ele.
-Não, eu não vou falar com ele, eu só precisava falar com alguém mesmo, pra desabafar.
-Acho melhor irmos pra outro lugar conversar sobre isso, não?
-É, melhor mesmo. – Gina limpou as lágrimas que teimavam em cair.

As duas mulheres foram para o quarto de Gina, onde poderiam conversar mais à vontade. Sentadas na cama Gina fitava a porta do banheiro, a procura de coragem pra dizer tudo que estava entupindo sua mente.

-Então... – Hermione disse na tentativa de fazer Gina falar.
-Então o que? – Gina estava distraída.
-O que você ia dizendo? – Hermione fitava Gina. – Você disse que acha que...
-Eu sei o que eu disse, mas é que, não parece certo.
-Não parece certo? Vocês são adultos, e se amam, são descomprometidos, e se amam.
–Não sei se a gente se ama, não sei se ele me ama.
-Por Merlin Ginevra Molly Weasley, não se ele te ama. – Hermione levantou-se bruscamente, assustando a ruiva. – O que vocês viveram, primeiro os encontros às escondidas pelo castelo, vocês passaram anos sem poder dizer pra ninguém que se amavam, e quando finalmente disseram tiveram que enfrentar tudo e todos, você brigou com toda a sua família por esse amor. – Ela parou pra respirar finalmente. – Agora ele briga com a família dele e sai de casa, e você diz que não sabe se ele ainda te ama?
-Mione, calma. – Gina estava encabulada como a morena, seu poder de persuasão era incrível.
-Se ele não te ama eu não sei mais o que é amar.
-Mas, tudo isso é passado.
-Um passado que você mesma não esqueceu, e você quem tinha motivos pra esquecer.
-E ele não deixou a mansão por minha causa.
-Indiretamente você sabe que foi.
-Não, ele brigou com o pai.
-Porque por causa do pai ele teve que te deixar.
-Não, ele foi covarde.
-Gina, você já passou dessa fase, não foi bem assim, ele deu a maior prova de preocupação com você.
-O que você quer dizer com isso?
-Gina, francamente, os seguidores de Voldemort estavam querendo recrutar novos comensais, pra continuar a guerra depois da morte de Voldemort, Draco era contra isso.
-E onde está toda a preocupação de Draco? – Perguntou Gina curiosa.
-Gina, não é obvio? – A morena revirou os olhos. – Como Draco era contra o ingresso a causa dos comensais eles poderiam tentar matá-lo. Possivelmente
Lúcius não deixaria que isso acontecesse.
-Eu ainda não consegui ver a ligação disso tudo comigo.
-Pare de tentar não ver o que está visível. – Hermione se sentou novamente do lado da ruiva. – Os comensais não podendo fazer nada com Draco fariam com alguém que fosse importante para ele, ou seja, você já que os pais dele já estavam envolvidos nisso tudo. – Suspirando ela finalizou. – Draco então saiu de perto de você para que os comensais pensassem que você não significava nada para ele, então não iriam atrás de você.
-Isso não faz sentido.
-Como não? Draco pode ser desprezível, mas quando se trata de você ele se transforma.
-Hermione, eu já pensei nisso tudo, o que acontece é que ele devia ter me dito desde o começo. – Lágrimas voltaram a cair no rosto de Gina. – Ele preferiu me enganar, esconder tudo de mim.
-Tinha que parecer real o bastante não? Se não o plano não teria dado tão certo. – De pé Mione tentava consolar a ruiva. – Pensa, se não tivesse dado tão certo você poderia não estar aqui, as crianças não estariam lá embaixo gritando e correndo, essa família estaria em total caos.

Gina se levantou e foi até a janela, viu seus filhos e sobrinhos brincando no jardim, pareciam todos feliz, ela ponderou, talvez Hermione estivesse certa.

-Mas é mais complexo que isso. Não é simplesmente falar “eu ainda te amo”, duas crianças estão envolvidas agora.
-Então tente conversar com ele. – Sugeriu Hermione.
-Pode não dar certo, as crianças podem sair feridas disso. – Ela respirou profundamente. – Eu posso sair ferida.
-Assim como você pode não sair. Só poderá saber se tentar.
-Hermione, é fácil falar, mas...
-Mas nada, você complica demais. – A morena inspirou todo o ar que tinha dentro dos pulmões. – Olha, não era tão bom quando vocês estavam juntos? Você vivia falando que ele seria o marido perfeito, por que agora seria diferente? Agora vocês são uma família.

Gina se assusta com a batida na porta.

-Quem é? – Hermione se encaminha para abrir a porta.
-Sou eu, o que vocês estão fazendo aqui? – Pergunta Harry da porta.
-O que você acha? – Hermione dá um beijo no moreno. – Conversando, seu bobo.
-Hum... Será que eu posso ficar aqui com você?
-Bom, é uma conversa de mulheres... – Diz Gina sem jeito.
-E pode ser meio chato... – Completa Hermione.
-Não tem importância, qualquer coisa vai ser melhor que a conversa do Rony com a Luna. – Harry entra e se senta na cama de Gina totalmente à vontade. – Aquilo é muito meloso pra meu gosto, patético.
-Eles se amam, e isso é lindo. – Gina fala com tom sonhador.
-Gina, você estava chorando? – Harry olha fixamente para o rosto da ruiva.
-Eu? Não! De onde você tirou essa idéia? – Gina se levanta da cama tão rápido que quase derruba Harry.
-É que, seu rosto está vermelho. – O moreno diz se ajeitando.

Gina corre para o banheiro, ela precisava lavar urgentemente o rosto.

-O que foi com ela? – Pergunta Harry preocupado.
-Nada, não foi nada. – Diz Hermione energética. – Então você acha demonstrações de amor coisas patéticas? – Ela continua com um tom mais ameno.
-Não, só que eu ver as deles é.
-Ah! Bom. – Hermione se senta no colo de Harry e lhe dá um beijo bem caloroso.

Gina abre a porta do banheiro, interrompe a cena do casal.

-Uhum... Desculpe interromper. – Gina disse olhando para o teto.
-Não, não tem problema. – Harry ficou tão vermelho quanto os cabelos dos Weasleys.
-É melhor a gente descer. – Sugere Hermione.
-Melhor mesmo. – Dizem Harry e Gina juntos.

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N.A.: Tentando atualizar o mais rápido possível.
Quero agradecer aos comentários, isso me animou muito. ^^
Obrigado por continuar lendo, espero que gostem, e eu prometo que o próximo capítulo vai ser melhor.
Desculpem qualquer erro, e continuem dando opinião e tals.
Vou aproveitar pra desejar feliz Natal pra todos, e um ótimo 2007.
Beijos...

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