Um susto



Gina aparata na frente de uma luxuosa empresa, com uma placa escrita “Empresas Malfoy”. Ela entrou no lugar apressadamente, ignorou a recepcionista, mas logo foi barrada.

-O que a senhorita deseja? – Pergunta um homem alto e corpulento.
-Diga ao senhor Draco Malfoy que a senhorita Ginervra Weasley está lhe aguardando para uma conversa.
-E, a senhorita tem hora marcada com ele?
-Não, é só dizer que é a mãe dos filhos dele?
-Não seja tola, o senhor Draco Malfoy não tem filhos.

Num impulso Gina tenta passar pelo segurança, mas ele a alcança e impede que ela saia do Hall de entrada.

Draco ouve a gritaria de sua sala, nem imaginava o que estava acontecendo.

-O que está havendo aqui? – Draco disse num tom autoritário.
-Essa mocinha diz ser a mãe de seus filhos, senhor.
-Mas que loucu... – Vendo de quem se tratava perde a voz momentaneamente, mas após alguns segundos volta ao normal. – Gina?
-Senhor Malfoy, será que podemos conversar? – Diz a garota ofegante.
-Cla -claro, Jimes, peça um copo de água para a senhorita Weasley, e leve na minha sala. - Mostra a Gina o caminho a ser seguido e se volta para o homem. - Não quero ser incomodado depois disso.
-Sim senhor.

No interior da sala do homem Draco pediu que Gina se sentasse.

-Como soube que eu cheguei?
-As notícias correm.
-Eu ia te procurar, mas eu tinha que arrumar as mudanças e...
-Poupe-me de suas desculpas esfarrapadas.
-Gina, não é desculpa.
-Tudo bem, senhor Malfoy, o que me trás aqui é algo muito importante.
-Gina, por que tá me chamando de senhor Mal...
-Você é pai de duas crianças.
-O que?
-Bom, você tem dois filhos, sendo eu a mãe deles, entende?
-Mas, como? Você, eu, a gente...
-Nós moramos juntos lembra? É perfeitamente possível, somos adultos, férteis.
-Mas, por que não me disse antes?
-Simplesmente porque você não estava no país, e eu não podia manter contato, se lembra? – Gina dizia aquelas palavras sarcasticamente. – Eu só estou te procurando porque foi um pedido deles, mandaria uma coruja, mas, um amigo aconselhou-me a dizer pessoalmente, “Nem um Malfoy merece saber que tem filhos dessa maneira”.

Draco estava perplexo, sua Gina não seria capaz de brincar com esse tipo de coisa, mas ele tinha a sensação, e até desejava que ela lhe dissesse, “É brincadeira bobinho, eu estava com saudade.”, e eles se abraçariam e tudo estaria bem. Ele pareceu sair de seu mundo psíquico quando ouviu uma batida na porta.

-Senhor, trouxe a água.
-Obrigada, agora se retire, por favor.
-Claro, com licença. - Disse o homem colocando o copo a frente da ruiva.

Gina tomou o conteúdo do recipiente em um gole só, a sua “luta” com o segurança do lugar foi exaustiva. Após tomar a ultima gota se volta para o loiro a sua frente.

-Eu sei que é uma notícia e tanto...
-E como!
-Mas, - Ela aumentou o tom da voz por ter sido interrompida. – eu acho que já os privei demais da presença de um pai na vida deles, e eles querem te conhecer, é claro que se você quiser, já vivemos muito bem sem você até hoje.
-Como eles se chamam?
-Devon e Guinnever.
-Como eles são? Quantos anos eles tem?
-Malfoy, eu acho que você deveria ver com os próprios olhos. Você quer vê-los?
-Claro, quando está bom para vocês?
-Agora mesmo, se for conveniente pra você.
-Bom, agora é perfeito. Não quer avisar a ninguém que estou indo?
-Não, não é ser necessário.
-Me dê só um minuto.
-Ok, aguardo aqui.
-Obrigado.

Draco sai da sala, é estranho, mas ele se sentia animado com a idéia de ser pai, um menino e uma menina. A possível imagem deles passava por sua cabeça. Mas o que mais lhe animara foi o reencontro com Gina, ele ainda a amava, e agora, mais do que nunca, tinha certeza disso.

-Senhorita Plinboult, tenho um assunto particular a tratar, avise meu pai que não tenho hora para chegar em casa.
-Mas, senhor, a reunião de hoje...
-Diga que tive que me ausentar, depois eu explico pro meu pai. Obrigado.

Gina já estava ficando impaciente no interior da sala, mas ouviu a porta bater a suas costas.

-Podemos ir.
-Você sabe onde fica A Toca né?
-A o que?
-Por Merlin, minha casa.
-Não, eu não faço a menor idéia.
-Ok, vamos aparatar, é mais rápido, se segure firme em mim, pelo menos já aparatou com alguém certo?
-Claro, eu tive infância.
-O que a sua infância tem a ver?
-Nada, é melhor irmos logo. – Ele não queria prolongar com a possível, e praticamente certa, discussão.

-*-

Eles aparataram no quintal, e assim que seus sentidos voltaram ao normal ambos perceberam a gritaria dentro da casa. Gina disparou na frente, e Draco logo atrás. Quando entraram na cozinha todos se calaram na hora.

-Por que todos estavam tão agitados? – Pergunta Gina.
-O que esse maldito tá fazendo aqui? – Pergunta Rony com as orelhas vermelhas.
-Ronald Weasley, onde estão seus modos? – Diz Molly em tom severo.
-Cadê a Guinne e o Dev? – Gina percebe que os filhos não estavam no lugar.
-Filha, calma, é melhor você se sentar. – Informa Molly.
-O que houve? – Malfoy se pronuncia.
-É melhor ficar quieto doninha.
-É melhor você ficar quieto Rony, ele, querendo ou não, é o pai deles. – Disse Fred. – Ele já sabe né Gina?
-Alguém pode me dizer onde estão meus filhos?
-O Dev tá lá em cima brincando, estou indo lá vê-lo.
-E a Guinne?
-Ela desapareceu.
-COMO DESAPARECEU?
-Todos estão a procurando, ficamos aqui pra cuidar do Dev e caso ela volte. Temos fé que vamos achá-la querida
-Eu vou procurar na floresta, Draco, você vem comigo?
-Claro.

Estavam próximos da floresta, onde iriam procurar a criança.

-Se você a encontrar mande um raio vermelho para o alto, e nos encontramos n’A Toca. Eu farei o mesmo. – A moça estava desesperada, disse com lágrimas nos olhos.
-Ok.

Ambos procuravam incessantemente a garotinha, Gina temia, algo de grava poderia ter acontecido a Guinn, a imagem ensangüentada lhe vinha à mente a cada instante. Draco também temia, estava atento a qualquer ruído, e olhava a todos os lugares, até aos mais improváveis. Após aproximadamente duas horas de busca, mas o que parecia uma eternidade Draco avista uma garotinha deitada no chão da floresta, abaixo de uma árvore grande. Ele se aproxima dela, mesmo aflito, é o mais doce possível.

-Olá, você é a senhorita Guinnever?
-Aham. – A Garotinha estava com os olhos vermelhos e soluçava. – E quem é o senhor?
-Eu sou Draco Malfoy, sabe quem eu sou?
-O meu papai?
-É, é um prazer te conhecer. – Draco estava satisfeito de saber que a filha, ao menos, sabia seu nome. – Por que você fugiu de casa?
-Eu não fugi, eu só queria pensar um pouco, sozinha, e me perdi. Você vai brigar comigo?
-Não sei, temos que conversar, eu, você e sua mãe. E, é melhor irmos ao encontro dela, vem aqui.

Draco pega a filha no cole, e retira a varinha do paletó para mandar o aviso a Gina, logo em seguida aparata no quintal da casa. Quando todos o avistam com a criança no colo vêm em sua direção. Gina se sentia feliz e exausta. Um dia cansativo.

-Filha, meu bebê, você tá bem? Como você está se sentindo?
-Gina, querida, deixa a menina respirar.- Molly disse ponderando.
-Mamãe, esse é mesmo o meu papai? – Guinnever parecia não acreditar.
-É sim meu amor.
-Minha filha, por que você não leva o senhor Malfoy pra conhecer o Devon e ter uma conversinha com uma moça sumida?
-Tá bom. – Disse Gina, que estava mais calma, e lançou um olhar severo a filha. – Vocês dois, venham aqui.
Guinne agora realmente se preocupara com o tom da mãe, ela conhecia aquele olhar de longas datas. – Acho que nós estamos encrencados. – A garotinha sussurrou ao pé do ouvido do pai.
-É, acho que estamos.

Draco disse dando as costas para todos e seguindo a mãe de seus filhos, “mãe dos meus filhos”, essas palavras pareciam engraçadas, mas eram reais.




oBS: Gostaria de pedir comentários, por favor, saber o que estão achando é muito importante pra mim. Desculpe a demora e qualquer erro.
Beijos.

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