Uma não Potterzete
Como era de se esperar Harry providenciaria as informações do paradeiro de Malfoy o mais rápido possível, para ele não era difícil, Harry, um bruxo bastante influente, possuía várias fontes, poderia cobrar outros tantos favores, além de trabalhar no ministério, onde Blaise Zabini, o melhor amigo nos tempos da escola de Malfoy trabalha.
-Potter? Que surpresa te encontrar a minha espera em meu escritório.
-Tenho um assunto sério a tratar com você Zabini.
-Queira se sentar, por favor. – Ambos os homens se sentaram. – Então? À que devo a sua visita?
-Preciso de uma informação sua. – Disse Harry bem direto.
-Sobre? – Zabini não conseguia entender o que poderia saber que interessasse Harry Potter.
-Malfoy. – O moreno achava melhor acabar com aquilo tudo de uma vez por todas.
-O que aquele bastardo aprontou dessa vez? – Disse o Sonserino com um sorriso de deboche no rosto.
-Nada que eu saiba, mas preciso do paradeiro dele, tenho algo a conversar com ele.
-E por que você acha que eu te diria onde ele está?
-Porque eu estou pedindo. – Disse Harry calmamente.
-Hum... Interessante, Harry Potter me pedindo algo, muito interessante, mas o que não é interessante é a minha parte nisso tudo. – Disse agora fitando os olhos de Harry.
-E o que você quer em troca disso?
-Não sei, o que um bruxo pode querer de Harry Potter?
-Essa é uma pergunta que você tem que me responder.
-Sabe, sinceramente não me vem nada à cabeça, são tantas coisas que me dá até um vazio.
-Vamos, eu não tenho o dia todo. – Disse Harry olhando para o relógio.
-Tudo bem, se você tem tanta pressa para tal informação, eu lhe darei, mas cobrarei o meu favor, e não se acostume a conseguir as coisas tão fáceis assim de sonserinos, digamos que hoje seja o seu dia de sorte.
-Tá bom, me procure quando souber o que quer, agora pode me dizer?
-Claro Potter, veja como é o seu dia de sorte, ele chegou em Londres há uma semana, voltou a morar com os pais.
-E, sabe se está trabalhando em algum lugar?
-Mais um favor Potter? Assim você me deverá duplam... – Harry já estava perdendo a paciência com aquele sujeito então partiu pra cima dele segurando o colarinho de sua camisa com brutalidade. – Mas, como você está me pedindo com total delicadeza, ele está trabalhando em uma filial das empresas do pai no Beco Diagonal.
-Obrigado Blaise Zabini, foi um prazer conversar com você. – Disse Harry soltando o colarinho da roupa do homem e saindo do escritório.
-O mesmo Potter.
-*-
Harry voltou ao seu escritório, passara a tarde inteira lá, enfiado com a cara em papeis e mais papeis. Não parou nem mesmo pra almoçar.
Quando o expediente acabou Harry aparatara em seu apartamento, Mione já havia chegado e estava preparando o que deveria ser o jantar deles, ao menos o cheiro estava bom.
-Por que não almoçou com seus amigos hoje heim senhor Potter? – Disse a amiga dando um beijo doce na bochecha do amigo.
-Bom senhorita Granger, não que seja da sua conta, mas eu tive muito trabalho hoje, o que teremos para o jantar?
-Não que eu me importe com você, mas como sei que não sou a melhor cozinheira do mundo estou esquentando comida pronta, melhor que a minha certo?
-Adoro sua comida, aprendi a não gostar de temperos, a gostar de coisas queimadas, enfim, você cozinha maravilhosamente bem. – Disse o moreno.
Hermione lançou um olhar severo ao amigo enquanto colocava a comida na mesa. Os dois se sentaram e jantaram silenciosamente, Hermione estava um pouco estranha, estava calada.
-Mione, é, pode deixar que eu arrumo tudo aqui.
A morena nem deu atenção ao que Harry disse e levou os pratos para pia jogando um feitiço de limpeza neles. – Não precisa, como pode ver, pode ir tomar seu banho, deve estar cansado.
-Tá bom, com licença senhorita.
-Toda!
Harry foi para o seu quarto, tomou seu banho e se secou no banheiro mesmo. Quando saiu apenas com sua calça de moletom e com a toalha secando os cabelos, ele percebeu que decididamente eles precisavam ser cortados, deu de cara com hermione fuçando em seu guarda roupa só de toalha.
-O que você está fazendo?
-Vou pegar uma blusa emprestada, é que meus pijamas estão levando, se importa?
-Hum... Não, claro que não.
Ela apanha uma blusa verde e encaminha para o banheiro do amigo, lá ela se veste e volta ao quarto.
-Ficou ótima em você.
-Acha mesmo?
-Claro, pode ficar com ela, presente.
-Não precisa. – A morena vendo a reação do amigo muda de idéia. – Obrigada. Como foi a pesquisa pela informação?
-Hum... Malfoy está em Londres
-Ótimo. Agora, acho que vou dormi, o sono já tá aparecendo.
-Tá, boa noite. – Hermione já saia do quarto. – Mione, espera.
-O que?
-É que eu tenho uma coisa a te dizer.
-Então, diga.
Harry a puxa para junto de se, fazendo com que a mulher sinta sua respiração, assim como ele, o coração de ambos está acelerado como se quisessem escapar peito afora, Harry olhava nos olhos de Hermione, então a puxa para um beijo quente, cheio de urgência.
Começa devagar, pedindo passagem com a língua, e até mesmo para não assustar a amiga. Essas palavras ecoam por seu subconsciente, “Minha amiga...”, o ato de interromper o beijo é momentaneamente cogitado, mas não concretizado. Ele estava envolvido demais para parar, ele estava gostando demais para ouvir a razão. Aquilo tudo parecia loucura, e ele, Harry James Potter, gostava cada vez mais desta loucura. Sabia que depois sofreria certas conseqüências, mas se a mulher a sua frente não relutara até agora, não seria de todo ruim, ou seria? Um teste? Ela o estaria fazendo de idiota para saber até onde ele iria e depois jogar em sua cara? Não, Hermione não seria capaz disso, não com ele.
Harry se afasta, os dois precisavam respirar afinal, mas o homem não queria que aquele momento acabasse, parecia o melhor possível, perfeito descreveria muito bem. E agora ele saberia como o seu beijo repentino repercutira.
-Potter, você pode me explicar porque fez isso? – Disse Hermione ofegante.
-Não lhe parece obvio Granger? - Disse Harry, também ofegante.
-Você não acha que se fosse obvio eu não estaria te perguntando?
-Hermione Granger, pensei que você, justo você, entenderia porque um homem beija uma mulher.
-Ah! Sim Potter! Isso eu entendo, claro. – A morena estava vermelha, o sangue lhe subiu à cabeça. – O que eu não entendo, é porque você beijou, não com um beijo inocente, com estou acostumada, beijou à mim. O que você pensa que eu sou? Essas “Potterzetes” doidas pra abrirem as pernas pra você? Que com um olhar, ou com um simples sorriso seu se derramam de amor?
-Não Hermione, você não é uma “Potterzete”! – Disse se aproximando da amiga, precisava senti-la, mesmo que por pouco tempo. – E é por isso que eu te quero, que eu te desejo. – Harry percebeu a confusão no rosto da sábia Hermione Granger. – Você é totalmente diferente delas, ou melhor, elas nem podem ser comparadas a um fio de cabelo seu.
-Harry, seja, mais claro.
-Hermione Jane Granger, eu te amo. Até agora você não viu que eu me perco em seus olhos, que eu penso em você a cada minuto, e que é um martírio não poder te tocar, como homem? Não como amigo. – Harry olhava atentamente a expressão da amiga, à procura de qualquer mudança. – Você nunca percebeu meu olhar indiscreto em você e em como eu viajo em seu corpo?
-Harry... – è interrompida pelo homem.
-Hermione, você ainda não percebeu que você é a mulher dos meus sonhos? Ainda não percebeu como eu tenho que lutar contra meus impulsos e ainda mais com o meu corpo para que ele não me traia?
-Potter, mas, por que eu? É só o que eu tô tentando entender.
-Você não é uma “Potterzete”.
-Mas nós somos amigos, e isso não é...
-Certo? E que disse que o amor é certo? Nunca explicaram isso nos livros não? - Disse o moreno com seu sorriso mais atraente. – O segredo é sentir o momento.
Colando seu corpo mais no de Hermione, Harry morde seu lábio inferior instigando a mulher a querer mais, assim como ele. Logo Hermione mostrava seu desejo, ainda não mencionado, por ele através de seu beijo voraz. Percebendo que Harry entendera o que ela realmente quis demonstrar, ela pára subitamente.
-Potter, por que você nunca me disse isso antes?
-Porque não é simples assim.
-Não? Foi difícil dizer o que sente? – Disse a mulher com um sorriso sarcástico estampado no rosto. – Mesmo sabendo que eu sinto o mesmo por você? Eu sei que a Gina e o Rony te disseram isso.
-E por que você não me disse nada querida? – Era a vez de Harry ser irônico.
-Meu amor, não é mais fácil dizer a Harry Potter, “Eu amo você”.
-Olha só, Granger, também não foi fácil dizer a você.
-Então por que você não cala a boca? – Abriu um enorme sorriso. – E me beija logo.
Harry ficou feliz de atender uma ordem da, amiga.
Eles estavam no céu, nada poderia estragar esse momento. A noite se foi, Hermione adormecera no peito de Harry, que nunca pareceu tão acolhedor, já ele não pregara os olhos um instante, admirava a mulher como se nunca mais fosse vê-la.
Já era hora de acordar, eles se atrasariam se permanecessem assim, por mais que o homem quisesse manter aquele momento e mandar todo o resto do mundo se explodir, ele não podia.
-Mione, já tá na hora de acordar. – Disse dando beijos no pescoço da morena.
-Não, me fala que hoje é sábado.
-Hoje é terça, e vamos nos atrasar desse jeito.
-Nossa, quando você ficou tão chato com horário?
-Quando você resolveu ignorá-lo.
-Já estou levantando senhor Potter, vou me arrumas para não perder meu emprego.
-Farei o mesmo, senhorita Granger, mas você não vai sair sem isso. – Dando-lhe um beijo bem afetuoso.
Hermione segue para seu quarto, lançando um beijinho, já na porta, para Harry que finge pegar com a mão. Ele vai para o banheiro, não se sentia cansado, pelo contrário, estava muito bem disposto, mas devia estar horrível, nem se importava.
-*-
Gina entra no escritório de um Harry muito sorridente.
- Ham, oi, Harry, você pediu que eu viesse aqui? - Gina não sabia se tirava o amigo de seu “transe”.
Harry parecendo acordar se levanta em sinal de educação. – Nem tinha visto você entrar, senti-se. – Os dois se sentaram. – Eu realmente pedi pra vir aqui, como vai Gina?
-Eu estou bem, e você me parece ótimo.
-Não tenho do que reclamar. Bom, vou ser direto, Malfoy está em Londres, trabalhando em uma das empresas de seu pai, no Beco Diagonal.
-Oh! Merlin!
-O que foi? – Pergunta Harry preocupado.
-Ele está, aqui?
-Sim, fica mais fácil certo?
-Não!
-Não? Agora eu não tô entendendo mais nada mesmo.
-Uma carta seria mais fácil.
-Você diria à um homem que ele é pai por um papel? Gina, nem o Malfoy merece isso.
-Eu não ligo pro que ele mereça.
-Ele é o pai dos seus filhos, você querendo ou não.
A conversa partiu para um lado que Gina não queria chegar. – Harry, obrigada. – Se levantou, e o moreno num impulso se levantou também. – Até mais.
-Gina, o que vai fazer? – Ele estava preocupado, ninguém seguraria aquela ruiva, nem mesmo seu chefe. – Ginervra Weasley!
-Senhor Potter, pode ficar calmo, não vou machucar ninguém, se perguntaram por mim diga que, que tive uma missão na Conchichina e tive que partir imediatamente.
O moreno ficou ali, estático, fitando a porta recém batida pela ruiva furacão. Nem adiantaria contestar ou tentar detê-la.
PS: Gostaria de pedir desculpa por qualquer erro e pela demora, e deixem cometários dizendo o que estão achando.
beijos.
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