E o que vocês conversaram?
Gina olhava seus bebês, pareciam tão indefesos, tão pequenos, mas eram lindos, e seus. Ela estava exausta, o parto fora realmente difícil, se para um sair era complicado, imagina dois.
No momento Gina estava sozinha, todos deixaram-na descansar, por mais cansada que estivesse queria ficar só olhando seus filhos, adormeceu com as crianças.
-*-
-Gina, você precisa de ajuda pra tocar as crianças? – Diz Hermione chegando ao quarto de Guinnever. – Já estão todos esperando por vocês.
-Não, obrigada Mione, só falta terminar de calçar os sapatos na Guinne. – Disse a ruiva se ajoelhando com os sapatos na mão. - Essa menina gosta de se arrumar mais do que eu.
-Tia Mione, eu tô bunita? – Diz a pequena criança alegre, que não parava quieta na cama.
-Você tá lindo, parecendo uma princesa, mas por que não fica quieta na coma pra sua mãe terminar de te arrumar e você poder descer logo? Assim pode mostrar pra todo mundo o quanto tá linda. – Disse a Madrinha da menina, saindo e piscando para ela. – Espero vocês lá em baixo com todo mundo ok?
-Ok! Já vamos. – Disse Gina.
-Mamãe? Posso te fazer uma pergunta? – Disse Guinne séria.
-Hum... Claro meu amor. - Disse Gina confusa, ela nunca perguntava se podia perguntar uma coisa. Na verdade Guinnever era conhecida por suas perguntas indiscretas e inoportunas, nunca se cansava até obter a resposta desejada.
-Cadê o papai? Sabe, ontem eu e o Dev tavamos falando disso.
Gina levantou abruptamente. – O seu pai? Onde ele está? Hum... Vocês estavam falando disso? – Ao mesmo tempo em que parecia engraçado, duas crianças que estavam completando quatro anos, conversando sobre um assunto tão sério, mas ela ficara preocupada, não sabia como responder aquela pergunta. – E o que vocês conversaram? Posso saber?
A menina balançou a cabeça afirmando. – A gente disse que queria conhecer ele, que ele nas fotos parecia ser bem bunito, e que ele podia vir hoje. E o Dev disse que vocês podiam estar juntos.
-Bom, querida, vocês sabem que eu não tenho mais contato com o pai de vocês, nem sei bem onde ele está. Então não dá pra convidar ele pra festa de vocês hoje, mas eu prometo que vou procurá-lo o mais rápido possível, ele é legal mesmo, tenho certeza que vai ficar muito feliz em conhecer seus filhos, ainda mais sendo essa menina linda com esses cachinhos dourados. – Gina fazia cosquinha na barriga da filha, a fazendo rir.
-Gina, vocês vão demorar muito? – Pergunta Molly que chega a porta com uma cara brava e as mãos na cintura.
-Não vó, é que a gente tava conversando sobre o papai.
-Sobre o seu pai? Mas eu tenho certeza que vocês podem falar sobre isso depois não?
Gina olhava pra filha conversando com sua mãe, ela crescera tá rápido.
-Mas vovó é muito importante. – Quando viu a cara que a avó fez ela desistiu de debater. – Tá bom, a gente pode continuar essa conversa depois. – E a garotinha saiu do quarto batendo os pés.
-Guinnever Weasley Malfoy, o que eu te disse sobre sair batendo pés? – Disse Gina correndo ao encontro da filha e a fitando com severidade.
-Que é feio e que eu não devo fazer? – Disse Guinne com sua cara angelical.
-Exatamente, e isso vai se repetir?
-Não mamãe, me desculpe.
-Ok, agora desça pra festa e não corra. – Disse a mãe perdendo a filha de vista. – O que eu disse sobre correr? – As últimas palavras foram ditas inutilmente.
-*-
-Tio Rony, você viu o Lippe? - Pergunta Devon apressado.
- Não, por que? Ele se escondeu de você? – Pergunta o ruivo tentando ser prestativo ao sobrinho.
Dev o olha com cara de quem aprontou alguma. – Não, é que a gente tá brincando de pique-esconde e só falta achar ele.
-Seu safado! Então é melhor você ir procurar ele pra lá, porque ele não passou por aqui. – Disse Rony piscando para o garoto.
-Obrigado tio! – Devon já se encontrava longe.
-Sabe Harry, eu me lembro dos primeiros passos desse moleque. – Disse ele emotivo.
-Eu me lembro da primeira vez que ela fez hum... Suas necessidades no seu colo. – Disse Harry em tom debochado.
-Tá, isso eu também me lembro, como eu poderia esquecer? – Disse o ruivo com cara de nojo, relembrando a cena. - Eu não quero ter filhos tão cedo.
-Acho melhor você não deixar a Luna ouvir isso.
-Ela vai entender.
-As mulheres nunca entendem esse tipo de coisa. – Disse Harry achando graça da cara do amigo.
-E você e a Mione? Quando vão assumir que se amam? - Disse Rony olhando a reação do amigo.
-O que? Você só pode estar delirando. - Disse o moreno colocando pra fora o suco de abóbora que tinha na boa.
Rony dava gargalhadas. – Não, e não foi só eu que percebi, só um idiota pra não ver isso.
-Ou só um idiota pra perceber. – Diz o moreno tentando curtir com a cara do amigo.
-Então todos nós somos idiotas. – Diz Rony num tom sério ao amigo. – É melhor se apreçar e se declarar a ela, pode ter outro alguém de olho nela.
- O que você quer dizer? Sabe de alguém?
-É sempre bom ter cuidado, hoje em dia mulher como ela tá difícil de se arranjar. – Rony dizia tentando manter sua postura de sério.
-Você acha que ela percebeu? Você acha que ela me daria uma chance? – Diz Harry preocupado.
-Sabe o que é incrível? – Harry olhou para o ruivo de canto de olho indicando que o amigo continue. – Você derrota o bruxo mais temido de todo o mundo mágico, mas não consegue dizer a uma garota, mesmo está sendo sua amiga.
-Tá, mas, é realmente difícil esse tipo de coisa.
-Talvez pra você.
-Pra você trocar uma frauda de bebê é o maior problema.
-Mas as mulheres não são problema pra mim. – Disse Rony com cara de orgulhoso. – Olha lá! As três estão falando da gente.
-Você é noiado.
-Não, eu sei quando sou o foco da conversa, elas estão com um olhar diferente.
-Se você diz, o sabe tudo sobre mulheres, quem sou eu pra discordar?
-Olha lá, elas não param de olhar pra cá!
Gina, Luna e Hermione não se encontravam muito longe dali.
-O que? A Guinnever e o Devon? Conversando sobre o pai? – Disse Luna perplexa.
-Exatamente isso, queriam que ele viesse hoje.
-E o que você disse? – Perguntou Hermione.
-Disse que ia procurar ele, o mais rápido possível. – Disse Gina com cara de preocupada.
-E você quer encontrar ele? – Perguntou Luna.
-A questão não é eu querer, as crianças querem, é o pai delas a final.
-E como você vai fazer pra achar ele? Você não sabe onde ele está! Ou sabe? – Pergunta Hermione.
-Não, eu não sei, mas, uma vez o Harry me ofereceu ajuda pra procurá-lo, acho que a proposta ainda está de pé.
-Se a felicidades dos gêmeos está em jogo, eu tenho certeza. – Afirmou a morena.
-É, eu sei disso. – Gina tentava se convencer que não ouvira sua filha pedir pra encontrar seu pai, tentava esquecer que seus filhos tinham um pai e quem era esse pai. - Eu só não sei como dar essa maravilhosa notícia ao Malfoy.
-É só você dizer, “Draco, você tem dois lindos filhos, Guinnever e Devon, eles fizeram quatro anos recentemente”, depois que ele conhecer as crianças, você vai ver, tudo vai ser diferente. – Disse Luna em seu tom sonhador.
-Queria realmente que fosse fácil assim.Tenho que pensar em um jeito, afinal, já se passaram mais de quatro anos.
Gina estava determinada a pedir ajuda a Harry, ele não lhe negaria este favor, mas, estar determinada não quer dizer que gostava da idéia de procurar Malfoy depois de tanto tempo, depois de tudo.
-Harry, será que eu posso falar com você, a sós? – Disse Gina interferindo a conversa de Harry com Rony.
-Hum... Claro, já volto cara. – Disse ao amigo.
Longe da confusão e dos olhos curiosos Gina se abre com o amigo.
-Eu preciso de um favor seu.
-Pode falar. – Disse o moreno com seu sorriso gentil.
-Preciso que me ajude a encontrar o Malfoy.
-O QUÊ? Você quer que eu... Encontre o Malfoy pra você?
-Não, não eu, as crianças querem conhecer o pai, e eu não posso privar elas disso.
-Tem razão. – Disse Harry ponderando a situação. – Vou procurar saber com o pessoal do ministério, como quem não quer nada. – Disse com um sorriso largo.
-Ótimo, as crianças vão ficar felizes. – Gina não conseguia disfarças sua preocupação, como ele agiria, poderia não compreender e magoar seus bebês.
-Então, as crianças pediram pra conhecê-lo?
-É, a Guinne me pediu hoje, mas, não comenta com ninguém tá? Não quero ouvir o sermão de sempre.
-Ok, se quiser podemos fazer o voto perpétuo, pera aí, vou chamar o Rony pra ser o avalista.
-Seu bobo, acho que não precisamos ir tão longe.
-Tem certeza? Não sei se sou tão confiável, o “menino que sobreviveu”, não sei, ainda pode mudar de idéia.
-Hum... Acho que posso confiar no meu amigo Harry Potter.
-Se você diz.
-Olha, ainda me lembro deles no berço.
-É, digamos que eles cresceram rápido demais.
-Muito, pra mim parece que nasceram ontem.
-Olha, sua mãe tá chamando.
-Eu vou lá, tente providenciar o que pedi. Hum... E antes que eu me esqueça, quando vai deixar de ser idiota? – Disse a ruiva saindo e deixando o amigo perplexo.
Gina vai ao encontro de sua mãe.
-Querida, acho que está na hora de cantar parabéns, você não acha?
-Hum... Claro!
Todos se reuniram ao redor da mesa, parabéns cantado, abraços e beijos dados, e a festa correu perfeitamente.
Quando todos já haviam partido da toca Gina percebeu a bagunça que se encontrava a casa toda, ela teria muito que fazer, mas, realmente a mágica era surpreendente.
-Precisa de ajuda? – Perguntou Harry que ainda não havia partido.
-Acho que será bem vinda.
-O que você quis dizer com “deixar de ser idiota”? - Perguntou Harry lançando um feitiço Scourgify.
-Harry, você realmente não entendeu? Pensei que você fosse mais inteligente.
-Bom, acho que inteligente, mas, não consigo entender as coisas no ar. Vocês mulheres são realmente complicadas.
-E vocês homens são... Bom, não tenho palavra pra descrever vocês. – Disse Gina ponderando a questão.
-Vai me dizer ou não?
-Não, vamos ver se Harry James Potter entende por se só o enigma de Ginervra Weasley.
-Prefiro que Ginervra Weasley – Disse no mesmo tom que a garota – Traduza-o a Harry James Potter.
-Só porque estou de bom humor eu explicarei pra você, e talvez porque eu queira o melhor pra você, mas só talvez.
-Então?
-Olha pro jardim. – Disse a ruiva meio que sem paciência.
-Isso é que é deixar de ser idiota?
-Você olhou?
Harry resolveu fazer o que ela havia pedido com tanto jeito. – O que tem?
-Vê aquela morena? Chamada Hermione Granger? Nossa amiga.
-Sim, posso perfeitamente ver Hermione Granger, nossa amiga.
-Você sabe que pode mudar essa forma de tratamento se quiser não é?
-Como assim? Não consigo entender o que isso tem a ver com deixar de ser idiota. – Disse o homem coçando a cabeça.
“Será que ele realmente não está entendendo ou está se fazendo de bobo?” – Pensava a garota. – Você realmente é um idiota, vou ser mais direta e objetiva.
-Por favor!
-Que dia vai dizer a Hermione que gosta dela? Fui bem clara?
-Isso é um mal Weasley?
-O que? Perceber quando duas pessoas se gostam? Ou perceber quando duas pessoas estão perdendo tempo sendo idiotas?
-Se você entende assim.
-Digamos que ela só esteja esperando um sinal seu.
-E porque meu? Ela sabe que eu sou péssimo com essas coisas.
-Onde está seu cavalheirismo? Tá parecendo um garoto de doze anos, e não quem derrotou Voldemort.
-Acho que já terminamos aqui, tô cansado, vou chamar a Mione pra ir embora.
-Tá, faça como quiser, obrigada.
-Nem precisa agradecer, vou tentar conseguir a informação o mais rápido possível ok?
-Não que eu fique feliz com isso mas, de qualquer forma obrigada.
-Eu disse que não precisa agradecer. – Disse dando um sorriso a Gina.
-Tá bom! Vou com você lá pra fora.
Gina e Harry saíram do interior da casa e foram ao encontro dos demais, após alguns minutos Harry e Mione aparataram deixando apenas os Weasleys na Toca.
Ps: Eu realmente gostaria que vocês comentassem, se não for pedir muito.
Obrigada. ^^
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