Nova Informação
Nova Informação
Bichento adentrou a cozinha, silencioso mas veloz, trazendo na boca a rolha de uma garrafa de cerveja amanteigada. Pulou para o colo de Gina, que estava ajoelhada no chão, e ela o acariciou e tomou a rolha nas mãos.
— Vamos lá, outra vez! — disse a garota, atirando a rolha pela porta.
O gato deu meia-volta para sair a procurar a rolha novamente. Hermione observava, sorrindo, ainda sentada à mesa, os pratos de todos vazios e um clima de sonolência no ar. Ela sentia a barriga cheia da comida do jantar e da sobremesa, e uma preguiça enorme de levantar-se dali. Tonks deu um longo bocejo, e a sra. Weasley disse:
— Acho que já é hora de dormir.
— Ainda não, Molly — disse Sirius, e depois virou-se para Harry. — Estou surpreso com você. Pensei que a primeira coisa que ia fazer quando chegasse aqui seria perguntar sobre Voldemort.
O clima sonolento foi rapidamente substituído por uma pesada tensão. Harry retrucou:
— Mas eu perguntei! Perguntei a Mione e Rony mas eles não sabiam de nada pois não podiam entrar na Ordem e...
— E eles estão certos — se interpôs a sra. Weasley, muito tensa. — Vocês são muito jovens.
— Mas eles não precisam estar na Ordem para querer fazer perguntas — retrucou Sirius. — Harry esteve o mês todo trancado com os trouxas, tem o direito de saber o que está acontecendo.
— Ei, esperem aí! — disse Jorge.
— Por que Harry vai ter suas perguntas respondidas e nós não? — perguntou Fred, indignado. — Ele é mais novo do que nós!
— Foi decisão de seus pais que não soubessem de nada — disse Sirius, calmamente. — Mas quanto a Harry, eu...
— Não cabe a você decidir o que é melhor para ele! — disse a sra. Weasley. — Esqueceu o que Dumbledore disse?
— Ele é o único que viu Voldemort, tem mais direito a informações.
— Mas não é um membro da Ordem da Fênix! Tem apenas quinze anos!
— E já foi obrigado a enfrentar muito mais do que alguns membros.
— Não nego o que ele fez, mas ele é apenas....
— Ele não é uma criança!
— E nem um adulto! Ele não é seu amigo Tiago, Sirius!
Houve uma pausa. A discussão se tornara ferrenha; a sra. Weasley tinha os punhos fechados com força e o rosto vermelho e Sirius tinha uma expressão ameaçadora no rosto. Ambos tinham levantado a voz gradualmente conforme retrucavam um ao outro, mas Sirius abaixou a voz para dizer, com frieza?
— Sei quem ele é, Molly, muito obrigado.
— Não parece! Às vezes a maneira como você age faz parecer que acha que tem seu amigo de volta!
— E qual o problema? — meteu-se Harry. — Qual o problema de ele me tratar como amigo?
— O problema é que você não é o seu pai. — respondeu a sra. Weasley. —Você ainda está na escola, Harry, e adultos responsáveis não deveriam esquecer disso.
— Está dizendo que sou um padrinho irresponsável? — Sirius perguntou, com a voz mais alta ainda.
— Não, mas pode-se dizer que você sabe como agir irresponsavelmente! E é por isso que Dumbledore recomenda que continue trancado em casa!
— Vamos deixar as recomendações de Dumbledore a meu respeito fora disso, certo?
— Arthur, me ajude! — pediu a sra. Weasley, mas o marido não falou imediatamente.
— Dumbledore — disse o sr. Weasley, depois de limpar os óculos minuciosamente nas vestes — concorda que Harry deve ser informado até certo ponto agora que está hospedado aqui na sede.
— Mas isso não é o mesmo que convidá-lo a perguntar o que quiser!
— Acho melhor que ele saiba dos fatos, não de todos — disse Lupin, com calma. — E especialmente que saiba por nós.
A sra. Weasley olhou para todos antes de dizer:
— Reconheço que fui derrotada. Mas ainda acho que Dumbledore deve ter uma boa razão para não querer que ele saiba demais, e falo como alguém que só quer o melhor para o garoto.
— Ele não é seu filho — disse Sirius, com uma frieza que Hermione julgou desnecessária.
— Mas é como se fosse! Quem mais ele tem?
— Ele tem a mim!
— Sim, mas o fato é que foi bem difícil para você cuidar dele enquanto estava trancafiado em Azkaban, não é?
Agora tinha sido a vez da sra. Weasley de ir longe demais, Hermione pensou. Sirius começou a se levantar da cadeira, o rosto vermelho e os olhos semicerrados em fúria. Lupin interrompeu a tensão antes que tudo piorasse:
— Molly, você não é a única pessoa aqui que se importa com Harry. E você, Sirius, sente-se. Eu acho que Harry tem o direito de dar sua opinião sobre o assunto.
— Eu quero saber o que está acontecendo — Harry disse, apressadamente.
— Muito bem! — gritou a sra. Weasley. — Gina, Rony, Hermione, Fred e Jorge, quero vocês fora desta cozinha agora mesmo!
Hermione sentiu-se injustiçada. Se era uma questão de decisão de pais ou responsáveis, seus pais não estavam ali, mas ela tinha certeza de que eles a autorizariam a saber. Fred e Jorge reagiram imediatamente:
— Mas nós temos idade para ficar!
Rony também se indignou.
— Se Harry pode, por que eu não posso?
— Eu quero ouvir! — Gina choramingou.
— NÃO! — gritou a sra. Weasley, ameaçando ficar sem voz a qualquer momento. — Eu os proíbo...
— Molly, — interrompeu o sr. Weasley. — você não pode proibir Fred e Jorge, eles já são legalmente adultos agora, apesar de ainda estarem na escola.
— Então está bem — disse a sra. Weasley, ofegante. — Mas Rony...
— Harry vai contar tudo para mim e para Hermione depois! — disse Rony, exasperado, e virou-se para Harry. — Não vai?
— Claro que vou — disse Harry, fazendo Rony sorrir aliviado e Hermione também.
— Muito bem! — gritou a sra. Weasley. — Gina, PARA A CAMA!
Gina foi, mas fez questão de reclamar o caminho inteiro. Hermione contaria tudo a ela depois, quando a encontrasse no quarto, mas lamentou não poder dizer isso a ela agora, para acalmá-la. Ela gritou tanto que acordou os retratos, e Lupin teve que deixar a cozinha momentaneamente para acalmá-los. Quando ele voltou a sentar-se à mesa, Sirius disse:
— Certo, Harry. Pergunte.
Harry respirou fundo e perguntou:
— Onde está Voldemort? O que ele está fazendo? Estive procurando nos jornais e noticiários dos trouxas, mas não vi nenhuma notícia de morte esquisita ou algo assim.
— É que ainda não houve nenhuma morte esquisita — disse Sirius. — Pelo menos não até onde sabemos, e até que sabemos bastante.
— Pelo menos mais do que ele acha que sabemos — disse Lupin.
— Mas por que foi que ele parou de matar? — Harry perguntou.
— Porque não quer chamar a atenção. O retorno não foi exatamente como ele planejou, ele estragou tudo.
— Na verdade, você estragou, Harry. — acrescentou Lupin.
— Como?
— Sobrevivendo! — disse Sirius. — Nos planos dele, você morreria e somente os comensais da morte saberiam que ele tinha retornado. Mas você sobreviveu para testemunhar.
— A última pessoa que ele queria que soubesse de seu retorno foi uma das primeiras a quem você contou; — disse Lupin. — Dumbledore.
— Mas como isso ajudou?
— Está brincando? — disse Gui, encarando Harry com perplexidade. — Dumbledore é o único bruxo de quem ele tem medo!
— E graças ao seu testemunho — disse Sirius — Dumbledore pôde convocar a Ordem da Fênix imediatamente.
— E o que a Ordem está fazendo?
— Estamos fazendo o possível para impedir Voldemort de seguir com seus planos.
— E vocês sabem que planos são esses?
— Dumbledore faz uma idéia geral — disse Lupin.
— E o que Dumbledore acha?
— Que primeiramente ele quer reconstruir seu exército — respondeu Sirius. — Comensais da morte, gigantes... Está indo atrás de quem pode. Nosso trabalho é tentar impedir.
— E o que podemos fazer para impedir — disse Gui — é tentar convencer o maior número de pessoas possível de que ele realmente retornou. Mas tem sido difícil.
— Por causa do ministério. — disse Tonks. — Fudge se recusa a acreditar no que aconteceu, e tem medo que Dumbledore esteja tentando tomar o lugar dele.
Hermione escutava em silêncio, e Rony também. Não havia nada que ela pudesse dizer naquele momento, diante das informações e do medo que elas inspiravam. Sentia-se impotente. Harry continuava discutindo ativamente.
— Mas Dumbledore não está... — disse o garoto.
— Claro que não, — disse o sr. Weasley. — ele nunca quis trabalhar no ministério, nem mesmo quando todos queriam que ele se tornasse ministro. Contudo, Fudge acha que Dumbledore inventou a história do retorno de Você-Sabe-Quem para desestabilizá-lo. Mas também acredita nisso porque é mais cômodo do que aceitar que ele realmente voltou.
— E com o ministério insistindo que Voldemort não retornou, — disse Lupin — fica muito difícil fazer as pessoas acreditarem que é verdade. Ainda por cima, o ministério pressiona o Profeta Diário a não publicar nada sobre o que eles chamam de “rumores publicitários de Dumbledore”, então muita gente nem imagina o que está acontecendo, o que as torna alvo fácil para os comensais se estiverem usando a maldição Imperius.
— Mas vocês estão contando às pessoas que ele voltou, não estão? — Harry perguntou.
— Bem — disse Sirius, forçando um sorriso. — eu sou um criminoso procurado e há uma recompensa pela minha cabeça, portanto não sou a pessoa mais indicada para sair distribuindo panfletos.
— E as pessoas não costumam dar muita credibilidade a um lobisomem — disse Lupin. — Arthur e Tonks perderiam seus empregos no ministério se revelassem que estão do lado de Dumbledore.
— Mas Dumbledore está tentando — disse Sirius. — e é por isso que está se encrencando tanto. Foi afastado da Confederação Internacional dos Bruxos e da presidência da Suprema Corte dos Bruxos. Falam ainda em cassar a Ordem de Merlim.
— E o pior — disse o sr. Weasley — é que se ele continuar desafiando o ministério, pode acabar indo parar em Azkaban. E bem, se Dumbledore estiver trancado lá... Você-Sabe-Quem terá o caminho livre.
— Em todo o caso — disse Sirius — recrutar seguidores não é o único propósito de Voldemort.
— O que mais ele está planejando? — Harry perguntou imediatamente.
— Algo que ele só pode conseguir sendo discreto. Algo que não tinha antes, como uma arma.
— Algo pior que Avada Kedavra?
— Já chega! — exclamou a sra. Weasley. — Mais um pouco e terá de convencê-los a entrarem para a Ordem de uma vez.
— Qual o problema? — disse Harry. — Eu quero entrar para a Ordem! Quero lutar!
— Não — disse Lupin. — Os membros da Ordem são maiores de idade, e maiores de idade que já terminaram a escola. Há perigos envolvidos de que vocês não fazem a menor idéia. Acho que Molly está certa, Sirius, já contamos o suficiente.
— Andem, vamos logo — disse a sra. Weasley aos filhos e a Harry e Hermione.
Eles levantaram-se e a seguiram. Hermione sentia-se atordoada com as informações, e sentia o corpo trêmulo de medo. Chegando ao primeiro andar, Hermione se despediu dos outros e entrou no quarto que dividia com Gina. O silêncio lá dentro durou só até o momento em que ela fechou a porta, porque a amiga saltou imediatamente da cama para perguntar:
— O que disseram, Mione? Me conte tudo!
Aos sussurros, ela contou à amiga tudo o que tinha sido dito lá embaixo.
— Nada muito novo... — Gina comentou, por fim. — Nada muito diferente do que já sabíamos... Exceto... Que tipo de arma eles podem estar querendo?
— Não sei, Gina. Estranho que nunca tenhamos ouvido sobre isso com as orelhas extensíveis.
— Bem, não pudemos usá-las nos últimos dias... Talvez seja uma informação nova. Snape veio aqui esta noite, eu o vi enquanto você estava no quarto de Rony esperando Harry chegar. Ele participou da reunião, mas foi embora sem jantar.
— É, das outras vezes que ele tinha vindo não tinha ficado para comer também.
— Será que ele está na escola?
Hermione não respondeu. Ela, Harry e Rony pensavam que o professor de Poções continuava fazendo serviços de espionagem para Dumbledore, que entrava em contato com os comensais da morte. Harry e Rony, mais desconfiados do que ela, acreditavam que ele poderia estar fazendo o contrário; espionando Dumbledore para Voldemort.
No dia seguinte, a manhã foi ocupada com a limpeza da sala de estar, em que a sra. Weasley fez os filhos, Hermione e Harry trabalharem duro. Enfrentaram fadas mordentes, encontraram um ninho de pelúcios e havia algo dentro de um armário que parecia ser um bicho-papão. Monstro, o elfo doméstico, apareceu em um determinado momento, resmungando e querendo saber quem era o “novo garoto”.
— Este é Harry, Monstro — Hermione disse. — Harry Potter.
O elfo pareceu se assustar e passou a resmungar, mais irritado do que nunca:
— A sangue-ruim está falando com Monstro como se fosse amiga dele! Oh, se minha senhora me visse em tão má companhia...
— Não a chame de sangue-ruim! — gritaram Rony e Gina juntos e furiosos.
— Não tem importância, — disse Hermione — ele nem sabe o que está dizendo...
— Claro que sabe — disse Fred, olhando para o elfo com repugnância. — Ele sabe muito bem o que está dizendo.
Hermione suspirou. Por que Monstro não era capaz de perceber que ela só tinha a intenção de ajudá-lo? A cada vez que ele a ofendia, embora ela mesma não levasse o insulto a sério, o elfo ganhava mais antipatia ainda dos outros moradores da casa. Ela chegou a perguntar a Sirius se havia alguma possibilidade de ele libertá-lo, mas ele tirou-lhe as esperanças:
— Não poderíamos, pois ele sabe muito sobre a Ordem. Além do mais, ele não ia querer ir embora. Experimente pedir a ele que deixe a casa para ver sua reação.
Depois do episódio envolvendo Monstro, a sra. Weasley trouxe sanduíches como almoço. Hermione observou de longe enquanto Sirius mostrava a Harry o que parecia ser uma árvore genealógica da família Black, em uma tapeçaria pendurada à parede. Mesmo três dias de limpeza depois, eles não foram capazes de removê-la, parecia protegida por algum encantamento muito forte.
— Veja — Hermione mostrou a Rony no último dia de limpeza na sala de visitas. — Sirius tem um irmão... Régulo Black.
Rony se aproximou.
— Eles não deviam se dar bem, pois Sirius nunca o mencionou... Mas... Por que o nome de Sirius não está aí?
— Porque ele “traiu” os pais, não é? — disse ela, virando-se para ele. — Ele disse que foi embora de casa cedo por não concordar com as idéias deles. Devem ter apagado o nome dele.
Os dias passaram rapidamente. A limpeza continuava, uma tarefa árdua. Eram atacados por criaturas e armadilhas em cada canto, mas pelo menos os resultados eram visíveis; a casa já era outra se comparada à que Hermione conhecera no dia em que chegara ao largo Grimmauld.
Entrou agosto e logo chegou o dia da audiência de Harry. Quando Hermione acordou, o amigo já tinha saído com o sr. Weasley. Devido à tensão que se instaurara na casa, a sra. Weasley deu folga aos filhos e a Hermione das limpezas. A garota imaginou, no entanto, que o tempo teria passado mais rápido se tivesse ficado ocupada. A maior parte do tempo passou sentada com Rony, Gina, Fred e Jorge na sala de estar. Falavam pouco, estavam nervosos.
Rony estava sentado a seu lado, e além da preocupação que a atormentava ela ainda tinha de lutar contra impulsos quase irresistíveis de agarrar-se ao braço dele e apertá-lo. Pensando, agora, ela percebeu que Gina estava certa; durante o tempo que tinham passado na sede da Ordem da Fênix, ela garantira, mesmo que sem querer, que não ficassem muito perto um do outro. Talvez fosse uma tentativa de se defender de impulsos como os que sentia agora.
“Depois do que aconteceu no ano passado, não há dúvidas de que ele gosta de você”, dissera Gina. Por que tentava impedir que algo acontecesse, então? Todos os pensamentos foram varridos de sua cabeça quando sentiu seu braço ser sacudido pelo próprio Rony.
— Acorda! — exclamou ele. — Estava perguntando se você não queria jogar xadrez de bruxo, Fred e Jorge foram buscar o tabuleiro e as peças.
— Não, obrigada... Estou nervosa demais para jogar.
— Talvez esteja nervosa demais para perder — disse Rony sorrindo, numa óbvia tentativa de provocá-la.
Hermione percebeu que Gina também sumira da sala, e lembrou-se das palavras dela: “tente criar situações em que fiquem sozinhos, dê indiretas”. Numa súbita inspiração de coragem, disse:
— Sabe, Ronald, existem outros meios de se aproximar de uma garota além de implicar com ela.
Rony perdeu a fala e seu rosto tingiu-se do vermelho mais vivo que ela poderia ter imaginado o rosto de alguém ser capaz de ficar. Com um estalo alto, então, Fred e Jorge reapareceram com um tabuleiro e peças de xadrez de bruxo.
— Vamos jogar de uma vez — disse Rony, levantando-se e evitando o olhar de Hermione deliberadamente. Ele limpou a garganta repetidas vezes enquanto sentava no chão com os irmãos. — Onde está Gina? Ela também queria jogar, GINA!
— Calma, Rony — disse Jorge, entre risos. — Ela não vai morrer se não jogar a primeira partida.
Hermione recostou a cabeça, contemplando satisfeita o estrago que causara; Rony estava jogando pior do que ela.
Foi perto da hora do almoço que o sr. Weasley trouxe Harry de volta, e ele anunciou o resultado da audiência:
— Inocente! De todas as acusações!
A alegria foi geral durante o almoço, e depois dele Harry chamou Hermione e Rony para contar-lhes os detalhes.
— Fomos de trem, entramos lá por uma cabine telefônica... — narrou ele. — Ficamos um tempo no escritório do sr. Weasley, depois fomos para a audiência. Ele não pôde entrar comigo, não era permitido. Vocês não acreditariam naquele lugar; era o mesmo que eu tinha visto na penseira de Dumbledore, vocês se lembram?
Hermione lembrava; no ano anterior Harry tinha tido acesso a lembranças do diretor. O garoto prosseguiu. — Sentei naquela cadeira com correntes nos braços, mas elas não me prenderam. Havia umas cinqüenta pessoas lá assistindo. E bem... Percy estava lá, anotando tudo o que Fudge dizia. — Um brilho sombrio passou pelos olhos de Rony, mas ele não disse nada. Harry continuou. — Dumbledore chegou em seguida para me defender... A audiência foi muito rápida. Fudge tentou de todas as maneiras me condenar, mas a maioria dos bruxos concordou em retirar as acusações contra mim. E quando estávamos saindo, vimos o ministro conversando Lúcio Malfoy, como vocês já tinham ouvido o sr. Weasley contar a Sirius.
— Será que Malfoy não o está controlando com a maldição Imperius? — Hermione perguntou, subitamente aflita. — Afinal, ele é um comensal da morte.
— Perguntei isso ao sr. Weasley, e ele disse que Dumbledore pensou nisso, mas que acha que não, que Fudge está agindo por si mesmo.
Harry sorria. Hermione e Rony também sorriram, afinal, apesar de Lúcio Malfoy ter conversado com o ministro da magia e do plano de Voldemort de obter uma arma que eles desconheciam, seu amigo não tinha sido expulso de Hogwarts.
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