Um passo para frente e dois pa
Capítulo 9 – Um passo para frente e dois para trás
Draco acordou na manhã do dia seguinte com uma enxaqueca terrível e um número peculiar de memórias estranhas. Ainda tentava decidir qual era verdade e qual era fruto das garrafas vazias à sua volta. Lembrava bem de Weasley embaixo dele, prensada entre ele e o sofá. Agora se o que aconteceu entre eles durante a posição interessante realmente ocorreu...
Merlin, ele esperava que sim. No entanto, o que veio depois, preferiria que fosse a bebida falando.
Suspirou e foi até a cozinha beber uma poção contra a dor de cabeça. Incrível como uma situação ruim podia se tornar ainda pior com apenas o mero envolvimento do sexo oposto. Sim, perder Moira fora um golpe terrível o suficiente, não havia necessidade de jogar sal no ferimento com a rejeição de Weasley. Ou Gina... Deveria a chamar de Gina agora? Quem beija um homem acabado só para depois humilhá-lo mais ainda? Quem diria que Weasley (Ginerva? Virginia...?) pudesse ser tão cruel!
Estranho como isso apenas servia para interessá-lo mais ainda por ela. Ah inferno. Precisava se esquecer do assunto e se concentrar em conseguir Moira de volta. Mesmo fugindo dele como a praga, Weasley tinha a razão quando dissera que era preciso lutar. Desde quando Draco deixava alguém passar por cima dele? Pansy não tiraria Moira dele outra vez.
Suspeitou que não seria fácil, por anos Pansy reinou sem contestação e com certeza o poder tinha lhe subido à cabeça. Anos atrás Draco se afastara temendo escândalos e, principalmente, duvidando de suas capacidades como pai. O que ele sabia sobre cuidar de um bebê chorão e trocar fraldas? Mas agora era outra história. Moira era o legado Malfoy, era o seu orgulho e o pouco de motivação que ele tinha agora na vida fora graças a ela. Queria ver sua filha crescer ao seu lado. Era a vez de Pansy ficar de fora, mandando cartas e enviando presentes.
Apesar da animação inicial, Draco passou o dia enrolando e inventando razões para não ir até a casa de Pansy. Estava muito frio, estava muito quente, ele tinha que fazer compras, ia chover, não estava preparado e etc. Quando já era final de tarde, finalmente juntou coragem para ir. Era melhor resolver isso antes de Pansy viajar com Moira para a França, onde moraria dali em diante ao se casar. Suspeitou que seu ego não agüentasse uma viagem para o exterior. Nem sabia se ele agüentaria bater na porta de Pansy. O que acabou empurrando-o para fora da mansão no fim foi a noção de que seu ego sofreria muito mais se Pansy ganhasse Moira para sempre.
Muitas discussões internas depois, Draco estava esperando Pansy encontrá-lo na sala de estar da mansão Parkinston. Estava sentado num sofá com as pernas cruzadas e a mão batendo contra o encosto do móvel, oposto a ele estava sua ex-sogra tomando chá e o encarando com uma daquelas expressões de irritação que apenas sogras conseguem ter. Mas Draco não se intimidou, uma cara feia não bastava para desmotivá-lo.
Finalmente, após uma espera provavelmente proposital de uma hora, Pansy resolveu se juntar a eles, aparentemente saindo de um jogo de cricket, com seu noivo, os dois em condições porcas de suor, porém irritantemente animados. Quando Pansy notou sua presença, aparentou surpresa.
- Draco? O que você faz aqui? – ela riu como se fosse extremamente ilógico ele estar lá. – Moira esqueceu alguma coisa na sua casa?
A mãe de Pansy limpou a garganta, chamando a atenção da filha para a situação desagradável que se encontravam. O noivo francês, ignorante da tensão, pegou Pansy pela cintura e começou a beijar o pescoço dela. Draco, além de náusea, não ficou incomodado com o showzinho. Na verdade, só serviu para lembrar que eletinha se dado imensamente bem em divorciar-se de Pansy, porque enquanto ela tinha uma cópia francesa e medíocre dele, Draco tinha arranjado uma ruiva bemsuperior dela (e que beijava muito melhor). Claro, ele ainda estava no processo de arranjá-la, mas até isso era melhor, comparado ao noivo novo de Pansy.
“Mas não é o momento para ficar pensando em Weasley agora. Tenho um objetivo a cumprir aqui”, pensou, se levantando do sofá.
- Quero falar com você em particular, Pansy.
A ex-esposa levantou uma sobrancelha.
- Ah, é? Sobre o que?
- Moira.
A resposta não serviu para explicar muita coisa para Pansy, que pareceu mais confusa ainda e olhou para a mãe, em esperança de que a velha lhe explicasse algo.
- Ele quer a guarda de Moira – a mulher respondeu, tomando um gole de chá. – E eu tomaria muito cuidado com ele, filha. Perdeu todo o senso da realidade, achando que só porque cuidou da minha neta por algumas semanas pode tomá-la para si!
O último pedaço da explicação foi dito diretamente na direção de Draco, que encarou o desafio e não desviou o olhar. Quem era aquela velha para se meter em seus assuntos? O que ela tinha feito para tornar Moira uma moça exemplar, além de tratá-la como uma boneca fútil? Mas não valia a pena bater boca com uma sogra, pois mesmo sendo “ex”, as criaturas vis retinham seu poder de influência e terror. Não, ele estava atrás de Pansy.
- Pansy, eu não vou sair daqui até conversamos – foi o que apenas respondeu a acusação da mulher idosa.
Depois de alguns segundos de relutância, Pansy assentiu e indicou que ele a seguisse para uma sala ao lado, deixando para trás a mãe e o noivo dela. Tinha que dar crédito à ex-esposa, ao menos ela parecia assustada com a possibilidade de perder Moira, ou então, estava com medo que ele tivesse enlouquecido de vez.
- Então... É verdade o que minha mãe disse?
Draco assentiu, suas mãos no bolso. Pansy soltou uma risada mais para si mesma.
- Depois de 7 anos? O que mudou?
- Tudo.
- Ah sim, isso explica tudo – ironizou a mulher, sentando numa cadeira próxima, mas não pedindo que ele o fizesse também. – Moira é minha filha. Como se atreve?
- Ela é minha filha também.
Outra risada, agora curta e grossa.
- Ela não era sua filha há algumas semanas atrás! Por que isso mudaria agora? – a voz de Pansy tremia, mas ela estava mais séria do que nunca. – E antes que me responda: não mudou. Você não é nada para ela além de uma babá temporária. Duvido que ela se lembre de que você é o pai dela... Aliás, posso até chamá-la aqui e agora para provar isso para você!
Draco tinha que admitir, a possibilidade o assustava mais que qualquer coisa. Não negaria que sabia que era bem possível que Moira não se importava com ele. Mas isso não mudava nada.
- Ela sabendo ou não, eu souo pai dela.
Pansy riu, mas Draco sabia que a risada era apenas um modo de fugir do nervosismo. De repente, percebeu que Pansy estava tão assustada quanto ele. E que ela duvidava do amor de Moira tanto quanto ele.
- Pai? É só um titulo. Não significa nada, a não ser que você faça por merecer! Por acaso segurou a mãozinha dela quando ela ficou doente para primeira vez? Ajudou a subir em cima do primeiro pônei dela? Ou quem sabe fez a abraçou quando ela caiu no jardim e ralou o joelho? Sabe qual a cor favorita dela? Ou o que ela quer ganhar de aniversário mais do que qualquer coisa? Não, não sabe! Com que direito tem de falar que é pai dela?
Draco engoliu seco, já esperava por aquela reação e pelos insultos. Mas ele estava preparado para ela, aliás, tinha seus próprios argumentos para apresentar, ela querendo ou não.
- É engraçado você jogar tudo isso na minha cara, como se fosse a mãe mais perfeita do universo! Quem a deixou, segundo você mesmo disse, com praticamente um estranho por semanas, sem nem pestanejar quando se tornou um incomodo? Ela chegou à minha casa como uma menina mimada e perdida! Não sabia como mostrar nem esperava por afeto. E é tudo a sua culpa.
- Oh claro! Umavez que a deixei sozinha e sou a culpada de todos os problemas!
- Uma vez? E as inúmeras babás que você tentou contratar?
- Draco, não se humilhe meu bem! Por sete anos você nem ao menos mandou uma carta e agora acha que sabe o que aconteceu na minha casa? Se enxergue!
Ele respirou fundo, brigar com ela não resolveria seu problema.
- Você não me deixou vê-la e sabe disso. Levou Moira antes mesmo de eu ter uma chance. E eu deixei, então é minha culpa também. Mas ambos somos responsáveis. Agora eu quero corrigir meu erro.
- Tirando meu bebê de mim? Vá para o inferno, Draco.
- Você a tirou de mim primeiro! – urrou, perdendo o controle e batendo seu punho contra a parede.
Pansy arregalou os olhos, assustada com a violência dele. Ele tentou se acalmar, convencendo-se que se conseguisse se controlar, conseguiria convencer Pansy.
- Olhe, eu só quero passar tempo com ela. É justo, é o meu direito. Você vai para França e ai? Como fico? Se eu deixar, é provável que nunca mais veja Moira!
- Depois desse insulto definitivamente garantirei que isso aconteça.
Revirou olhos, irritado. Cruzou os braços, ainda pronto para insistir.
- Por que você está tão na defensiva, Pansy? Seja sincera. Por que te incomoda minha presença na vida da nossa filha? Eu não vou desaparecer com ela como você fez comigo.
- Eu não me importo, você não tem direito de chegar perto dela. Foi um erro deixá-la com você. Não vou cometer de novo!
Suspirou, não estava surpreso realmente, mas ainda assim decepcionado. Esperava que não precisasse chegar àquele ponto. Porque seria um ponto desagradável e um que ele evitou durante o divórcio tantos anos depois e, ironicamente, seria ele o responsável por repetir a situação.
- Se é assim que vai agir, sem nem menos ouvir minha proposta, então que seja. O Ministério da Magia vai decidir quem tem mais direito ou não.
Pansy reagiu com um misto de surpresa e zombaria.
- Você não faria um espetáculo público da nossa vida particular.
- Estou falando muito sério, Pansy.
E com isso saiu da sala e caminhou direto para a saída sem olhar para trás. Ah sim, ele estava com problemas agora! Meia hora depois, na segurança da sua mansão, as dúvidas começaram a surgir de novo, dessa vez bemmais intensamente. Afinal, qual júri ousaria dar a guarda de Moira para ele? As mães sempre vencem, é fato nesses casos, sem falar que os poucos casos que ocorreram foram transformados em espetáculos para a imprensa que se deliciava em um escândalo aqui e ali. A sociedade bruxa era, talvez por culpa de sua própria família e similares, muito conservadora. Se um divórcio já era motivo de comentários, uma luta para a guarda de um filho seria mais ainda.
Ele encararia a humilhação e a fofoca, claro. Já estava previsto isso em seu plano. O medo maior era, definitivamente, como convenceria doze bruxos velhos e antiquados que um pai ausente de 7 anos era mais apropriado para cuidar de uma menina pequena do que a mãe dedicada. Seria um longo e doloroso processo que custaria muitos galeões e vários advogados o ajudando, mas sabia que no fim iria valer à pena se significasse que tinha uma chance de ficar com Moira.
Estranhamente, gostaria que Weasley o ajudasse. De alguma forma ela lhe passava segurança, o encorajava a ser um bom pai. A presença dela era calmante quando se tratava de lidar com Moira (não, claro, quando ela o beijava em um sofá pequeno). Mas que desculpa tinha agora para ir atrás dela? Depois do fiasco no sofá (a última parte. Não a do beijo, claro. Ele beijava bem até bêbado) era ridículo ir atrás dela, iria parecer apenas uma desculpa para... Beijá-la de novo?
Infelizmente, teria que lidar com isso sozinho. Weasley era uma complicação que simplesmente não podia ocupar sua mente, não enquanto Moira estivesse em segurança em sua custódia. Suspirou, imaginando o que Weasley estaria fazendo naquele exato momento.
Um dia depois, partiu para o Beco Diagonal, com a intenção de procurar um bom advogado.
Tudo bem, então ela conseguira parar de pensar em certo momento de apenas alguns, mas intensos, minutos. Ok, estava tão distraída que James teve que chamar sua atenção usando uma explosão na cozinha. Que problema tinha?Às vezes pessoas ficam um pouco avoadas, especialmente depois de um beijo incrível com...
Merlin! Se concentre!
Concentrar? Ela não sabia mais o significado daquela palavra.
- Mãe, está derramando leite.
Piscou duas vezes, olhou para sua mão esquerda que segurava um copo vazio e depois para a direita que mirava um pacote de leite no meio da mesa, fazendo uma poça de leite bem longe do alvo inicial. Suspirou, tirando a varinha do bolso e limpando a sujeira. Às vezes era obrigada a notar que não estava tão diferente da garota que colocara o cotovelo na manteigueira, observando Harry Potter tomar seu café, tantos anos atrás.
- Está bem querida? – perguntou preocupada sua mãe.
- Cansada. Muitas crianças ontem.
A explicação colou, felizmente. Mordeu um pedaço de torrada e resolveu voltar para o quarto, onde causaria menos acidentes por descuido. O pobre James nem teve chance de chamar sua atenção para um novo projeto que tinha em mente, ou sua nova aventura nos jardins d’A Toca.
Sentou na cama, olhou pela janela, virou de lado, olhou para o chão, deitou de costas na cama, olhou para o teto. Levantou, deu a volta no quarto, parou na frente da janela olhando a paisagem. E nada, absolutamente, nada conseguiu a distrair.
Tudo porque além do beijo, Gina sonhara com a continuaçãodele. Continuações normalmente são consideradas mais fracas que suas antecessoras, mas Merlin, quando você dá poder à imaginação, continuações podem ser muitoboas.
Odiava, odiava ser tão egoísta. Deveria estar pensando em Moira, condenada a crescer na França, esnobe, com sua mãe fútil e marido estranho. Ou até mesmo no sofrimento de Draco ao perder mais uma vez a filha. Merlin, podia estar até pensando em James e como ele acabara de perder uma amiga!
Tudo, absolutamente tudo, menospensando... Em imagens censuráveis! E ainda assim, quando fechava os olhos, o beijo vinha à sua mente e logo depois era acompanhado pelo sonho que tivera na noite anterior.
As mãos dele foram direto para o casaco amarelo velho de Rony, e com um sorriso arrogante ele devagar, mas muito devagar, foi desabotoando cada botão com se tivesse todo o tempo do mundo. Quando para Gina, não havia tempo algum!
O primeiro se abriu. Draco sorriu. Gina levantou a perna um pouco mais.
O segundo foi aberto, a mão dele fazendo uma pequena pausa. Gina olhou para Draco, impaciente e foi respondida com o mesmo sorriso de antes.
O terceiro deixou-se cair, revelando o começo do pijama dela. Gina, de repente, se lembrou do que vestia e o quanto embaraçoso era. Primeiro porque tinha pequenas nuvens e pôneis, segundo porque passara metade da noite tentando fazer as crianças dos outros dormirem e uma delas sujara de pudim metade da roupa. Definitivamente não havia nadade sexy naquele pijama.
Draco não pareceu notar. Estava concentrado em beijar seu pescoço enquanto terminava o trabalho de abrir o casaco.
O quarto demorou uma eternidade antes de finalmente ceder. Gina soltou um leve protesto no ouvido de Draco quando ele simplesmente parou sua exploração do pescoço dela.
O quinto, o sexto e o sétimo ela certificou-se que fossem abertos com a rapidez necessária. Draco riu no ouvido dela, sentindo sua ansiedade.
- Calma ruiva. Eu já chego lá – sussurrou em seus ouvidos, lábios tocando de leve sua pele.
Sentiu arrepios e fechou os olhos, querendo sentir o máximo daquele momento.
Gina abriu os olhos, respirando bem rápido. Ah Merlin, Ah Merlin, ela estava ficando louca. Tinha feito a coisa certa ao sair daquele lugar o mais rápido possível antes que o seu sonho (pesadelo embaraçoso!) se tornasse realidade. Era uma mãe, Céus! Não só uma mãe, mas também uma viúva. Não havia justificativa para aquelecomportamentode adolescente!
Exceto, claro, o fato que bem... Ela nãoera uma adolescente e Harry tinha sido sua primeira e... Quaseúnica experiência.
Estava ficando louca! Era a única explicação.
Ouviu alguém bater na porta, quase ignorou, porém era sua mãe e sabia que ela não desistiria até ter uma resposta.
- Gina, pode fazer um favor para mim? Tenho uma encomenda para pegar na Madame Touffits no Beco Diagonal, mas os Delacour vão nos visitar hoje...
- Claro, mãe. Vou levar James também.
Sua mãe parecia aliviada. James era uma doçura de criança, mas podia ser muito curioso e questionar demais os convidados. E, além do mais, fazia um bom tempo que não saíam, a última vez fora para o aquário. Seria como nos velhos tempos, apenas ela e o filho.
Quase uma hora depois andavam pelo Beco Diagonal, James ia ao seu lado segurando a mão dela e sem intenção alguma de sair correndo para mais uma aventura imaginária, na verdade, parecia mais preocupado em procurar por algo, ou alguém.
- Não acho que Moira está por aqui, James. Desculpe.
- Por que não? Foi onde ela apareceu primeiro.
Gina sorriu, mas resolveu não insistir. Pelo menos a busca o distraía. E, por conseqüência, a distraia também de pensar em Malfoy. Continuaram as compras pela rua em silêncio, ambos pensando na mesma coisa, mas por diferentes motivos. Gina se perguntou o que faria se encontrasse novamente Mafoy em sua frente tão rápido depois do incidente. Infelizmente, pouco depois teve sua resposta.
Entrava na loja de roupas Toutiffs quando James a puxou com força para outra direção, animado. Confusa olhou para ele.
- James... James a loja da encomenda é essa...
- Mãe! Mãe! Olha lá! – ele apontou freneticamente para o final da rua. – É o pai da Moira, vamos até lá! Vamos!
Gelou por completo, fincando os pés no chão como uma raiz de árvore, ignorando os puxões animados de James. Só conseguia olhar fixamente para Draco, andando determinado pela rua, e para o seu horrorna direção deles. Ele os veria a qualquer momento e Gina não tinha a menor idéia do que fazer. O que falaria? Pediria desculpas? O elogiaria pelo beijo perfeito? Soltou uma risada nervosa e sentiu o coração acelerar cada passo que Draco dava.
James estava claramente confuso, mas ainda assim determinado em levá-la até o pai de Moira. Porém, quando Gina viu que o inevitável estava prestes a acontecer, pegou James no colo rapidamente e correu para dentro da loja, fechando a porta atrás de si e se escondendo atrás dela.
Depois de alguns segundos respirando rápido e ignorando os olhares assustados dos fregueses da loja, Gina se atreveu a olhar para a rua pela vitrine. Lá estava ele, olhando na direção oposta e passando a mão no cabelo loiro.
- Mãe... Por que você está se escondendo? – James levantou uma sobrancelha.
“É, Gina, por que está se escondendo?”.
Uma boa pergunta, que não tinha resposta simples.
Draco encarou a vitrine da loja de artigos de Quadribol considerando se ainda era apropriado comprar uma vassoura de presente para James. Certo, beijar a mãe do menino o promovia para o título de “tio” ou... Algo assim. Talvez uma vassoura e luvas compensassem?
Estava concentrado em decidir a compra, mas não o bastante para não ver o reflexo de Weasley na vitrine, com uma expressão nervosa no rosto sardento. Confuso, virou para a rua, mas não a encontrou. Ao invés, viu na vitrine da loja oposta a cabeça da ruiva se esconder rapidamente.
Escondendo?
Ótimo, perfeito. Weasley o evitava como a praga agora! Nem sequer educada o bastante para cumprimentá-lo.
Decepcionado, Draco foi embora e esqueceu completamente da vassoura para James.
NA: Nem tem como eu me desculpar pela demora não? Estava com bloqueio... Yay... Mas aqui está. Sorry se é curto Quem quiser no meu profile tem 2 novas fanarts da fic. Valeu Lucy por betar :D
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