Na Sala Comunal



Capitulo 47 – Na sala Comunal

–O que diabos você pensa que está fazendo, Minerva?! –começou a esbravejar Rudigier, assim que reapareceram na sala comunal da Grifinória.
Minerva apenas observou a sala comunal bagunçada, havia muitos alunos espalhadas pelas poltronas. Todos deixaram escapar exclamações de raiva, assim que viram a diretora, os aurores, professores e alunos surgirem com um estalo ali. Ela caminhou ate a lareira mais próxima e enfiou a mão num bolso de sua capa púrpura.
–Sala comunal da Lufa-Lufa. –disse ela, calmamente.
Ela jogou o que pegou no bolso nas chamas da lareira e elas se tornaram verdes esmeralda..Pó de flú, pensou uma das garotas que estavam na sala. Nas chamas surgiu uma sala quadrada, ampla, tão grande quanto a sala comunal da Grifinória, adornada com entalhes dourados e desenhos de texugos em tapeçarias e nas poltronas de encosto alto. De repente surgiu em frente as chamas uma garota baixinha, de rosto largo e cabelos desgrenhados. Tinha no peito um distintivo dourado de monitora-chefe assistente. Ela curvou a cabeça quando viu a diretora.
–Professora Minerva. –disse ela, com um tom de voz sereno. –Aconteceu algo?
Sua voz parecia preocupada, era possível notar em sua testa algumas gotas de suor e, logo abaixo de seus olhos, profundas olheiras.
–Srta. Prince, creio que lhe mandei de volta à sala comunal para descansasse. –ralhou a diretora.
–Desculpe, professora, –disse a garota, sua voz parecia muito cansada. –mas não creio que seja possível descansar nestas circunstancias.
–Muito imprudente, menina. –ralhou também o professor Dumbleodore.
A garota lhe lançou um olhar desolado, depois voltou sua atenção para a diretora.
–Professora, aconteceu alguma coisa lá fora? –perguntou a garota, olhando de soslaio para a pequena multidão atrás da diretora.
–Para falar a verdade aconteceu sim, Prince. –confessou a professora Minerva. –informou a professora, com a voz pesarosa.
–E… Eu poderia saber o que, professora? –perguntou a garota, deixando-se mostrar sua ansiedade.
–Claro, Prince. –concordou a professora. –Todos ficarão a par de tudo o que está acontecendo, mas depois.
O choque ficou claro no rosto da garota. Ela não parecia estar muito afim de esperar nem mais um segundo para obter informações. E isto estava claro nas olheiras em sua face.
–Professora… –começou a garota.
–Eu sei de sua preocupação, Prince, mas acredito que essa informação deve ser passada para todo o castelo ao mesmo tempo.
A garota não contestou, mas a contração involuntária de seus lábios pareceu extremamente ofensiva.
–Sim senhora. –disse a garota, baixando o rosto.
–Então me faça um favor, Prince, chame Pankinson e Clarkinson. –pediu a diretora.
–Posso perguntar para quê, professora?! –perguntou a garota.
–Quando elas chegarem, junto com a senhorita, eu explicarei tudo, tudo bem?
A garota concordou com a cabeça e desapareceu entre as chamas. A sala comunal da Grifinória continuou em silencio, esperando por qualquer reação vinda dos “visitantes inesperados”. A primeira pessoa a falar foi Tonks, que parecia extremamente aturdida.
–Minerva… –começou ela, com a voz tremula. –Eu… Bem… Acho que não fui a única aqui que não tentou aparatar… Mas… Mesmo assim estamos aqui…
–Psicotransporte, Ninfadora. –disse a diretora, voltando-se para os demais e lançando um olhar demorado para Rudigier.
–Ta. –ela parecia convencida, mas não o bastante. –Mas eu não sei fazer psicotransporte.
–E como você passou no teste para auriz? –perguntou Rudigier, ríspido, interrompendo a conversa.
–Eu compensei a nota em disfarces. –devolveu Tonks, que parecia não gostar nada de seu superior. –Mas, Minerva…
–Potter fez isso por nós. –disse a diretora, com calma.
Tonks parecia ter acabado de engolir a sola de seu sapato, seu roso ficou roxo e sua boca abriu sozinha, deixando-a com uma expressão extremamente embasbacada.
–Harry… –murmurou ela. –Impossível… Ele não deveria ser capaz nem ao menos de SE psicotransportar, quanto mais de carregar mais de cinqüenta pessoas!
–Esse não é o momento, Tonks. –disse Lupin, colocando a mão em seu ombro. –Mais tarde tentamos entender o que aconteceu com Harry, agora, –ele voltou-se para a diretora. –Minerva, gostaríamos de saber o que vai nos acontecer.
De inicio a diretora não disse nada, apenas caminhou ate a janela mais próxima, onde se escorou, com um esboço de sorriso. Realmente, você é muito esperto, Harry.
–Não posso responder, Remo, ainda não. –disse a diretora, voltando-se para todos. –Talvez em quinze minutos.
A expressão no rosto de Lupin mudou completamente, ele parecia aliviado e aflito ao mesmo tempo. Mas somente ele parecia ter percebido quais eram as intenções da diretora. Rudigier pigarreou alto, exigindo explicações mais plausíveis, ou algo que ele fosse capaz de entender. Minerva se questionou por dentro como aquele garoto se tornara Engenheiro de Guerra Sênior do Ministério da Magia, sem ser capaz de usar o cérebro quando era necessário. Talvez ele haja melhor sob pressão.
–Você vai… –começou Lupin.
–Eu não quero que ninguém deixe essa sala ate que eu venha e diga que isso já é permitido. –disse ela, observando cada um com os olhos. –Todos os outros alunos e professores também estarão seguros em suas respectivas salas comunais.
“A partir de agora eu, como membro mais importante do conselho de segurança da Grã-Bretanha decreto situação de emergência a nível de Morgana.”
Ela fez uma pausa e estalou os dedos, deixando as chamas da lareira mais próxima mais uma vez verdes.
“Esta mensagem está sendo difundida por toda a rede de flú através de conexão sonora e é previamente avisado que a partir de agora nenhuma família está permitida à deixar sua casa e todos aqueles que estiverem em horário de serviço devem deixar seus locais de trabalho imediatamente, independentemente da importância dos serviços prestados.”
Houve um longo silencio em que todos observavam a diretora e as chamas da lareira, que voltavam a cor normal. Minerva McGonagall soltou seu cabelo grisalhos, que lhe caíram ate o meio das pernas, conferindo-lhe uma aparência quase quarenta anos mais nova.
Não era só aparência, ela estava mais nova realmente.
Lupin se ajoelhou perante ela, logo Tonks fez o mesmo, e assim foram seguidos pelo prof º Dumbleodore, prof º Strathmore e todos os alunos. Estes não entendiam nada do que estava acontecendo. O único a permanecer de pé foi Rudigier.
–Sr. Binns. –chamou Tonks. –Abaixe-se, por favor.
Mas Rudigier continuou de pe, observando a professora Minerva com alguma apreensão. Alguma coisa não estava encaixada no lugar onde deveria estar.
Naquele momento a diretora tirou seus óculos, deixando à mostra seus olhos cinzentos e frios. Uma rajada de vento rugiu pela sala, bagunçando ainda mais os cabelos de Rudigier, que mostrou que ficou ainda mais confuso com aquilo.
–Minerva… Que tá acontecendo aqui? –perguntou Rudigier, absolutamente perplexo.
Com um olhar severo a diretora encarou Rudigier, que encolheu.
–Devido à sua ignorância perdoarei sua imprudência, Rudigier Ambevster Binns. –disse ela.
Imediatamente, Rudigier, que acabara de perceber que só ele continuava de pe ajoelhou-se, mesmo contrariado e sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo. Viu Tonks lhe lançar um olhar repreensivo, mas ignorou, afinal, quem ela pensa que é para me dar uma bronca?!?!?! Eu sou o chefe dela!
–Lupin. –chamou Minerva McGonagall.
Lupin ergueu os olhos ate estes encontrarem os da diretora. Ficou claramente arrepiado ao ver que aquela que um dia lhe ensinara transfiguração agora parecia anos mais jovem do que ele.
–Sim senhora. –respondeu ele.
–Quando Parkinson e Clarkinson chegarem ate aqui, passe-lhes toda a situação. –pediu a diretora. –E mande-lhes passar corujas a suas mães explicando tudo. Tudo.
Lupin concordou com a cabeça, no exato instante momento em que, com um movimento da mão, a professora Minerva fez abrir uma janela. Novamente o vento rugiu dentro da sala comunal, mas não vinha do lado de fora, como deveria ser, mas ia de dentro para fora, levando consigo pergaminhos, penas e ate mesmo uma mochila vazia, que estava largada pelo local. A jovem diretora respirou fundo e começou a levitar dentro da sala, era possível sentir a pressão do vento que a circulava. Com um zunido agudo ela sumiu pela janela.
Um silencio modorrento recaiu sobre a sala comunal da Grifinória no momento em que, com um pulo, Dino Thomas avançou sobre a janela para fechá-la. Todos os olhos se encaravam e todas as indagações caiam sobre Lupin, que parecia ser o único na sala que entendia a situação por completo, ou pelo o suficiente para não ficar confuso.
–Remo, você poderia, por favor… –começou Tonks, mas parou ao ver que Lupin sorria.
–Há anos eu esperava por uma chance de dizer: há esperança. –disse o ex-lobisomem, se jogando na poltrona mais próxima. –Finalmente nós podemos dizer que isso vai acabar.
Mas Rudigier não parecia contente com a espontânea felicidade de Lupin, num pulo parou defronte para Lupin e puxou-o pelo colarinho, uma expressão furiosa.
–Droga, Remo, do que você tá falando!? –exclamou Rudigier, cuspindo enquanto falava. –Não a motivos para ter esperança!!!! Tudo o que temos são três garotos enfrentando uma horda de comensais da morte, além do próprio Voldemort…
–Não se esqueça de quem são os jovens, Rudigier. –comentou Lupin, serenamente.
–Claro que não vou me esquecer, Remo! –prosseguiu Rudigier. –Harry Potter e seus amigos encrenqueiros... Só tem um probleminha: agora o perigo é real!! Eles não estão apenas escapando à noite para passear pelo castelo!
Lupin respirou fundo e sacou sua varinha. Rudigier recuou rapidamente, enfiando a mão nas vestes para buscar a sua também, mas, com um movimento de sua mão fez com que o outro se calasse.
–Só um segundo Rudigier. –pediu Lupin, esfregando os olhos. –Só quero te mostrar uma coisa.
O clima ficou tão tensão na sala comunal da Grifinória que era possível cortá-lo com uma faca. Notava-se facilmente uma ruga de pânico no canto do olho direito de Rudigier. Lupin aponto a varinha para um canto vazio da sala.
Expectrum Patronum! –ele exclamou.
Da ponta da varinha dele surgiu um grande fio prateado que flutuou inerte, exatamente no local para onde estava apontada a sua varinha.
–Esse é o melhor que posso fazer no quesito patrono. –disse Lupin, parecendo sinceramente decepcionado consigo mesmo. –E, de acordo com o que sei, posso ser considerado uma autoridade em DCAT.
Ninguém falou nada, apenas encaravam Lupin. Tonks sorriu amigavelmente, como que querendo encorajá-lo, ela já entendera aonde ele queria chegar.
–Muitos bruxos são capazes de invocar patronos corpóreos, mas não o são capazes de mantê-los por mais de quinze minutos, eu posso manter meu patrono assim por quinze dias. –então ele olhou para Rudigier. –Eu consigo espantar dez dementadores com esse patrono. Mas, Rudigier, o que você consegue fazer com seu patrono?
Rudigier engasgou. Seu rosto ficou ligeiramente rosa.
–Três dementadores, no máximo. –murmurou o rapaz, envergonhado.
–Isso como engenheiro de guerra sênior. –zombou Lupin. –Mas isso não vem ao caso… Você já viu uma horda de dementadores correndo como se fossem criancinhas assustadas, Rudigier?
O rapaz negou com a cabeça, enquanto um murmurinho de espanto percorria a sala comunal da Grifinória.
–Harry Potter já.
Com isso Lupin ficou em silencio e se dirigiu ate a janela por onde a professora Minerva acabara de sair. Voando. Um leve sorriso se instalou em seus lábios. Ele ouviu Tonks espantar os alunos direto para os dormitórios, mesmo os que não eram da Grifinória. Fitou o céu. O ar se libertou, que fim levarão a terra, a água e o fogo? Ou talvez… O caos…
–Remo?! –ele ouviu a voz jovem de Tonks as suas costas. –Mas que porcaria foi essa?!?! Por que você envergonhou Binns na frente de todos esses alunos?!
Lupin olhou pela sala e viu Rudigier sentado a uma poltrona, uma expressão confusa e desolada no rosto.
–Não era a minha intenção envergonhá-lo, só deixá-lo um pouco mais… Menos barulhento. –comentou Rudigier.
–Mas não foi isso o que aconteceu… E, aliás, por que diabos a Minerva ficou nova e saiu voando?!!?
Lupin riu, ele adorava quando era o único que compreendia a situação, lhe fazia lembrar dos bons tempos em que ainda era aluno de Hogwarts e ainda tinha seus velhos amigos. Rabicho, Almofadinhas e Pontas.
–Você já ouviu falar de Elementais, Tonks?
Nesse momento irromperam pela porta Pansy Parkinson e Ellen Clarkinson, ambas com profundas olheiras e expressões preocupadas.
–Professor, devo dizer que já estamos a par da situação e que nossas mães… São falecidas. –informou Ellen Clarkinson, sua voz tremia.




Menos de cinco minutos depois de Harry psicotransportar todos dali Rony sentiu seu corpo todo queimar, como se estivesse pegando fogo. Ele lhe avisara sobre isso. Era o chamado. Ele poderia usar aquilo que lhe foi concedido após sua morte. Olhou para Mione, receando nunca mais voltar.
–Mione, Gina. –chamou o rapaz, sem conseguir conter um leve sorriso nos lábios.
Ambas as garotas se voltaram para ele, que passou a foice que segurava para Mione.
–Cuidem-se, ta bom? –pediu ele.
–Como é que é, Ronald? –perguntou Mione, confusa.
–Do que você tá falando, Rony? –questionou Gina.
–E cuidem do Harry pra mim, tá?
Com isso o garro se ergueu e vergou o pescoço para alongá-lo, respirou bem fundo e passou a mão pelos cabelos. Sorriu mais uma vez para a irmã caçula e para a namorada, as pessoas que mais amava no mundo e se conformou com seu destino. O Harry está dando a vida dele por isso, eu também posso dar a minha…
–Fogo! –exclamou o garoto.



Capitulo curto pro longo tempo que eu fikei ausente, neah!?!?!? E tbm meio confuso… mas tah valenu... dah pra matar as saudades, naum da naum!?!?!?



Deus Salve A América.... Terra de Amores



XD

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