O que aconteceu?



Capitulo 42 – O que aconteceu?

–Acorde, Harry… vamos, acorde…
A voz era feminina, suave e lhe parecia muito familiar, ele sentiu uma crescente sensação de conforto, como se, depois de uma longa jornada, ele finalmente pudesse chegar em casa. Ele rolou, onde quer que estivesse deitado, não queria se levantar, poderia acabar com aquela sensação.
–Vamos, Harry, acho que precisamos conversar. –chamou uma segunda voz.
Esta voz era masculina, mas lhe passava a mesma sensação aconchegante que a outra, apesar de ele nunca tê-la ouvido também. Sentiu uma mão em seu ombro, que o chacoalhava levemente, tentando fazê-lo acordar, mas tudo o que ele fez foi deixar escapar um leve murmúrio.
–Harry, não é hora de ficar ai deitado.
A terceira voz era grave, imponente, e completamente conhecida. Ele sentiu seu coração perder um compasso no momento em que ela soou, automaticamente seus olhos se abriram e ele pode ver em que lugar estava. Era uma sala quadrada, mais ou menos do tamanho de uma sala de aula, as paredes eram brancas e pareciam emanar um estranho brilho, no centro estava uma cama, na qual estava deitado, não havia porta ou janela, nenhuma saída visível. Que lugar é esse?
–Então você resolveu abrir os olhos? –zombou o homem cuja voz o fez despertar.
Ele se levantou e olhou a volta. Percebeu rapidamente que não estava usando seus óculos e que não precisava disso. Alem disso havia aquela sensação de aconchego, como se estivesse completamente mergulhado em uma piscina de plumas.
A sua frente estavam três pessoas: uma mulher, alta e esguia, os olhos verdes muito vivos o encaravam com ligeira apreensão, seu rosto branco e fino era delineado elos cabelos cor de fogo, que lhe escorriam ate a cintura. Um homem, ainda mais alto que a mulher, forte, imponente, de olhos de um castanho muito profundo, quase negros, mas muito brilhantes, os cabelos muitíssimo bagunçados, negros. O terceiro homem tinha os olhos de um azul hipnotizante, os cabelos longos e prateados se misturavam a barba, ainda mais longa e tão prateada quanto, era magro e alto. Todos os três usavam vestes num estranho tom de cinza e um leve sorriso enfeitava-lhes os lábios.
–Desejaríamos um bom dia, Harry, se soubéssemos se é realmente dia. –cumprimentou-lhe Dumbleodore.
Num lampejo Harry se lembrou de que, na ultima vez em que esteve consciente, era tarde da noite.
–Há quanto tempo estou aqui? –perguntou Harry, em tom confuso.
–Bom, minha noção de tempo não é tão boa quanto já foi, mas creio que te encontramos há cerca de seis horas. –comentou Dumbleodore, ligeiramente contrariado.
Harry apertou os olhos com a ponta dos dedos, numa clara apresentação de cansaço. Se eu estava dormindo, por que diabos eu ainda estou cansado?
–Então creio que seja bom dia. –disse Harry, erguendo o rosto com um meio sorriso.
Harry olhou para as duas pessoas que estavam com Dumbleodore, ele sabia exatamente quem eram: Lilian e Tiago Potter. Seus pais. Se perguntou o por que deles ainda não terem se aproximado dele, por que ainda não o abraçaram.
–Oi mãe, oi pai.
Ele ergueu a mão e acenou para eles. Era exatamente o que faltava, eles pareciam ter medo de que ele não os tivesse reconhecido.
–Harry… Você cresceu tanto… –murmurou sua mãe, antes de correr para lhe abraçar.
–Nem tanto… –disse o garoto com sua voz abafada pelas vestes da mãe.
–Ah… Sim, cresceu um bocado. –disse seu pai, se aproximando e pondo a mão no ombro do garoto. –Da ultima vez em que lhe vimos eu podia lhe carregar no colo… Não consigo me imaginar tentando isso agora.
Harry não pôde conter um sorriso. Assim como fez sua mãe seu pai lhe abraçou, só que não havia comparação entre a força dos dois.
Harry sentiu um leve aperto em seu coração, durante longos dezessete anos tudo o que ele desejou era poder, uma única vez, sentir seus pais lhe abraçando, saber que tinha uma família. Mas você sempre teve uma família.
–Ahn? –perguntou Harry, abrindo seus olhos cheios de lagrimas. –Vocês disseram alguma coisa?
Seus pais olharam para ele de uma maneira ligeiramente assustada, ele os encarou, depois olhou para Dumbleodore, que se mantinha alheio a tudo aquilo; o diretor tinha um ligeiro sorriso nos lábios. Harry não pôde deixar de pensar que o ex-diretor parecia saber de algo que ninguém mais ali parecia saber.
De repente, como se uma enorme sombra tivesse passado pelo lugar, Harry sentiu que um pouco da luz que emanava das paredes foi ofuscada. A expressão no rosto de seus pais mudou completamente, a felicidade de antes fora substituída por um estranho pesar.
–Que foi? –perguntou o garoto, no momento em que sua mãe se ajoelhou aos seus pés.
–Nada, querido só que… –começou sua mãe, mas sua voz morreu.
–Não esperávamos vê-lo aqui tão cedo. –completou seu pai, a voz grave.
Harry olhou de um para outro, sem entender muita coisa. A expressão de Dumbleodore continuava a mesma, o que lhe causou um ligeiro desconforto, raiva, talvez.
–Não… Não estou entendendo. –confessou Harry, com expressão de perplexidade.
Seus pais olharam para Dumbleodore, tão confusos quanto ele. O ex-diretor os observou, apreensivo, mas depois voltou a sorrir.
–O que aconteceu, Harry?



–Mais um pouco de essência de amônia, Jorge?! –perguntou Fred, analisando a cor da poção ate o momento e fazendo anotações.
–Só mais treze miligramas. –confirmou Jorge, pesando um pouco de pó de mandrágora.
–Doze. –corrigiu Fred. –Já tem vinte e um, com mais treze vai virar um veneno para o coração fraco dele.
–Ahn… –murmurou Jorge, observando as suas próprias anotações. –É… Certo, desculpe…
–Nada… Vamos ver agora…
Fred derramou mais um pouco do pó de essência de amônia na poção, que começou a ferver imediatamente, mudando de cor, atingindo um tom estranho de marrom. Os dois a analisaram com um sorriso maldoso em seus lábios.
–Se ele beber isso… –começou Fred.
–E conseguir sobreviver à doença… –continuou Jorge.
–Então teremos criado um monstro! –gritaram os dois, em uníssono, com suas vozes extasiadas.
Nesse momento Gina entrou pela porta da masmorra, ajudando Dino a carregar um enorme caldeirão comum conteúdo muito denso e fedorento. Os gêmeos franziram seus narizes, fazendo careta e correram para ver o conteúdo do caldeirão.
–Isso parece com a Vomitilla, quando ainda estava em faze experimental. –comentou Jorge, com uma expressão intrigante.
–Por que? –perguntou Gina, curiosa.
–Por causa do cheiro. –explicou Fred. –Com esse cheiro qualquer um vomita…
Gina tentou sorrir, mas tudo o que surgiu em seu rosto foi um esboço malfeito de uma careta de repugnância. Fred e Jorge se encararam, sabiam porque a irmãzinha estava daquele jeito: Minerva a enfeitiçara para que se esquecesse da tristeza por pelo menos uma semana, antes disso a garota tivera três ataques de tristeza e fúria que destruíram metade da ala hospitalar.
–Vocês viram como está o resto da escola? –perguntou Fred, tentando esquecer-se um pouco do estado emocional da irmã.
Dino, com sua agora aparência maquinal interviu:
–Eu estive conversando com a professora Hunter. –comentou ele, depositando o seu caldeirão no fogareiro ao lado do que os gêmeos usavam. –Parece que, apesar do ataque lupino que sofremos e da, ainda mais, iminente ameaça de Voldemort, muitos pais ainda concordam que seus filhos ainda estão mais seguros em Hogwarts do que em qualquer outro lugar, por isso ninguém deixou a escola apesar de todos os alunos estarem confinados a suas salas comunais e Salão Principal.
–Mas como eles podem ir da sala comunal para o Salão Principal sem andar pelo resto do castelo? –perguntou Fred, curioso.
–O professor Dumbleodore instalou um portal em cada uma das casas. –explicou o garoto, sem piscar.
Mais uma vez Fred e Jorge se encararam, nunca gostaram de Dino, e isso era aberto a todos na Grifinória, mas estavam detestando essa nova maneira de agir do garoto, em particular.
–Ah… Tá… Isso explica um bocado de coisas! –disse Fred, sem dar muita atenção ao garoto e voltando a poção que preparava com Jorge.
Os dois gêmeos permaneceram em silencio, enquanto trabalhavam, não estavam muito afim de conversar com aquela maquina e, o fato de sua irmãzinha estar enfeitiçada, também não lhe agradava muito, preferiam ficar em silencio e trabalhar, pelo menos assim se distraiam de tudo que estava acontecendo.
–O que aconteceu? –se perguntaram os gêmeos.


Hermione esfregou os olhos, tentando espantar o sono, então voltou a ler o grosso livro que estava a sua frente. Rony, a sua frente, nem ao menos piscava, enquanto lia o pergaminho que segurava, com muito cuidado, no ar, com o auxilio de um feitiço. Seus lábios se mexiam, enquanto ele tentava memorizar alguns pontos importantes para a preparação das poções que estavam incumbidos de fazer. Estavam na biblioteca a dois dias inteiros e não tiveram nem chance de pensar em cochilar.
–Ronald. –chamou Mione, deixando sua cabeça cair para trás. –Que tal comermos alguma coisa?
Rony nem ao menos piscou ou tirou os olhos do pergaminho.
–Tô sem fome. –disse ele, simplesmente.
–Ronald, não comemos nada desde ontem a noite! –exclamou a garota, exaltada.
–É? –perguntou Rony, baixando o pergaminho sobre uma taboa lisa, ele olhou por uma das janelas e viu a noite lá fora. –Nem vi o tempo passar.
–E não sentiu fome também? –perguntou Mione. –Ronald, se vamos salvar os outros precisamos nos manter vivos, não concorda?
O garoto sorriu, meio sem graça, embora aquilo não parecesse muito um sorriso, parecia mais com um lamento. Nesse momento seu estomago roncou.
–Sem fome, hã? –zombou Mione.
–É, quem sabe um pouquinho…
Mione estalou os dedos e, no mesmo instante, apareceu um elfo domestico ao seu lado. Ele usava um pano de prato como toga e um coador de café como chapéu, seus pés estavam cobertos por folhas de salgueiro.
–Ta na hora de voltar com o FALE. –disse Hermione, analisando o elfo, com seus olhos agudos.
–Não é hora, Mione! –exclamou Rony. –Ei, carinha, tem como trazer comida pra gente, por favor?
–Mas… –começou o elfo. –Mas e Madame Pince? É proibido comer na biblioteca.
–Nós nos viramos com ela. –avisou Rony.
O elfo deixou escapar um largo sorriso e desapareceu com um estalo, para reaparecer meio segundo depois com uma bandeja cheia de tudo quanto é tipo de lanche.
–Desculpe, senhor, mas com essa coisa toda de alunos só poderem andar entre a sala comunal e o Salão Principal estamos muito mais ocupados do que de costume e…–o elfo se explicou.
–Não esquenta. –disse Rony, com um sorriso calmo e amigo. –A gente sabe como é que estão as coisas. –Se precisarmos de mais alguma coisa…
–É só dizer meu nome, senhor, me chamo Blummy. –informou o elfo, com um lago sorriso.
–Valeu.
Com mais um estalo o elfo sumiu. Hermione olhou para o garoto. Quanto mais eu observo, mais eu fico impressionada com esse seu jeito, Ronald, pensou a garota.
Rony engoliu metade de um dos sanduíches com uma única mordida, e voltou sua atenção para o pergaminho. Nunca te vi se esforçar tanto… pensou Mione.
–O que aconteceu? –perguntou Rony, sorrindo para Mione.


AE, PESSUAL, COMO EU SOU UM CARA LEGAL TO TRAZENDO MAIS UM CAP!!!! TAH CERTO Q DEMOROU, MAS EH Q EU TRABALHANDO EM UM OUTRO PROJETO EM PARALELO... TALVEZ EU DEMORE PRA ESCREVER OS OUTROS CAP, MAS, QD EU ESTIVR CUM O ME OTRO ´PROJETO + OU - PRONTO U COLOCO ELE AKI NA FLOREIOS... APESAR DE NAUM TER NADA A VER CUM HARRY POTTER!!! VLW!!!! E COMENTEM, TAH?!?!? PLX!!!!

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