O ataque de Dino



Capitulo 29 – O ataque de Dino

–Com licença, professora. –disse Harry, entrando na sala da mestra de poções. –Hunter disse que a senhora estava me chamando.
–Ah, sim, Potter, entre, estava mesmo te chamando.
A professora indicou para o garoto uma cadeira logo a sua frente, para onde Harry se dirigiu. Era ligeiramente capenga, o que deixou o garoto desconfortável.
A professora estava entretida fazendo anotações em provas de alunos do primeiro ano e não deu muita atenção à Harry nos primeiros minutos. O garoto ficou observando alguns frascos que estavam pendurados pelo teto da masmorra, não eram tão nojentos quanto os que haviam ali algum tempo atrás, mas ainda assim eram de tirar a fome.
–Então, Potter, tem idéia do por que te chamei aqui? –perguntou ela.
–Nenhuma. –respondeu ele, objetivamente.
–Queria conversar com você sobre os Horcruxes. –disse ela, apoiando a cabeça nos dedos cruzados das mãos.
Harry respirou fundo.
–Olha, professora, como eu já disse, não contei nem pra diretora, nem para meus amigos onde elas estão, então…
–Calma, Potter, queria conversar sobre as Horcruxes, não sobre onde elas estão.
–O que a senhora gostaria de saber? –perguntou Harry, ligeiramente impaciente.
–Só uma coisa, talvez meio boba, alias.
–Pode perguntar. –na verdade o que Harry queria era que ela desistisse daquela idéia, alguma coisa na professora o fazia não gostar dela, mas não conseguia entender o que.
–Como você pretende destruí-las? –perguntou ela, simplesmente.
Harry piscou duas vezes, sem rodeios?, perguntou-se.
–Um feitiço. Simples, rápido e limpo.
–Que feitiço, Potter?
Avada Kedavra.
A professora fechou os olhos, uma expressão de consternação e preocupação em sua face.
–Minerva sabe disso? –perguntou ela.
–Ela não precisa saber.
–Não, Potter? Por que?
–Se ela soubesse tentaria me impedir, me mandaria procurar outra maneira. –a voz de Harry soava mecânica.
–E ela não estaria certa? Quero dizer, ela tem o direito de impedir que um de seus pupilos tente destruir sua própria alma.
–Tem todo o direito, professora, mas nós não temos tempo para procurar uma outra maneira. Eu não tenho tempo.
–Tempo, Potter, é uma das coisas que podemos providenciar.
–Não nesse caso, professora, a guerra já começou.
A voz de Harry soara de uma maneira estranhamente sinistra, como se ele soubesse de alguma coisa que ninguém mais sabia.
–Sim, Potter, a segunda parte da guerra começou, mas o que isso tem a ver com o tempo que temos? Você-Sabe-Quem não descobriu ainda que você já achou os Horcruxes, não é?
–Não, mas o Príncipe sabe, alias, ele ate me ajudou.
–Príncipe? Quem é esse tal Príncipe?
–O Príncipe Mestiço, professora, o homem que você está substituindo.
A professora arregalou os olhos, já lhe contaram sobre Snape, o conhecia pessoalmente e ate era sua amiga, lhe devia alguns favores,sobre sua fama de ter ligações extremamente fortes com a magia negra desde seus tempos de escola e ate mesmo da confiança que Voldemort sempre depositara nele, mas Harry estava falando algo que ela não podia compreender. Como diabos ele conhece o apelido de Príncipe Mestiço?eu pensei que só eu e Lílian sabíamos disso.
–É como ele se auto-denomina. –respondeu Harry, que estava vasculhando a mente da professora naquele exato momento. –Snape sempre teve muito mais ambição do que qualquer bruxo, e por essa ambição ele enganou Dumbleodore e se instalou em Hogwarts por quase treze anos.
Harry sentiu o já costumeiro espasmo de raiva ao se lembrar de Snape, tentou se acalmar, tinha de manter sua legilimência estável.
–Mas Snape é o braço direito de Você-Sabe-Quem…
–Ele enganou Dumbleodore como se fosse um uma criança, fingindo ter se regenerado, por que não poderia enganar Voldemort que sabe que ele é uma de suas serpentes mais peçonhentas?
A frase pareceu ter algum impacto, pois a professora o olhou com uma estranha cara de desconsolo.
–Dumbleodore foi um grande bruxo… –murmurou ela.
–Um grande, não, o maior. –disse Harry se levantando.
Ele já estava praticamente na porta quando a professora lhe perguntou:
–Aonde você vai, Potter?
–Para minha sala comunal, a senhora já fez sua pergunta e eu já te dei minha resposta, com algumas coisas a mais, ainda por cima.
–Sabe, Potter, as vezes tenho a impressão de que não gosta de mim.
–Poções não é minha matéria predileta… E a senhora ainda é mão da Hunter.
–Que tem a Angelina?
–Ela é apanhadora da Sonserina e eu da Grifinória, não preciso dizer mais nada.
–Para falar a verdade, precisa, mas isso eu deixo para outra ocasião.
Harry sorriu e deixou a masmorra, onde uma, ligeiramente assombrada, Helga Hunter matutava a respeito das poucas, mais preciosas informações que acabara de obter.



Harry entrou pelo buraco do retrato e encontrou uma cena grotesca: uma Gina Weasley caída no chão, desfalecida, um Rony, tentando acudi-la, Hermione segurando pelos ombros um garoto de cabelos tipo tigela, que tinha em punho sua varinha e uma expressão de absoluto ódio. Seus olhos ferviam. Pelo que conseguira entender Dino Thomas acabara de estuporar Gina. Minha Gina… Ou a Gina dele?
–Que… Que aconteceu aqui? –perguntou ele, se aproximando um passo.
–Calma, Dino, não faça mais besteiras… –dizia Hermione, tentando segurar o garoto, que insistia em avançar na direção de Gina.
–Essa… Essa traiçoeirazinha! –exclamou ele. –Ela me traiu! Ela mentiu pra mim!
–Eu perguntei o que aconteceu aqui. –insistiu Harry, esperando que alguém lhe contasse alguma coisa.
–Você! –exclamou Dino, avançando um passo na direção de Harry. –Tudo por sua causa! Você não podia ter sumido?!? Não podia ter morrido?!?
–Mione, que foi que ele fez?! –perguntou Harry, ignorando por completo Dino.
–Ele a estuporou, Harry. –explicou a amiga. –Mas foi no calor na discussão, ela sacou a varinha primeiro.
–Você… A estuporou por que, Dino? –perguntou Harry, se voltando para o amigo, ou ex-amigo.
–Não é da sua conta, tudo o que te interessa é que você é a causa dela ter terminado comigo! –gritou Dino, assustando alguns alunos do primeiro e segundo anos. Toda a Grifinória parou para assistir. –Foi só você voltar que ela ficou daquele jeito! Ela estava bem melhor enquanto pensava que você estava morto.
–Eu vou perguntar de novo: por que você a estuporou? –Harry tentava a todo custo se manter calmo, mas não conseguia. Ver Gina desmaiada lhe dava nos nervos. Harry.
Ele olhou para a ruivinha, sabia que ela não dissera nada, mas pudera captar algo em sua mente. Ela ta me chamando. De um passo em sua direção.
Impedimenta! –exclamou Dino. –Fica longe dela! Eu não vou te deixar magoar ela de novo!
O feitiço de Dino não durou mais do que meio segundo, mas foi o bastante para deixar Harry bem enviesado. Ele se voltou para Dino, sua própria varinha em punho. Se assim que você quer.
–Eu não quero te machucar, Dino. –disse Harry, com calma, mas sentindo o tom letal que sua voz adquirira.
–Me machucar?! –perguntou o outro rapaz. –Tenta a sorte.
–Harry, não faz besteira. –aconselhou Mione.
–Ele não vale a pena, Harry! –Rony tentou convencer o amigo, mas era claro que nem mesmo ele estava convencido disto.
–Só me diga o que aconteceu, Dino. –pediu Harry, mais uma vez.
–Ah, vai se danar! –exclamou o garoto, fagulhas despontando de sua varinha.
Harry respirou fundo, e se concentrou no garoto, aquele era o único jeito.
Viu-se na borda da mente de Dino. Estava parado na biblioteca, lendo um livro proibido, mas tinha autorização, olhou para o bilhete que conseguira mais cedo e então para o titulo do capitulo do livro de poções que lia: As Melhores Poções do Amor. Sorriu. Passos. Podia ouvir passos no corredor a sua esquerda, tentou esconder o livro, talvez seja Gina, pensou. Mas não era, apesar de ter certeza de que não sabia que estava vindo pelo corredor, só ouvira uma palavra: Império.
Harry estava de volta a sala comunal, olhou para Dino e para Gina e de volta para Dino, compreendeu o porque do ataque de Dino a garota: quem quer que lhe tenta amaldiçoado não queria Harry próximo a Gina.
–Dino, você foi… –começou Harry, se aproximando do rapaz um passo.
–Parado, Harry! –exclamou ele, furioso. –Ou eu vou te machucar!
–Calma, Dino, eu só quero te ajudar! –informou Harry.
–Que ta acontecendo? –perguntou um rapaz do quinto ano que acabara de entrar na sala comunal.
–Quieto, Elrick! –exclamou alguém no meio da muvuca.
–Harry, o que você viu? –perguntou Rony.
A ligação entre os dois se tornara extremamente forte nos últimos seis dias, desde que Gina conseguira quebrar o que restava do encanto. Pelo menos cinco pessoas precisam estar presas ao encanto.
–Ele está… –começou Harry, caminhando mais um passo na direção de Dino.
–Eu avisei! –exclamou ele. –Sectumsempra!
De novo não, pensou Harry, erguendo sua varinha.
Reversus! –exclamou ele, criando um espelho invisível logo a sua frente.
O feitiço de Dino bateu no espelho de Harry e voltou, com total intensidade contra o garoto. Harry viu a pele de toda a extensão do corpo do garoto ser dilacerada, já estava preparado, mas provavelmente seus colegas não. Esse feitiço tem se tornado um tanto popular, ultimamente.
Levicorpus! –exclamou Harry, fazendo Dino levitar. –Peguem Gina, vamos leva-los a ala hospitalar.
Rony e Hermione concordaram prontamente, usando o mesmo feitiço para levitar Gina. Então os três deixaram a sala comunal, com uma centena de alunos aturdidos. O primeiro a falar foi um garotinho do segundo ano, de cabelos vermelhos e olhos verdes.
–Se ele fez isso com alguém que ele não queria machucar, imagina quando ele quer.
–Quando ele quer machucar ele te leva pra Câmara Secreta. –disse Colin Creevey, se aproximando do garotinho.
–Câmara Secreta? –perguntou o garotinho.
Colin riu maldosamente, estava prendendo como atormentar um calouro com os gêmeos Weasley.
–É, e lá ele te da para um basilisco.
–Pra ele me comer?!
–Não, só pra te mastigar e manter seus dentes afiados.
O garotinho arregalou os olhos.
–Esse Harry Potter é mau, não é?
–Não, ele ate que é bonzinho, mal sou eu. –e colin mostrou seus olhos muito vermelhos e os dentes caninos afiados como os de um vampiro.
O garotinho saiu correndo em direção ao dormitório.
–Grande Colin! –exclamou Fred, se aproximando dele.
–Você passou o primeiro teste, agora já pode atormentar os calouros de outras casas! –cumprimentou Jorge, sacudindo o garoto.
–É… Eu tava pensando num truque bem legal, com minha câmera fotográfica…


E NAUM SE ESKEÇAM DOS COMENTARIOS, HEIN PESSOAL?!?!?

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.