O Alquimista Federal
Capitulo 30 – O Alquimista Federal
Dino já estava desacordado na ala hospitalar a nove dias, sem nenhum sinal de que acordaria cedo, alem da duplicada vontade da prof ª Hunter de descobrir tudo o que podia sobre os Horcruxes. Entrementes Gina ignorava Harry com três vezes mais vontade do que de costume, sendo ainda ajudada pela conexão mais forte que agora havia entre os dois, ela sempre sabia quando Harry se aproximava.
Neste momento Harry estava sentado ao lado de Cho assistindo a uma longa e extremamente tediosa aula de transfiguração com o professor Potter. Ele falava sobre o feitiço da troca inequal.
–… e então vocês não devem se esquecer que esse tipo de transfiguração é extremamente perigoso e não pode ser usado sem uma minuciosa analise dos fatos que…
–Com licença, prof º Dumbleodore. –chamou Mione, erguendo a mão.
O professor nutria e demonstrava abertamente a forte admiração que sentia por Hermione e sorriu abertamente ao ouvir a voz da garota.
–Sim, Srta. Granger.
–Bem, é que eu não consegui entender direito uma coisa. –Mione parecia ligeiramente envergonhada.
Todos na sala olharam para Hermione, a coisa mais rara em Hogwarts era ouvir Hermione Granger admitir que não entendera alguma coisa. E ela o estava fazendo neste exato momento. O professor ergueu suas grossas e prateadas sobrancelhas.
–O que a senhorita não entendeu, Srta. Granger? –perguntou o professor, ligeiramente intrigado.
–O senhor disse que para realizar a troca não é necessário que se tenha algo de mesmo volume e composição química, mas isso não entraria não deixaria o campo da magia e entraria em alquimia? Tipo, a pedra filosofal, que é capaz de trocar qualquer material por exatamente setenta e seis centímetros cúbicos de ouro.
–Você acaba de tocar no ponto fundamental, Srta. Granger, a diferença entre alquimia e transfiguração comum. –disse o professor. –Alguém sabe me dizer em que consiste a alquimia?
Muitos alunos levantaram a mão, incluindo Hermione, o professor sorriu, olhando orgulhoso para turma.
–Srta. Chang? –chamou ele, Cho baixou a mão, com um largo sorriso.
–A alquimia tem como principal objetivo a descoberta da troca equivalente que levaria a obtenção pedra filosofal, pedra mágica capaz de ignorar a lei da equivalência e conjuração mágica. –respondeu ela, confiante.
–Perfeito, Srta. Chang, dez ponto para Corvinal.
–Isso!
O professor seguiu caminhando pela sala, parando logo em frente a Harry, o garoto ergueu o rosto para o professor, a ponta da pena na boca.
–Boa tarde. –disse Harry, cinicamente, não gostava daquela versão tosca de Dumbleodore.
–Boa tarde, Sr. Potter, é bom vê-lo finalmente em minha aula. –respondeu o professor. –Normalmente o senhor está dormindo na enfermaria.
–As camas são macias.
A sala caiu nas gargalhadas, ate mesmo o professor riu, mas Cho não parecera achar muita graça, Harry chegou a essa conclusão após sentir uma dor alucinante em suas costelas e ver a garota recolher seu cotovelo para cima da carteira novamente.
–Bem, Sr. Potter, se as piadas já acabaram, gostaria de lhe fazer uma pergunta. –disse o professor, se inclinando ligeiramente para frente do garoto.
–Pois não.
–O senhor poderia me explicar a diferença entre transmutação equivalente e conjuração mágica?
–Pensava que isso se enquadrava em Feitiços. –comentou Harry, disposto a tudo para ser dispensado da aula.
–Transfiguração também é uma arte em enfeitiçar, Sr. Potter, e responda a pergunta.
Harry ficou mudo, encarando o professor, que sorriu após cerca de trinta segundos.
–Não sabe, Sr. Potter? –zombou o professor. –Talvez a Srta. Granger...
Ele se voltou para a garota, que sorriu encabulada.
–Desculpe, professor, eu não…
–Eu sei sim. –interrompeu Harry.
Todos se voltaram para ele, inclusive Cho, que parecia surpresa.
–Sabe, Sr. Potter? –perguntou o professor, descrente.
–Sim, eu sei.
O professor o encarava, uma estranha expressão de perplexidade estampada em sua face. Ele se aproximou mais um pouco.
–Então, senhor Potter, o senhor poderia me dizer, pois creio que nem eu mesmo saiba.
Os olhares que antes estavam em Harry, agora repousavam sobre o professor, que sorria levemente, quase que como desafiando Harry a saber mais do que ele. Harry aceitou aquilo como uma ofensa pessoal, coisa que ele só fazia quando ouvia aquele tipo de comentário da boca de Draco Malfoy ou de Severo Snape.
–Transmutação Equivalente consiste na criação de um certo objeto a partir da matéria prima principal dele: água, fogo, terra ou ar. Já a conjuração mágica consiste na, como já diz o termo, conjuração, ou obtenção, de um certo objeto a partir de um feitiço. A diferença crucial entre os dois está no fato de que na Transmutação é necessário um avatar, algo que use a mágica do ar para realizar o ato da criação, já na conjuração é necessário que o conjurador seja possuidor do objeto conjurado, ou pelo menos tenha permissão para obtê-lo.
–Essa parte, creio eu, todos sabemos, mas eu gostaria de saber o que viria a servir de avatar numa transmutação. –disse o professor, serio.
–Os alquimistas o chamam de circulo de transmutação. –disse Harry, sinistramente, se levantando.
Ele seguiu ate a lousa, pegou um pedaço de giz e começou a desenhar um circulo, depois desenhou uma estrela de seis pontas tangenciando internamente o circulo e mais um circulo tangenciando internamente os seis lados do hexágono que a estrela formara.
–Isso é um circulo de transfiguração. –disse Harry. –Claro que toscamente, existem mais detalhes, mas basicamente é isto.
Todos observavam, estupefatos, o circulo de transfiguração que Harry desenhara na lousa. Principalmente o professor, que tinha um ligeiro sorriso nos lábios.
–É claro que o senhor sabia disto, não é professor? –perguntou Harry, com um sorriso.
–Como você sabe disto? –perguntou o professor.
–O senhor nunca mostrou sua varinha, Dumbleodore nunca o citou como transfigurador e tem essa tatuagem na sua mão. –disse Harry, voltando para seu lugar.
–Muito esperto. –disse o professor seguindo na direção da lousa. –Mas eu, sinceramente, esperava que fosse Granger quem descobrisse.
–Eu? –perguntou Mione, assustada.
–As informações sobre a alquimia são um tanto difíceis de se obter. –disse Harry. –Eu mesmo descobri tudo o que sei fora do castelo.
–Biblioteca do departamento de mistérios do Ministério da Magia. –disse o professor.
Ele olhou bem para o circulo de transmutação que Harry desenhara na lousa, então encostou sua mão no centro dele, uma luz surgiu e sua mão adentrou a lousa, saindo logo em seguida acompanhada por um bastão comprido de madeira, deixando em seu lugar um buraco do exato tamanho do circulo de transmutação.
–Realmente tosco, Potter, mas eficiente. –disse o professor. –Não conheço muitos bruxos que conheçam um circulo de transmutação, muito menos alguém que saiba como desenhar um que funcione.
Harry sorriu.
–Deixa eu ver se entendi: –pediu Parvati Patil. –O professor Dumbleodore, alem de um bruxo é um alquimista?
–Quase, Patil, eu sou somente um alquimista. –respondeu o professor. –Não sou um bruxo.
–Mas o senhor é irmão de Alvo Dumbleodore! –protestou Gin Woodroof, da Corvinal.
–Abortos surgem nas melhores famílias.
O sorriso do professor era amarelo, mas ele parecia satisfeito em ser apenas um alquimista. Como se fosse possível dizer apenas, pensou Harry. Como poucas pessoas sabia, Harry sabia que a alquimia era a arte mais sofisticada e complicada conhecida, não perdendo nem mesmo para a maçonaria, grupo o qual surgiu entre os alquimistas.
–Mas tenho orgulho de poder dizer que pertenço a mais prestigiada organização alquímica do mundo: A Federação Alquímica. –disse o professor comum largo sorriso, que lembrava muito o de Dumbleodore quando ele comia Feiojõesinhos de Todos os Sabores.
A expressão de todos na sala, inclusive Harry e Mione, dizia com a mais absoluta perfeição “Ué?”. Ninguém tinha idéia do que viria a ser a tal federação alquímica.
–Deixa para lá, eu devia saber que ninguém conhecia. –disse o professor por fim. –Mas devo acrescentar que Nicolau Flamel faz parte da Federação.
Harry, Rony e Mione se entreolharam, lembrando-se vagamente do primeiro ano, quando ajudaram a impedir que Voldemort retornasse ao poder se utilizando da pedra filosofal criada por Flamel.
–Vocês sabiam que com a alquimia é possível transmutar a alma de uma pessoa? –perguntou o professor.
–Como? –perguntou toda a sala em uníssono.
–É possível tirar a alma de uma pessoa e coloca-la em um objeto ou num outro corpo, desde que este esteja vivo. –disse o professor.
Harry parou para pensar um pouco, Mione e Rony também pareciam ter chegado àquela conclusão.
–Quase como um Horcruxe? –perguntou ele.
–Isso, Potter, quase como um horcruxe, mas o Horcruxe não requer a autorização da pessoa ou objeto para a transferência. –explicou o professor.
–Professor, o que é um Horcruxe? –perguntou Lilá Brown, inocentemente.
–Voltemos para a aula. –disse o professor, se esquivando rapidamente do assunto. –Falávamos do que mesmo?
–Troca inequal. –auxiliou Mione, que também parecia achar mais sensato mudar de assunto.
Pode ter mais alguém aqui amaldiçoado. Disse ela, utilizando-se da agora extremamente forte que existia entre ela e Harry.
Também acho. Disse Harry olhando a volta.
Harry olhou para Mione a garota o encarou por meio segundo e baixou a cabeça. Então ele se voltou para Rony, ao seu lado. Você ta pensando o mesmo que eu? Perguntou Rony.
O diário de Tom Ridlle?
Não, já temos certeza de que é uma Horcruxe, eu estava pensando em algo como o Quirrel.
Harry mais uma vez se lembrou de seu primeiro e conturbado ano, mas o ano que realmente lhe interessava era o segundo, quando conhecera a ruivinha. Gina. Não conseguia entender por que, mas sentia que alguma peça estava faltando no quebra-cabeças que pensava ter resolvido no segundo ano. Mesmo estando aprisionada em um livro, uma alma não pode ser morta por dano físico. Eu tenho que reaver aquele diário.
N/A: TALVEZ OS FAZ DE FULL METAL ALCHEMIST TENHAM RECONHECIDO ALGUMA COISA POR AKI, MAS Eu DEVO DEIXAR CLARO Q TODAS AS INFORMACOES USADAS NO ANIME SÃO VERDADEIRAS, TANTO A FEDERACAO ALQUIMICA, QUANDO OS ALQUIMISTAS FEDERAIS EXISTIRAM, MAS COMO UMA SEITA SECRETA, E QUANTO AO CIRCULO DE TRANSMUTACAO, ELES REALMENTE ACREDITAVAM QUE O CIRCULO, SIMBOLO DE CONTINUIDADE ETERNA, E A ESTRELAS, TANTO DE CINCO, QUANTO DE SEIS PONTAS, ERAM CAPAZES REALIZAR TROCAS EQUIVALENTES.
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