Outra Sessão de Conversas
Capitulo 28 – Outra Sessão de Conversas
–Ta certo, mas você ainda não contou o que estava fazendo na sala da diretora. –indagou Hermione, ligeiramente vermelha, depois de um comentário nada construtivo da parte de Harry.
–Eu estava só conversando com ela. –disse Harry, acabando por ser evasivo sem querer.
–Sobre o que, Harry? –insistiu a garota.
–Bem, eu ia conversar com ela sobre o encanto, quando duelei com Gina tive a nítida impressão de que o encanto tinha se desfeito…
–Eu queria saber como ela descobriu sobre o encanto… –comentou Rony.
–Eu também. –concordou Mione.
–Então, eu queria saber por que o encanto havia se desfeito, já que Gina era a pessoa com a qual a minha ligação era mais forte, logo o encanto deveria ser mais forte nela… Eu cheguei no gabinete dela e escutei umas vozes, parei para escutar um pouco, mas não entendi muito bem, eles falavam alguma coisa acerca de uma poção venenosa e de alguém que morreu, supostamente por culpa do rapaz.
“Ai, eu, que já estava desconfiando de quem eles estavam falando, resolvi entrar e qual não foi minha surpresa ao encontrar meu pai, ali, de pe na minha frente? O cara era idêntico a ele, cabelos negros e rebeldes, olhos de um azul estranho… Senti um solavanco no estomago… Mas a prof ª Minerva disse logo que ele não era meu pai, mas a surpresa foi ainda maior: ele era meu primo e neto do Binns.”
Mione e Rony boquiabriram-se.
–Neto do Binns? –perguntou Rony. –Ambevster Binns? O professor de Historia da Magia?
–O próprio. –respondeu Harry, serio.
–Não, mas isso não é o pior, você disse que era seu primo, mas sua tia não é casada com um trouxa?
–É, com o Dursley, mas ele não é primo por parte da minha mãe…
–Mas seu pai era filho único! –exclamaram Rony e Mione em uníssono.
–Parece que não, e, de acordo com Minerva e esse cara, parece que ele fingia ser filho único porque fora deserdado.
–Deserdado?
–É, parece que a família do meu pai não compactuou muito bem com a idéia de ele se cara com uma sangue-ruim. –disse Harry, desgostoso.
–Que besteira! –exclamou Rony. –Mas… Harry, eu pensei que a família do seu pai era mais… Liberal.
–Eu também achava, mas sabe o que é mais incrível? Não era só minha mãe que odiava meu pai, o sentimento era recíproco.
–Mas eu me lembro de você ter dito que Dumbleodore lhe contou que seu pai passou anos tentando conquistar sua mãe! –replicou Mione.
–E passou, só que só depois de perceber que a origem do bruxo não dizia muito.
–Nossa… Cada coisa que a gente descobre, né? –disse Mione, em ligeiro tom de descontração.
–Realmente. –concordou Rony.
Harry não disse nada, olhou de um amigo para o outro, se questionando seriamente se deveria contar-lhes sobre o Horcruxe. Talvez eles não...
–Tá, Harry, mas isso ainda não é motivo para você desmaiar. –disse Mione, em tom indagador.
–Eu sabia que você não iria demorar para dizer isso… –comentou o garoto, num tom de voz desanimado.
–Então explica logo, tudo tim-tim por tim-tim. –exigiu a garota.
–Vocês se lembram de tudo o que lhes contei sobre os Horcruxe, não é? –perguntou ele, mas não esperou por resposta. –Sobre a família Gaunt e tudo o mais?
–É, acho que sim. –respondeu Rony, Mione concordou com a cabeça.
–Então, eu já ia saindo da sala da Minerva quando olhei para uma mesinha no canto da sala, e então olhei para o armário onde ficava a penseira de Dumbleodore e mais uma vez para a mesinha…
–E o que é que tem?! –perguntou Mione, já irritada.
–Naquela mesinha ficava o anel de Gaunt. –disse Harry, sombriamente.
–E o que é que… Minha nossa! –Hermione percebeu de repente o que aquilo queria dizer.
–Que foi? –perguntou Rony, meio alienado da situação.
–O anel de Gaunt, Rony, você se lembra de como ficou a mão de Dumbleodore quando ele o destruiu? –perguntou Mione.
–Ah… Aquele anel… –disse Rony, não convencendo muito que entendera.
–Mas você desmaiou só porque se lembrou do anel, Harry? –perguntou Mione, ligeiramente preocupada.
–Não, Mione, eu me lembrei do anel e estava com o medalhão de Slytherin, também. –explicou Harry. –Por algum estranho motivo, no exato momento em que me lembrei do anel eu… Acho que me liguei ao medalhão.
–Como?! –perguntaram Rony e Mione em uníssono.
–Eu não sei… Só sei que… Que eu senti uma coisa estranha, horrível para ser mais exato… Senti ódio, frio, medo… Tudo ao mesmo tempo.
–E cadê o medalhão, Harry? –perguntou Mione.
–Acho que… –ele enfiou a mão dentro do bolso da capa, agradecendo por não terem trocado sua roupa. –É, ta aqui.
Ele estendeu o braço para a amiga, com o medalhão em sua mão. Mione o pegou e passou a avalia-lo, como se quisesse descobrir que não passava de uma falsificação.
Ela passou quase cinco minutos analisando cada milímetro do medalhão, por dentro e por fora, e por fim ergueu a cabeça, com uma expressão desapontada.
–Parece ser verdadeiro… –disse ela. –A grafia da gravação tem mais ou menos mil anos, e a prata dos detalhes tem sinal de leve oxidação, o que significa que o feitiço de proteção está ficando velho.
–É o verdadeiro, Mione. –disse Harry, em tom de quem sabe das coisas.
–E como você pode provar isso?
Mione parecia desesperada para provar que só ela sabia das coisas ali, parecia se sentir inferior ao novo Rony e ao obstinado Harry.
–Sabe, foi o neto do Binns que achou isso. –disse Harry, tomando o medalhão das mãos de Mione.
–Ta, e o que é que tem? –perguntou ela, sem tirar os olhos do medalhão.
–O nome dele é Rudigier Ambevster Binns.
–Me explica que eu não liguei o nome a coisa.
–Mione, –disse Rony, lhe chamando a atenção –Rudigier Ambevster Binns! Pega as iniciais.
–R… A… B… Ah, meus Deus! –exclamou ela, se deixando largar na poltrona em que estava sentada. –R.A.B.… O mesmo do bilhete?
–O próprio. –respondeu Harry, sombrio.
–Mas, Harry, se ele pegou o medalhão, então ele bebeu a poção! –exclamou Rony. –Como ele não morreu?!
Harry sentiu um aperto no coração, um erro idiota como aquele custou a vida de Dumbleodore. Um erro tão estúpido e amador!
–Ele errou a poção, quando a repôs. –respondeu Harry, pura e simplesmente.
–Errou? –perguntou Mione. –Como errou?!
–A poção que estava no recipiente, não mata tão rápido quanto a que Dumbleodore bebeu, ela só debilita aos poucos… O suficiente para que Voldemort pudesse procurar pela pessoa.
–Então esse cara deve ter errado bem feio, não é? –perguntou Rony. –Que, pelo que Harry disse, Dumbleodore chegou aqui completamente destruído.
–E ele realmente estava. –disse Harry, amargurado.
Os três ficaram em silencio por alguns segundos, Harry fitando a própria mão, onde madame Pomfrey lhe fizera um curativo mais cedo. Ela provavelmente deveria estar P. da vida com Harry, duas vezes na enfermaria no mesmo dia, e nas duas ele não estava nem um pouco bem.
–Você acha que você sentiu Voldemort, Harry, no tempo em que ele fez aquele Horcruxe? –perguntou Mione, de repente.
–Não acho. –disse ele, fazendo Hermione abrir a boca. –Tenho certeza. Voldemort é uma das pessoas mais inseguras que eu já vi.
–Inseguras? Por que? –perguntou Rony.
–Imagina se você estivesse rodeado de cobras criadas. –respondeu Mione. –Acho que você também estaria com medo.
Harry não concordou.
–Mas ele não teme todos os comensais. –corrigiu Harry.
–Não? –perguntaram Rony e Mione.
–Não, ele só teme um deles, o mais perigoso e traiçoeiro de todos e único cujos poderes rivalizam com os seus: Severo Snape.
Os dois olharam para Harry aturdidos, nunca haviam imaginado que Snape era tão poderoso.
–Harry, agora será que da pra você dizer onde estão guardadas as horcruxes? –perguntou Mione, em tom mandão.
–Não, não da. –disse ele. –Se eu disser colocarei vocês em perigo.
–Que perigo o que?!?! –disse a garota, tentando parecer corajosa.
Rony ficou em silencio, apenas fitava Harry, com certa desconfiança, Harry ao entendeu o que se passava pela cabeça do amigo.
–Que foi, Ronald? –perguntou Mione.
–Harry, você tem certeza de que lá é um bom lugar? –perguntou Rony.
–Lá? –Mione não entendera. –Lá aonde?
–É o mais seguro, Rony.
–E se ele descobrir?
–Ele já sabe.
Rony não disse mais nada.
–Do que é que vocês estão falando?! –Mione parecia com Rony, tentando entender a situação.
–Nada de importante, Mione. –disse Harry.
–Nada de importante?
Mas Harry não respondeu, olhava completamente alienado para a parede. Rony estalou os dedos na sua frente duas ou três vezes.
–Ei, Harry! –chamou Rony.
–Ah… Que foi?
–Eu é que pergunto, que foi? –perguntou Rony.
–Sabe, uma das coisas mais legais no selo é que quando o encanto se quebra a conexão fica muito mais forte.
–E...
–A Gina acabou de terminar com o Dino.
Rony piscou duas vezes, mas Mione, que percebeu a alegria na voz de Harry, sorriu discretamente. Mas ela também tinha outra coisa na cabeça. O que ta acontecendo comigo? Por que eu fiquei tão lenta, assim, tão de repente?
MEIO SEM NOÇÃO? VCS AINDA NAUM VIRAM NADA!!! COMENTEM, PLX!!!
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