O Selo das 7 Almas



Capitulo 27 – O Selo das 7 Almas

Harry acordou na enfermaria, por algum tempo não abriu os olhos, ficou quieto, esperando.
–Quando será que ele acorda? –ouviu a voz de Mione perguntando.
–Não sei. –a voz de Rony respondeu. –Você ouviu o que a professora McGonagall disse.
–É… Mas o que será que aconteceu? Ele tá tão branco…
–Sei lá…
–Eu cheguei a uma conclusão ruim. –afirmou Harry, espantando os dois.
–Harry! –exclamou Mione, alegremente.
A garota pulou sobre ele e o abraçou com força, esvaziando completamente os pulmões dele. Harry tentou esboçar um sorriso, mas a falta de ar paralisara todo seu corpo.
–Mione… Você tá me sufocando… –murmurou Harry, sem forças.
–Ah… Desculpe, Harry.
Ela o soltou, e prontamente o garoto se pôs a puxar todo o ar que seus pulmões eram capazes de suportar. Olhou a volta e viu Rony com um leve sorriso, o amigo já estava bem melhor, mas ainda havia alguns curativos em seu rosto. Ao seu lado, sentada no chão estava Gina, com uma cara de pouquíssimos amigos e, sentada na beirada da cama, Cho, tão irritada quanto Gina.
–E ai, cara, como é que ‘cê tá? –perguntou Rony, com um meio sorriso.
–É… To mais ou menos… –respondeu Harry.
–Harry... –murmurou Cho.
–Oi. –disse Harry, abrindo um largo e falso sorriso para a namorada.
A garota não disse nada por algum tempo, então, subitamente, ela pulou para cima de Harry e o abraçou com toda a sua força, mais uma vez Harry sentiu todo o ar de seus pulmões se esvaziar, mas ainda assim retribuiu ao carinho da garota, lhe afagando os cabelos negros e extremamente lisos.
–Eu fiquei desesperada… –murmurou a garota em seu ouvido. –Quando a Hermione me disse que você estava aqui, inconsciente…
–Desculpe… Eu não tinha a intenção… –disse o garoto, apertando a cabeça dela contra seu peito.
–Já vi o bastante, não é?! –exclamou Gina, de repente, se erguendo.
A garota partiu batendo o pe, na direção da porta. Harry não se conteve:
–Gina, que aconteceu?
–Não é obvio, Harry?! –perguntou ela. –A droga do seu encanto foi quebrado!!! Eu lembrei de tudo… TUDO!!!
Harry não disse nada, apenas observou a garota deixar a enfermaria, batendo com força a porta. Cho, que continuava abraçada a ele, ergueu o rosto.
–Que ela com diz dizer com seu encanto foi quebrado? –perguntou ela. –E do que ela se lembrou?
–Sinceramente não faço a mínima idéia. –disse Harry, com sua melhor cara de inocente.
–Posso ser sincera também? –pediu a garota.
–Claro. –respondeu Harry.
–Não acredito em você.
Harry não disse nada, apenas olhou dentro dos olhos castanhos e amendoados da garota.
–Ainda bem, se acreditasse em mim eu começaria a pensar que você é muito burra.
–Então vai me contar do que ele estava falando? –perguntou ela.
–Não.
–Por que?
–Porque ainda não é a hora pra você saber. –disse Harry. –Nem mesmo eles sabem.
Harry indicou Rony e Mione com a cabeça.
–Mas…–começou ela.
–Não, Cho, quando for a hora todo mundo vai ficar sabendo… Pelo menos quem precisa saber vai.
A garota fez um biquinho e se levantou.
–Aonde você vai? –perguntou Harry, notando que ela se dirigia a porta.
–Gina não disse que já vira demais?! Pois bem, eu já ouvi demais! –exclamou ela, fingindo estar nervosa. –Vou dar um passeio.
–Quer que eu vá junto? –perguntou o garoto. –Não obrigadas, vocês têm muito que conversar.
–Temos? –perguntou Harry, olhando para os amigos.
Hermione baixou a cabeça, pareia envergonhada, mas Rony, abriu um largo sorriso.
–Temos ótimas noticias. –disse o garoto.
Hermione lhe deu uma forte cotovelada nas costelas.
–É… E algumas não tão boas assim… –completou ele, com uma cara de enterro.
–Vou deixar vocês. –disse Cho, saindo e tentando bater a porta, mas não tinha tanta força quanto Gina.
Harry respirou fundo, ergueu a mão e estalou os dedos. Rony e Mione começaram a olhar a volta, esperando algo acontecer. E aconteceu. Do outro lado do aposento veio voando um frasquinho cheio com um liquido branco e viscoso.
–Que é isso? –perguntou Mione, interessada, vendo Harry beber todo o conteúdo de um gole. –Nunca vi uma poção como essa…
–Eu espero sinceramente que vocês nunca precisem beber isso. –disse Harry, serio.
–O que é? –perguntou Rony, ligeiramente desinteressado.
–Sangue de dragão bebe. –respondeu Harry, encostando o frasquinho. –Bem… Podem começar.
–Primeiro você. –disseram os dois em uníssono.
–O que querem? –perguntou ele.
–Por que você desmaiou? –perguntou Mione.
–O que estava fazendo na sala da Minerva? –perguntou Rony.
–E que diabos de encanto é esse?! –perguntaram os dois.
Harry olhou de um para outro, ambos estavam muito vermelhos.
–Você ainda não descobriu, Mione? –perguntou Harry.
A garota pareceu se surpreender.
–Eu? Bem… No começo eu pensei que fosse um encanto inibidor de sentimento… –começou ela. –Mas tinha uma coisa errada…
–O que? –perguntou Rony, interessado.
–Bem… É que… Eu e o Rony continuamos nos preocupando com você, mesmo depois do encanto… Mas a sensação era a de que… De que a gente não se conhecia.
–Exatamente como previsto. –disse Harry.
–Como assim? –perguntou Mione. –Sabe, Harry, eu não gosto muito de admitir, mas eu não entendi que encanto você usou.
–É uma coisa pouco conhecida... –explicou Harry. –Chama-se Selo das Sete Almas.
–Realmente não é muito conhecido… Nem mesmo eu conhecia! –Hermione estava com aquele seu ar de prepotência.
–Nem eu. –disse Rony com ar abobalhado.
Hermione o olhou com ar cético, Harry quis repreende-la, mas ela não tinha o seu dom e não era capaz de descobrir o esforço que fizera e continuava fazendo para ser tão inteligente a aplicado quanto a garota. Talvez nem mesmo Hermione já tivesse se empenhado tanto quanto Rony.
–Mas… Harry, como é que funciona? –perguntou Rony, parecia muitíssimo interessado no encanto.
–É meio complicado de dizer… Eu também não entendi tudo direito, mas é mais ou menos assim: quando gostamos muito de uma pessoa nós nos tornamos receptoras de toda e qualquer onda sentimental que ela possa transmitir e, se esse sentimento for recíproco, essa recepção passa ser uma troca de sentimentos. Em tese, se duas pessoas se gostam muito seus sentimentos se conectam, daí vem aquele sentimento de que uma pessoa é importante para a gente.
–Mas e quando gostamos de alguém que não gosta da gente? –perguntou Rony.
–Não acontece essa conexão, daí a sensação de desolamento, de solidão que isso causa, é o acumulo de um sentimento pré-destinado. O intuito do feitiço é quebrar essa conexão, e impedir que vocês possam sentir algo por mim ou sentir que sinto algo por vocês.
–Então é praticamente como um encanto inibidor de sentimento. –contestou Hermione.
–Não, Mione, ate agora eu simplesmente expliquei o funcionamento do encanto que você falou, agora vou explicar como funciona o selo.
“Todas as almas, de todas as pessoas são conectadas através de uma rede mágica, é por esse exato motivo que a maioria das pessoas sente de vez em quando uma forte sensação de não ser nada nesse mundo, porque sempre sabe a imensidão de pessoas que existe nele. Bem, como estamos temos nossas almas conectadas nunca estamos sós, não completamente, mas é possível isolar uma pessoa espiritualmente utilizando esse encanto que eu falei para vocês.”
–Mas o encanto se chama selo das sete almas, como você mesmo disse! –replicou Rony.
–Acho que não me expressei direito, Rony. –disse Harry, fazendo uma pausa. –Não estamos conectados cada um a todas as pessoas do mundo, estamos conectados a uma rede, cada pessoa está conectada a exatamente sete pessoas. As sete pessoas mais importantes do mundo para ela.
–Mas minha família tem mais de sete pessoas! –exclamou Rony, chocado.
–Nem todas elas estão em sua rede, Rony. –disse Harry, olhando significativamente para Hermione, que sorriu disfarçadamente.
Rony piscou duas vezes, abobalhado.
–Então… O encanto anula nossas conexões com o resto do mundo? –perguntou Mione, fazendo Harry se perguntar quando foi que ela se tornara tão obsoleta.
–Exatamente.
–Mas… Harry, como é que isso impede alguém de gostar de você? –perguntou Rony, inocente.
–Rony, quando você não se importa com alguém, qual a sensação que você tem?
–Sei lá… É como se a pessoa tivesse que ficar longe de mim… Distancia, eu acho.
–Mas nada a ver com solidão, não é?
–Não, é como se a pessoa estivesse longe demais de mim pra eu sentir alguma coisa por ela.
–Interessante… –murmurou Mione, com uma mão no queixo.
–Mas Harry, como é que as outras pessoas podem gostar de você, se não fazem parte dessa tal rede? –perguntou Rony.
–Não é gostar, Rony, é se importar. –explicou Harry. –E nós só nos importamos com alguém que faz parte ou está próxima da nossa própria rede.
–Ah, como por exemplo: eu me importo com a mamãe e ela se importa com… Sei lá, o tio Astolpho, por isso eu fiquei triste quando ele morreu?
–Eu mesmo não teria dito melhor, Rony. –disse Harry, com u lardo sorriso.
–Bem, eu selei a conexão entre as sete pessoas mais importantes para mim. –disse Harry, já sabendo prontamente as reações dos amigos.
–Harry, e quem são essas pessoas? –perguntou Hermione, parecendo ligeiramente aflita.
–Vocês sabem. –disse Harry, com um sorriso tímido.
–Não sabemos não! –exclamou Mione.
–Ta legal. Não precisa ficar nervosa! Bem, como você já sabe, você o Rony, o Sr. e a Sra. Weasley, tem também o Neville, a Gina…
O garoto parou de falar, seu rosto ligeiramente vermelho.
–Ta, Harry, já foram seis, falta o sétimo. –cobrou Mione.
–Não… –resmungou Harry. –Não é ninguém importante…
–Fala logo Harry. –cobrou Mione, novamente.
–Esquece, Mione. –pediu Harry.
–Agora, Harry Potter! –exigiu a garota.
Harry baixou a cabeça, odiava aquele tom de voz mandão da amiga, principalmente quando ele era tão decidido que ele se sentia incapaz de negar o que ela lhe pedia.
–Draco Malfoy.
–Ahn... Acho que ouvi mal, você disse Draco Malfoy? –perguntou Hermione, fingindo limpar o ouvido.
–Disse, Mione. –respondeu Harry, contrafeito.
Hermione não disse nada, de inicio, apenas fitava Harry, uma expressão chocada em sua face. Ela olhou para Rony, procurando por auxilio para seu desespero, mas o garoto apenas olhava para alguma coisa no canto da sala. Ele ergueu os olhos para Harry.
–Harry, eu… Droga, detesto admitir! –sibilou ela. –Harry, eu não tô entendendo nada…
–Não, Mione? –perguntou Rony, quase sarcástico.
–Claro que não, Ronaldo! –exclamou ela aborrecida. –Onde já se viu, Harry Potter ter como uma das pessoas mais importantes em sua vida Draco Malfoy?!?
–Pois eu entendi muito bem, alias. –comentou Rony, Harry olhou para o amigo, surpreso.
–Então explica, Rony, por que nem eu mesmo entendi. –pediu Harry.
–Não é obvio? –perguntou ele, como se realmente fosse a coisa mais obvia do mundo.
–Sinceramente, não. –disseram Harry e Mione em uníssono.
–Ora, o Harry se importa com o Malfoy porque eles eram inimigos mortais. –disse Rony, com tom de obliviedade.
–Agora ficou ainda mais confuso, Ronald. –disse Mione.
–Pensa comigo, Mione, se você odiasse Malfoy, você não ficaria preocupada com o quão poderoso ele é, com o que ele sabe e ate com quem ele se envolve?!
–É… Eu acho que me preocuparia… –disse ela.
Harry concordou com a cabeça.
–Sabe Ronald, se eu não te amasse eu acho que te odiaria. –disse Mione, com um meio sorriso.
Rony abriu um largo sorriso e beijou a garota de leve.
–Também te amo. –disse ele.
–Ah, tá… –resmungou Harry. –Essa era a boa noticia deles… Finalmente.

Espero q vcs estejam curtindo, tah meio + ou -, mas daqui a pouco começa a esquentar, tah legal?!?! E naum se esqueçam de comentar, tah legal?!?!?

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