Helga Hunter
Capitulo 16 – Helga Hunter
Harry e Cho se despediram no saguão de entrada, ele tinha quatro tempos de Poções e a garota dois Trato de Criaturas Mágicas, e seguiu para as masmorras, sentia uma pontada de fome, mas achou que ao ver as coisas nojentas que costumavam ficar penduradas nas masmorras sua fome sumiria logo.
Não havia sinal de Rony ou Hermione o que significava que o garoto a arrastara para as masmorras, o novo Rony provavelmente faria isso, pensou Harry com um sorriso. Entrou no escuro corredor que dava acesso as masmorras... Mas cadê a escuridão? Rony olhou a volta, havia tochas por toda a extensão do corredor, o tornando tão claro quanto o resto do castelo. Aquilo não tinha a cara das masmorras. Seguiu corredor adentro, ouvindo ao longe vozes e risadas, ainda mais incomum.
Quando finalmente checou ao ponto do corredor onde costumava ficar a masmorra de Poções e teve uma agradável surpresa: não era mais uma masmorra, era uma sala de aulas comum, com carteiras, mesas, fornos para aquecer os caldeirões, uma lousa e uma mesa para o professor. Harry piscou algumas vezes, observando a sala.
–E ai, como foi com a Cho? –perguntou alguém, se aproximando por trás.
Harry se virou e viu Rony e Mione se aproximando, o garoto sorria, mas era clara a expressão amargurada de Hermione.
–Foi mais ou menos... –comentou Harry, mentindo.
Rony riu pelo nariz.
–Não foi bem isso que a Mione me contou. –zombou o ruivo.
–Ahn... É? –Harry não sabia o que falar. –Mione você viu tudo?
A garota fez que sim com a cabeça, mas não olhava para Harry, o garoto entendeu o porque daquele comportamento da garota, mas preferiu não comentar, depois eles conversariam.
Harry se perguntou se Rony estaria se fazendo de besta, pois qualquer um ficaria nervoso ao ver o melhor amigo enrolando a irmã caçula, mas o garoto parecia aprovar o que ele estava fazendo.
–E então, conta pra gente, como foi? –insistiu Rony, pondo o cotovelo no ombro de Harry.
–Ahn... Bem... –começou Harry.
–Então esse é o famoso Harry Potter? –perguntou uma voz feminina em tom de zombaria.
Vindo pelo mesmo corredor que Harry se aproximava uma garota de cabelos negros e olhos azuis rubi, ela sorria e parecia achar graça. Ao seu lado Crabbe, Goyle, Parkynson e Bulstrode também sorriam da cara de Harry.
–Sou eu mesmo. –respondeu Harry, em tom gentil, notando as vestes da Sonserina que a garota usava.
A garota era muito nova para estar apenas no primeiro ano, era quase da altura de Harry. Chegou perto dele e o mediu por alguns segundos, inclinando a cabeça para um lado e para o outro, para verificar melhor a estatura de Harry.
–Ele não tem o físico de um bom apanhador. –zombou a garota, apontando com descaso para Harry. –É muito magrelinho...
Os sonserinos se dobraram de rir, Harry não fez nenhum comentário, aprendera a não ceder a provocações, mas Rony não parecia ter aprendido o mesmo e todo a sua maturidade desapareceu quando ele exclamou em alto e bom tom:
–Ei, Hunter, quem você pensa que é pra tirar o MEU apanhador?!
–Bom... Não sei se se lembra, mas eu sou SÓ a capitã e apanhadora do time de quadribol do Estados Unidos da América.
Rony pareceu ter engolido sua língua.
–Vale lembrar também que os EUA possuem a terceira melhor seleção de jogadores do mundo enquanto a Inglaterra... –zombava ela. –a décima oitava, se não me engano...
Os sonserinos não pareciam muito propensos a rir, mas ainda assim não foram capazes de resistir a cara de panaca de Rony. O garoto avançou um passo na direção da garota, enquanto Crabbe e Goyle faziam o mesmo em sua direção.
–Ora... Sua... –balbuciou Rony.
Harry segurou Rony com apenas um braço e fez sinal negativo com a cabeça.
–Que foi, Potter, só porque não consegue se defender acha que seus coleguinhas também não conseguem? –zombou a garota.
Harry suspirou e sorriu para a garota.
–Bem, em primeiro lugar, qual o seu nome? –perguntou Harry.
A garota fez uma cara estranha.
–Ahn... Angelina Hunter. –respondeu ela.
–Pois bem, Hunter, em primeiro lugar, eu sei que Rony é muito capaz de dar cabo de todos vocês vendado. –disse Harry, olhando para todos os sonserinos dali, Blas Zanbini fez uma careta. –EM segundo lugar, nossas diferenças em quadribol devem ser resolvidas em campo e em terceiro...
Ele estalou os dedos e todas as tochas do corredor se apagaram, a única luz vinha de dentro da sala de Poções.
–Acho que você é capaz de entender que eu muito capaz de me defender sozinho...
Harry estalou novamente os dedos, trazendo de volta a luz. A garota não pareceu se intimidar, ao contrario de seus colegas que se afastaram um passo.
Passos começaram a ecoar no corredor e todos olharam para ele automaticamente para o ponto de onde vinha o som. Uma mulher de longos cabelos negros e olhos muito azuis surgiu, passos firmes se aproximando deles.
–Quem é essa? –perguntou Harry para Rony e Mione.
–Helga Hunter, professora de poções. –respondeu Mione.
Harry olhou para Mione, ela é mãe da outra, sibilou Mione. O garoto a encarou por alguns instantes. A mulher sorriu complacente para ele e então entrou para a sala. Não precisou dizer nada, todos os alunos a seguiram, Harry foi o ultimo a entrar na sala. Ele ia seguir para o fundo da sala, mas a voz da professora a chamou:
–Senhor Potter?
–Sim, senhora.
Harry se virou para olhar para a professora, ela estava sentada em sua mesa e sorria, Harry pensou no quanto ela era bonita.
–O senhor poderia se sentar aqui na frente? –pediu ela. –Só por hoje, gostaria de trocar umas palavrinhas com você.
Ela apontava para a mesa logo a sua frente, onde estava sentada ninguém mesmo que Angelina Hunter. Harry não disse nada, nem um sinal com a cabeça, apenas girou em seus calcanhares e seguiu na direção da carteira que ela indicara, se sentando em silencio.
A sala estava toda em silencio, a professora se levantou e olhou para o rosto de cada um.
–Capitulo dois, resumo de quarenta centímetros, para o fim da aula. –disse ela simplesmente, anotando o que dissera na lousa com um gesto de sua varinha.
Ela se sentou e olhou para o rosto de Harry, o garoto já ia pegar suas coisas na bolsa.
–Você não precisa, Potter.
Harry deu de ombros e se posicionou melhor em sua cadeira, olhando de volta para a professora.
–Sabe, senhor hunter, me disseram que o senhor é um bruxo espetacular. –disse a professora, a garota ao lado de Harry riu pelo nariz. –Que você já fez e ainda faz coisas incríveis.
–Nem tão incríveis assim. –disse Harry ligeiramente amargurado.
–Não precisa ser modesto, Potter, eu, sinceramente, não conheço muito bruxos que enfrentaram Você-Sabe-Quem e sobreviveram.
–É claro, você vem de outro continente. –lembrou sua filha.
–Quieta, Srta. Hunter.
Hunter não disse nada, apenas baixou a cabeça.
–Vou parar de enrolar, Potter, vou dizer exatamente o que quero. –disse a mulher. –O Ministro da magia, Rufus Scrimgeour me pediu para coletar algumas informações com você.
–Scrimgeour? Foi por isso que veio pra cá? –perguntou Harry, sem rodeios.
–Não, ele me pediu assim que soube que vinha.
–O que ele quer saber?
–O que são e onde estão as tais Horcruxes de... Dele.
–Não vou dizer.
A professora não comentou, apenas fitou Harry por alguns segundos. Bela Oclumência, pensou ela.
–Eu treinei bastante. –disse Harry. –Voldemort é um ótimo Legilimente.
Os olhos da mulher se esbugalharam.
–Professora, se é só isso o que a senhora queria eu vou fazer meu trabalho.
Harry se curvou para mexer em sua mochila e pegar seu livro e rolo de pergaminho.
–Potter, acho que você gostaria de saber que eu neguei o pedido de Scrimgeour.
Harry ergueu os olhos.
–E por que você quer saber disto então?
–Minerva McGonagall me confiou os segredos de vocês dois, ela disse que eu mereceria saber.
–E posso saber por que?
–Acho que você gostaria de ver isso Potter.
Ela estendeu o braço para Harry e arregaçou a manga da capa, deixando a mostra uma fina cicatriz em forma de raio. Quase idêntica a de Harry, a não ser por um mero detalhe: a ponta da cicatriz tinha a forma da cabeça de uma serpente.
–Eu sou uma Horcruxe, Potter.
Ai pessoal, por favor, comentem, me falem se estou indo bem ou mal e, qualquer coisa, deêm sugestoes de como seguir a historia!!! Flw!!!
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