Tentar Uma Nova Vida
Capitulo 15 – Tentar Uma Nova Vida
Se alguém dissesse a Harry que a aula de Snape era chata, ele mandaria essa pessoa ir para o inferno, quando saiu da sala de transfiguração. Sempre achara que Snape dedicava sua vida a atormenta-lo, mas por pura vingança contra seu pai. Mas Alberforth Dumbleodore o fazia por puro prazer, passara a aula fazendo perguntas impossíveis ao garoto e lhe pedindo para realizar certas transfigurações simples, como ele mesmo dizia.
–Cara, não vejo a hora de entrar naquela masmorra... –comentou Harry, estranhando as palavras que saiam de sua boca.
–Você ainda não viu nada, Harry. –recomendou Mione, enquanto eles desciam para o salão principal, para almoçar.
–Quatro horas enfiado naquela sala com cheiro de cabras... O que poderia ser pior? –perguntou Rony.
–Won Won! –exclamou alguém atrás deles.
O rosto de Rony ficou cor de cera, o garoto estacou no meio do corredor. Sua boca se mexia sem emitir som algum.
–Me diz que não é a Lilá... Por favor... –pedia ele.
–É ela sim. –disse Hermione, em tom de enterro. –Boa sorte.
A garota saiu passos firmes, rumando em direção a escadaria de mármore. Harry deu um passo atrás dela e olhou para Rony, que sibilou para ele: não vai, por favor, cara, fica! Harry deu de ombros e seguiu atrás de Mione.
Ele desceu a escadaria de mármore correndo, sem esquecer de olhar de canto para a lista de candidatos a A.D. já estava na quinta folha. Viu Hermione entrar no salão quando já estava no meio da escada, mas a garota não parecia triste ou nervosa, ela ria.
–Mione, espera. –pediu Harry.
A garota parou e lançou-lhe um largo sorriso, que fez Harry se sentir confuso.
–Por que você tá rindo?
–Você viu a cara do Ronald? Que palhaço!
–Mione, foi você que mandou a Lilá ir atrás dele?
–Foi.
Agora Harry não entendia mais nada, o que diabos ela estava fazendo, acabando com suas chances?
–Você é louca, Mione?
–Harry, o Ronald tem que resolver os problemas pendentes que existem entre ele a Lilá.
–Que problemas, Mione? Eles terminaram!
–Ele terminou com ela, ela ainda tem o que falar com ele.
–Eu nunca vou entender as garotas... –resmungou Harry, pegando a garota pelo o ombro e a puxando em direção ao grande salão.
–Nem precisa. –zombou Mione.
Os dois correram para a mesa da Grifinória, que ainda estava vazia, não sentiam muita fome, o cheiro de cabras da sala de transfiguração lhes tirara o apetite, mas o suco de abóbora parecia bem convidativo.
–Ah... Que sede! –exclamou Harry, engolindo um copo de suco.
Eles não falaram muita coisa por quase cinco minutos, alias, não falaram nada.
Após alguns minutos surgiu pela porta um casal que fez Harry baixar a cabeça, Hermione pôs a mão em seu ombro.
–Calma, Harry, se controla. –aconselhou a garota.
O garoto fez um sinal positivo com a cabeça, enquanto sentavam ao seu lado Gina e Dino, o garoto fez uma careta para Harry. Harry respirou fundo e olhou para os dois, com o melhor sorriso que conseguiu enfiar em sua cara:
–E ai, como vocês estão? –perguntou, o mais sinceramente que pode.
Dino pareceu achar estranhar a pergunta, talvez por vir de Harry, mas ainda assim sorriu e fez um sinal positivo. Harry sentiu vontade de azara-lo.
–Ahn... Harry. –chamou alguém atrás dele.
Harry se virou e viu Cho, ela tinha a gravata frouxa, bem ao estilo Rony, e estava sem a capa da Corvinal.
–Oi, Cho. –o garoto se levantou prontamente e pegou o braço da garota. –Vamos... Precisamos conversar.
Harry mal podia acreditar no que fizera, a vontade de dar um soco na boca de Dino e tomar Gina de seus braços era tão grande que a única coisa que encontrou para se deter foi manter sua atenção em Cho. Ele puxou a garota com um pouco de ignorância, sendo vigiado pelo olhar penoso de Hermione.
–Que deu nele? –perguntou Dino, sem perceber os olhos marejados de Gina.
–Num sei... Gina, vamos ate a biblioteca? –Hermione pareceu perceber o que aconteceu com a amiga e fez questão de afasta-la rápido de Dino.
–Tah... vamos. –as duas se levantaram, Gina beijou o rosto de Dino, evitando mostrar o seu e então saíram.
–E nelas, o que será que deu? –se perguntou Dino, bebendo um gole de seu suco de abóbora.
Gina e Hermione subiram a escadaria de mármore dois degraus de cada vez, Hermione olhando para trás verificando se Dino não vinha atrás delas. Elas subiram quatro andares sem parar, passando direto pela porta da biblioteca, Hermione gemeu baixinho. No quinto andar Gina desacelerou seus passos e, quando elas já estavam próximas a escada, ela caiu de joelhos. Hermione, que já estava quase no topo da escada, parou e desceu correndo.
–Gina... Você ta legal? –perguntou Hermione.
Claro que ela não está bem... Ela acabou de ver o Harry sair com acho... É melhor assim...
–Mione... Como ele pode? –perguntou Gina. –Como ele pode fazer aquilo comigo?
–Gina, você não pode culpa-lo... Ele a ama. –disse Hermione, tentando fazer não parecer grave.
–Eu sei Mione, mas eu... Eu ainda gosto dele, Mione... Eu amo ele...
–Calma Gina...
–EU NÃO VOU FICAR CALMA, MIONE!!!!
Hermione se assustou com a reação da garota, nunca vira Gina gritar, nem mesmo a vira exaltada. As lagrimas agora rolavam soltas pelo rosto da garota.
–Gina... Você... –começou Mione.
Mas Gina se levantou de repente e seguiu ate uma das janelas próximas. Hermione ficou olhando.
Por que eu não consigo esquece-lo..? se perguntava Gina seis anos e ele não sai da minha cabeça... por que ele fez aquilo comigo? Me deu tantas esperanças... Pensei que fossemos ser felizes para sempre...
A garota olhou para fora, havia um casal andando próximo à beira do lago, ambos de cabelos muito negros. Ela reconheceu imediatamente os cabelos espetados de Harry. Ele e Cho pareciam conversar animadamente, mais de uma vez ela encostou a cabeça no ombro dele, parecia rir. Eles pararam a sombra de uma arvore, Harry encostado de costas no tronco e Cho parada a sua frente, eles ficaram ali por cerca de trinta segundos ate que Cho se inclinou para frente e colou seus lábios nos dele, Gina deixou escapar uma exclamação.
–Gina que é que..? –Hermione se aproximou dela para ver o que ela estava vendo. –Meu deus...
–Mione... Vamos para a biblioteca. –disse Gina, a voz embargada.
–Ah, mas você parou e é isso que importa! –zombava Cho, se lembrando do jogo de quadribol do terceiro ano, em que a Grifinória ganhou da Corvinal.
–Eu parei porque estava muito rápido e podia te machucar. –tentava se defender Harry. –Imagina se a gente se tromba!
–Sem conversa, Harry Potter!
–Ahn... Louca...
Cho chegou perto dele e encostou sua cabeça em seu ombro, Harry se assustou de inicio, mas logo em seguida sorriu. Sentia um peso em sua consciência, mas era o que tinha que fazer, pelo menos Cho nunca perturbara sua mente e seria ótimo voltar a sentir por ela o que um dia sentiu. Ou será que nunca senti nada?
Eles estavam se aproximando de uma arvore e Harry notou que a pele de Cho já brilhava um pouco suor.
–Vamos encostar ali naquela arvore. –convidou Harry, puxando ela de leve pelo braço.
–Tá bom.
Harry se pôs de costas para o tronco da arvore, olhando de frente para a garota, os olhos castanhos dela refletindo a luz do sol que vinha do outro lado. Eles ficaram em silencio por cerca de trinta segundos, um olhando para o outro. Harry não pôde deixar de reparar que ela não tirava os olhos de seus lábios.
–Cho, eu... –começou ele.
–Harry, licença. –pediu ela, cortando ele.
Ela se aproximou dele de repente, o deixando sem reação. Harry não fez nada, apenas a deixou beija-lo. Isso é um bom começo, pensou ele. Harry a enlaçou pela cintura, a puxando um tantinho mais para perto.
P/A*: Ae galera que tah lendo a fic, posso pedir um favorzinho? deixem suas duvidas, criticas, sugestoes ou decepcoes preu poder saber como eu vou... so to querendo agradar.
*Pra quem nao sabe é Pedido do Autor
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