Explicações
Capitulo 10 – Explicações
–Entre. –disse a voz da professora Minerva de dentro da sala de Dumbleo... De sua sala.
“A sala não pertence mais a ele, agora é da professora Minerva...”, ele se forçou a lembrar. Harry não conseguiu disfarçar que pensar em Dumbleodore doía e isso ficou bem claro pela cara que a professora Minerva fez quando o viu entrar.
–Todos sentimos falta dele, Potter. –disse ela, indicando a cadeira logo a sua frente.
A sala permanecia exatamente a mesma, os mesmos instrumentos, o poleiro de Fawkes vazio, as prateleiras e os quadros. Harry não pensou nem olhou muito antes de se sentar, sentou e olhou diretamente para a professora, que não lhe deu atenção por alguns segundos. Olhou para fora da sala, onde uma forte chuva caia incessantemente, ele fez questão de passar os dedos pelos cabelos, agora arrepiados.
–Professora, vim terminar nossa conversa. –disse Harry, sem rodeios.
A professora ergueu os olhos, deixando de lado imediatamente o que estava fazendo.
–Não creio exatamente que tenhamos muito mais o que conversar, Potter, o que me disse já foi o bastante para entender o que se passou.
Harry não disse nada por alguns instantes, ate que sorriu, não como costumava sorrir antigamente, era um sorriso frio, astuto. O sorriso de alguém que viu o inferno e voltou para contar como era.
–Creio que não te contei que consegui pegar a tiara das mãos de Bellatriz, contei? –perguntou ele, quase zombeteiro.
O brilho no olhar de Minerva McGonagall mudou instantaneamente, um fogo se acendeu ali. Estava curiosa.
–Esta parte... –começou ela. –Não creio ter ouvido.
–Bem, é pouca coisa, bellatriz costuma desviar sua atenção de todo o resto quando está duelando, o que não é uma grande virtude.
–Você se aproveitou do momento?
–Só um feitiço convocatório. Pode-se dizer que sim.
A professora avaliou Harry por alguns instantes.
–E onde está a tiara, Potter? –perguntou a professora.
–Professora, me desculpe, eu confio muito na senhora, mas eu não posso contar onde está a tiara, nem o resto, nem mesmo para Dumbleodore eu contaria. –disse Harry, serio como nunca.
–Faz bem Harry. –disse uma voz grave atrás de Harry.
O garoto se virou assustado e se viu encarando um grande retrato de Dumbleodore o observava com um sorriso. O mesmo de sempre, os oclinhos em forma de meia lua, a barba e os longos cabelos prateados.
–O-Obrigado, professor. –agradeceu Harry.
–Potter, o que quer dizer com o resto? –perguntou a prof ª Minerva.
–A senhora em nenhum momento estranhou o fato de eu sumir por quase dois meses para encontrar apenas uma tiara?
Minerva McGonagall o fitou por alguns instantes, pensativa.
–Sinceramente, não.
–Era de se esperar...
–Sabe professora, acho que Dumbleodore te contou tudo o que sabia sobre os horcruxes.
–Como ele mesmo disse: só me contou o que eu precisava saber. São sete no total, dois já foram destruídos, e, pelo que você próprio me disse antes de ir, um está sumido.
–Sim, três já foram eliminados, nos restam quatro, certo?
–Parece que sim.
–O quarto Horcruxe... Bem, a senhora já notou que Voldemort está sempre acompanhado por uma cobra?
Minerva arregalou os olhos, o entendimento espalhado pela sua face.
–Ele não ousaria, um animal...
–Ele ousou, por dois simples motivos, como ele pertenceu a Sonserina e é descendente de Slytherin ele adora serpentes e, a mesma descendência também da a ele o poder de se comunicar com o animal.
–Mas por que ninguém matou a cobra ainda?
–Ninguém nunca imaginou que Nagini tivesse em si um fragmento da alma de Voldemort, e ela é só uma cobra, que mal poderia causar..?
A professora fez uma cara que incompreensão que fez Harry se perguntar como é que ela agüentaria manter a direção de Hogwarts se entender uma coisa simples como essa. Se ela estivesse a par da guerra que estava acontecendo. Da verdadeira guerra.
–Mas Potter...
–Ainda não acabou, professora. Restam ainda mais três horcruxes. Um deles a tiara, o outro, uma taça que pertenceu a Helga HufflePuff. A ultima Horcruxe é uma das coisas mais inesperadas que eu encontrei. Dumbleodore me disse que ele escolhia coisa que tinham algum valor histórico para ele, que fizeram parte de sua vida, mas quando eu vi aquilo...
–O que, Potter? –aflita ela queria saber logo.
–Voldemort escolheu um botão.
–Botão..? Mas não faz sentido! As outras coisas... O anel de Slytherin, a taça de HufflePuff, a tiara de Rowena Ravenclaw... Por que um botão?
Harry sorriu, deixando a professora ainda mais perplexa. Então, num ato totalmente inconsciente ele cruzou as mãos sob o queixo, exatamente como Dumbleodore fazia.
–Professora, me desculpe, mas a senhora pareceu muito com o Rony. Não era um simples botão, era o botão da capa com a qual Godric Griffinor foi enterrado.
–Mas ninguém sabe onde...
–Quase ninguém. Eu estive lá, eu vi o tumulo violado.
Ela não disse nada.
–Ao todo sete Horcruxes. –disse Harry por fim.
–Potter você tem certeza de que não quer me contar onde escondeu as Horcruxes? Existem Bruxos poderosos que podem te ajudar a proteger o local... Magia antiga...
–Professora, um dos quatro maiores bruxos da historia já protegeu o local, não se preocupe, alem de mim, só uma pessoa no mundo tem poder para entrar lá.
–Quem?
–O próprio Voldemort.
Os olhos da professora se arregalaram tanto que mais pareciam dois pequenos pires. Harry pode sentir seu nervosismo, mas em sua mente estava claro que ela não desconfiava do esconderijo. “Tanto melhor” pensou ele.
Harry se levantou. E seguiu para a porta, a passos lentos.
–Por enquanto isso é tudo. A senhora poderia pedir para algum dos elfos arrumar minhas coisas?
A professora não respondeu de imediato. Mas Harry não parou
–Posso considerar um isso como um é claro Potter? –perguntou o garoto, quase acido.
–Não.
Harry parou de chofre.
–Mas... Professora, a senhora não pretende me prender em Hogwarts só porque não quis te contar um segredo, não é?
–Não, Potter, você se lembra da promessa que te fiz no primeiro ano, Potter?
Harry pensou um pouco, se lembrou vagamente de uma discussão entre a professora Minerva e Dolores Umbridge durante um encontro para verificar as aptidões de Harry.
–A senhora prometeu me tornar um auror... Mas eu não estou entendendo.
–Eu prometi fazer de tudo que estava ao meu alcance para te tornar um auror.
–E...
–Para ser um auror, Potter, é necessário se concluir os estudos e te obrigar a concluir o ultima ano está perfeitamente dentro de meu alcance.
Harry arqueou as sobrancelhas, pela primeira vez desde que voltara a Hogwarts vira a verdadeira Minerva McGonagall, enérgica, decidida.
–Tanto faz... Não tenho muito o que fazer lá fora mesmo. –disse Harry, contrariado, mas reconfortado de saber que a professora não perdera seu brilho.
Ele seguiu ate a porta e a abriu, já ia saindo quando ouviu a professora lhe dizer.
–Para a torre da Grifinória, Potter, a senha é príncipe.
Ao ouvir o nome príncipe Harry sentiu uma onda de fúria se espalhar pode seu corpo. Um trovão ecoou.
–Tah...
Ahn... Potter, antes de ir, me responda uma coisa.
Harry parou, já sem paciência e voltou-se para a professora.
–Você me disse que não era páreo para lestrange, e que estava tendo dificuldades em manter a defesa, como conseguiu realizar um feitiço convocatório?
Harry sorriu.
–Eu tinha uma mão livre, professora. –disse o garoto, balançando a mão esquerda.
Então ele saiu.
–Legilimência impecável, oclumência absurda, feitiços sem varinha... aprendeu tudo isso em dois meses... com apenas dezessete anos... sabe Alvo, isso não me cheira bem...
–Ele sempre foi excepcional, Minerva, muito acima da media, talvez só esteja aprendendo a usar os dons que sempre teve.
–Mas é muito pouco tempo, Alvo.
–E tempo é algo que não temos, Minerva.
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