B.K.
Capítulo 24 – B.K.
-Se eu encontrar esse Malfoy eu acabo com ele... – ia dizendo Hermione. Gina havia acabado de contar que ele a beijara.
-Não se preocupe Mione, eu sei lidar com ele... e ele não vai se esquecer de mim por um bom tempo... – e depois riu.
-O que você fez com ele Gina Weasley? – perguntou Hermione, mas havia um tom de riso em sua voz. – Lançou uma Azaração para Repelir Bichos-Papões? Você é especialista nisso...
-Na verdade foi bem pior, Mione... – ele riu mais um pouco. – Eu dei uma joelhada nele... e bem naquele lugar... – e depois gargalhou. Não demorou muito e Hermione já ria junto com a amiga.
-E é bem feito para aquele loiro metido aprender a não mexer com você...
-Pois é, eu sei que ele não vai mais me... – Gina parou de falar, olhando para o relógio. Lentamente seus olhos se arregalaram. – Mione você viu que horas são?
-Hum... não, o que tem? – perguntou a amiga olhando para o próprio relógio.
-O Rony não falou algo sobre o treinamento do Clapham começar hoje depois do jantar, que por acaso acabou há 15 minutos...?
Os olhos de Hermione se arregalaram também...
-AH MEU DEUS! ESTAMOS ATRASADAS... VAMOS GINA... – Hermione agarrou a mão de Gina e disparou pelo corredor. Até aquele momento estavam conversando à saída da biblioteca e agora tinham que subir dois andares na maior velocidade possível. Hermione dizia coisas desconexas que Gina não entendia:
-Como eu... isso... impossível... irresponsável... idiota... sou... horas... vamos... aula... má... impressão...
Gina sequer conseguia respirar, apenas era arrastada pela amiga na maior velocidade que conseguia. Subiram lances de escada e atravessaram tapeçarias, economizando tempo pelos atalhos que Harry às vezes utilizava.
Chegaram quase morrendo no corredor do segundo andar, ainda correndo em direção à Sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Hermione ainda segurando Gina pelo pulso, abriu a porta à toda a velocidade. Maximus Clapham estavam no meio de um tatame, com todos sentados a sua volta e todos ficaram olhando para as duas que chegaram.
Hermione se apoiou nos joelhos tentando respirar enquanto Gina se apoiava na parede em busca de ar.
-Desculpe... o atraso... professor... – Hermione tentou dizer.
-Onde vocês estavam? – perguntou Rony, olhando para as duas que estavam ofegantes, vermelhas e suadas.
-Isso não importa. Sentem-se garotas. – disse o professor.
Hermione e Gina caminharam lentamente e se sentaram ao lado de Neville.
-Como eu estava dizendo, se vocês souberem se defender com um pano ou uma capa, o que não fará com uma arma? Além do mais, atirar a capa em um oponente irá cobrir sua visão enquanto você faz uso da espada. A espada será o ponto forte de vocês, mas terão de saber lutar com adagas, escudos e a varinha.
E os treinamentos começaram. Em um dos treinamentos Clapham usou duas espadas, atacando cada um de uma vez, quando o aluno só tinha um escudo para se defender. Foi um desastre. Estariam degolados em segundos. Mas esse treino persistia até o momento em que cada um conseguia resistir por um pouco mais de tempo... E por mais um pouco... Até conseguirem se esquivar e defender dos golpes titânicos de Clapham por um tempo considerável, o que certamente seria muito na hora de enfrentar Comensais, visto que Clapham era um espadachim excepcional.
***
Os meses se passaram rapidamente. O natal se aproximava. Todos acordavam cada vez mais cedo para treinar com Guilherme, correndo ao redor do lago ou nadando nas águas congelantes do mesmo. Todos os dias tinham treino com Guilherme e Clapham, o que apenas fazia com que não tivessem tempo para muitas outras coisas. Os treinos continuavam cada vez mais duros. Tinham de carregar grandes sacos de areia nos ombros por grandes trilhas e caminhar por pelo menos uma hora todos os dias para fortalecer as pernas.
Depois de algumas semanas treinando, Clapham veio com uma novidade: os alunos se deitavam no chão, um de cada vez, e ele lhes lançaria um Feitiço do Empurrão no abdômen.
-Seu equilíbrio está na cintura, Potter. Esse é o maior segredo de um bom espadachim, pois o equilíbrio em batalha é essencial. Já vi muitos e bons guerreiros tombarem em batalha devido à falta de equilíbrio. Nunca ensinei isso a ninguém. Nem sei por que lhe ensinei isso. Acho que é para você fazer um bom trabalho com o Lord das Trevas. – ele riu. – Deve ser por isso.
Três horas por dia. Seis dias por semana. Quatro semanas por mês. Esse era o tempo que Harry passava treinando com Clapham. Estava agradecido por todo o conhecimento e pelo treinamento que ele lhe passava, mas mal pensava nele e já chegava o horário do treino.
-Novidade pessoal! Treino novo hoje! Espada!
Houve uma pequena balburdia. Desde que os treinamentos começaram, eles sequer haviam pegado em espadas. Clapham disse que quando eles se preparassem bem e estivessem prontos eles começariam a treinar com espadas.
-A espada é uma arma longa e, justamente por isso, pesa quando está parada na sua mão, pois a ponta começa a cobrar do seu pulso e braço. – ia explicando ele. – Espada parada é espada pesada. Lembrem-se disso. Se o espadachim ficar apontando uma espada parada, ele tem a impressão de que economiza forças, mas o que acontece é justamente o contrário: ela pesa demais e o esgotamento logo o atinge. E se seus golpes são em variados sentidos, visando alterar as direções, isso exige dos pulsos um esforço inócuo. Mas se você movimentar a espada sem parar, economizará forças e terá uma arma mais eficiente, pois dificilmente alguém se aproximará de você sem perder a cabeça, visto que se atingir alguém será no pescoço, o lugar correto de acertar um oponente com uma espada. – Clapham pegou uma espada comum, de lâmina brilhante e começou a girar, a fazendo assobiar por cima da cabeça de todos. A arma parou de sibilar e era a vez dos alunos tentarem...
-Potter, venha cá. – Harry se levantou e se dirigiu a Clapham que lhe entregou a espada. Seu peso era absurdo para uma arma e Harry entendeu perfeitamente com o que ele queria dizer com peso na ponta, pois a espada tendia a tombar no chão, como um arado. Antes de mais nada, Clapham ensinou Harry a segurá-la. Como empunhar o cabo e a que distância mantê-lo em relação ao corpo, como dobrar o cotovelo e alinhar a espada com os movimentos corporais, aliás, alinhá-la contra, pois se deve fazer um contrapeso com o corpo ao movimento da espada, a fim de manter-se equilibrado, dissera Clapham.
-Movimento pendular. Como um lobo que ao perseguir uma presa rápida tem de fazer uma curva fechada e para manter o equilíbrio utiliza a cauda como contrapeso.
Depois de apresentados à espada, todos perceberam que ser espadachim era muito mais do que sacudir uma lâmina, havia toda uma teoria de defesa e ataque, e a utilização da espada, como logo perceberam, parecia-se mais com uma dança ensaiada onde tudo era milimétricamente calculado.
***
Faltavam apenas três dias para o natal. Hogwarts estava cercada com grandes montes de neve. Os corredores eram varridos por fortes correntes de vento, frios como facas de gelo, por isso muitos optavam por ficar em suas Salas Comunais, saindo apenas para as refeições.
As férias já haviam começado a tempos, mas mesmo assim Harry, Rony, Hermione, Guilherme e Gina ainda faziam os deveres passados pelos professores. Aquela noite em especial, estava incomumente monótona.
-Eu não agüento mais... Esse Snape que se dane... Faltam só três dia para o natal e ele passa um redação de um metro sobre a Poção Anti-Veritaserum... Ele é o que? Louco?
-Ora Rony... por favor... você não é o único atarefado por aqui, sabia? – disse Gina.
-Pode copiar a minha se quiser, Weasley. Eu já fiz essa redação há dias atrás. – disse Guilherme que lia um livro.
-Ele não quer copiar a sua redação Guilherme, não é Ronald? – perguntou Hermione olhando feio para Rony.
-Ah é claro que eu... – ele fez uma pausa na qual todos o encararam para saber sua resposta. - ...quero. Se você não me empresta Mione, porque o Guilherme não pode?
Hermione bufou, mergulhando a todos num clima muito pesado. Rony começou a copiar a redação quando uma leve batida na janela anunciou que uma carta chegara.
Harry foi até lá e abriu a janela, deixando uma coruja completamente negra de olhos claros entrar.
-Quem você esta procurando? – perguntou Harry em voz alta lendo o destinatário. – B.K.?
-B.K.? – perguntou Guilherme se levantando da cadeira imediatamente. – Essa carta está destinada ao B.K., Harry?
-Quem é B.K.? – perguntou Rony erguendo a cabeça.
-Eu sou o B.K. – disse Guilherme olhando em volta para se certificar de que a sala estava vazia. – É o meu codinome na Ordem.
Ele caminhou até a coruja e pegou a carta murmurando um "Obrigado Kronos" para a coruja e dispensando-a.
Ele rompeu o lacre de cera vermelha e desenrolou o pergaminho pigarreando. Todos esperaram, na expectativa, para ouvir a carta ser lida em voz alta, mas ela não foi. Guilherme a leu e voltou a enrolar o pergaminho pensativo.
-Volto já. – e saiu apressadamente pelo retrato da Mulher Gorda, mas não sem antes lançar o pergaminho na lareira acesa.
Assim que ele saiu, Hermione puxou a varinha e murmurou um feitiço, fazendo com que o pergaminho saísse da lareira, apenas meio chamuscado, mas ainda assim, inteiro.
Ela o abriu e leu:
"Black Knight,
A doença do Rei está pior. Sua presença é essencial. Esteja na Sala do Trono quando a lua estiver em seu ápice, na mesma noite em que receber esta carta. Todos os Cavaleiros estarão lá, por isso não falte. Tenha certeza de que o Principal Tesouro do Rei estará em segurança. Não comunique sua saída a nenhum Aldeão Infiel. NINGUÉM deve saber! Repito, certifique-se da segurança do Principal Tesouro antes de vir encontrar o Rei, B.K.!
Honradamente
A Rainha!"
Hermione terminou de ler e olhou para os três amigos.
-Alguém entendeu alguma coisa dessa carta? – perguntou Rony olhando de Harry para Hermione, de Hermione para Gina e dessa novamente a Harry.
-Deve ser um código... mas sinceramente eu não consegui entender. Hermione? – perguntou Gina.
-Não tenho idéia. – disse ela.
Todos os olhares se concentraram em Harry.
-Ei não olhem para mim, a gênia aqui é a Mione...
-Ora Harry, francamente... – começou ela quando o retrato da Mulher Gorda se abriu.
Guilherme estava com uma pesada capa negra de frio. Ele caminhou a passos rápidos até onde os garotos estavam.
-O que vocês... o que a minha carta está fazendo aqui? – ele apontou o pergaminho chamuscado largado em cima da mesa. Na confusão de perguntas que se seguiu à carta acabaram deixando o pergaminho em cima da mesa. – Vocês leram?
Sua expressão era impossível de ler, não dava para saber o que ele estava sentindo ou pensando e Hermione sabia que isso era uma das coisas das quais ele mais se orgulhava na própria personalidade.
-Vocês leram... mas não conseguiram entender nada, não é? – ele deu um sorriso pelo canto dos lábios. – Sentem-se.
Todos se sentaram nas próprias poltronas em frente à lareira. Guilherme puxou a varinha e apontou para Harry murmurando um feitiço. Houve um flash de luz.
-O que você fez comigo? – perguntou Harry tentando se levantar, sem, no entanto, obter êxito.
-Feitiço Adesivo. Você deve ficar aqui. Hermione e Rony fiquem com ele aqui até eu voltar. Não o deixem sozinho. – depois disso ele se dirigiu à lareira. – Vou indo. Tenho uma reunião na Ordem e ainda tenho que passar num lugar.
-Mas você não pode deixar o Harry aqui assim...
-Não se preocupe, eu volto logo. – Ele pegou um pouco de Pó de Flú e jogou no fogo, deixando-o verde-esmeralda. – Até daqui a pouco. – entrou no fogo. – Travessa do Tranco! – e sumiu em uma lufada de fogo verde-esmeralda.
***
-Xeque-mate... ganhei de novo Harry. – disse Rony sorrindo.
-Grande novidade... eu 'tô quase dormindo aqui, você queria o que? – resmungou Harry bocejando na poltrona.
-Ora, não dê desculpas pela sua péssima estratégia...
-Será que dá pra vocês pararem de discutir? – disse Gina elevando a voz na mesa ao lado. – Estamos tentando tirar alguma informação dessa carta e vocês não estão ajudando com essa discussão.
Hermione, sentada ao lado de Gina, não disse nada, apenas bufou enquanto copiava mais algumas frases do pergaminho.
-Eu cansei desse jogo... – resmungou Harry bocejando de novo.
-Certo, vou guardar então... – Rony pegou o tabuleiro com as peças equilibradas nos seus devidos lugares e caminhou alguns passos. Passos abafados foram ouvidos descendo a escada do dormitório feminino.
Uma garota de pele branca e cabelos muito negros apareceu envolta por um roupão de seda vermelha. Os olhos azuis de Susan brilharam ao ver os presentes.
- O que todos estão fazendo aqui a essa hora? – perguntou calmamente.
-Hum... jogando Xadrez de Bruxo. – disse Rony segurando o tabuleiro cheio de peças.
-Ah claro... adoro esse jogo. – ela se aproximou do tabuleiro analisando as peças.
-DESCOBRI! – berrou Hermione a plenos pulmões, fazendo todos se assustarem. Susan deu um pulo tão grande que o tabuleiro e as peças de xadrez voaram por cima do sofá e rolaram para o chão. Pondo a mão sobre o peito arfante ela disse:
-Deixa que eu pego...
-Hermione, não precisava gritar desse jeito. Quer acordar o castelo inteiro? – sussurrou Rony se aproximando enquanto Susan sumia atrás do sofá, em busca das peças de xadrez.
-Eu acho que eu descobri um importante código... Aqui nessa parte "A doença do Rei está pior"... eu acho que quer dizer que a Ordem tem um problema... – disse em voz baixa apontando para o pergaminho.
-E não é que você está certa Hermione? – disse uma voz atrás deles. Todos deram um pequeno salto do novo susto, até que se viraram e deram de cara com Guilherme saindo da lareira, cheio de fuligem. – É exatamente isso que esse trecho quer dizer.
-Será que agora que você voltou, poderia retirar esse feitiço? – perguntou Harry incomodado.
-Ah claro. Me desculpe. Finite. – murmurou depois de colocar o embrulho que carregava na mesa. – E então... conseguiram desvendar os códigos da carta?
-Não, mas você poderia nos ajudar não é Cavaleiro Negro? – disse Gina em voz alta.
-Não é à toa que eu sou chamado de B.K. ou Black Knight ou Cavaleiro Negro. – ele parou de falar ligeiramente pensativo e depois riu baixo, dando de ombros.
-B.K. ou Black Knight ou Cavaleiro Negro? – a voz de Susan ecoou pela Sala Comunal, fazendo Guilherme se virar para ela, surpreso.
-Su... Susan... o que está...fazendo aqui? – gaguejou ele.
-Como você pôde Guilherme McKinnon? Como pôde usar esse nome? – ela perguntou, endurecendo as feições, antes pacíficas.
-Aqui não é o lugar e nem a hora para isso Susan...
-E quando será a hora e o lugar? – ela insistiu. Guilherme segurou-a pelo pulso e a puxou em direção ao retrato da Mulher Gorda, a alguns metros do lugar onde estavam antes. Começaram a discutir em voz baixa, apesar de algumas frases se sobressaltarem na Sala Comunal vazia.
-Isso era um segredo... – dizia Susan com voz reprimida de raiva.
-Ainda é um segredo... – tentava explicar Guilherme.
-Como assim "ainda é um segredo"? – apontou para Harry e os outros. – Todos eles já sabem!
-Eles não sabem de nada. Apenas Dumbledore e poucos membros da Ordem sabem disso...
-Apenas... Você acha pouco? COMO VOCÊ PÔDE? Por que usou esse nome? Por que justamente esse nome?
-POR QUE ELE É ESPECIAL PARA MIM! EU O USEI PORQUE ELE É IMPORTANTE PARA MIM!
Todos silenciaram depois da discussão sussurrada que se transformou em briga aos gritos. Susan parou olhando para Guilherme, que não a encarava. Ele olhava para o chão quando disse:
-Eu usei o B.K. por que é especial para mim... você sabe o porquê...
-Guilherme eu... eu... – começou Susan, mas não pôde terminar porque foi calada com um beijo. Foi pega de surpresa, mas nem por isso deixou de corresponder.
-Quem entende esse dois? – perguntou Rony aos amigos. – Numa hora brigam como cão e gato e na outra parecem um casal de coelhos...
Hermione o olhou, indignada com o comentário:
-Rony... cala a boca!
-Mas o que foi que eu fiz? – perguntou ele fechando a cara.
***
Depois de Guilherme e Susan se acertarem por algum tempo no sofá do Salão Comunal, eles se sentaram à frente da lareira para conversar com os outros. No mesmo instante, Guilherme foi bombardeado por perguntas em relação à carta e à reunião da Ordem.
-Calma, calma. Um de cada vez.
-Certo, eu primeiro. – disse Hermione, curiosa. – O que quer dizer essa carta?
-Ah bom, a carta. Me dê ela aqui... o código é simples. – disse ele pegando um pergaminho e rabiscando. Logo entregou os rabiscos e Hermione leu para os outros:
Black Knight, B.K. = Guilherme McKinnon
Doença do Rei = Problema da Ordem
Sala do Trono = Sede da Ordem
Lua em seu ápice = Meia-noite
Cavaleiros = Membros da Ordem
Principal Tesouro do Rei = Harry Potter
Aldeão Infiel = Não-Membros da Ordem
Rei = Ordem
Rainha = Escritor da Carta (Dumbledore ou McGonagall)
-É isso. Agora é só substituir as palavras na carta que ela ganha sentido. – Explicou Guilherme reescrevendo a carta abaixo da original. – Vejam:
"Guilherme McKinnon,
O Problema da Ordem está pior. Sua presença é essencial. Esteja na Sede da Ordem à Meia-noite, na mesma noite em que receber esta carta. Todos os Membros da Ordem estarão lá, por isso não falte. Tenha certeza de que Harry Potter estará em segurança. Não comunique sua saída a nenhum Não-Membro da Ordem. NINGUÉM deve saber! Repito, certifique-se da segurança de Harry Potter antes de vir encontrar a Ordem, Guilherme McKinnon!
Honradamente
Escritor da Carta"
Todos leram a carta abobalhados e impressionados com a simplicidade da mesma.
-Agora isso faz algum sentido. – murmurou Gina.
-Mais alguma pergunta? – perguntou Guilherme impaciente enquanto a turma voltava a ler a nova carta.
-Sim. O que houve na reunião? – perguntou Hermione curiosa.
-Bom, eu não deveria contar, mas como precisarei da ajuda de vocês, serei obrigado. Essa reunião de emergência foi realizada devido à procura pela Excalibur. Até aí nenhuma novidade. Acho que vocês já haviam suposto isso, de tão óbvio...
-Eu não supus isso. E você? – sussurrou Rony à Harry, que deu de ombros.
-...de tão óbvio. A questão é que a Ordem descobriu recentemente um pergaminho muito antigo, e quero deixar bem claro que essa informação é ultra-secreta, que pode guardar a localização da Espada Sagrada. Esse pergaminho está escrito em latim ou hebraico antigo, sei lá... enfim, Dumbledore, Snape e Lupin vêm trabalhando nele há algum tempo e conseguiram decifra-lo por fim. Esse pergaminho ao que parece, foi escrito pelo próprio Merlim. Vocês têm noção do que é um pergaminho escrito por Merlim em pessoa? – Ele fez uma pausa e respirou profundamente antes de continuar. – Bom, a reunião de hoje foi para discutir isso, em geral.
-Mas na carta diz que há um problema na Ordem... – disse Hermione com cara de sabe-tudo. – E esse pergaminho pelo jeito é uma solução e não um problema.
Guilherme olhou para Hermione fixamente por um segundo, para sorrir sem graça depois.
-Você me pegou Hermione. Achei que vocês tivessem se esquecido desse detalhe da carta, mas nada escapa de Hermione Granger. – Ele riu um pouco. – Eu omiti um tópico da reunião... – Disse ele aos olhares curiosos que o cercavam. – Dumbledore confirmou que há um espião infiltrado na Ordem...
A surpresa tomou conta da mesa, embora a agitação tenha sido contida por Guilherme.
-Mas isso é um assunto de Segurança Alfa. Não posso contar a ninguém, nem sob tortura, literalmente falando.
Pelo tom de voz dele, todos entenderam a seriedade da Segurança Alfa.
-Hum, sobre esse pergaminho... – Começou Hermione, mudando de assunto. – Você disse que ele guarda a localização da Excalibur, certo? Mas de que modo está isso, quero dizer, há um mapa desenhado no pergaminho?
-Bem, eu não vi o pergaminho com meus próprios olhos, mas ao que disseram na reunião, o pergaminho dá instruções específicas e que podem indicar apenas um lugar em todo o planeta. Se não me engano a localização é dada por meio de charadas, ou algo assim. Agora imagine a dificuldade em ter que traduzir para a nossa língua e ainda por cima manter o mesmo sentido da charada, para não modificar suas respostas. É uma tarefa dificílima. Mas para a nossa sorte, a localização já foi confirmada e alguns aurores e membros da Ordem vão partir para explorar em dois ou três dias.
-O QUE? – disseram todos em coro.
-Que foi? – perguntou Guilherme surpreso pela reação deles.
-Você não havia dito que já haviam localizado a Espada...
-E não localizaram a Espada... Localizaram um Templo onde a Espada possivelmente...
-NÃO! – Berrou Harry, se levantando da poltrona. – Voldemort já chegou lá. A Ordem não pode ir pra lá... Serão atacados e...
-Ei Harry, acalme-se. Dumbledore nos contou o sonho que você teve, estamos cientes de tudo...
-NÃO! Quem quer que vá à essa exploração será atacado e alguém vai se dar mal...
-Calma Harry... – tentou dizer Hermione.
-Acalme-se e diga, por que você acha que alguém vai se dar mal Harry?
-Por que tive outro sonho... e nesse sonho houve um ataque... e alguém se dá muito mal...
-Quem se dá mal, Harry? – perguntou Guilherme, sua preocupação se acentuando.
-... – Harry engoliu em seco e respirou fundo antes de responder. – Quem vai se dar mal... serei eu!
________________________________________________________________
N/A: Bom... Aí está o novo cap... Obrigado a tds q tem comentado... Voltarei a postar assim que escrever um novo cap... Vlw a tds e COMENTEM!!!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!