Complicado Demais






Aos poucos seus sentidos foram voltando, ele sentia uma forte dor de cabeça. Draco abriu os olhos, olhou envolta, tentando se lembrar do que acontecera. Viu em seu colo um pequeno pedaço de pergaminho. Agora ele se lembrava de tudo. Havia sido um crápula, sabia. Geralmente não se importaria, mas alguma coisa nova parecia nasces dentro dele, para os entendidos uma coisa mais conhecida como consciência, ele definitivamente tinha que parar de andar com essa Weasley. Ele sentia algo como remorso e sua mente estava em conflito.



-/p/Vai atrás dela e concerta.
-/p/Mas, o que ela fez comigo noite passada... E... Eu não corro atrás de mulher...
-/p/Ela não merecia ouvir aquilo, nós dois sabemos.
-/p/Eu não vou atrás dela, não de novo.



-/p/ Discutir com si mesmo, primeiro sinal de loucura – pensou Draco já massageando as têmporas.








˱˱˱˥˱˱˱˥O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥ O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥









Ginny saiu correndo da biblioteca, aos prantos, ela não conseguia conter a onda de raiva e frustração que a consumia. Ela sentia seu coração apertado, um nó na garganta uma sensação que ela não conseguia descrever direito. Sentia-se usada, descartável. A ruivinha corria em pernas bambas sem ter idéia de para onde ia, tinha a terrível sensação de que aquele maldito corredor não tinha fim, pois a muito que corria em linha reta e aquela passagem não tinha aspecto de que estava para acabar, o que só a fez ficar mais desesperada e aumentar o seu estado de agonia.



Até que, para seu alívio, ela finalmente viu a grande escada que levava ao andar inferior, pelo menos sairia daqueles malditos corredores sem fim. De súbito, lembrou-se dos jardins e naquele momento a idéia parecia até animadora, ela enxugou um pouco o rosto muito vermelho e inchado e desceu as escadas o mais rápido que suas pernas lhe permitiram.



*CRACK* Já muito perto da saída esbarrou em algo, que a fez cair de uma só vez no chão.



Era a pequena Nancy, Gina levantou-se, murmurando algo bem parecido com um ‘Me desculpe’ com a voz bastante embargada e tornou a correr. Com a porta da entrada teve certa dificuldade, já que a porta era muito grande e pesada. Uma vez com a porta aberta, tropeçou para fora daquela casa de loucos, ela reparou que não tinha saído no mesmo local que da outra vez, agora ela saia pelo Hall, da outra vez pela cozinha.



Logo avistou o pequeno balanço no enorme carvalho, e logo antes, o labirinto.



-/p/Até que agora não seria má idéia me perder ai dentro. –pensou ao passar por ele.



Sentou-se de imediato no balanço, era estranho, mas balanços causavam uma grande sensação de reconforto a ela, de fato ela já se sentia menos desolada. No pequeno balanço, Ginny se lembrava das alegrias de sua infância, mesmo ela não tendo brincado muito em balanços. A ruiva se balançava para frente e para trás de leve, ainda chorando, quando começou a achar má idéia ter ido para os jardins, assim que sentiu uma rajada de vento frio cortante lhe causar espasmos.



-/p/ Ótimo Virgínia! Só você mesma para vir aos jardins NEVANDO apenas com um casaquinho desses – repreendeu-se mentalmente enquanto tremia.









˱˱˱˥˱˱˱˥O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥ O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥








Depois de um tempo andando de um lado para o outro, Draco finalmente tomou uma decisão. Andando em direção à uma mesinha baixa, perto do sofá em que o loiro estava antes, apanhou um sininho muito similar ao que Gina havia usado para chamar Nancy e sacudiu-o.



-/p/ Por que eu ainda me importo meu Merlim? Por quê?! Se fosse antes... Ah, não, eu teria um pingo de orgulho... O que está acontecendo comigo? – pensou enquanto balançava negativamente a cabeça.



Ele aparentemente esperava por algo. Ao olhar de relance para o sofá Draco viu o pergaminho, num gesto rápido pegou-a e colocou no bolso das calças. Em vista da aparente demora tornou a andar impacientemente de um lado para o outro.



-Chamou Nancy, jovem senhor? – indagou uma criaturinha que ofegava muito e parecia amedrontada.


-Não, imagine, eu estava apenas testando para ver se funciona – respondeu Draco irônico e controlado, de um jeito que só ele conseguia ser - Tens idéia do quanto me fez esperar? – perguntou com os dentes cerrados – e deve ter ciência de que odeio esperar, não? – ele falava num tom ameaçador e agora levantava uma sobrancelha.


-Nã... Desculp... Ma-a – sim, n-nã... – a elfo embolou-se com as palavras enquanto torcia freneticamente uma mão na outra.


-Ah! Vá lá! – Draco agora estava impaciente, passou a mão nos cabelos e tornou a falar.

-Por acaso tens idéia de onde está Virgínia?


- E-eu, b-b...bem, a vi – passando-pela-porta-principal – ela disse tudo de uma vez, de modo que Draco quase não entendeu o que ela havia dito.


Hum está bem – ele pareceu refletir – então me traga um casaco e um par de luvas – E não me faça esperar!


-Nancy traz – ela exclamou amedrontada. Girou os calcanhares e disparou a correr.




Draco estava muito bem agasalhado, com três blusas, sendo a última delas algo que parecia um moletom de lã finíssimo. Mas estava nevando, e se tinha uma coisa que o loiro odiava, era sentir frio, aliás, odiava o inverno.



Depois de um breve espaço de tempo, Nancy retorna com um, sobretudo de couro, preto e um par de luvas igualmente negras..



-Já não era sem tempo - bradou Draco muito mal-humorado.


-É tudo - disse, vendo que mesmo que estivesse com as luvas e o casaco na mão aquela elfo estúpida continuava a encará-lo interrogativamente.




Vestiu o pesado, sobretudo preto, calçou as luvas e rumou para os jardins. Enquanto caminhava refletia sobre o que iria dizer a raposinha.




Depois de uma longa jornada caminhando, chegou à tão temida por da frente, inspirou fundo, passou a mão pelos cabelos e saiu pela porta ativo.




Logo que chegou ao lado de fora sentiu a diferença de temperatura, a mansão era gélida, mas aquele local chegava ser insuportável de tão frio.




Mais alguns passos a frente avistou a ruivinha, no mesmo local onde havia encontrado-a pela primeira vez. Ela estava com a cabeça baixa, chorando e tremendo muito, aparentemente de frio.




Draco tentava chegar até ela, mas era difícil em vista que, para cada passo que dava, parecia afundar em meio metro de neve muito fofa.




-/p/Eu definitivamente ODEIO neve! Só posso estar ficando louco, vir aqui com um frio desses, para fazer o que estou prestes a fazer, é, estou louco.




Com muito esforço ele conseguiu chegar a uma distância que parecia adequada, caso ela se enfurecesse novamente e tentasse agredi-lo. O loiro ficou ali um tempo parado, esperando em vão que ela percebesse a sua presença e falasse primeiro. Depois de mais um tempo defronte para a ruiva e ponderando o que fazer, tomou coragem e tentou principiar uma conversa.




-Gina? - ele indagou meio baixo e inseguro.



Ela não parecia perceber, apenas continuou ali, estática.



-Virgínia?! - Draco tentou de novo, um pouco mais alto do que da outra vez.



Ginny levantou a cabeça.



-Se veio procurar diversão, acho que errou de pessoa - a pequena não mais gritava, suas faces não se tornaram escarlate, ela estava extremamente calma e controlada. Só parecia agora, ter aversão àquele loiro que estava parado à sua frente.



Então era isso, ela o odiava, tinha nojo. Draco sentiu algo estranho dentro de si, algo que definitivamente não era agradável, doía, era como se estivessem o apertando por dentro e essa era de longe a pior sensação que ele já teve.



-Você não precisa morrer de frio, sabia? - disse ele estendendo o pesado, sobretudo para a ruivinha.



-Você não precisa fingir que se importa, sabia? - Gina retrucou parecendo exausta, ainda com o rosto vermelho e tremendo muito.



-Não estou fingindo pequena - Draco ainda segurava o casaco estendido para ela.



-Qual é a sua hein Malfoy?! - Suas faces começavam a tornar-se vermelho-tomate - Não causou sofrimento demais por um dia não?!E... Se você PENSA que vai conseguir algo está muito enganado e... - Ginny recomeçou a falar rápido emendando umas palavras outras, tornando impossível de entender o que ela falava.



-Eu não sei... -Draco sussurrou tão baixo que foi quase impossível ouvi-lo.



-O QUE?!! - Ela gritou se levantando do balanço para ver se entendia algo do que Malfoy dizia.



-Eu não sei, ta legal? - ele ainda falava em tom de conversa, irritantemente calmo e controlado - Ultimamente faço coisas que nem mais eu entendo.



-Ah! Corta essa Malfoy! - Você não vai me enganar dessa vez não! Eu já aprendi a minha lição e não confio mais em caras como você!



-Como assim, "caras como eu" ?!



-Canalhas - Gina falou simplesmente



-Ah, é?



- É! - ela afirmou impassível, disposta a não ceder.



-Então, ótimo! - Nem ele mesmo se entendeu -/p/ “ÓTIMO”?! Que tipo de resposta é essa Malfoy?! - Draco não conseguia, não conseguia ofende-la, não agüentaria vê-la magoada novamente.



-Ótimo!




Mas algo aconteceu, eles estavam perigosa e tentadoramente perto um do outro. Os dois se encararam por alguns segundos. Draco percebeu que ela ainda tremia muito e estava começando a ganhar um tom meio azulado.


- Não vá pegar uma pneumonia pequena.


Ainda com o, sobretudo na mão, passou-o por cima de Ginny e depositou-o nos ombros dela, o casaco ficava exageradamente grande nela, o que Draco até achou bonitinho e deu um semi-sorriso inconsciente. Ele aproveitou o movimento do casaco para abraçá-la pela cintura, trazendo-a para mais perto e acabando finalmente com a distancia entre eles, suas bocas estavam seladas.


O beijo era lento e quente, diferente dos anteriores. Draco estava mais sutil, mais delicado com ela, parecia recear que ela pudesse se quebrar. Nesse momento Gina esqueceu todo o ódio que estava sentindo de Malfoy, até seu corpo parecera esquecer de tremer. A cada toque do loiro ela estremecia, Draco estava tão delicado que esses toques causavam a ela arrepios por todo o corpo e ela adorava a sensação. Mas, de súbito, se lembrou de algo. Interrompeu o beijo sem qualquer cerimônia ou aviso prévio, Draco olhava-a com desapontamento no rosto.



-Malfoy, você não pode continuar brincando comigo desse jeito! - ela falava agressiva mais soava mais como uma súplica, ela queria entender o que acontecia.



- E quem disse que estou brincando pequena? - Draco dizia a verdade, mas seu sorriso irônico aparecera em seu rosto e seu tom pareceu irônico, definitivamente não era essa sua intenção, mas já era um hábito falar dessa maneira calma e arrastada.



-VOCÊ!



- Falei sem pensar - respondeu rapidamente, talvez assim tivesse a raposinha em seus braços mais rapidamente.



Ginny tomou essas palavras dele como mais uma vez irônicas. Entendeu que ele estava brincando com ela.



- Malfoy SAI DE PERTO DE MIM!! eu tenho NOJO de você - ela mais uma vez gritava.



Gina estava farta dele brincando com ela de tal forma, considerava tudo o que ele tinha dito à ela na biblioteca verdade e que ele tinha a beijado, mais uma vez para brincar com seus sentimentos. A ruiva tirou o sobretudo, atirou-o em Draco e sai dali, correndo e chorando muito. Ela não agüentava mais essa situação toda.




Cinco palavras não paravam de ecoar na cabeça dele "EU TENHO NOJO DE VOCÊ!". Então era isso, ela o repugnava, era isso e ele não podia fazer nada. Não agüentava mais, toda vez que tentava consertar as coisas, fazer direito, acabava piorando a coisa toda. Por que tudo isso tinha que ser tão complicado? Por que ela não simplesmente entendia que ele a queria? Agora Draco admitia, não havia mais como negar, aquela ruivinha mexia com ele, o fazia fazer coisas que se estivesse em seu juízo perfeito jamais faria. Tudo que Draco mais queria agora era ter aquela raposinha arisca nos braços, não suportaria essa dor, esse vazio. Draco sentia-se invadido por um batalhão de sentimentos eclodindo dentro de se, e tudo de uma vez só, tudo doía intensamente, seus olhos ardiam. Nesse momento ele só queria que tudo isso parasse, queria sair de sua mente, porque ali não era um bom local para se estar agora, parecia que a qualquer momento a nave ia entrar em pane, por sobre carregamento.



Estava tornando-se insuportável, a dor, a confusão, os pensamentos contraditórios, estar dentro de si naquele momento era insuportável.









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Ela entrou berrando e chorando descontroladamente ao mesmo tempo.



-ALGUÉM??!! ALGUÉM NESSA CASA PODE VIR AQUI?!!!!!!!!



Segundos depois aparece um elfo e antes que ele pudesse falar qualquer coisa Virgínia o interrompeu.



-GRAÇAS A MÉRLIM!



O elfo a encarava amedrontado



-Me leve ao me quarto.


-Tots leva - sussurrou o elfo.








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Draco foi em direção à mansão pisando forte, vacilando vez ou outra por causa da neve muito fofa, praguejando alto toda vez que caía, abriu a pesada porta num estrondo.



No hall de entrada ele viu Nancy passando apressada.



-Hei, você! Elfo! Venha aqui - ele falava com voz embargada.



Ela se virou para atendê-lo.


-Leve quatro garrafas de qualquer coisa com o maior teor alcoólico que encontrar - ao meu quarto - JÁ! - ele sobressaltou a voz e Nancy deu um pulo.


-Nancy leva.



Draco sabia que seu pai tinha um fraco por bebidas trouxas e que mantinha um grande estoque delas em casa. Ele só precisava esquecer, esquecer de tudo, esquecer do mundo. Não queria nem agüentava pensar em mais nada.



Quando chegou a seu quarto pôde ver que as garrafas já estavam lá. E como um esfomeado que não vê comida a muito tempo, avançou numa das garrafas, desesperado por algum alívio. O primeiro gole foi péssimo, ele quase se engasgara e seus lábios formigavam, mas ele bebia mais e mais, e aos poucos sua cabeça parecia esvaziar-se. Draco não queria pensar, não queria sentir mais nada, porque aquilo tudo doía muito e sabia quem era a causadora de seus problemas. Quanto mais bebia mais conclusões malucas ele tirava. Depois de certo ponto ele não parecia mais estar dentro de si, ele via as coisas de um outro ângulo, era como se estivesse fora de seu corpo, vendo toda aquela dor apenas de longe, era tudo muito surreal, mas ele gostava. Na última garrafa, sua cabeça começou a latejar muito e seus olhos ficaram pesados. Sem mais resistir largou-se no chão.



Qualquer uma que entrasse agora no quarto do herdeiro dos Malfoys, veria um Draco. Caído no chão, uma poça à sua volta, uma garrafa em sua mão e outras três vazias à sua volta. Seu sono parecia conturbado, ele se mexia muito e murmurava frases inaudíveis, mas se chegassem realmente perto ouviriam uma coisa se destacando em meio a vários murmúrios, uma única palavra que se repetia várias vezes "Ginny".






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n/a: Demorou mais saiu né?
asiuhasuhasuih

tá, eu sei que tinha dito q só postava com 5 coments maaas...
tinha gent pedindo atualizações e tals...

Me desculpem se esse cap fiko um pouco dramático demais, mas pensem pelo lado bom, teve um beijo (:
aoushaoushuaishuoashouaih
I tb uma fic 'só alegria' não tem a taaanta graça ;x


Me digam uma coisa...
Eu to pendando em depois que eles estiverem juntos tals...
faze outra fic, com tipo eles noivos, morando juntos etals...

Pensei tambeim e faze duas song fics, uma do "namoro" deles ainda en hogwarts
E outra do Draco tipo pensando sobre tudo...
gostaria da opiniã de vcs sobre isso.


Obrigada então quem acompanha e principalmente quem comenta (:
Não morde não viu? o botãozinho de comentar
ashaiushoauihuih


;° Dears

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