Depois da Euforia, Confusão
Draco despertou do beijo, parecia que havia acabado de cair em si, na realidade. No impulso de realidade, ele desprendeu-se dos braços da ruivinha simplesmente virando-se e começando a caminhar. Não sabia para onde ir, estava confuso, nem ao menos estava raciocinando. Ele virava corredor após corredor querendo ordenar os pensamentos, para ver se pelo menos conseguia formar alguma frase ou algo que fizesse algum sentido, mas era inútil, não conseguia raciocinar, parecia não ser mais capaz. Tudo que via eram pequenos flashes em sua mente. E tudo isso o estava conduzindo a insanidade total. Num retorno à sua estabilidade mental, lembrou-se de um local, seu refúgio, seu quarto. Para Draco seu quarto era um local sagrado, ele nunca levava garotas para lá, achava que não valiam tudo isso, seu quarto era seu refúgio, sua fortaleza. Quando ele estava lá, não tinha que ser ninguém, não tinha maneira a se portar, era simplesmente o Draco, um Draco que só ele conhecia. O loiro estava acostumado com a solidão, nunca recorria a ninguém, quando estava confuso ia para seu quarto, lá, ele mesmo resolvia seus problemas.
Subitamente ele deu meia-volta e se dirigiu ao seu quarto. O loiro passou por um corredor, mas esse não era igual aos outros, por ser no segundo andar era cheio de grandes vidraças muito bem desenhadas. Passando por elas os cabelos louro-platinados do garoto ganhavam um brilho incomum do luar, tornando-os completamente prateados, assim como seus olhos acinzentados que pareciam cintilar. Porém quando o mesmo passava por onde não havia, vidraças, a escuridão em conjunto ao seu porte imponente e seguro davam ao garoto um ar sombrio, tenebroso. De certa forma, esses contrastes retratavam bem a personalidade de Draco, a dualidade de caráter, os contrastes. Depois de um tempo passando por essas vidraças ele próprio reparou nisso, surgiu então um pequeno sorriso no canto de sua boca, um sorriso genuíno e belo, como a muito não se via em seu rosto.
Começou a caminhar mais rápido, talvez assim chegasse mais depressa. O garoto quase corria no desespero de chegar logo a seu quarto, porque sabia que ali sim, conseguiria por ordem em seus pensamentos. Finalmente chegou à sua porta, abriu-a violenta e sonoramente, trancando-a em seguida com um feitiço. Uma vez em seu quarto, ponderou-se e resolveu tomar um banho. Na certa um banho quente ajudaria, foi até a sua suíte, abriu a torneira e deixou a banheira enchendo, enquanto despia-se. Olhou-se no grande espelho acima da pia e passou a mão pelos cabelos, ele sempre o fazia quando estava confuso.
-/p/ Será que estou enlouquecendo? – apoiou-se com as duas mãos sobre a pia, fitando-a.
Draco deu um longo suspiro e virou-se mirando a banheira, ela estava quase cheia, andou até ela então e fechou o registro. Fez um feitiço para aquecê-la, deixou sua varinha na pia e finalmente entrou na banheira. O loiro ficou ali, sentado, olhando para a parede, qualquer um que visse ficaria procurando o que havia de tão interessante naquela parede. Seus pensamentos, porém, estavam longe, flutuando, numa certa ruiva que havia a pouco beijado.
-/p/ Por que eu beijei aquela Weasley? Só posso estar ficando louco. De certo estou louco. Mas, não dá para negar que eu queria... NÃO, NÃO. Não queria nada, eu só fiz aquilo para...para...Oras, porque ela é bonita e não queria que se perdesse também pra provar para ela que ninguém resiste ao charme Malfoy...- fez-se uma pausa -/p/ A quem estou querendo enganar? – ele baixou a cabeça e tomou uma grande quantidade de ar.
- Jé T’aime mon ange – ele sussurrou isso como se ela pudesse ouvi-lo, na verdade, era o que ele queria, que ela o ouvisse. Toda vez que Draco queria dizer algo que não se sentia confortável dizendo, ele falava em Francês, para ele dessa forma era mais fácil desabafar. Ele havia sido ensinado a falar Francês desde pequeno por sua mãe. Isso para ela fazia parte da educação básica de uma criança, Draco se sentia agora extremamente grato pelas aulas.
O loiro estava confuso, não sabia o que sentia, nunca havia sentido isso antes, era diferente de tudo que ele já havia experimentado. Só sabia que aquela ruivinha mexia com ele, com seu temperamento. Ela parecia capaz de alterar até mesmo a sua sanidade.
Mas Draco se sentiu irritado.
-/p/ Quem ela pensa que é para fazer isso?
Ele sabia, mas não admitia que não era culpa dela, ele queria que fosse, queria que tudo voltasse a ser como era antes, na verdade, não queria, gostava de sentir o que estava sentindo. Porém, era o que ele julgava ser certo, havia sido induzido desde criança que era certo culpá-la.
-/p/ Afinal, é isso que Malfoys e Weasleys fazem, se culpam, NADA, além disso.
A mente de Draco estava completamente bagunçada, ele sentia até dor de cabeça de tanta confusão. Por causa disso, o loiro optou pelo caminho mais fácil, ele não tinha nenhuma convicção de que era o certo a se fazer, porém, era o que o Draco faria.Era o que o Draco Malfoy faria. E isso também poria um fim àquela baderna. Ele também não agüentava mais, não queria mais pensar naquilo, resolveu por um fim a esse caos. Estava decidido, na manhã seguinte ele agiria.
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Virgínia ficou lá, petrificada, parecia que tinha sido estuporada ou algo do tipo. Não conseguia se mover, não conseguia raciocinar, eram muitos dados para processar. Ficou um bom tempo assim, embasbacada, até que finalmente recuperou a consciência. Mas ainda não raciocinava, tudo que ela conseguiu fazer foi chorar, lágrimas escorriam naturalmente de seus olhos, eram lágrimas de decepção, confusão, de um coração novamente partido.
Ginny não era como Malfoy, ela podia ser teimosa, cabeça-dura e até mesmo orgulhosa, mas ela não conseguia mentir para si mesma e esconder o que sentia. Ela sabia muito bem o que estava sentindo. Era paixão, não havia como negar. Se apaixonara por seu inimigo, seu rival, seu adorável canalha, SEU Draco. A ruivinha concluiu que, nunca havia se apaixonado tão rápido, quer dizer, eles se conheciam desde sempre, mas sempre se odiaram. Será que odiavam mesmo?
Resolveu por um fim nos pensamentos por enquanto, agora tinha de tratar de achar um jeito de sair dali, de ir para o “seu” quarto. Gina deu uma boa olhada a sua volta, ela não tinha nem idéia de para qual lado seguir, poderia ficar facilmente perdida e essa era a última coisa que ela precisava no momento. Olhou para os dois lados mais uma vez e sentiu-se inútil, começou a chorar descontroladamente. Ela só queria descansar agora, não agüentava mais, estava farta daquela mansão maluca. A qualquer momento iria surtar, se já não tivesse o feito. Encostou-se na porta da biblioteca e deslizou por ela até encontrar-se sentada no chão, abraçando os próprios joelhos e balançando-se para frente e para trás como fazem os loucos. Ela ainda chorava, sem conseguir pensar em nada em particular.
-Srta. Virgínia? – era uma vozinha esganiçada e demonstrava receio.
Ginny enxugou o rosto com as mangas da capa e levantou o olhar. Era a elfo Nancy, ela nunca se sentiu tão feliz em ver um elfo em toda a sua vida. Conteve-se em não abraça-la e beija-la, receando que a criaturinha se assustasse e saísse correndo, mas foi essa a vontade que ela teve.
- Oh, Nancy, que bom te ver – Ginny sorria genuinamente agora.
-Nancy vem perguntar se a Srta deseja a...a-alguma coisa.
-Oh, na verdade sim. Você poderia levar-me ao meu quarto?
-C-claro, Nancy leva.
E mais uma vez Nancy guiava Ginny pelos corredores que a menina tanto odiava, agora ela já não se importava com isso, era totalmente irrelevante se a agradavam ou não os corredores, diante dos últimos acontecimentos.
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Draco havia terminado o banho e agora estava com seu roupão cor de sangue, largado em sua cama, encarando o teto.
-/p/ Será que aquela criatura estúpida ira achá-la?
-/p/ É bom que o faça, se não quiser sofrer as conseqüências.
Depois do seu longo banho Draco havia chamado Nancy e ordenado que achasse Virgínia e a levasse até seu quarto, ele iria agir como um canalha, sim, mas isso não significava que a deixaria perdida.
Esse loiro era orgulhoso e como era, mas outra coisa além do orgulho não o deixava ver com clareza, ele não sabia o que sentia, em parte por estar confuso, em parte por nunca ter experimentado esse sentimento antes, nem vindo de seus pais. Então ele iria fazer a única coisa que não o deixava confuso, que ele sabia fazer, seria quem havia sido ensinado a ser, mais uma vez se portaria de acordo com as ideologias de seu pai.
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Finalmente Ginny chegou a seu quarto. Ela já ia se deitar quando notou uma porta, uma porta na parede oposta à do espelho. Uma porta que ela provavelmente não notou mais cedo, pois não teve tempo de observar todo o aposento. Gina foi em direção à ela tentou a maçaneta, estava aberta, girou-a então e tropeçou para dentro. Era um banheiro. Ela ficou feliz por ter um banheiro em seu quarto, constatou também que ali havia uma banheira muito convidativa. A ruivinha então, exausta desse dia tão cansativo, abriu a torneira e deixou a banheira encher, enquanto esperava notou que ali havia uma toalha de banho e um roupão muito bem dispostos, provavelmente colocados para si mesma. A banheira encheu e Ginny colocou o pé esquerdo para medir a temperatura.
-/p/ M-muito, muito fria, precisa de um calorzinho.
Fez então um feitiço de aquecimento se despiu e entrou na água. No momento em que ela se sentou, todos os seus músculos finalmente se relaxaram, deixando-a anormalmente calma. Ginny recostou a cabeça na banheira de mármore e por um momento esqueceu de tudo, esqueceu-se de onde estava, do que havia acontecido, de quem era. Mas esse agradável momento durou pouco, logo ela abriu os olhos, olhou para o lado e viu uns potinhos. Deduziu logo que eram sais de banho, como ela adorava sais de banho, se virou então para o lado de sua varinha.
- Accio varinha !
A varinha então voou até a mão de Gina, que fez os potinhos levitarem até perto da menina, ela escolheu e derramou um vidrinho rosinha muito cheiroso e se pôs mais uma vez a recostar na banheira. Depois de um tempo se banhando Ginny tomou uma decisão, se levantou logo para não perder tempo. Enxugou-se e colocou o roupão enquanto ia para o quarto. Já nele, abriu o armário e viu que ali haviam alguns vestidos, ela não estava com muito tempo, então passou a mão numa camisola de seda salmão, vestiu-a e colocou um hobbie combinando por cima. Ela já ia saindo quando lembrou-se de algo.
-/p/ Meu cabelo! Deve estar horrível!
Voltou correndo e foi até a penteadeira que havia perto do banheiro, sentou-se no confortável banquinho e penteou os cabelos. Abriu a gavetinha em menção de achar algo para prender os cabelos, que na opinião dela estavam horríveis, encontrou então, umas fitinhas de cetim, olhou-as de cara feia.
-/p/ No desespero né? Serve...
Prendeu o cabelo num rabo alto, deixando a franja solta e já saindo, quando notou algo sobre a penteadeira. Era um sininho de metal, ela pegou-o, balançou-o, mas ele não emitiu som algum, a ruivinha se levantou e andava em direção a porta. Quando do nada surge Nancy abrindo sonoramente a porta.
-Chamou Nancy Srta.?
-Olha, na verdade não – Ginny a olhava confusa.
-Então p-para que tocou o s-sino? – agora quem demonstrava confusão era a elfo.
-Ah, sim – então era para aquilo que aquele sino servia, as pessoas não o ouviam, mas ao que tudo indicava os elfos sim.
A criaturinha já ia se virando em menção de ir embora.
-Não, Nancy, espere. Na verdade eu gostaria de te pedir uma coisa – vendo que a elfo não falaria nada ela continou – Me leve até o quarto de Draco.
Nancy olhava-a com confusão aparente, mas Ginny tinha a certeza de que ela nada falaria. Ela sabia que os Malfoys nunca permitiriam tal comportamento de um elfo e que ela conhecia esses limites.
-C-claro, Nancy leva – murmurou isso e pôs-se a andar.
Dessa vez Ginny prestava bastante atenção no caminho caso precisasse para outra ocasião. Nancy parou defronte a uma porta.
-É aqui, Nancy vai agora – ela nem mesmo terminou a frase e já desaparecera.
Gina tinha notado que o quarto de Draco não era muito longe do seu. Dois corredores seguindo reto, depois à esquerda e no final deste corredor o quarto de Draco.
Ela encarou a porta e deu três batidinhas com os nós dos dedos e esperou algum tipo de resposta.
Draco ainda estava estirado em sua cama deitado de roupão, quando ouviu batidas à sua porta.
-/p/ O que? Que elfo idiota viria ao meu quarto essa hora da noite? Ah, essa coisa estúpida vai aprender uma lição.
Ele levantou-se num pulo e voou até a porta, abrindo-a já com a boca cheia de ar para gritar com o...
-/p/ RAPOSA? – foi no que ele pensou quando viu uma vasta cabeleira ruiva presa num alto rabo de cavalo, que mais parecia o rabo de uma raposinha.
Malfoy agora estava encarando-a fixamente olhando-a no fundo de seus olhos, nesse momento ela sabia que estava esquecendo-se de algo, algo essencial. *Ah sim!**Inspire**Expire**Inspire**Expire**...
-O que foi Malfoy? Nunca viu? – ela tentou falar com indiferença, mas não era muito bem sucedida.
-O que você quer Weasley? – Draco recompôs-se e fingiu não ter ouvido o que ela acabara de dizer.
-/p/ Te entender seu estúpido – ela respirou fundo e limitou-se a dizer:
-Conversar, posso entrar? – ela nem deu tempo dele responder qualquer coisa, aproveitou o espaço que o garoto deixava e entrou.
Draco entrou também, fechou a porta e sentou-se novamente em sua cama. Passou a mão pelos cabelos e levantou o olhar para Ginny – Então? Gostou tanto do beijo que veio aqui pedir outro? – ele riu-se.
Ela olhou para ele incrédula, como alguém poderia ser tão frívolo? Ela foi até perto dele para encará-lo. Draco também se levantou e foi até ela, que ainda estava um pouco longe da cama.
-Por que você fez aquilo? – ela falou simplesmente ignorando o comentário anterior.
- Como se você não tivesse gostado – ele sorriu de lado e foi chegando mais próximo dela, que ia de costas recuando em direção a cama, encarando-o.
-Não foi essa a pergunta – Ginny tentava se manter calma e serena, mas já era difícil.
-Porque você não resiste a mim raposinha – ele falou isso com seu sorrisinho malicioso e ainda andando na direção de Gina.
-Nos seus sonhos Malfoy – dizendo isso toda a sua serenidade havia abandonado-a, suas pernas bambeavam com Draco encarando-a daquele jeito, esqueceu-se de que a cama estava logo atrás dela e topou, caindo de costas sobre a cama.
Draco num movimento ágil deitou-se ao lado dela e colocou um braço em cada lado do corpo da raposinha, prendendo-a com o peso do seu peito.
-Tens a certeza Virgínia? – falando isso ele a beijou, o beijo era intenso.
Ginny retribuía desesperadamente, como ela gostava de beijar esse loiro, como ela gostava do cheiro dele, dos seus toques, agora ela estava beijando o pescoço dele fervorosamente, enquanto Draco parecia explorar todas as partes de seu corpo. Ele a fez encontrar novamente sua boca na dele, depois foi a vez do garoto de provocá-la, desceu até o pescoço da ruiva marcando o caminho com beijos e explorando o corpo dela com as mãos, enquanto ela tornava a pensar em como adorava passar a mão por aqueles cabelos sedosos e por aquele corpo todo bem definido. Ah, como ela gostava do modo como ele a beijava, passeava com suas mãos pelo corpo dela, de como ele era perfeito para si. Ginny percebeu que aquele loiro agora era uma necessidade vital à ela.
Foi então que ele pôs-se sobre o corpo da raposinha, ele necessitava de um contato maior, precisava senti-la melhor. Beijou-a novamente, vez ou outra mordiscando seus lábios, Ginny o deixava a controlar, deixava ele brincar. Ainda beijando-a Draco habilmente desamarrou o laço do hobbie de Gina tirando-o e arremessando para o canto da cama. Ela entendeu, percebeu o que ele queria. A raposinha virou-se para ficar por cima, beijou-o mais uma vez com muita vontade passeando com sua mão por todo aquele peitoral agora seminu, e assim como ele fez um caminho de beijos até a sua orelha. Deteve-se ali por um tempo, mordiscando-a e beijando o que fazia o garoto soltar alguns gemidos de prazer. Lentamente ela sussurrou ao pé do ouvido de Draco que gemeu
- Eu resisto a você Draco – ele nem pode perceber, mas ela rapidamente pegou o Hobbie e vestiu-o, ainda por cima dele tornou a falar – Você que não resiste a mim bobinho – dizendo isso ela deu um selinho nele e flutuou para fora do quarto.
-/p/ 1x0 pra mim
Quando Draco finalmente percebeu o que havia acabado de acontecer, uma irritação tamanha subiu à sua cabeça, que o fez soltar um berro de frustração e um soco em sua cama. Ficou apenas lá deitado, totalmente irritado, com seu corpo implorando por algo mais.
- Se é guerra que ela quer... – o loiro murmurou para si próprio com um sorriso patético no rosto.
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Virgínia bateu a porta atrás de si respirando ofegante e freneticamente ajeitando seu Hobbie.
-/p/ Meu Merlim, como foi difícil parar com tudo aquilo.
A ruivinha sorria, por dentro e por fora, era um sorriso puro de alegria, ela simplesmente estava feliz, contente pelo que havia acabado de acontecer, por ter digamos assim beijado Draco, mais uma vez. E isso se tornava cada vez melhor.
Ginny não havia o largado daquela maneira só para implicar com o loiro. Ah não, ela tinha feito isso porque sabia que ele estava confuso, sabia que ele nunca havia experimentado esse sentimento antes. Gina havia convivido tempo suficiente com a família de Draco para constatar que ele nunca soube, nem de longe o que é amor, qualquer forma de amor. Ela tinha certeza que isso assustava, afinal era algo desconhecido para Draco, algo que ele nunca havia experimentado, por isso ele optava pelo caminho mais fácil, negar o que estava acontecendo. Era exatamente o que ela queria que o loiro percebesse, Ginny queria que ele notasse que gostava dela, que realmente queria o que aconteceu entre eles, visse que realmente a queria.
Gina percebeu então que ainda estava parada na porta do quarto de Draco. Era melhor ela tratar de se concentrar em lembrar o caminho de volta para o seu quarto, se ela não quisesse passar a noite toda ali, não que ela não quisesse (n/a aishauishuioash dexa baxo =x), mas não era o que ela pretendia. Não foi tão difícil de se lembrar, afinal o caminho era bem simples. E esse caminho ela percorreu inteiramente pensando num certo loiro que há algum tempinho já ela não tirava da cabeça.
Ginny chegou em seu quarto satisfeita, tirou o Hobbie, largou-o na penteadeira e enfiou-se debaixo dos edredons. Agora em tudo que ela conseguia pensar era naquele loirinho, naquele que a deixava sem ar, a fazia esquecer dos seus sentidos, aquele que ela queria chamar de seu. Ela então alegremente adormeceu, com um sorriso bobo nos lábios, como o de uma criança que acaba de abrir os presentes no Natal.
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Cap betado o/
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