Capítulo 5
Lily jogou a cabeça para trás, ainda ajoelhada na grama, e deixou escapar um lamento. Por que logo ele? Por que Severus, justo quando se cansara de todas as mentiras e diferenças irreconciliáveis? Quando estava a ponto de tomar seu caminho, deixando-o trilhar aquele que ele mesmo havia escolhido? Se fosse antes, se fosse outro, se fossem outras as diferenças... Sentou-se, abraçou os joelhos, sentindo-se impotente e errada, e muito pequena e criança outra vez perto da Floresta tão grande e subitamente assustadora. Não sabia o que fazer, agora que o sentimento dele havia sido escancarado daquela forma. Não dava pra continuar fingindo que não sabia - porque, em algum lugar em seu coração, ela sempre tivera mais do que desconfiança quanto ao que ele queria.
Sacudiu a cabeça, como que tentando espantar as dúvidas, mas elas pareciam mais fortes do que nunca. Sentiu seu coração se apertando ao se dar conta do quanto se importava, ainda, com ele. Por mais que ele a houvesse decepcionado, por mais mentiras que lhe contara, não queria ter de decepcioná-lo em troca... Mas não podia fazer de conta que sentia algo que simplesmente não existia em seu coração. Porque nunca havia pensado em Severus... daquela forma. Saberia se tivesse; olhando para trás, para os dois namorados que tivera, ainda se lembrava perfeitamente de como era estar apaixonada. Não sentia aquilo pelo amigo, nunca o vira como um namorado em potencial. Ele era apenas... Severus. Mas mesmo que houvesse a possibilidade de algo mais... as Artes das Trevas estavam lá, impossibilitando-a de sentir pouco mais que repugnância e frustração.
Sentia-se angustiada, e o coração continuava a pesar. E teria de encará-lo dali a poucas horas. Como seria? Conseguiria olhá-lo nos olhos, como fazia sempre, estando de posse de seu segredo e de todas aquelas dúvidas? Embora, apesar de tantas perguntas, uma certeza existisse: ela jamais conseguiria ter qualquer relacionamento com alguém tão maligno. E era, inclusive, aquilo que os estava separando, não era mesmo? Tal postura sempre havia sido bem clara para ela. Mas então... Lily suspirou, depois mordeu o lábio enquanto se recordava do que o homem havia dito: Severus se sentiria para sempre atraído pelas Artes das Trevas, pelo que era sombrio e arrepiante. E ela, apenas ela, seria a responsável por mantê-lo no caminho certo. Praguejou baixinho. Que droga tudo aquilo. Amando-o de volta ou não... ela conseguiria conviver com aquelas tendências? Ah, aquilo era tão sujo e tão errado... como gostaria ser capaz de fazê-lo abrir os olhos de uma vez por todas. Mas já havia tentado tanto nos últimos anos... nem conseguia realmente acreditar que ele pudesse mudar. Suspirou, sentindo duas grossas lágrimas escorregando bochechas abaixo.
Não se sentia nem um pouco capaz daquele sacrifício.
*
Estava incrivelmente tensa. Passara o dia todo daquele jeito, nervosa, irritadiça, apenas esperando que, por algum milagre, Severus a procurasse dizendo que já havia feito a redação, ou que não precisaria mais da ajuda dela, ou qualquer outra coisa que a permitisse ficar bem longe dele enquanto pensava melhor. Não sabia se queria encontrá-lo, ainda. Não estava pronta. Talvez fosse preciso muito tempo para que estivesse. Não sabia se seria capaz de conviver com o lado negro dele por anos a fio, ou de olhar nos olhos dele sabendo que, ao mesmo tempo em que a amava, também desejava servir a Voldermot. Tentou esconder um arrepio, e não teve muita certeza de ter conseguido, porque Severus a fitava com insistência naquela noite.
Ele parecia, também, um bocado tenso. Hesitaram ambos ao se beijarem no rosto e ela não fez nenhuma das tiradas espirituosas que costumava fazer. Estavam terrivelmente sem jeito, e a melhor saída foi entrar logo na biblioteca e começar o trabalho, com uma estrategicamente bem colocada pilha de livros entre eles. Depois de fitá-la, calado, por um ou dois segundos, ele deu um pequeno suspirou e curvou-se sobre um livro, fazendo anotações com aquela letra minúscula e apertada, metade do rosto oculto atrás dos cabelos. Era uma imagem tão familiar; e ainda assim... tanto havia mudado. As esperanças de um Severus "limpo" se esvaíram naquela tarde - e um novo peso, o do amor não-correspondido, somou-se à tristeza e à frustração que sentia. Observava-o disfarçadamente, seus cabelos limpos... sentiu-se ainda mais sombria. Ele o havia feito por ela, e aquilo não lhe pareceu absolutamente certo, não quando ainda possuía tantas dúvidas sobre o que faria com ele.
Sentiu uma vontade súbita de chorar.
Droga, andava tão sensível, seu humor oscilava como nunca. Empertigou-se na cadeira, procurando se controlar. Mas não conseguia pensar em muito mais do que no rapaz sentado a seu lado. Espiou-o. Tão concentrado no texto que lia. Sério. Ela não pôde evitar um pequeno sorriso, mesmo em meio ao peso que sentia sobre si. Sim, ele era sério demais e ela imaginava se aquilo faria mesmo bem para qualquer pessoa que fosse. Por isso o fazia rir com tanta frequência. Mas precisava dele sério. Sério. Sombrio. Maligno, ela pensou com um arrepio. Oh, não, maligno definitvamente não. Mas sério e melancólico e responsável. Fazia bem a ela, de certa forma. E a atraía, nunca soubera explicar bem o porquê. Talvez porque fossem tão diferentes, ele, um completo mistério, que ela queria desvendar. Mais que diferentes: eram provavelmente as duas pessoas mais opostas em toda Hogwarts. Mas era como diziam: opostos se completam. E era exatamente o que acontecia, quando ele não a sufocava ou irritava com algum comportamento que ela classificava de incompreensível. Mas nem mesmo aquelas irritações duravam tempo suficiente para abalar o que possuíam. Exceto uma. Exceto aquela que duraria para sempre.
Observou-o separando cuidadosamente as anotações por tema. Ele era tão metódico. Lily quase sorriu outra vez. Ele remexeu-se desconfotável em sua cadeira, como que se sentindo alvo daqueles olhares descarados dela. Ergueu os olhos, mas tornou a baixá-los, e estava corando, visivelmente corando quando desviou os olhos de volta para o pergaminho. Lily sentiu seu coração se apertando novamente. Ele ficava tão adorável assim, gostava tão mais dele quando não estava tentando parecer um babaca arrogante só para impressionar os outros. A hipótese de um Severus Comensal doeu mais do que nunca. Ele ergueu os olhos outra vez ao ouvi-la suspirar:
"O que foi?", preocupado, escaneando-a com o olhar.
Ela sacudiu a cabeça, "nada". Analisou os olhos dele por um instante. Eram tão intensos, eram provavelmente os olhos mais intensos que ela já havia visto, profundos como o negro que os coloria. E pareciam tornar-se ainda mais intensos e passionais quando a tinham em seu campo de visão. Um pequeno arrepio percorreu seu corpo. Ela baixou os olhos para o livro. Ele ainda deu uma ou duas espiadas, mas logo a imitou, voltando a atenção para a redação. Quando achou que estava segura o suficiente, Lily tornou a espiá-lo disfarçadamente. Eram tão próximos que ele era como um prolongamento dela, de forma que nunca havia parado para pensar muito a fundo no aspecto dele, se era feio ou bonito. Havia os olhos, tão impressionantes. O nariz. As pessoas zombavam do nariz comprido e encurvado, mas ela não via nada de mais nele. Tinha personalidade, era tudo. Possuía uma boca bem desenhada (escondendo uns dentes um pouco tortos, era verdade). Descobria que os cabelos dele eram tão bonitos, afinal, negros e lisos, contrastando com a pele muito pálida de quem fugia do sol. E mesmo que Severus fosse um pouco magro demais, e só umas três ou quatro polegadas mais alto do que ela, ele não era feio. Ainda mais agora, com aquela aparência um pouco mais bem-cuidada.
Então, a imagem de destruição, da Marca Negra, dos horrores causados pelos Comensais da Morte espocaram em sua mente, e ela deixou escapar um pequeno gemido. Severus ergueu a cabeça novamente e repetiu a pergunta, e pela segunda vez ela respondeu que nada havia de errado. Pegou o primeiro livro sobre o alto da pilha, abriu-o aleatoriamente e forçou-se a ler alguns parágrafos. Severus igualmente se mantinha em silêncio, e o único som a se ouvir na biblioteca era o da pena riscando rapidamente o pergaminho. Tão rapidamente que ele não demorou a fechar o livro e começar a guardar suas coisas. Lily se sentiu vagamente culpada ao notar a tensão deixando seu corpo, atreveu-se a erguer os olhos, ele parecia tão decepcionado, tão triste... tão... adorável. Fechou, também, o livro que tentara ler, e colocou-se de pé, e seguiu-o, em silêncio, biblioteca afora. Devia dizer alguma coisa? O quê? Era sorte que ele estivesse tão tenso; a angústia dela quase passava despercebida a seus olhos.
Quando chegaram a um corredor deserto, ele subitamente parou, e voltou-se para ela, fitando-a daquela forma insistente e intensa, angustiada e ansiosa. Ah, deus. Ele não passava de um garoto, confuso e perdido. Lily se aproximou, sensibilizada, sem, no entanto, ter idéia alguma do que dizer ou fazer.
"Sev."
"O quê?"
Ela mordeu o lábio. Seu coração batia muito, muito rápido enquanto esperava... qualquer coisa acontecer. Sentiu o rosto quente, a garganta seca, seu coração se apertando novamente; sentiu-se derreter sem saber como acontecia, quando os dedos dele alcançaram seus cabelos, puxando-os suavemente, enquanto os olhos se encontravam. O tempo pareceu parar enquanto as mechas dos cabelos dela escorregaram lentamente dos dedos longos e pálidos sem que ele se desse conta. Ah, deus, ele era tão intenso que simplesmente a sugava para si, e ela não conseguia se concentrar em mais nada que não fossem seus olhos. Negros, ardendo como pequenos carvões em brasa. Ele pareceu subitamente tão decidido, como se alguma coisa o impelisse para a frente, mas então, ela não teve muito mais tempo para analisá-lo, porque ele se curvou para baixo, anulando por completo os centímetros que os separavam. Fechou os olhos e bem de leve encostou seus lábios nos dela, Lily sentiu o roçar suave e quente da boca dele, a respiração acelerada se mesclando à sua. Suspirou, por um segundo fechou os olhos, entreabriu quase nada os lábios, aproximou-se dele. Sentiu a intensidade latente dele logo abaixo da superfície de suavidade, quis mais, quis descobrir mais aquele mistério de Severus Snape... recuou subitamente. Seria aquele mistério tão repulsivo quanto o desejo de se tornar um Comensal? Fechou os olhos com força mas, agora, para não ter de encarar a decisão daquele instante. Ouvia apenas a respiração forte dele, a poucos centímetros de si, então, sentiu-o se aproximar outra vez. Não, não estava certo - teria de encarar o que sentia. Abriu os olhos de repente, ele estava ali, tão ansioso e cheio de vontade... tão... apaixonado, ela se corrigiu com pesar.
Mas não podia ser. Sacudiu a cabeça.
"Não, Sev", sussurrou.
Ele comprimiu os lábios, enquanto se endireitava e a pouca cor que possuía deixava seu rosto.
"Certo", ele disse, tentando dar à voz uma entonação indiferente.
"É... é impossível, Sev", ela começou, querendo se explicar, dizer, pela milésima vez, o quanto aquela teimosia dele só os afastava.
"Certo, Lily, eu entendi."
"Não, não entendeu. Me deixa falar, Severus. Severus!", ela exclamou, porque ele se apressava em direção às sombras, mesclando-se a elas, como que se dissolvendo, porque quando ela correu atás dele, não o encontrou mais ali. Ainda avançou mais alguns passos, mas logo parou.
"Droga, droga", Lily repetia baixinho. Não conseguia sequer compreender tudo o que sentia - como faria para que ele entendesse?
*
Era o fim. Lily parecera absolutamente triste e constrangida, e mordera o lábio, provavelmente sem saber como continuar. Mas ela não precisava dizer mais nada além de "impossível"; como fora tolo, se iludindo daquela forma. Ninguém pensava nele daquela forma. E ela... era como todas as outras. Deixara-se ser beijada por pena, talvez. Nada mais do que aquilo. Começou a sentir uma raiva intensa de si mesmo borbulhando por dentro. Era tão feio, tolo, ingênuo. Tão sem-graça. Como conseguira acreditar que Lily, logo ela, olharia para ele de outra forma?
E ela tentou consertar, dize algo bom sobre a situação, mas ele a conhecia bem demais para saber que, acontecesse o que acontecesse, ela sempre tentava minimizar o lado negativo de todo e qualquer problema. Sendo, mais uma vez, 'a garota legal'. Só que não havia nada que pudesse minimizar sua frustração e humilhação naquele caso. Nada. Deu as costas a ela, ignorando seus apelos, e rapidamente tomou o caminho da Sonserina, humilhado, desapontado, doendo por dentro, mas, levando consigo, ainda, o gosto dela em seus lábios. Por dias a fio, por todo o resto daquele ano: o gosto dela em seus lábios, o coração fechado para seus apelos. Não queria ser humilhado uma vez mais que fosse, pelos olhares de pena e constrangimento que ela lhe dava, nem pelas desculpas vazias - aquilo o feria terrivelmente, embora ele não admitisse. E era claro como água, agora, qual seria seu caminho, e era tão confortadora a forma como esse caminho o fazia se sentir importante e bem-visto, até mesmo temido.
Por que trocar tal sentimento pela frustração e humilhação?
*
"Severus, espera!", ela exigiu, mas ele, mais uma vez, deu-lhe as costas. "Quer fazer o favor de me ouvir?", ela pediu, quase gritando, mesmo sabendo que ele não lhe daria atenção, agora, porque tinha ido se juntar aos preciosos amiguinhos Comensais.
Com raiva, jogou a mochila aos pés de uma estátua e bufou; então, no instante seguinte, ameaçou chorar.
"Ele é um idiota, Evans. Por que ainda insiste?", a voz que se ouviu fez Lily se decidir pela raiva.
Ela se voltou para James, e replicou, enxugando o rosto com as costas de uma mão.
"Não é um idiota, só está confuso. E você não devia sair por aí opinando sobre alguém que não conhece", ela concluiu, empinando o nariz. "Ou eu vou ter mais certeza de que idiota, aqui, é outra pessoa."
James se aproximou mais, procurando se manter calmo, e até mesmo tentou sorrir.
"Ora, vamos, Evans, é claro que ele prefere aqueles... amigos, a você."
Ela fez um muxoxo, empalideceu e não respondeu, James se empolgou e continuou:
"Olha só pra ele... tão esquisito, repugnante... não sei o que você vê nele. Aliás, ninguém sabe."
"Ah, dane-se!", ela explodiu, curvando-se e apanhando a mochila. "Quem se importa com o que os outros pensam? Vocês são todos uns preconceituosos, Sev é um rapaz legal!"
"Sev", James repetiu, num tom debochado.
"Como se você tivesse moral pra falar dele! O Sev ainda é muito melhor do que você", ela replicou, ele se tornou lívido, ela sorriu e insistiu. "Você acha que, só por ter essa vida fácil, todo seu dinheiro, pode sair por aí, obrigando as pessoas a fazerem e pensarem da forma que você quer. Me poupe, Potter!"
"Evans", ele tentou inutilmente fazê-la ficar, era sua chance, afinal, tinha de insistir; mas ela se voltou para ele, furiosa:
"Nunca se esqueça, ouviu bem? Ainda prefiro Severus a você!"
*
Os dias começaram a passar cada vez mais rápido à medida em que o final daquele ano letivo se aproximava, e, por fim, até mesmo a temida semana dos N.O.M.s chegou. Snape, como sempre, se saiu muitíssimo bem em todos os exames, seria uma surpresa se não conseguisse a nota máxima em todas as matérias - e aquele resultado só o fazia se sentir mais confiante em sua inteligência, e desprezar com força cada vez maior o "amor". Sentia-se confiante e cheio de si, com sua escolha e os resultados dela. De quando em quando a visão de cabelos vermelhos ou a voz dela faziam-no se sobressaltar, e quase retornar aos velhos hábitos, de desejar estar com ela e ser amado. Mas então, recordava-se do beijo frustrado, da forma clara como ela o havia rejeitado, e a raiva se sobrepunha à saudade; e ele, ainda, sempre tomava todo o cuidado para estar cercado por outros Sonserinos, de preferência, aqueles que ela mais detestava, porque dessa forma ela não se aproximaria e ele estaria seguro.
Mas, naquela tarde depois dos exames de Artes das Trevas, ele estava sozinho. Preferira assim, seu grupo ainda era imaturo e barulhento demais, e ele queria se concentrar no que havia feito. Depois de longos minutos comparando suas respostas aos livros, ele sorriu, satisfeito. É, seria mesmo uma surpresa se não conseguisse mais uma nota máxima.
Foi quando se preparava para guardar o pergaminho na mochila que ouviu:
"Tudo certo, Ranhoso?"
Aquela voz tão odiada que ele reconheceria em qualquer lugar. Em questão de segundos se viu cercado por três dos malditos; ainda tentou se defender mas logo a varinha voava pelos ares e seu dono era lançado com toda a força no chão. Lily aproximou-se correndo, os cabelos vermelhos esvoaçando para trás.
"Evans", James cumprimentou, tentando parecer calmo e relaxado, em contraste com a triste figura que tentava se arrastar pelo gramado.
"Mas o que é que você pensa que está fazendo? Deixa ele em paz!", ela exigiu.
"Deixo, se você retirar o que disse na outra noite, e sair comigo."
"Isso é ridículo", Lily respondeu, friamente.
Com esforço, Snape sentou-se sobre a grama e tateou em busca da varinha, mas Pettigrew aproximou-se e chutou-a para longe, enquanto James berrava:
"Foi você quem pediu, Ranhoso!"
E então, foi a vez dele, Snape, ser suspenso no ar por um pé, foi a vez de todo o conteúdo de seu bolso escorregar para o chão enquanto as vestes caíam sobre seus olhos. Ouviu Lily gritar desesperada; com a boca inundada da própria saliva, tentou gritar qualquer coisa, se engasgou, cuspiu. Lily ainda gritava, defendendo-o, e ele a odiava por isso, ela era tão hipócrita, tão finginda... sendo outra vez a 'garota legal'. Ele não precisava da pena dela, jamais precisara, queria lhe dizer, mostrar a ela... ela era como todos os outros, talvez ainda pior, porque fingia... sentiu a raiva borbulhar dentro de si, queria atingi-la, realmente atingi-la, de forma como jamais havia feito antes.
Houve mais um movimento da varinha de James...
... e, antes que pudesse dizer qualquer coisa, Severus despencou no chão com toda a força.
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aaah, eu AMO angst. amo. já disse isso? :D
algum palpite de quem foi que interrompeu a SWM como nós a conhecemos? =P
sem tempo pra muitos agradecimentos pessoais, sorry (eu REALMENTE preciso estudar, até novembro =/ *cries*), valeuzíssimo fabiana (hm, li e comentei sua fic, sim, aliás, fui a primeira a fazê-lo ;D), carla, morgana (veja! haha ;D), diana (realmente, o harry não iria existir), mary (<3 bem-vinda, leitora nova! esperoq ue goste desse também. e eu já ouvi TODAS as terias de quem seria o homem misterioso, e adoro todas elas =D). obrigada também aos quietinhos que só leram ;D
um pequeno aviso: a fic fica meio confusa a partir daqui, mas teremos mais caps reescritos no finde, então, tudo vai se acertar <3 ah, a história também está ficando menor, e isso é proposital: oras, se o objetivo dela é mostrar a vida do snape tendo escolhido a lily, pra que perder tanto tempo com o antes? mas não fiquem bravos, as partes que sumiram vão voltar, quando o james tiver realmente motivos pra odiar o snape (acreditem, osmotivos dele até agora não saão nada comparados com o que vai vir, mwahahah!)
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