Almofadinhas e Pontas
Sirius saiu com Roxy, o que chocou a todos, mas ninguém mencionou nada até vê-los sair.
- Eu não duvido de mais nada, cara. - Disse Tiago.
Na manhã seguinte, Lupin estava na mesa comendo um delicioso mouse de doce de leite quando Tiago chegou.
- Tiago, ontem foi muito engraçado, ver você com aquele probleminha com os chifres, você não imagina!
- Ah, Lupin, você não vai começar não é...? Você é que não sabe como é difícil andar por aquela casa com esse monte de...
- Chifres - Pedro havia chegado também.
- Acho que está na hora de aparar as pontas, heim?
- Não enche!
Sirius entrou no salão principal e foi sentar com os amigos.
- Você não perde tempo, heim?
- É Tiago, eu realmente não perco tempo... - Ele olhou sorrindo para a porta, onde entrava Roxy. Acompanhou-a com o olhar e ela foi exatamente onde ele planejava, falar com o Billie.
- Oi. - Roxy se aproximou da mesa dos amigos.
- Oi. - Todos disseram.
- Já falei com ele.
- Ótimo! - Disse Sirius.
- Mas ainda sinto pena dele... Acho que estava realmente gostando de mim...
- E daí?
- Como se sentiria?
- Eu nunca me sentiria assim.
- Ai, não adianta falar isso com você. - E beijou-o.
- Mas, Sirius, você perdeu o que aconteceu ontem!
- Pedro, não enche, eu já disse! - Insistiu Tiago.
- É que o Tiago se atrapalhou todo com seus chifres, foi muito engraçado!
- Cala a boca, Rabicho!
- Achei que tinha esquecido esse apelido idiota. - Pedro ficou chateado.
- Rabicho! Rabicho!
- Pontudo! Pontudo!
- Eca Pedro, que falta de criatividade, Pontudo é horrível! - Disse Sirius rindo.
- Tem uma idéia melhor?
- Pode chamá-lo de pontas.
- Pontas! Pontas!
- Isso é tão ridículo. - Disse Lupin se divertindo com a situação.
- Você quer participar isso sim, não é Aluado?
- Ah não...
- Aluado! Aluado! - Disseram Pedro e Tiago juntos.
- Peraí, não vale, tem que encher o Sirius também! - Lembrou Pedro.
- Não me venham com esses apelidos não!
- Espere para ver! - Ameaçou Tiago.
Sexta-feira chegou rápido e era o último dia de lua cheia. O dia foi cansativo e ficaram todos atolados com os deveres.
Já estavam os quatro voltando da casa dos gritos quando Lupin avisou que ouvira passos.
- Ah, me desculpe, era eu.
- Pontas! Você de novo!
- Acontece que eu tenho uma espécie de casco nas patas.
Todos riram.
- Não tenho culpa se você tem almofadas nas patas e não faz ruídos.
- Almofadas! - Pedro começou a rir.
- Ó, que fofo, ele tem almofadinhas nas patas!
- Ei, não é engraçado!
- É sim, agora você pode ter um apelido! - Todos riram. - Almofadinhas! - Disse Lupin.
Como foram dormir tarde, o sábado só começou para Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, às onze e vinte da manhã.
Sirius mal tomou café e seguiu para o campo de quadribol que estava em perfeitas condições Roxy não perdeu tempo e o acompanhou.
- O que vai fazer hoje, Rabicho? - Perguntou Lupin que já havia se acostumado com o apelido.
- Preciso ter umas aulas particulares com o Slughorn. - Disse aborrecido.
- Peraí! Quer dizer que podemos ter aulas particulares? - Tiago perguntou afoito. - Com professores e monitores?
- Eu acho que sim...
- Interessante. - Ele coçou o queixo. - Nos vemos por ai, pessoal.
E saiu apressado.
- E quanto à você, Aluado? O que vai fazer?
- Nada de especial. - Respondeu Lupin ficando calado sobre o encontro com Andrômeda.
- Bom, então também tenho que ir... Poções me chamam...
- Então tchau Rabicho.
Lupin levantou, olhou em volta a procura de Andrômeda, mas depois percebeu que eram apenas meio dia e quinze. Abaixou a cabeça e foi assistir ao treino de Sirius.
Enquanto isso, Tiago estava no corredor a procura de uma monitora muito querida dele para pedir "auxílio" com os estudos.
- Evans!
Ela virou, mas ao ver quem era, voltou a andar para onde estava indo.
- Espera! Preciso da sua ajuda como monitora!
Ela parou e ele a alcançou.
- Eu soube que se os alunos estiverem mal em alguma matéria, pode pedir auxílio a professores e monitores, e... como preciso de ajuda em poções e os horários do Slughorn estão cheios com o meu amigo Pedro, pensei em pedir para você, que sei que é boa em poções.
Ele respirou fundo e esperou uma resposta.
- É, você planejou bem desta vez, não posso recusar dar ajuda como monitora... Onde vamos estudar?
- Aonde vamos? Bem... - Estava tão feliz que mal conseguia se conter.
Aluado esperou ansiosamente a tarde chegar. Terminou seus deveres e quando deu seis e quinze saiu para a biblioteca.
Já na porta, quem o esperava era Andrômeda.
- Oi. - O garoto cumprimentou.
- E ai, beleza, Remo?
- Vamos entrar? - Ele pediu.
A menina assentiu com a cabeça e os dois entraram. Andrômeda realmente não parecia ter muitas duvidas.
- Você não precisa de ajuda para estudar, você sabe tudo! - Ele disse rindo.
- Não. Para mim, parece que sempre há alguma coisa que eu não sei.
- Não tirará menos que Ótimo nos N.O.M's - Lupin se levantou mas Andrômeda puxou seu braço.
- São só oito e meia. Não quer fazer alguma coisa?
- Fazer... o que? - Ele ficou esperançoso.
- Já experimentou jogar bombas de bosta no Pirraça? - Ela perguntou animada. - Fica mais divertido quando ele está cantando.
- Nunca tentei.
- Você é ou não é amigo do meu primo?
Ele riu e deixou a menina o guiar até o corredor do sétimo andar onde o Poltergeist passeava.
- Abaixe-se logo depois de jogar, aproveite que ele está cantando! - E arremeçou a primeira.
Ploft!
- O que pensam que estão fazendo? Inundos, nunca irão me tirar daqui! Ah!!!
Lupin e Andrômeda riram baixinho. Esperaram até que ele parasse de berrar, então Lupin atirou a sua.
Ploft!
- Saiam daí seus inúteis! Esperem só, vou arruinar vocês, vou pegá-los!
- Que barulho todo é este? O que está havendo aqui, Pirraça?
- São esses alunos idiotas!
- Culpando alunos mais uma vez Pirraça? Vamos, fora daqui, vai, vai!
O zelador levou o Poltergeist e os dois ficaram lá, rindo escondidos atrás de uma estátua do corredor. Depois pararam de rir e se encararam.
- Nunca pensei que você fosse assim, Lupin, mas agora vejo que não o conhecia...
- Bem, na realidade, ainda tem muito para nos conhecermos, não é?
Ela olhou-o e então ele percebeu que era a hora de ficar quieto, apenas viu a menina se aproximando.
- Andrômeda. - Ele parou a aproximação da garota. - Não acho que seja uma boa idéia.
- Hã? - Ela parecia meio desconcertada.
- Você mesma disse, ainda não me conhece direito...
Ela olhou fundo nos seus olhos.
- Ok, então pode se apresentar.
- Não, sério. - Ele estava sorrindo. - Não acho que seria legal agora.
- Então você quer esperar?
- Não é nada de errado, só não acho prudente sair beijando por aí, se é que me entende. Escolho bem as pessoas.
Ela ergueu a sobrancelha e riu.
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