4º andar
- Será que eu serei classificada?
- É o que descobriremos. - E o abraçou. Ele se sentiu ótimo.
- Pretende fazer o que hoje?
- Não sei, andar por aí... - A menina respondeu como se não fizesse diferença.
- Aceita companhia?
- Claro!
- Mas quando eu corto isso, já tem que botar na poção?
- Não Potter, você deixa aqui, então adiciona todos os ingredientes e depois bota isso.
- Ah... - Tiago estava enrrolando à meia hora só para poder admirar Lílian sem que ela pudesse fugir.
- Mas me diz uma coisa...
- Sim, Potter?
- Vai dizer que aquele beijo não mexeu com você?
- O QUÊ?! Pensei que estivesse aqui para aprender poções!
- Você pensou mesmo que eu era capaz disso?
- Não acredito Potter!
- Vamos Lily, diga que sonha todos os dias com aquele beijo.
- Não Potter! Eu não gosto de você, nunca gostei e nunca vou gostar!
- Mas Lily...
- E nunca mais quero olhar para a sua cara!
E assim, a menina saiu deixando Pontas desapontado.
Sirius já estava de volta do treino e estava na sala comunal junto à Roxy, quando Pedro chegou com uma cara de muito tédio e cansaço.
- O que houve Rabicho?
- Poções.
-Ah, é...
Ficaram um tempo ali, em frente à lareira, sem dizer nada, até que Tiago chega, triste.
- Oi...
- Nossa, a animação aqui está demais. – Disse Sirius.
- Para você ver Almofadinhas...
- Mas o que houve com você?
- Preciso dizer? – Ele baixou os olhos.
- Pontas, diga que você não foi atrás daquela lá?
- Não enche, Sirius. A noite já está bem ruim... – Até que, para melhorar o humor por ali, entra um Lupin perfeitamente feliz.
- Vejamos aqui, o nosso querido Aluado parece estar num bom dia!
- Adivinhou Sirius. E você, como foi seu dia?
Sirius olhou para Roxy.
- Ótimo! – Eles riram.
- Mas o que houve com o Tiago?
- Lílian...
- Ahn...
Ficaram em silêncio mais uma vez.
- Mas você não nos contou o motivo da sua especial felicidade, Aluado.
- Estou num bom dia.
- Só isso? – Perguntou Pedro.
- Como só isso?
- Se estou certo, o senhor tinha um certo encontro de “estudos” marcado para hoje.
- Como é? Perdi alguma coisa? – Admirou-se Sirius.
- É, o Almofadinhas não tava naquela noite em que estávamos indo para a Casa dos Gritos debaixo da capa e a Andrômeda chamou o Lupin.
- Não! Minha prima é muito bonita! Como conseguiu isso tudo, Aluado?
Lupin quase socou Sirius, mas preferiu levar na brincadeira, como sempre.
- Mas então, como foi?
- Ah, sabe, ela não queria estudar, já sabia tudo...
- Óbvio! Você esperava estudar com ela? – Riu Sirius.
- Bom, na verdade...
Todos se divertiram, mas depois foram dormir.
As duas semanas seguintes correram sem muitas grandes surpresas, além do dia em que Andrômeda e Lupin foram ver o jogo Corvinal X Sonserina juntos, mas nada demais aconteceu, apenas conversaram e deram risadas. Março se iniciava mas ainda faltavam cinco dias para a lua cheia.
Todos andavam ansiosos com a grande final das casas para decidir a taça de quadribol. Grifinória enfrentaria Sonserina e com certeza não ia ser um jogo fácil.
Tiago havia reservado o campo mais cedo naquele dia. Juntou todo o time depois do café e marchou até o campo.
- Ah, eu não acredito! – Exclamou percebendo já certa movimentação no campo.
- Sonserinos! – Esbravejou Sirius que correu junto com Tiago.
Quando os dois chegaram, todo o time da sonserina já estava treinando.
- Malfoy! Seu idiota! – Tiago apontou para o garoto loiro que havia acabado de montar na vassoura. – Você sabia que a Grifinória havia reservado o campo!
- Ora, minhas condolências, Potter. Mas, parece que o time de melhor qualidade conseguiu o campo hoje.
- Como é que é? – Tiago já ia se posicionando para socar Malfoy mas Roxy e Billie o seguraram. Enquanto mais dois jogadores seguravam Sirius.
- Você sabe que não pode ir longe com esse timinho, ainda mais com tais vassouras de 5ª categoria.
- O que você está insinuando? – Perguntou Sirius tentando se soltar para bater em Malfoy.
- Nada de mais, quer dizer...eu tenho uma “Insomniac”.
- Quer um broche, Malfoy? – Sussurrou Tiago cerrando os dentes.
- Nunca vai conseguir Potter. É um péssimo capitão, e seu time é péssimo também.
O garoto já estava se soltando de Billie e Roxy quando Sirius finalmente ficou livre e atacou:
- Rictusem...
- Expelliarmus! – Defendeu-se Malfoy.
- Estupefaça! – Foi Tiago que lançou o feitiço em cheio deixando Malfoy cair no chão.
- Acabamos de pegar uma vida inteira de detenções. – Informou Roxy pouco feliz.
O time inteiro da Sonserina agora estava no chão observando a cena.
Sirius, Tiago, Roxy e mais o time inteiro da Grifinória agora se encontravam no escritório de Dumbledore.
Lupin e Pedro por outro lado esperavam pelo time na sala comunal.
- Me ajude por favor, Aluado. – Pediu Pedro estendendo o dever de casa de Poções.
- Agora não vai dar, Rabicho. Tenho que patrulhar os corredores.
- Você ajudou Andrômeda! – Disse Pedro indignado.
- É totalmente diferente.
Pedro bufou e voltar a meter a cara nos livros. Lupin saiu da sala comunal e seguiu até o corredor do 5ºandar.
Tiago, Roxy e Sirius chegaram um pouco depois. Com a cabeça baixa, os três entraram na sala comunal espalhando tristeza.
- Como é que foi? – Perguntou Pedro.
- Fomos proibidos de jogar contra Sonserina. – Informou Roxy.
- Agora a Grifinória tem que jogar com o time reserva. – Disse Sirius bufando.
- Mas Dumbledore não acreditou que vocês já haviam reservado o campo? – Perguntou Pedro.
- Dumbledore sim. – Começou Tiago. – Mas o Slughorn achou que não era verdade.
- Mas é verdade! – Exclamou Pedro.
- Eu sei, caramba! – Tiago se jogou em uma poltrona e apoiou a cabeça em uma das mãos. – Não acredito que não vou poder jogar na final contra Sonserina...
- Onde está o Aluado? – Perguntou Sirius.
- Patrulhando os corredores. – Respondeu Pedro de má vontade.
E estava mesmo. Lupin seguiu tranqüilo pelo corredor do 4º andar quando alguém chamou seu nome.
- Lupin!
- Andrômeda! – Ele avistou a garota.
- Venha, preciso lhe mostrar algo.
- Não posso agora, estou...
- Venha logo! – Andrômeda puxou seu braço e os dois desceram um lance de escada.
- Observe. – Eles se esconderam atrás de um caldeirão.
Um aluno ia passando e de repente levou um tombo enorme.
- Mas o que é isso? – Perguntou Aluado abismado com o que via.
- Cordas invisíveis. – Respondeu ela orgulhosa. – Eu mesma conjurei.
- Sabe que eu sou monitor e que poderia lhe dar uma detenção. – Ele disse sério.
- É porque você não viu como é engraçado. Olhe, ai vem outro.
Dessa vez, era Lily que estava fazendo ronda no 3ºandar que caiu feio no chão. Andrômeda riu e Lupin se segurou para também não rir.
- Vai dizer que você não esta achando engraçado? – Ela perguntou ainda rindo.
- Não. Isso não é engraçado. – Ele respondeu sério. – Mas isso é.
Aluado retirou as cordas e conjurou cascas de banana para que a pessoa pudesse voar antes de atingir o chão. Depois de 3 alunos caírem na armadilha eles finalmente pararam.
- Você não é tão bonzinho quanto pensava, não é?
- Eu nunca fui bonzinho. – Ele disse encarando a menina. – Só exemplar.
Andrômeda se aproximou mais. Aluado ia abrir a boca para falar mas a menina o fez sentir um arrepio forte e agudo.
- Vá. – Ela disse.
E ela o fez sentir novamente o arrepio.
- Patrulhar.
Aquele arrepio de novo.
- Os corredores.
E mais arrepio subiu-lhe pela espinha. Andrômeda levantou-se e o deixou lá com a cara mais boba do mundo.
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