Uma questão de confiança
Era difícil acreditar que estava namorando. Algo que jurou não fazer... Pelo menos, até ficar adulto e idiota, como sempre dizia. Namorar? Algo tão... Tão... Para quê se prender a alguém? Podia ficar com milhares de garotas. Mas não agora. Pois, simplesmente, estava namorando! E namorando com sua “inimiga”... Com uma grifinória. Com uma sangue-ruim. Existiam milhões de motivos para não poder namorá-la...
Acordara cansado. O dia anterior lhe trazia lembranças estranhas demais. Não deveria ter bebido tanto na festa na Sonserina na noite passada. Queria esquecer os problemas. Mas acabou criando outros.
Levantou-se bocejando e se espreguiçando. Foi tomar banho.
Hermione acordara naquela manhã de domingo, se espreguiçou ao máximo, estava com um sorriso bobo no rosto, as coisas haviam acontecido tão rápidas no dia anterior, e só de pensar que ela estava namorando com Draco Malfoy, lhe dava uma enorme vontade de gargalhar, levantou-se num pulo e correu para o banheiro, queria estar perfeita para seu namorado.
Desceu até o salão comunal... Alguém o esperava. Sentada ao sofá, estava nada mais, nada menos que Pansy Parkinson. Já vi que o dia promete! Ia passar direto, quando ela o puxou para o sofá.
- Draco... – ela sussurrou em seu ouvido, enquanto o trazia para mais junto de seu corpo. – Diz pra mim... Vai. Diz que ontem estava só de palhaçada. – Ela estava o tentando.
- Me solta, Parkinson! – ele falava tentando se safar. Mas, afinal, era homem.
- Ah, Draco. Vai me dispensar, é? – ela subia no colo dele. – Se disser não, não vai ter mais.
Ele não estava se agüentando. Ela sabia como provocá-lo. Começava a subir a saia... Quando do nada, parou.
- É isso que você está negando. – ela falou e saiu, o deixando boquiaberto.
Hermione descera as escadas chegando ao salão comunal, Harry parecia estar a sua espera.
- Mione, será que a gente pode conversar?
Ela suspirou fundo e forçou um sorriso.
- Tudo bem, Harry...
- Eu... Eu queria me desculpar, eu fui um idiota Mione, não podia ter feito aquilo... Não quero estragar nossa amizade...
- Tudo bem, Harry, sem problemas... – Ela sorria meigamente e o abraçava.
- Você e o Malfoy...
- Estamos namorando de verdade! – Ela sorria mais ainda.
Harry franziu o cenho. Não a queria com o Malfoy, mas decidiu não relevar, não estava a fim de brigar com ela novamente.
- Vamos descer juntos para o café da manhã? – Ela sugeriu.
- Tá! Tudo bem! – Ele sorria
Ambos saíram pelo quadro da mulher gorda.
Draco suspirara fundo. Tava enlouquecendo. “Ok... Ela fez de propósito! É normal você se sentir atraído. Afinal, você é homem. Não há absolutamente nada de errado nisso.
Saíra do salão comunal da Sonserina e seguira para o Salão Principal. Estava tudo muito calmo... As mil maravilhas. Tudo normal. Mas, era muito bom para ser verdade. Viu, descendo as escadas, um casal muito feliz e alegre conversando animadoramente. Sentiu raiva. Hermione Granger e Harry Potter.
Hermione avistou o loiro, olhou para Harry carinhosamente e depositou um beijo na face do moreno.
- Tenho que ir, Draco me espera... Nos vemos nas aulas, ok?
- OK... – Harry respondeu contra gosto.
Ela foi andando até Draco sorrindo abertamente
Ele a encarava com uma raiva inexplicável. “Não, com toda certeza, isso não é ciúme! Eu não sinto ciúme! Sou Draco Malfoy!”
- O que estava fazendo com esse cara? – ele perguntou ainda com uma cara de desgosto quando ela se aproximou.
O sorriso de Hermione desaparecera na mesma hora e ela o encarou, séria.
- Bom dia para você também, Malfoy! – Ela franzia o cenho.
- Você sabe que eu não gosto que você ande com ele. – ele falou ignorando o comentário da garota. - Parece até que esqueceu o que ele te fez. – ele ainda falava com raiva. – Você é minha garota! E não gosto que ande com qualquer um por aí.
Hermione abriu a boca incrédula, ela não acreditava que estava escutando tanta besteira de manhã cedo.
- Em primeiro lugar, Malfoy, se você gosta ou não que eu ando com Harry o problema é SEU! Em segundo lugar, eu não esqueci o que ele me fez, mas eu PERDOEI! Minha amizade com Harry é muito forte para acabar por causa de uma besteira! E em terceiro lugar, eu não sou a SUA GAROTA eu sou sua namorada coisa totalmente diferente! Não sou propriedade sua! E HARRY NÃO É QUALQUER UM É O MEU MELHOR AMIGO!
Ela virou-se de costas para ele, em menos de um dia de namoro já estavam brigando feito cão e gato, respirou fundo e começou a andar em passos rápidos.
- Ah, Granger! Você me irrita, sabia? – ele dizia com raiva entre os dentes. Não queria prolongar o assunto Potter, que o irritava bastante.
Ele começou a andar junto a ela. As brigas entre os dois não iam terminar só porque agora eram namorados, ele sabia disso. Principalmente, pelo fato dela ser amiga dos caras que Draco mais odiava.
- E você é, sim, MINHA GAROTA!
Hermione parara subitamente de andar e o encarara como se ele fosse um tipo de verme.
- Eu já disse que NÃO SOU PROPRIEDADE SUA MALFOY! – Ela berrara. – Não sou como a Parkinson que se sujeita a ser submissa a um homem, eu NÃO SOU ASSIM!
Ela então encarou os olhos azuis dele, respirou fundo, estava começando a pensar se fizera a escolha certa aceitando namorar com ele.
- E é exatamente por isso que... – ele foi andando até ela e a abraçou. – VOCÊ é minha namorada. E não ela. – ele sorriu ironicamente.
Hermione sorriu consigo mesma, ele podia ser o cara mais insuportável da face da Terra, mas ele sabia fazer com que qualquer garota se derretesse com aquele charme e sorriso e aquele perfume...
- Esse perfume... – Hermione parou de abraçá-lo na mesma hora para começar a cheirar a roupa do rapaz. – VOCÊ ESTAVA SE ESFREGANDO NA PARKINSON????
Ela gritou mais uma vez. Reconheceria aquele perfume enjoativo em qualquer lugar, sentiu a veia de sua testa pulsar de raiva.
- Hermione, você sabe como a Pansy é. Ela ficou me abraçando, me agarrando. Mas eu a empurrei. Sabe que não tem nada a ver. - Ele falara voltando a abraçá-la. Falava calmamente.
Não acreditara que estava dando explicações para uma mulher. Mais uma coisa que jurara não fazer. Como estava se contradizendo ultimamente.
- Você pode até ter empurrado ela de primeira, mas na segunda vez não empurrou! Você é homem Malfoy! – Hermione ficara mais séria ainda. – E tá mais do que na hora da Parkinson saber que você tem dona! E aí de eu saber que você teve algo com ela, porque eu fico com metade de Hogwarts na mesma hora, Draquinho... - Ela sorriu marota.
- OW! PAROU AÍ! Que história é essa de dona? E bem que você tinha me falado que era ciumenta, hein?
Hermione sorriu marotamente.
- Não é questão de ser ciumenta, Draquinho, mas sim de cuidar do que é meu por direito! Afinal a Parkinson falta pular em seu pescoço! – Ela girara os olhos. – E além do mais, quem estava com ciúmes aqui era você, deu até um ataque nervoso só porque eu estava com Harry...
- Não dei ataque nenhum. Só estou cuidando do que é meu por direito. – ele falara. – E pare de me chamar de “Draquinho”... Que assim, eu lembro da Pansy. – ele sussura. Fazia de tudo para provocá-la.
- Então vai lá pensar na sua Buldog... Aposto que ela deve estar morrendo de saudades do louro perfeito dela, o Draquinho amado dela... - Hermione se escorava na parede de braços cruzados.
- Não... – ele falara vagamente. – Acho que a minha garota não vai gostar nenhum pouco disso. – ele dizia se aproximando.
- Sua garota? E quem seria sua garota? - Ela ria de lado.
- Uma garota esquentadinha, ciumenta, irritante e apaixonada por um loiro maravilhoso. – ele falava se aproximando mais e mais dela.
- Na verdade, eu acho que ela não é esquentadinha, nem ciumenta e muito menos irritante, mas é apaixonada por um loiro completamente ciumento, chato, irritante que não deseja se quer bom dia a ela... - Ela sorria abertamente.
- Deve ser porque a minha garota estava com o maior inimigo do loiro maravilhoso, que não é ciumento, nem chato, nem irritante... – ele sorrira também. – Bom-dia! – ele falara e beijara os lábios. No inicio, docemente e leve... Depois ele foi intensificando.
Hermione ria dentre o beijo dando espaço para que ele se aprofundasse cada vez mais, Draco a beijava tão possessivamente que ela tinha medo dele lhe quebrar algum osso, mas ao mesmo tempo saboreava cada toque de língua e caricia que ele lhe dava, ela estava nas nuvens.
No final do beijo, Draco mordeu o lábio inferior de Hermione. Estava ofegante. Parou e ficou a observá-la ainda respirando pesadamente. Estava realmente bonita. Era bom tê-la só pra ele.
- Sabe, a cada dia que passa seus beijos ficam mais possessivos! – Ela ria.
- E eu sei que você gosta. – ele falou com um sorriso vitorioso. – Foram eles que te conquistaram, que eu sei. – ele riu ironicamente.
- Você realmente sabe estragar um momento romântico... – ela dava um tapa no braço dele e sorria.
- Ah, Granger! Me poupe! – ele falara e começara a andar a caminho do Salão Principal.
- Muito bem, aonde vamos tomar café da manhã? Na minha mesa ou na sua? - Ela falava normalmente.
- Rá! Você não ta falando sério, né? – ele falara não acreditando no que a garota lhe perguntara.
- Ok! Então vá para a sua mesa que eu vou para a minha! - Ela franzira o cenho e começara a andar.
- Ow! Ow, Granger! – ele falara a segurando pelo braço. – Eu até quero tomar com você e tudo mais. Mas sem chance eu sentar com seus amiguinhos grifinórios.
- E eu não vou tomar café ao lado da Buldog! Esqueceu que os sonserinos ODEIAM nascidos trouxas? É melhor eu ir tomar café com Harry e Rony, nos vemos nas aulas... - Ela falava tranquilamente.
- Ah, Granger! Você não vai agüentar isso sozinha, que eu sei. Por que não deixa pra lá o seu sentimento de raiva da Pansy só por uns minutos e vem se sentar comigo na mesa da Sonserina? – eles pararam a poucos metros do Salão Principal.
- Eu não vou para lá Draco! - Ela falara como se explicasse algo para uma criança teimosa. - Olha, agente se vê na aula de poções, eu tomo café com Harry e sento na aula com você que tal?
- Não! Nem pense em levar em consideração o fato de eu deixar você tomar café com o Potter. Ah, você não vai mesmo. – ele falara já impaciente.
- E por que não? Qual o problema de tomar café com um amigo?
- O Potter não quer só ser seu amigo. E você sabe disso. – A raiva começara a subir sua cabeça.
- Dá para parar com esse ciúme besta?! - Ela o encarara, séria. - Eu não vou comer na sonserina e ponto final!
- Se for pra você comer com o Potter, EU ME SENTO NA GRIFINÓRINA! – ele gritou sem perceber o conteúdo do que acabara de dizer. Não, isso não era ciúme! Não podia.
- Sério? - Os olhinhos dela brilharam de felicidade.
- É, né? Fazer o quê? Mas não se acostume! – ele falou com raiva. O que dirão os sonserinos quando souberem que além de namorar Hermione, ia sentar-se com os grifinórios.
- Você é o melhor namorado do mundo! - Ela abriu o maior dos sorrisos e deu vários selinhos na boca dele.
- Isso não é novidade nenhuma, sabe? – ele falou com um sorriso vitorioso.
Ela ignorou o comentário dele o puxando pela mão pelo salão principal, todos ali os observavam e soltaram gritinhos de exclamação quando Draco sentou-se com Hermione na mesa da grifinória, Harry entortou um garfo e Rony ficara vermelho de fúria, Gina apenas ria. Hermione parecia não notar aquilo tudo, estava ocupada demais servindo Draco com suco de abóbora.
- Eu acho que os seus amiguinhos não estão gostando nenhum pouco da minha presença aqui, sabe? – ele comentou olhando Harry com raiva e um sorriso vitorioso e com certo desdém.
- Hum? - Ela olhou para Harry que agora segurava uma faca. - Algum problema Harry?
- Nenhum, Mione... - Ele dizia dentre os dentes.
- Que bom! - Ela sorria.
Harry sentiu uma enorme vontade de provocar Draco, sorriu com raiva para o loiro e olhou para Hermione.
- Escuta Mione, eu preciso de sua ajuda em um dever de poções, pode me ajudar mais tarde?
- Claro! Sem problemas! - Ela sorria.
Draco sentiu uma vontade inevitável de enfocar aquele verme que era Harry Potter.
- Acho que é melhor deixar pra outro dia, Potter. – ele falou sem ser grosseiro, mas ao mesmo tempo com uma frieza perceptível na voz. – Já temos pra essa noite. – ele falou provocando Harry.
- Temos? - Hermione ergueu a sobrancelha. - Não marcamos nada Draco! Pode deixar que te ajudo Harry, além do mais você anda muito desleixado com os estudos! - Ela sorria amavelmente.
- Espero que você me ajude a retornar minha rotina de estudos Mione... - Ele sorria olhando para Draco.
- Mas eu já reservei... – ele mentiu. – Não sabia que tinha que marcar pra sair com a minha namorada! – ele precisava provocar o cicatriz.
- Reservou? - Ela erguia mais ainda as sobrancelhas. - Reservou o que?
- É Malfoy, reservou o que? - Harry o olhava como se fosse um verme. - Malfoy, acho que você não vai se importar de que Hermione me ajude não é? Afinal ela é minha melhor amiga...
- Reservei... Ah, é uma surpresa. – Mentira novamente. - Ah, mas é claro que eu não me importo, Potter. – Ele falara para Harry e então virou-se para Hermione. - Afinal, meus amigos e Pansy tinham me chamado pra sair essa noite mesmo. Eu tinha recusado. Mas se você vai ajudar seu melhor amigo, eu posso sair com minha melhor amiga, né? – ele falou para provocar a garota.
Hermione franzira o cenho ao escutar o nome Pansy.
- Pensei que não quisesse ficar lembrando de sua EX, Malfoy! - Ela falara severa. - Te ajudarei com prazer, Harry e você Malfoy se quer sair com sua ex, está as ordens apenas não volte atrás depois! - ela completou rabugenta.
- Ela não é minha ex, Granger! Ao contrário do Potter. Acho que se você vai sair com seu ex, nada mais justo que eu saia com uma amiga minha. Você não acha? – essa hora ele já estava quase gritando. Já atraia olhares de alguns grifinórios. Dois namorados se chamando pelo sobrenome não era uma coisa muito comum. Mas o que se espera de um casal como esses?
- Então Malfoy! BOM PROVEITO! - Ela gritou por fim levantando da mesa da Grifinória e saindo do Salão Principal.
Draco se jogou no banco. Era só seu primeiro dia de namoro e já tinham brigado feio. Como seria daqui pra frente? Todos os grifinórios o fitavam, algo que o deixava realmente com raiva, mas do que já estava.
- O QUE É QUE ESTAM OLHANDO? – ele gritou se levantando e saindo pela do Salão Principal. Foi capaz de ver o Potter se levantar, antes de ir à procura de Hermione.
Hermione andava em direção ao jardim, como Draco podia ser tão estúpido daquela forma? Respirou fundo estava com muita raiva, aquele namoro mal havia começado e já estava um passo para terminar. Ficou olhando a lula gigante, pegou uma pedra e jogou no rio.
Draco sabia onde Hermione havia ido. Na beira do lago da lula gigante. Foi até lá. Chegou devagar e a abraçou por trás.
- Você está me saindo mais difícil do que imaginei, sabe? – ele sussurrou em seu ouvido.
- Me solta! - Ela falou secamente, odiava brigar com ele, mas ele provocava.
- Ah, Hermione! – Até ele se assustara com o que tinha falado. – Você sabe que seu amiguinho me provocou.
- Harry só pediu minha ajuda Malfoy! - Ela o encarara, séria. - Antes de namorar com você ele sempre me pedia ajuda, isso não é te provocar! Se alguém provocou alguém aqui, esse alguém é você! Você que começou a insinuar que ia "passear" com a sua "amiguinha"!
- Claro! Você se recusou sair comigo pra ajudar o Potter nos estudos e bem na frente dele, só tá dando moral pra ele.
Hermione suspirou cansada, não estava acreditando naquilo tudo.
- Você não confia em mim não é? - Ela falou séria. - Não confia que eu fique perto de Harry e não te traia! Acha que se eu ficar perto dele você vai ser ameaçado! Adivinha Malfoy, um relacionamento é construído em confiança e você NÃO CONFIA EM MIM!
- EU CONFIO EM VOCÊ! NÃO CONFIO É NELE! E OUTRA, EU TE CHAMEI PRA SAIR! ANTES DOS AMIGOS VÊM OS NAMORADOS, SABIA? – ele começara a berrar.
- EU NÃO COLOCO ASSIM NA MINHA VIDA, AFINAL AGENTE NUNCA SABE QUANDO O NAMORADO VAI NOS DEIXAR E NOS FAZER SOFRER! - Ela berrara por fim, havia revelado o sue maior medo, medo de ser abandonada por ele, seus olhos encheram de lágrimas.
- DEPOIS VOCÊ DIZ QUE EU NÃO CONFIO EM VOCÊ! VOCÊ QUE NÃO CONFIA EM MIM. NÃO ACREDITA EM MIM! E SEMPRE VAI SE ASSIM, NÃO É, GRAGER?
Hermione tampara os ouvidos com as mãos como se não quisesse escutar mais nada, ela já chorava com intensidade chegava a soluçar, fechou os olhos com força.
"Ele sempre vai te fazer chorar..." escutou uma voz dizer em sua cabeça.
- Para de chorar! Você sabe que está errada. Pare de me julgar! Pare de achar que está certa! É injustiça! Me acusa de fazer o que você faz comigo! – ele não queria brigar com ela.
- Isso não vai dar certo... - ela murmurou encarando o chão. - Não vai dar certo se não nos esforçarmos...
- EU ESTOU ME ESFORÇANDO, GRANGER! EU FUI LÁ, ME SENTEI COM VOCÊ NA MESA DA GRIFINÓRIA! MESMO ODIANDO TODOS DE LÁ! E NÃO SENDO BEM-VINDO! MAS SENTEI LÁ POR VOCÊ! VOCÊ NEM PRA CONSIDERAR! EM VEZ DISSO, FEZ QUESTÃO DE ME NEGAR PELO SEU AMIGO!
Hermione erguera a cabeça e o encara séria.
- NUNCA MAIS OUSE GRITAR COMIGO, MALFOY! SABE QUE EU NÃO ADMITO ESSE TIPO DE TRATAMENTO! NÃO SOU QUALQUER UMA PARA VOCÊ ME TRATAR ASSIM!
- VIU? QUER MUDAR DE ASSUNTO PORQUE SABE QUE ESTÁ ERRADA! NÃO QUER ADMITIR QUE QUEM NÃO ESTÁ SE ESFORÇANDO PRA QUE ISSO DÊ CERTO É VOCÊ! NÃO FOI VOCÊ QUE TOMOU INICIATIVA, FUI EU! NÃO FOI VOCÊ QUE CEDEU E FOI SENTAR NA CASA ADVERSÁRIA, FUI EU! – ele gritara e saíra de lá com raiva da injustiça que a garota cometera com ele.
- QUER SABER MALFOY CHEGA BASTA ACABOU! - Ela berrara enquanto ele dava as costas para ela.
- Você não suporta, não é Granger? Você não quer nem tentar! Então, porque aceitou se não está disposta a fazer de tudo pra que isso dê certo? – ele virou-se para ela. – Agora, tanto faz! EU cometi um grande erro!
- Sabe por que eu tentei Malfoy? - Ela dizia chorando. - Porque eu te amo! E se para você é um erro estar a meu lado, então a melhor coisa que fazemos é terminar mesmo!
- Se realmente me amasse, lutaria por mim, por esse amor! Ao invés disso, você, simplesmente, se entregou.
- Você não vê, não é? Olha só a nossa manhã! Presta atenção, Malfoy! Eu acordei pensando que meu namorado ia me fazer feliz e quando cheguei para falar um "bom-dia" você veio com 10 mil pedras na mão. E você não sentou na Grifinória por ceder, mas sim porque Harry estava lá, se sentou lá por orgulho! QUE DROGA, DRACO! - Ela gritou e desviou os olhos vermelhos. - Eu nem sei porque gosto de você...
Ele voltou e se sentou no gramado. Estava realmente difícil aquilo tudo.
- Eu não suporto o Potter! Não quero te ver sofrendo por ele. Sei que ele é seu amigo e tal. Mas ele já te traiu uma vez... Quem vai duvidar que ele seja capaz de fazer de novo? Você confia mais nele, que te traiu, do que em mim, que você nem tentou. Não tem como você namorar ninguém! Porque o Potter sempre será o primeiro na sua vida. Então, é melhorar você ficar com aquele idiota que vai continuar te traindo e te enganando. – ele soltara tudo.
Hermione sentou-se no gramado e o olhou. Ele parecia tão distante naquele momento. Parecia sombrio e distante. Sentia que estava o perdendo aos poucos. Colocou a cabeça no ombro dele e sussurrou:
- Se no momento Harry fosse o primeiro em minha vida, eu não estaria com você... - Ela respondeu sincera.
- Você não quer estar comigo. Mais uma prova de que o cicatriz é o primeiro na sua vida. – ele disse ainda observando a paisagem que aquele lugar lhe proporcionava.
Ela virou o rosto dele para ela e encarou os olhos azuis dele.
- Vamos esquecer que o Harry existe quando estamos juntos, ok? Se é que você ainda quer ficar comigo... - Ela olhava para a grama.
Ele respirou fundo. A encarou e começou a beijá-la com fervor e possessivamente. Era tudo o que precisava naquele momento.
Hermione deitou na grama e o puxou junto a ela, o beijava de uma forma quase brutal, queria naquele momento ele apenas para ela, como se não existisse mais nada no mundo apenas os dois.
O sinal tocou. Draco parou de beijá-la e se levantou puxando a garota junto a ele. Lembrou que não havia comido nada direito.
Ela o olhou com carinho e o abraçou.
- O que vamos fazer hoje a noite? Estou te devendo algo já que não deixei você comer direito... - Ela sussurrou em seu ouvido.
- Ué... Você não ia ajudar o Potter com os estudos? – ele perguntou em um tom debochado.
Hermione franziu o cenho, mas logo sorriu de leve, não ia brigar mais com ele.
- Tudo bem, se você quer que eu ajude o Harry com os estudos, sem problema... - Ela dava um sorriso cínico.
- NÃO! Você tá realmente me devendo. E eu já reservei... – ele falou novamente mentindo.
Ela gargalhou, ele com ciúmes ficava realmente cômico, estava quase chorando de tanto rir.
- Realmente Draco o ciúmes caí perfeitamente em você!
- Para com isso! – ele falou com raiva. – EU NÃO ESTOU COM CIÚMES!
- Uii ok ok - ela ria mais ainda. - Se não está com ciúmes não sei porque fica tãããoo rebelde quando eu estou com outros garotos!
Ela depositava um beijo singelo nos lábios dele e continuava a rir, a cara dele estava hilária.
- Não é com os outros garotos! Não gosto que você fique com o Potter! E você sabe disso! Gosta de me provocar, não é? – ele começou a brincar. – Sabe o que pode acontecer, não é? – ele falava com uma voz sombria falsamente.
- O que pode acontecer? - Ela colocava a mão no queixo pensativa. - AH JÁ SEI! Você ter um troço? - Ela gargalhava.
- Não. – ele falou com uma raiva falsa. – Isso! – ele falou e começou a fazer cócegas nela. Pareciam duas crianças. Era estranho como ele se sentia bem com ela. Era outra pessoa.
Hermione correu para dentro do castelo, muito ali os olhavam sem entender, uma hora estavam quase se matando no café da manhã e na outra hora correndo pelos corredores como crianças felizes.
- Para Draco! Para! Eu me rendo! - Ela gargalhava parando frente a porta da sala de aula.
- Sabia que não ia conseguir. Ninguém pode com Draco Malfoy! – ele rira. – Acho que vamos ter que voltar ao Salão Principal. Você deixou seu material lá.
- Ham... Acho que os garotos já devem ter trago pra mim... - Ela corava levemente. - Vamos nos sentar juntos, não é? - ela mudava de assunto ao ver a cara de indignação dele.
- Você que sabe... – ele falou, simplesmente.
- Nossa quem vê assim parece que você nem quer sentar comigo... - Ela fazia biquinho abrindo a porta da sala que por graças a Merlim não estava tão cheia e o seboso do professor não havia ainda chegado.
- O importante é saber se VOCÊ quer. – Ao entrar na sala, percebeu o clima pesado. Todos os fitavam. Pansy não estava.
- Vou sentar com Neville! - Ela virara de costas para ele e saia andando.
- Ow! – ele falou segurando o braço dela. – Você não desiste mesmo, não é Granger? – falando isso ele a puxou ao seu encontro. – Você quer ouvir que... – aproximou os lábios do ouvido da garota e falou. - ... Eu quero me sentar com você, minha garota. – riu e a beijou. Sim, na frente de todo mundo. Não estava nem aí.
Hermione corou furiosamente, sentia o olhar dos grifinórios em sua nuca, sorriu dentre o beijo e se separou dele.
- Vou pegar minhas coisas, MEU garoto.. - Ela piscava para ele e caminhava até Harry que lhe estendia a mochila com uma cara de poucos amigos.
Ele riu... Logo depois, sorriu vitoriosamente para Harry. “Você perdeu, Potter! E é melhor ir se acostumando!” Era incrível ver como o mundo girava.
Ela voltou-se para Draco e sorriu levemente.
- E então? Vamos nos sentar? - Ela dizia calma.
- Tá... Err... – Ele olhou em volta. – Onde?
- Mais uma vez estamos divididos. Lado da grifinória, lado da sonserina... - Ela olhava, séria, os lugares vazios. - Bem... Você ficou comigo na mesa da grifinória então, eu vou para o lado da sonserina com você...
- Hum... ok. – Não era uma idéia muito boa, mas... Era melhor do que sentar-se com a grifinória.
Aos poucos os alunos foram chegando e se acomodando. Depois de um tempo, o professor Snape chegou. Bateu a porta com força. Estava mais mal humorado que o normal.
Snape ia atravessando a sala em direção a sua mesa quando parou os olhos em Hermione e Draco sentados juntos.
- Então os boatos são verdadeiros, estou decepcionado com você Draco... - Ele falava friamente.
- Nem imagino o porquê, sabe? – ele debochou.
- Pensei que a senhorita estava com o Sr. Potter senhorita Granger, tsc tsc tsc... que coisa vulgar...
Hermione reprimiu uma careta e viu Neville e Simas segurando Rony e Harry.
- Acho, sinceramente, professor, que se ele estava com Potter ou não e se está comigo ou não, não tem absolutamente nada a ver com o senhor. – ele falou friamente defendendo Hermione.
- Realmente é decepcionante, o que será que seus pais pensarão sobre isso Draco? - Snape começou a usar oclumência um modo de entrar na cabeça de Draco, conseguiu apenas falar uma frase em pensamento "Será que ela sobreviverá quando eles souberem?"
Snape virou-se de costas para ambos e foi até sua mesa, Hermione sentira um frio na espinha, como se o professor soubesse de algo, algo sobre ela.
Draco levantou-se e foi até o professor.
- Nada vai acontecer a ela. Não vou deixar! – ele falara com raiva, baixo ao professor. – O que você sabe sobre isso?
- Aqui não é lugar para conversarmos sobre isso Draco... - Snape falava baixo. - Sua tia lhe visitará hoje, creio que terão uma conversa agradável... Agora sente-se! Está chamando muita atenção!
- Dane-se! Quero saber o que você sabe! – ele falara já com raiva, mas ainda baixo.
- Olha como fala comigo garoto! - Snape falava com raiva. - EU já disse que nos falamos depois! Ou você quer que sua namoradinha saiba que você está planejando a morte do amiguinho dela? Sente-se!
Ele o encarou com raiva e voltou para a mesa, junto a Hermione. Todos o encaravam, enquanto ele ainda fitava Snape com uma raiva o corroendo por dentro.
- O que houve? - Hermione perguntava tocando o braço dele preocupada. - O que foi, Draco?
- O que mais poderia ser? Snape! – Fui tirar satisfações com ele. Nada demais. Só isso. – ele falara ainda fitando o professor com raiva.
- Não sei por que, mas sinto que você não está me falando a verdade... - Ela o encarara, séria.
- Teremos uma aula hoje mais perspicaz, por isso formarei trios! Sr. Potter, Sr. Weasley e Sr. Longobotton vocês três juntos, Sr. Malfoy, Srta. Granger e Srta. Parkinson... - Snape falava monotamente.
Draco olhou Pansy vindo em direção a eles e se sentando ao lado dele. Pronto... Bem no meio da guerra. Essa seria realmente uma aula loooooooonga! Ele a encarou.
Hermione ficara incrédula não sabia o que falar, estava em choque.
- Olha que bom, Draquinho! Sentaremos juntos! - Pansy dizia ignorando Hermione.
Ele nada respondeu... Apenas encarou Hermione e sorriu.
Hermione o olhou, confusa, encarou Pansy novamente, e suspirou fundo, teria que se controlar ao máximo.
- Você não adora essas coincidências, Draco? – ela perguntou simplesmente e ele nada respondeu... Não queria brigar com Hermione. – Que silêncio! Até parece um funeral! O que foi, Draco? Sua namorada comeu sua língua ou agora tem uma dona que diz quando você pode ou não falar? – ele perguntou ironicamente, enquanto Snape explicava a poção.
Hermione a encarou com raiva.
- Escute aqui Parkinson eu e meu namorado se você não percebeu ainda estamos tentando prestar atenção na aula e eu agradeceria muito se você calasse a boca! - Hermione se controlava ao máximo.
- O que é isso, Draco? Sua namorada fala por você? – ela perguntou, ignorando Hermione. – Pensei que você não se rebaixava a esse nível. Ser pau mandado...
- CALA A BOCA, PANSY! – ele gritou.
Hermione sorriu vitoriosa, deu um estalado beijo na bochecha de Draco e voltou a suas anotações, sorridente.
Draco olhou Pansy sorrindo vitoriosa e ironicamente.
Ela o encarou e começou a olhá-lo de uma forma sensual. Sabia como deixá-lo louco. Sua nova tentativa. Estava funcionando.
Hermione estava tão concentrada nas anotações que não via as insinuações de Pansy, o silêncio estava muito bom para ela questionar algo.
- Agora, podem começar a fazer a poção! – Snape falou e se sentou a mesa, encarando Draco.
Hermione começara a preparar a poção calmamente.
- Draco será que você pode me ajudar? - Ela perguntava calmamente sem se virar para ele.
- Ah, claro... – ele falava vagamente, enquanto fitava o decote de Pansy que fez questão de ir desabotoando os botões da camisa do uniforme, murmurando um “Que calor!”... Mesmo estando um pouco frio demais.
Hermione o encarara de repente vendo a cena em que Pansy se insinuava e Draco praticamente pulava dentro da blusa dela. Franziu o cenho.
- Acho que vou me sentar com outras pessoas! - Ela começou a juntar suas coisas com raiva.
Ele virou-se para Hermione.
- Quê? – Ele perguntara sem entender. Depois a olhou arrumando as coisas. – O que está fazendo? Onde você vai?
- Sentar com alguém que preste atenção no que eu estou falando, e não em alguém que está quase pulando dentro da blusa da Parkinson! - Ela falava furiosa.
- Peraí! O que eu fiz agora? – ele falou a segurando pelo braço, enquanto Pansy sorria vitoriosa. – A culpa não é minha se o professor a botou aqui. Desculpa... – ele falou sem pensar... Se desculpara. Oh, Merlim!
- Vai parar de ficar olhando para o decote dessa aí? - Hermione perguntou séria.
- Vou. Eu prometo. Só vou olhar pra você. – Ele falou sorrindo. – Você não está com um pouquinho de calor, não? – ele perguntou brincando.
Pansy bufara derrotada. Como é que não havia feito eles se brigarem? Teria que partir para uma nova tática.
Hermione sorria com o canto dos lábios.
- Talvez, mas prefiro sentir calor a sós com meu namorado! - Ela sorria e voltava a se sentar ao lado dele.
- O que acha dessa noite, hein? – ele perguntara, sussurrando em seu ouvido.
- Eu estava brincando Malfoy! Deixa de ser pervertido! - Ela o cortara com um sorriso irônico.
- Mas eu não estou. – ele falou maliciosamente.
- Corte essas ervas pra mim, ok? - Ela corara furiosamente e empurrara um monte de ervas para ele, sentia suas bochechas arderem.
- Ok... – ele perguntou vagamente. O sorriso malicioso ainda no seu rosto. Começou a cortar as ervas.
Pansy olhava o nada. Estava desligada do mundo real, obviamente.
Hermione fitava Draco enquanto ele cortava as ervas, os cabelos caindo de forma graciosa nos olhos azuis lhe davam um ar rebelde, sorriu consigo mesma, era bom olhar para ele, isso lhe dava uma paz enorme.
Draco pensava se o que estava planejando fazer seria o certo. Hermione, se soubesse, nunca mais o perdoaria. Mas ele não estava com ela quando tudo começou. Nem pensava em estar. Mas agora ele estava... Ele teria que parar aquilo.
Hermione o olhava de lado sem entender o porquê dele estar tão quieto, decidiu esperar ele se abrir com ela, não queria ser inconveniente e causar uma outra briga, ela já estava farta de brigar com ele.
Pansy virou-se para o casal. Sim, aquele silêncio a irritava. Só o som da faca que Draco levava a mão batendo na mesa de madeira, enquanto ele cortava as ervas.
- Granger, eu não tenho que fazer nada não? – Aquele ambiente estava péssimo. Draco e Snape se encarando. E agora, Pansy e Hermione também. Draco acabara de cortar as ervas.
- Tem... Fica sentadinha aí caladinha, já é o bastante para você! - a castanha falava dentre os dentes esperando que Draco se manifestasse.
Pansy abrira a boca para responder de forma grosseira, quando Draco a interrompeu antes mesmo dela começar.
- Aqui estão, Granger. – Draco falou com a voz fria e distante entregando a Hermione as ervas. Pansy o encarou surpresa e ao mesmo tempo assustada.
- Você... Ham... Tá bem? - Hermione perguntara um pouco assustada com a reação com o loiro.
- É, Draco... Você tá meio... Estranho... Diferente... – Pansy completara, tão assustada quanto a outra garota.
- Ham... Não... Tá tudo bem. Nada demais. – Ele falara sem encarar nenhuma das duas, ainda distante. Perdido no olhar do Snape. Parecia uma conversa de olhares. Como se um estivesse tentando entrar na mente do outro.
- Se não quer falar num vou forçar a nada... - Hermione dizia suspirando.
- Mas não é nada não. – Draco disse, desviando do contato visual com seu professor de poções.
Pansy percebera que Draco e Snape estavam se encarando. E fitou o professor, à procura de uma explicação.
Hermione apenas suspirara e voltara a fazer a poção, não ia insistir.
- Mais alguma coisa que posso fazer? – Draco perguntara a Hermione. Sim, aquele clima irritava a todos, mesmo sendo em uma aula.
- Não, tudo bem, Draco! - Ela sorriu docemente.
Ele retribui o sorriso. Ok, que aula extremamente, irritantemente, e mais umas coisas com ‘mente’, chata.
O sinal soou. Snape se levantou, pegando seus livros, e falou:
- Quero uma redação de quatro pergaminhos sobre a poção para cada trio. Para depois de amanhã. – Houve muitos murmúrios pela sala de insatisfação. – Estão dispensados. – ele falou, encarou Draco e saiu da sala antes de todos os alunos. Draco saiu em seguida atrás dele, decidido, sem nem se despedir de Hermione ou Pansy...
Hermione ficara espantada com a atitude do loiro, olhou de esguelha e notou que a morena também estava assustada.
- Hei! Snape! Espere! Quero falar com você! – Draco gritou assim que alcançou o professor de poções.
Snape apenas virou-se e encarou o loiro com um olhar enojado.
- O que quer garoto? Não vê que está atraindo atenção demais! Vai acabar com o plano assim Draco! - Ele falou grossamente.
- Estou cansado de suas desculpas, Snape! Pode começar a me contar que história é essa sobre Hermione morrer! – Draco estava surpreso consigo mesmo. Além de estar preocupado com Hermione, falara, por incrível que pareça, “Hermione”.
- Ah Draco não me diga que está mesmo apaixonado pela Sangue Ruim? – Snape ria debochado. – De qualquer forma é melhor acabar com esse amor juvenil, ela esta ao lado do Potter e pelo que me consta, morrerá ao lado dele...
- E se eu estiver? – ele o desafiou. – Como tem toda essa certeza?
- Ora Draco, não se iluda... Sua tia ficou bem nervosa ao saber de seu namoro com a Granger... - Snape comentava num tom irritantemente debochado. - Um conselho que eu lhe daria era fingir que esse seu namoro é apenas um plano para acabar com Potter... - Snape tornava a virar de costas e a andar.
- Como foi que ela soube? – ele perguntou já com raiva, atrás do professor, voltando a segui-lo, quando a ficha caiu. – NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FOI CAPAZ DE CONTAR PRA ELA!
- Não me acuse, garoto! - Snape virou-se com a varinha erguida para Draco. - Meça palavras ao falar comigo! Ainda sou seu superior! Quanto a Granger, é melhor acabar logo com essa namorico ridículo e retomar seu posto, na guerra não temos tempo para confraternizar com o inimigo!
Draco levou a mão à varinha. Mas não a tirou do bolso.
- Sei que foi você. E não tenho que ficar ouvindo seus conselhos idiotas! De nada eles me servem. AGORA, PARE DE SE METER NA MINHA VIDA!
- Como queira, Draco... - Snape sorriu de lado. - Apenas não diga que eu não avisei...
E ele seguiu no corredor até desaparecer.
Draco estava irado. Começou a chutar o nada e xingar mentalmente o professor.
Draco olhou para o relógio. Era sua aula de Trato de Criaturas Mágicas também com a Grifinória. Ele seguiu para fora do castelo e chegando ao local da aula, perto da cabana de Hagrid, sentou-se sob uma arvore muito grande.
Hermione vira Draco sentar-se sob uma árvore, viu o quanto ele estava revoltado, se aproximou cautelosamente, sabia que algo estava errado, mas preferia que ele lhe contasse, não queria o forçar a nada.
- Olá... - Ela disse calmamente se aproximando.
Draco a fitara. Era bom sentir a presença dela, ouvir sua voz, mas a voz de Snape ainda repetia frases sem nexo em sua cabeça. Ainda com raiva e friamente, ele a respondeu:
- Oi...
- Posso, hum... Me sentar com você? - Ela perguntou um pouco receosa.
Draco que ainda a fitava, afirmou com a cabeça. E voltou a olhar para frente, o nada.
Hermione sentiu que naquele momento nenhuma palavra ajudaria a tocar o coração do loiro, então sentou-se ao lado dele, depositando a cabeça no ombro do mesmo, ele tinha um cheirinho gostoso que lhe lembrava morango com canela.
- Eu te amo... - Ela murmurou.
Ele se virou para ela, a observou por um momento, ainda calado. Então levantou seu rosto para o contato visual e a beijou. Seus braços a abraçavam pela cintura.
Hermione sentiu algo estranho no beijo do loiro, estava diferente, como se tivesse medo, sentiu um frio percorrer a espinha e o afastou de leve.
- Você não vai me perder, Draco... - Ela falou séria, não sabia ao certo o porquê de falar aquilo, mas sentiu que devia.
Draco se assuntou. Como é que ela sabe?. Independente da resposta, ela estava errada. Ele tinha certeza. Ia perdê-la de um jeito ou de outro. Era difícil acreditar que agora sentia medo de perdê-la. Uma garota que há poucos dias não era nada. Mas que agora parecia ser tudo na vida dele.
- Você tá estranho... - Ela comentou olhando para o nada. - Se quiser ficar sozinho, eu entendo, nos vemos depois... Ok? - Ela dizia já se levantando.
- Não. Fica. – ele falou a encarando nos olhos.
- Tem certeza? Você parece que quer pensar em algo, sei lá... - Ela falara olhando naqueles orbes azuis.
- Tenho... Sério, fica. – ele pediu, segurando o braço. Logo em seguida, o aglomerado de alunos da Sonserina e da Grifinória chegou e começou a se sentar envolta dos dois. Draco não deixou de encarar Hermione um só segundo.
Ela o olhou, séria, e tornou-se a se sentar ao lado dele, tinha algo errado, ela sentia isso, algo que ele não queria lhe contar.
Draco fechou os olhos e apoiou sua cabeça na árvore. Não podia ficar assim. Snape tinha certa razão, não podia ficar dando bandeira por aí. Afinal, ele era forte. Era um Malfoy. Saberia passar por tudo e todos. Menos por sua tia, Snape, seu pai e Voldemort.
Por enquanto, a única coisa que deveria e poderia fazer era fingir que aquele namoro era um jeito de chegar no Potter. Pelo menos, para sua tia. Se Hermione soubesse, nunca o perdoaria.
A aula percorreu normal para Hermione, Draco parecia muito distante para ela, no entanto, preferiu deixá-lo em paz, ele deveria estar enfrentando muitas coisas por namorar uma "sangue-ruim", a aula havia chegado ao fim e o resto da tarde teria várias aulas longe de Draco, só se veriam no almoço.
- Nos vemos no almoço, ok? - Ela sorria tristemente para ele.
- Tá... – ele falou ainda distante.
Hermione se afastou do loiro, em passos lentos, Harry vendo que ela havia se afastado de Draco foi até ela, Hermione apenas sorriu para Harry que a abraçou com um braço, seguiram juntos rumo a próxima aula.
Draco não prestou atenção em nenhuma aula que teve. Chegou a perder ponto na aula de Feitiços, porque o fantasma lhe fez uma pergunta e a mente de Draco estava longe demais para ouvi-lo. Não anotou nada de nenhuma aula, mas isso ainda não lhe preocupava.
O fato de encontrar com sua tia de noite não era algo tão fácil de se esquecer. Saiu da sala do professor Binns, de História da Magia e já era hora do almoço. Ia descendo a escada que dava no Salão Principal.
Hermione assistiu todas as aulas ao lado de Harry, que por incrível que pareça não citava mais o namoro dela com Draco, parecia que a velha amizade dos dois haviam vindo a tona.
Ainda estava preocupada com a reação do namorado, mas não deixou transparecer, quando deu por si já era hora do almoço, arrumou as coisas rápido e adentrou o castelo vendo Draco descendo as escadas.
Hermione caminhou até ele, sorrindo.
Draco viu Hermione indo em direção a ele e aquele sorriso o fez se sentir muito melhor do que estava antes. Mesmo ela sendo o motivo da maioria de seus problemas, era a solução de todos, sem exceção. Como era bom estar com aquela garota. Retribui o sorriso de forma sincera e quente. Precisava se mostrar forte diante dela.
- E ai? Onde vamos almoçar? - Ela ria de lado dando um selinho nele.
- Ah... Você que sabe... – Ele falou voltando ao normal.
- Hum... Você deve querer ficar na sonserina... Então vamos para a sonserina... - Ela sorria docemente.
- Você que sabe... Já disse. – ele repetiu.
Ela o fitou nos olhos, ele realmente estava magoado, parecia perturbado com algo, respirou fundo e deu-lhe um beijo na bochecha.
- Vou me sentar hoje na grifinória, sente-se na sonserina com seus amigos, nos vemos depois e combinamos a nossa noite que tal? - ela tentava parecer que não estava notando a indiferença dele em vão, sua voz soava com uma profunda mágoa.
- Não... Quero almoçar com você. – ele falou a encarando. – Mas se não quiser... Tudo bem.
- Hum... Que tal almoçarmos no jardim? É bem melhor não acha? Agente pode ficar mais a vontade... - Ela dava um sorriso maroto e piscava para ele.
- Claro... – ele disse e retribui o sorriso.
Eles então foram para os jardins, Hermione sentia um certo clima pesado, Draco estava frio demais, distante demais, e isso lhe dava uma insegurança, acabou por suspirando alto de mais.
- O que houve? – Draco perguntou virando-se para ela.
- Nada... Não se preocupe... - Ela disse calma fitando a grama.
- Não... Sério. Me conta. O que houve que você parece estar tão magoada?
- Não sou eu que pareço magoada com algo aqui... - Ela disse com um sorriso triste. - E eu sinto que você esta assim por minha causa.
- E por que seria assim? Você não fez nada.
- Eu num sei, é apenas um pressentimento, ok? - Ela disse um pouco mais séria. - Você tá esquisito, frio e distante desde a aula do snape, depois de dizer que nós estávamos juntos...
- Ah... isso! Não tem nada a ver com você! Só que às vezes o Snape me irrita. Só isso. Já lhe disse. Para de se preocupar comigo... Não vale a pena.
- Você é quem sabe... - Ela dava os ombros e deitava-se na grama.
- É bom ver que você se preocupa... – Disse ele deitando ao lado dela.
- Humm... - Ela ria de lado e aninhava-se no tórax dele. - Sabe, às vezes eu odeio que você saiba tanto de mim e eu quase nada de você... A não ser que você é um loiro metido a besta que me odiava... - ela ria.
Ele riu.
- E é melhor você não saber mais nada, além disso. – Sorriu de lado.
- E por que não? - Ela erguia a sobrancelha. - Medo de eu não gostar mais de você?
Hermione colocou-se sobre ele, sem ter idéia da posição que estava, realmente quem os visse naquela hora teria um pensamento muito pervertido.
Draco observou a garota. “Ela quer me enlouquecer!” Não tinha resposta pra pergunta dela. É talvez ela realmente não gostasse dele depois que soubesse. Mas ele não tinha medo disso. Tinha medo por ela. Só uma leve preocupação.
- Você está muito estranho... – Ela dizia ainda em cima dele o encarando.
- É... Não é a primeira vez que me fala isso. – ele falou com um meio sorriso.
- Mas é verdade! – ela franzia o cenho.
- Imagino. Você não mentira assim tantas vezes em um só dia. – ele falou ainda forçando um sorriso, em vão.
- Se você não confia em mim para dizer o que está havendo eu não posso fazer nada... - Ela suspirou derrotada deitando-se ao lado dele novamente.
- Se essa foi a conclusão que chegou...
Hermione o olhou incrédula, estava esperando um "Não é bem assim Hermione eu gosto de você e blá blá blá..." Ficou o olhando com a boca meio aberta, sua expressão estava um tanto cômica.
Draco riu ao ver a cara de Hermione. Como ela o divertia sem nem mesmo perceber. O fazia tão bem e nem sabia o quanto.
- Eu desisto de tentar te entender! - Ela jogava as mãos para trás da cabeça e tornava-se a deitar e a fitar o céu.
Ele riu. Será que era realmente uma pessoa difícil de ser entendia como ela sempre mostrava que era?
- Tá, né? – ele falou com uma expressão um tanto quanto cômica.
Hermione suspirou fundo e lhe lançou um olhar mortífero.
- Insuportável... - Ela murmurou.
Draco que ouvira, rira. Isso já havia acontecido antes...
- Esquentadinha... – Ele murmurou no mesmo tom pra ela ainda rindo.
- Doninha Saltitante... - Ela ria de lado.
- Cabeça-dura... – Ele continuou. Estava começando a se divertir.
- Hey! Cabeça dura aqui é você que não quer me contar o que está acontecendo! - Ela cruzava os braços.
- Olha quem fala... Você é a garota mais cabeça-dura que já conheci. – Ele falou querendo mudar de assunto.
- Além de cabeça dura foge dos assuntos! - Ela disse se colocando em cima dele de novo. - Você é muito chato, sabia?
- Pelo número de vezes que você falou, se eu não soubesse... – Ele falou rindo e a observando. Como era linda.
- Ainda bem que tem consciência disso! - Ela dizia dando um beijo estalado na bochecha dele.
Ele riu. O sinal tocou novamente. Era tempo vago para ele, já que o professor, segundo Snape estava com problemas pessoais.
Ela se levantava, ainda teria uma aula, respirou fundo e ficou fitando o loiro ainda deitado, daria tudo para saber o que se passava na cabeça dele.
Draco ao sentir aquele perfume doce, relaxou. Sentiu-se mais leve. Tão leve que cochilou. Estranhamente, ele adormeceu ali embaixo daquela árvore.
Ela apenas sorriu e saiu dali, ele realmente parecia exausto, foi para sua próxima aula, quando deu por si já era quase hora do jantar.
Draco acordou meio sonolento. Olhou pros lados. Estava no jardim. “Onde está Hermione?”, ele se perguntou e olhando pro relógio descobriu que já era hora do jantar. Aquele dia estava rápido demais.
Draco mal se lembrava de que havia dito a Hermione que havia preparado uma tal surpresa a ela, só para que ela não ajudasse o Potter. Seu cabelo estava todo bagunçado e com um pouco de verde da grama onde dormiu, mas ele nem se importou, pegou sua mochila e encaminhou-se ao castelo. Avistou Hermione descendo as escadas.
Hermione descera as escadas do salão principal animada, Draco havia lhe dito que havia preparado uma surpresa para ambos. “Ele já deve estar pronto...” riu consigo mesma e avistou o loiro.
- Olá! - Ela dava um sorriso lindo. - Vai me contar qual é a surpresa agora?
- Hã? Surpresa...? Que surpresa? – Draco perguntara o olhando ainda sem entender.
- Como assim “que surpresa”, Draco? Você ficou maluco? - Ela o encarava, séria. - Ficou a manhã inteira me falando que havia programado algo para nós à noite, esqueceu?
- Não! – Ele falou apressado, se lembrando e tentando concertar a burrada que havia cometido. – Claro que não esqueci. Mas se é surpresa, não posso falar, né? Ainda não é a hora. Só mais tarde. – Ele falou rindo.
- Ah... - Ela dizia ainda o fitando séria. - E aonde vamos nos encontrar mais tarde, senhor misterioso?
- Isso eu deixo você decidir.
- Você anda muito misterioso pro meu gosto! - Ela ria. - Ok! Em frente à sala precisa, que tal?
- Pra mim, está perfeito. – Ele dizia, pensando em que surpresa ia preparar, agora tão em cima da hora. – Depois do jantar, feito?
- Feito! - Ela ria. - Vou jantar com Harry e Rony agora, eles andam meio carentes. Algum problema para você?
- Não... Tudo bem. Estou meio sem fome. – Ele mentiu. Não estava muito a fim de sentar com na mesa da Sonserina com seus “amigos” e nem de ficar Hermione lá com o Potter e o Weasley.
- Tem certeza? - Ela suspirava fundo. - Tudo bem não vou insistir! Nos encontramos daqui a pouco, ok?
- Tenho certeza absoluta. Não se preocupe. Daqui a pouco a gente se encontra, sim! – Ele falou, beijando-a sem muita vontade, como era sempre. – Agora vou indo. – E falando isso seguiu um corredor para sua casa.
Hermione suspirou fundo, Draco realmente estava estranho adentrou o salão principal e sentou-se ao lado de Harry que tinha uma conversa animada com Rony.
Hermione continuava no salão principal esperando ansiosamente o encontro com seu loiro, fingia estar entendendo o papo sobre quadribol que Gina, Rony e Harry tinham, sabia que aquilo tudo era muito entendiante para ela, mas não podia abandonar seus amigos só porque estava namorando, decidiu então concordar com tudo que eles falavam, não iria tirar pedaço ficar mais um tempo ali.
Draco seguiu até sua casa com os pensamentos um tanto quanto longe. Será que sua tia ia mesmo até o colégio falar com ele, mesmo estando cassada? Snape só podia estar blefando. Chegando ao dormitório, Draco tomou seu banho de água fria para, finalmente, acordar e se arrumou. Botou uma roupa toda preta e rumou até a porta da Sala Precisa, aonde iria se encontrar com Hermione.
Ficou na frente daquela porta como um segurança por dez, vinte, trinta, quarenta minutos... Por que Hermione estava demorando tanto? Estava cansado de ficar ali em pé. Resolveu entrar na Sala Precisa e sentar-se um pouco. Nem precisou pensar mais duas vezes e a porta já apareceu assustadoramente. Draco nem se importou, seu cansaço falava mais alto. Abriu a porta e avistou uma sala. Uma sala muito aconchegante, por sinal. Sentou-se num pufe.
- Como vai, Draco? – Uma voz fria e arrastada o chamou.
Draco virou-se a procura da dona da voz familiar. Não viu ninguém. Talvez fosse só sua imaginação que estivesse falando mais alto.
Um vulto colocou-se a sua frente.
- Não vai cumprimentar sua titia, Draco?
Draco tomou um susto, mas não quis transparecer isso.
- Ah... Oi.
Bellatriz sorriu de lado e encarou os olhos azuis do sobrinho.
- Estou atrapalhando alguma coisa Draco? Me parece estar esperando alguém... - Ela sentava-se em uma poltrona e conjurava uma taça de vinho a levando a boca.
- Não... Obviamente que não. – Draco falou querendo parecer firme, embora ainda estivesse achando que aquela conversa não seria nada agradável. Acabou esquecendo que Hermione ia esperar por ele bem no lugar onde ele estava com Bellatriz.
Hermione olhou para seu relógio de pulso, resolveu que já era hora de encontrar-se com Draco, despediu de Rony e Harry com um estalado beijo na bochecha e subiu as pressas a escada principal.
- Você me decepcionou, Draco... Não só a mim como a sua família... E alguém terá que pagar...
- E por que decepcionaria vocês? – Draco falou em desentendimento. Iria seguir o conselho de Snape. Por mais que isso trouxesse muitos problemas. Era sua única chance.
Hermione finalmente chegara frente a sala, vira a porta desta dentre aberta e escutara vozes, a voz de Draco e outra pessoa, assustou-se ao ver Bellatriz Lestrange sentada em uma poltrona conversando tranqüilamente com Draco.
- Não se faça de desentendido, Draco! - Ela quebrara a taça na mão. - Sei que está tendo um casinho ridículo com a sangue sujo amiguinha do Potter!
- Ah, tia. E a senhora acha que eu estou com ela por que? Porque eu a amo. Há! Faça-me rir, tia! Essa foi a coisa mais ridícula que senhora já me disse. – Draco falou em deboche. Sim, ele era um grande ator. E agora, faria de tudo para ser um grande oclumente.
Hermione assustara-se com as palavras do loiro levou a mão a boca na mesma hora.
- Não me diga que meu brilhante sobrinho teve a arte de fazer um plano para ganhar a confiança da sangue ruim para acabar com o Bebê Potter? - Ela dava um sorriso triunfante.
- Ah, tia. Não acredito que senhora realmente achou que não fosse isso. Eu e uma sangue-sujo? Me dá nojo só de pensar.
Lágrimas escorreram dos olhos da castanha, ela tremera por inteira, Então era realmente aquilo? Ela havia sido tratada daquela forma por ser um simples plano.
- Fico satisfeita garoto... Até que você não é tão parecido com ele... - Bellatriz sorriu vitoriosa. - Cuide-se Draco, informarei ao Lorde sua artimanha, ele ficará satisfeito...
Então ela foi em direção a lareira da sala e adentrou na mesma desaparecendo em seguida.
Hermione trombara na estátua fazendo um barulho horrendo, acabou caindo no chão, ainda chorando.
Draco ouvira um som de fora da Sala Precisa e saiu correndo. Avistou Hermione no chão, chorando. Draco parou por dois minutos. Ela não podia ter ouvido. Não mesmo. Ela nunca mais o perdoaria. Esquecendo de tudo, ele foi socorrê-la.
- Hermione... – Draco falou quando chegou perto dela. – O que houve?
- Se afaste de mim... - Ela disse numa voz trêmula.
Ela estava pálida e seu rosto encharcado por lágrimas.
- Nunca mais toque em mim, Malfoy! Eu tenho NOJO DE VOCÊ!!!
De repente, um abismo pareceu se abrir debaixo de seus pés. Ele a havia perdido, pra sempre.
- Não é nada disso, Hermione... – Ele tentava falar. Sua mente não processava nada direito. – Você tem que entender... Que... que... Não é isso. Pare pra pensar. Entenda que...
- ENTENDER QUE EU FUI UMA IDIOTA? - Ela berrou se levantando. - QUE EU FUI UMA IDIOTA DE ME ENTREGAR DE MÃO BEIJADA PARA VOCÊ? OU SERÁ QUE FOI DE TER DAR UMA CHANCE? QUE TAL OS DOIS? CHEGA DESSE PLANO RIDÍCULO MALFOY! VOCÊ ACABOU DE ME PROVAR QUE NÃO É NADA DAQUILO QUE EU PENSAVA! EU TE ODEIO!!!
Draco a observava gritar feito louca, como sempre fazia. Mas desta vez ela tinha razão. Uma razão que ele nada podia fazer contra. Ela não iria ouvi-lo mesmo. Preferiu deixá-la desabafar. Escutar calado. Seu pai havia lhe ensinado a nunca fazer isso. Mas desta vez iria desobedecê-lo. Já era coisa comum, ultimamente.
Hermione o olhara pela última vez e saíra correndo pelo corredor, naquele momento mais do que tudo no mundo precisaria seus amigos, e tinha de pedir desculpas a eles.
Draco a fitara sumir pelo corredor do terceiro andar.
Ela correu durante um bom tempo até chegar frente ao quarto da mulher gorda, assim que o mesmo abriu, ela adentrou a sala comunal deparando-se com Harry sentado olhando fixamente para a lareira. Hermione correra e jogara-se no colo do moreno, chorando compulsivamente. Harry se assustara um pouco no começo, mas começara a acariciar os cabelos volumosos da amiga
- Mione? O que houve? Fique calma vai dar tudo certo...
Ela ergueu os olhos para o moreno, os olhos vermelhos de choro, ele limpou as lágrimas e ela dentre soluços lhe contou o que aconteceu. Harry a abraçou mais forte do que nunca e quando deu-se por si Hermione havia dormido em seus braços, a ajeitou delicadamente no sofá e a cobriu com sua capa, naquele momento ele teria assuntos pendentes com Malfoy, naquele momento ele iria se vingar de tudo que e que ele fez a Hermione! Apertou a varinha na mão e saiu pelo quadro da mulher gorda.
Draco ao chegar em sua casa, sentou-se na primeira poltrona que avistou. Pansy Parkinson apareceu e sentou-se ao seu lado. Ele nada fez. Ela começou a se aproximar perigosamente e ele nada fez. Sentou em seu colo e ele continuava olhando um ponto na lareira.
Draco ao fitar a garota por cima dele. Não resistiu ao decote. Não tinha motivo para não resistir. Começou a beijá-la com fervor. Para esquecer Hermione. Não podia ficar com aquela garota na cabeça mesmo.
Pansy estava por cima dele. Finalmente, estava saciando sua vontade de beijá-lo. Quando, de repente, uma coruja bica a janela, os atrapalhando. Eles param sem fôlego. Draco levanta se ajeitando, abre a janela e tira a carta preta da coruja. Seu nome estava na carta.
Era de Snape. Dizia que queria encontrá-lo imediatamente e blá blá blá... Draco murmurou um “tchau” a Pansy que sorriu interiormente. Tudo havia voltado ao normal.
Harry andava nos corredores, como um tigre à caça, olhava todos os cantos, queria espancar Draco, queria fazê-lo pagar tudo o que fizera a Hermione, fora então que ele viu o loiro andar tranqüilamente no corredor.
- MALFOY!!! - O moreno urrou com ódio.
- Ah, mas era só o que me faltava! – Draco falara em deboche, enquanto virava bruscamente para Harry. Que dia perfeito esse. Snape, Bellatriz, Hermione e agora o Potter pra completar. Fechar com chave de ouro.
- Jamais pensei que você fosse tão podre Malfoy! - Harry dizia dentre os dentes. - Como pode fazer isso com Hermione! ELA NUNCA LHE FEZ NADA!!! - Harry dera um certeiro soco no estômago do loiro.
- Ah, Potter! – Draco falava ainda com dor e com a mão sobre o estômago. – VOCÊ ME PAGA! – Draco avançara em Harry e com as mãos em seu pescoço começara a o enforcar. Os dois já haviam caído no chão.
Harry dava vários socos em Draco.
- O que você fez com Hermione... Você... - Harry falava arfando. - Não merece viver Malfoy! Ela... Ela confiou em você! Foi a única! - Ele dera um soco no rosto de Draco.
Draco havia dado um soco no estômago de Harry e socado seu rosto com força, até saíra sangue.
- POTTER! VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DO QUE ESTÁ FALANDO!
- NÃO TENHO NOÇÃO MALFOY? HERMIONE NÃO MERECIA TER SIDO USADA POR VOCÊ COMO FOI! VOCÊ TRAIU A CONFIANÇA DA ÚNICA PESSOA QUE CONFIOU EM VOCÊ DE ALGUMA FORMA! VOCÊ É PODRE! - E dera mais um soco no loiro.
- AH, POTTER! VOCÊ NÃO SABE DE NADA! – Draco gritou se soltando dele. – O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO? NADA!
- HERMIONE É MINHA AMIGA, MALFOY! E VOCÊ APENAS FEZ O QUE FEZ PARA ME AFETAR! SATISFEITO, MALFOY? ME AFETOU! E NÃO SÓ A MIM COMO A HERMIONE TAMBÉM!
- O QUE FOI AGORA, POTTER? VAI ME DAR LIÇÃO DE MORAL AGORA, É? VOCÊ TAMBÉM TRAIU A CONFIANÇA DELA! A TRAIU DA PIOR MANEIRA POSSÍVEL! ELA TE AMAVA, POTTER! AO MENOS ERA ISSO QUE ELA QUERIA MOSTRAR! MAS VOCÊ PREFERIU FICAR COM A WEASLEY! VOCÊ A MAGOOU! E EU QUE A FIZ MELHORAR! E NÃO VOCÊ!
- VOCÊ A FEZ MELHORAR MALFOY? - Harry ria nervosamente. - MELHORAR COMO? FAZER COM QUE ELA CHORASSE EM MEU COLO DIZENDO QUE CHEGOU A AMAR VOCÊ MAIS DO QUE ME AMOU? SE EU FUI RUIM MALFOY, VOCÊ FOI PIOR... TENTOU DAR DE BOM MOÇO COISA QUE NUNCA FOI! SE APROXIMOU DELA QUANDO ELA ESTAVA CARENTE E INDEFESA! VOCÊ ME DAR NÁUSEAS!
Draco parou sem palavras. Foi a primeira coisa decente que Potter lhe dissera. E ele estava com toda razão. Mas não ia mostrá-lo que concordava com ele.
Harry lançou ao loiro um último olhar de fúria e virou as costas.
- Nunca mais chegue perto de Hermione, é só um aviso Malfoy... - E começou a andar em passos lentos.
- Um dia Potter, você ainda vai me agradecer. – Draco gritou para Harry que já estava longe e seguiu seu caminho.
Harry não escutou o que Draco gritou para ele, na verdade até preferiu não ter escutado, voltou para a sala comunal, Hermione ainda dormia serenamente, Gina estava na cadeira ao lado olhando a amiga dormir.
- O que aconteceu com você? - Perguntou vendo o sangue no rosto do menino.
- Briguei com Malfoy...
- Ok! Agora me conte a novidade! - Ela girava os olhos. - Vá limpar esse sangue se Mione te ver assim, ela vai te matar!
- Ok... Eu vou indo...
Subiu as escadas e se limpou no banheiro, não perdoaria Malfoy nem tão cedo pelo que ele fez a Hermione.
Draco já estava ficando com sono. Seguia até o local onde Snape havia dito para se encontrarem: A Sala Precisa. Dizia ele ser porque era mais seguro. Mas Draco não acreditava muito nessa história!
Snape esperava Draco, olhava atentamente para a porta que poderia se abrir a qualquer momento, respirou fundo, ele realmente estava demorando, fora quando o loiro adentrou a sala e Snape fizera o gesto para que ele se sentasse.
Draco ainda sentia o gosto de sangue na boca. O rosto estava dolorido e o estômago realmente doía. Mas nem se importou.
- Por que me chamou aqui?
Snape fitou o loiro da cabeça aos pés.
- Estado deplorável, realmente deplorável... - Comentava Snape.
- Ah, não começa, Snape! Não estou com cabeça pra isso agora! – Draco disse impaciente. – Fala logo! Porque me chamou aqui.
- Quanta hostilidade... Mas vamos ao que interessa... Parece-me que seguiu meu conselho sobre a Granger... - Snape falava com um sorriso nos lábios.
- É... Feliz? – Draco falara sarcasticamente.
- Creio que gostaria de ficar a par dos planos do Lorde... Afinal sua namoradinha está incluída nele, ou será que ela não é mais sua namoradinha?
- Pare com esses seus comentários e continue!
Snape deu um sorrisinho irônico e fitou Draco.
- Granger é sangue ruim, amiga do Potter e uma ameaça para o Lorde já que a garota entende bastante sobre magia e sem ela Weasley e Potter são apenas duas bestas... Você acha mesmo que o Lorde das Trevas não pensaria em matá-la?
Draco o fitou ainda com raiva, mas nada disse.
- Pense nisso Draco... Enquanto a sangue ruim for uma ameaça para o Lorde ela será um alvo para ele, e acredite, há comensais em Hogwarts que podem a qualquer hora fazer o serviço...
- Você não agüenta, não é Snape? Não agüenta ser servo desse tal Lord. Por que então continua seguindo suas ordens? – Draco disse o desafiando.
- Não lhe devo satisfações Malfoy, apenas lhe aconselho, afinal... Você realmente parece não querer perder a Granger... Não cometa o erro que eu cometi garoto... - Snape se levantava e caminhava ate a porta.
- Você adora isso, não é Snape? Tem medo de falar a verdade! E ainda quer dar conselhos.
- Apenas proteja a garota, se você realmente gosta delas Draco... - Snape riu de lado e abriu a porta. - Você não sabe como é perder algo mais de uma vez... - E ele então saiu por ela.
Draco ficara fitando a parede. O que Snape escondia? Saiu da sala e encaminhou-se até sua casa, pensando no que Snape havia lhe dito...
Hermione acordara naquela manhã sentindo um cheiro diferente, a cama estava diferente, olhou para o lado e viu Harry sentado de qualquer jeito em uma cadeira adormecido, levantou-se e desceu do dormitório masculino, foi para o banheiro e tomou um longo banho, se arrumou, olhou-se no espelho.
- Minha cara vai melhorar... - ela forçava um sorriso.
Desceu as escadas chegando ao salão principal, havia acordado cedo demais não havia quase ninguém lá, e na mesa da Sonserina haviam quatro ou cinco pessoas, dentre elas o loiro.
Draco levava uma colher de mingau à boca e bocejava. Não havia conseguido dormir quase nada. As últimas frases de Snape martelavam em sua cabeça o tempo todo. Achou melhor levantar-se, tomar seu banho e comer alguma coisa. E foi o que fez e lá estava ele, observando Hermione entrar no Salão Principal. Precisava de uma bebida.
Hermione assim que encarou o loiro, girou os calcanhares e virou-se de costas saindo do salão principal, indo em direção a biblioteca, só de pensar em ficar no mesmo ambiente que ele, lhe dava vontade de chorar.
Draco estava disposto a fazê-la voltar com ele. Quando a viu sair do Salão Principal. Fez questão de arrumar uma bandeja e colocar algumas coisas para a garota. Seguiu para a biblioteca, onde ela com toda certeza estaria.
Hermione pegara um enorme livro de DCAT e sentara-se em uma mesinha, a biblioteca estava vazia, agradeceu a Merlim por isto, abriu o livro e começou a lê-lo, algumas coisas sobre se defender de vampiros, sim... Os estudos seriam as únicas coisas a tirar seus pensamentos do loiro.
- Você precisa comer algo, sabe? – Draco falara sentando-se na frente de Hermione e pondo a bandeja na mesa e a mochila no chão.
Hermione não acreditava que estava escutando aquela voz, ele não podia estar ali, ergueu a cabeça e o encarou, fechou o livro bruscamente e se levantou da mesa, indo em direção a outros livros, sem sequer dirigir uma palavra a ele.
- Ah, vamos Hermione! Pare de ser teimosa! – Disse ele a seguindo, com a voz um tanto quanto impaciente. – Vai deixar de falar comigo, é? Nem um xingamentozinho? – Ele falou com uma cara um tanto cômica pra ela.
Hermione dera as costas para ele pegando outro livro, tinha algumas lágrimas nos olhos, e tornou-se a sentar na mesa, fingia estar lendo sobre Fadas Mordentes, enquanto escutava a voz do loiro.
Draco parou para observá-la. E sorriu. Deu uma colherada no mingau e a enfiou na boca de Hermione.
- Vou acabar me acostumando com isso. – Ele continuou. – Você tem que parar de ser tão teimosa. – Ele falava rapidamente, quase atropelando as palavras, enquanto ela ainda não podia falar, pois estava de boca cheia.
Engoliu o mingau com mal gosto e bateu com o livro na mesa.
- SERÁ QUE É TÃO DIFÍCIL VOCÊ ME DEIXAR EM PAZ? SERÁ QUE É TÃO DIFÍCIL NOTAR QUE SUA PRESENÇA AQUI ESTÁ ME FAZENDO SOFRER? O QUE VOCÊ GANHA FAZENDO ISSO MALFOY? CRÉDITOS COM VOLDEMORT?
- NÃO! SÓ VOCÊ SEM DESMAIAR PELOS CANTOS. MADAME PROMFEY PEDIU PARA CUIDAR DE VOCÊ, SE NÃO SE LEMBRA, E É ISSO QUE ESTOU FAZENDO. – Draco gritou, se levantando.
- Não preciso que você cuide de mim, Malfoy! - Ela falava seca limpando as lagrimas grossas que caiam de seus olhos, levantou-se com força, queria sair dali, precisava sair dali.
- Precisa sim. – Ele falara quando viu que Hermione chorava.
Ela virara-se de costas para ele apanhando o livro sobre Fadas Mordentes, o colocara na estante de qualquer forma e pegara sua mochila.
- Ah, Hermione! Pare de ser cabeça dura e me escute. Deixe-me lhe explicar.
- Saia da minha frente Malfoy... - Ela erguia a varinha na altura do peito dele. - Não vou cair na sua lábia duas vezes, já fui idiota demais uma vez só! Aposto que após ver minha cara de idiota de ontem foi se divertir com a Parkinson não foi? Então Malfoy, vá se divertir com ela e me deixe em paz!
- Eu não vou sair daqui. Ninguém vai me tirar. – Disse Draco com uma voz desafiadora.
- Não me obrigue a te azarar, Malfoy!
- Faça isso, Granger! Quando mais terá uma chance como esta? – Dizia Draco, bloqueando sua passagem.
- ESTUPE... - Hermione estava prestes a lhe lançar o feitiço, mas abaixou a varinha na hora, o encarou séria. - Não vou fazer isso Malfoy, você não vale a pena!
- Não... Só você que não consegue...
- ME DEIXE EM PAZ!!! - Ela berrara.
- NÃO POSSO! – Ele berrara no mesmo tom. E depois percebeu o que tinha soltado.
- Você não me dá outra alternativa! - Ela apontara novamente a varinha contra o peito dele. - Se não sair agora, eu juro que vou te azarar, eu juro por tudo que é mais sagrado!
- Azara!
Hermione respirara fundo ele não queria o azarar, mas estava domada pela raiva, ás vozes dele e de Bellatriz ecoavam por sua cabeça, ela então jogou a varinha no chão e lhe dera um certeiro tapa no rosto.
- Nunca mais dirija a palavra a mim, Malfoy!
Draco a agarrou e a beijou com fervor e vontade. A segurava com força pela cintura. A levou até a parede e a prendeu lá. O beijo ficava cada vez mais possessivo.
Hermione batia no peito do garoto, quanto mais ela batia com mais força ele a agarrava. Sentiu então a parede gelada em suas costas, quando deu por si já estava correspondendo o beijo, se odiou por isto, as vozes ainda estavam em sua cabeça Ela então mordeu com força o lábio inferior de Draco, sentindo logo em seguida um gosto de sangue, o sangue dele.
Draco soltou Hermione e levou a mão ao lábio inferior que doía. Sentiu o sangue em sua boca e agora em sua mão.
- Nunca mais toque em mim, Malfoy eu tenho nojo de você! NOJO! - Ela berrou para ele.
Draco esqueceu o sangue que corria de seu lábio e a beijou de novo. Dessa vez, mais possessivamente. A prendeu na parede novamente. Não iria ceder.
Hermione sentira o gosto de sangue mais uma vez em sua boca, relutava em vão, chorava, chorava com força, e tentava o empurrar.
"O que eu te fiz pra gostar de me ver sofrer...", ela pensava.
Draco ia continuar nesse jogo até ela parar de chorar, até ela entender. Se fosse preciso ficaria com ela o dia inteiro.
Ela mordeu novamente o lábio dele com força, sentia mais e mais o gosto de sangue na boca, não importava apenas queria se soltar dele, queria fugir dele, e quem sabe, nunca mais encontrá-lo em sua vida.
Dessa vez, ele não a soltou. Continuou a beijando. Aquilo era preciso. E embora sua boca estivesse doendo e o sangue saindo, não iria desistir. Não agora.
Hermione fechou sua boca impedindo que aquele beijo continuasse, abriu os olhos e ficou olhando os olhos do garoto que se abriram. Virou o rosto para o outro lado e olhou para baixo.
Draco ficou a fitando por um bom tempo.
Ela fechou os olhos se odiava por ser tão fraca na frente dele, se odiava por gostar dos beijos dele, por ter confiado nele e se odiava por não conseguir odiá-lo o tanto que ele merecia.
Draco finalmente a soltou. Sabendo que aquilo não ia dar em nada e voltando a falar.
- Você e o Potter...? Voltaram, não é? – Ele perguntou a olhando nos olhos enquanto ainda cai sangue de seu lábio dolorido.
Hermione balançou negativamente a cabeça.
- Não, nós não voltamos, Malfoy! E isso não tem nada haver com você! Some da minha vida! Desaparece! Finge que nunca tivemos nada! Eu só quero esquecer que um dia você cruzou meu caminho! - Ela falava o encarando.
- Só perguntei, porque ontem ele veio tirar satisfações comigo.
Hermione pegara sua mochila do chão o ignorando, limpou a boca com força, jogou a mochila nas costas.
- Esperava mais de você, Hermione. – Disse Draco jogando sua mochila nas costas também.
- E eu esperava que você não fosse tão sujo Malfoy! Que não jogasse minha confiança fora como fez! Mas a vida é assim não é? Agente se decepciona com quem menos esperávamos decepcionar! - Ela falava séria, o fitando nos olhos.
- Mentira! Você nunca confiou em mim! Sempre esperava o pior. Esperava que eu te magoasse.
- Por incrível que pareça Malfoy eu confiei em você, você acredite ou não! - Uma lágrima teimosa escorreu pelo rosto de Hermione. - E você me provou que eu estava errada em confiar em você, obrigada por abrir meus olhos!
- Você está cega, Hermione, isso sim! – Draco falara e limpara a lágrima do rosto dela. – Não quer me escutar. Entender o que aconteceu. Porque simplesmente NÃO ACREDITA EM MIM!
Ela segurara a mão dele com força o encarando.
- Eu não sou tão idiota quanto pareço Malfoy, eu escutei tudo da SUA boca!
- Escutou sim! – Ele disse soltando sua mão. – Escutou uma mentira.
- É realmente uma grande mentira, Malfoy! Eu não caio mais nos seus truques!
- Viu? Você não acredita em mim! – Ele conclui sem grosserias. E seguiu até a porta da biblioteca, decidido a sair de lá.
Hermione passou por ele pela porta sem olhar para trás, seguiu pelo corredor, limpava arduamente as lágrimas que caiam de seus olhos.
Draco a fitou sumir... Sim, aquilo estava acontecendo muito ultimamente. Seguiu para a primeira com o pensamento ainda longe. “Como é que essa garota pode ter virado algo tão importante pra mim? O que foi que aconteceu?”.
Hermione trombara com alguém, erguera os olhos molhados, Rony a encarava sério.
- Harry me contou tudo... Quer que eu parta a cara dele?
Ela deu um sorriso amarelo e abraçou fortemente o ruivo, ele retribuiu da mesma forma.
- Não se preocupe Mione, eu e o Harry vamos te proteger desse cara ok?
Ela apenas consentiu com a cabeça.
Draco sentiu uma dor de cabeça forte enquanto seguia para sua primeira aula. Transfiguração... Com a Grifinória! Encontrou com Pansy, que se jogou nele.
- Ah, Draco!!! Onde se meteu? Estava te procurando! – Draco nada fez para impedi-la.
- Estava andando por aí... – Seu tratamento com Pansy havia mudado um pouco depois que terminou seu namoro com Hermione. Algo que realmente assustou a garota. Parece que ela gosta de sofrer.
- Ah... – Pansy falou e o beijou.
Eles foram juntos até a sala de aula da professora McGonagall, que estava completamente vazia.
Hermione decidiu não contar nada a Harry e Rony sobre o acontecimento na biblioteca, sabia que os amigos iriam fazer de tudo para irem atrás de Malfoy e no mínimo matá-lo. Respirou fundo, Gina estava se mostrando uma grande companheira, havia lhe contado que ela e Harry haviam assumido um namoro, Hermione por mais que aquilo lhe doesse um pouco aceitou de bom grado, se ela não podia ser feliz, que pelo menos Gina e Harry fossem!
- Mione? - Rony a chamava
- Hum? Sim?
- Vamos pra aula, estamos quase atrasados! - Ele dava um sorriso maroto.
- Ah sim, a aula! Vamos...
Seguiram os dois juntos em direção a sala de transfiguração.
Draco fingia estar prestando atenção no que Pansy dizia sobre nunca ter desconfiado que ele só estava com a sangue-ruim da Granger por causa do plano contra o Potter, quando Hermione entrou com o Weasley. Parece que toda vez que ela se magoa arranja um namorado diferente. Pansy comentara alguma coisa ironicamente para Draco e rira debochadamente. Draco não conseguia tirar os olhos de Hermione.
Hermione o encarou com um profundo desgosto.
"É Malfoy sorte minha eu não ter acreditado em você, você mais uma vez acabou de me provar que eu estava errada a seu respeito", ela pensou, e virou o rosto para ele, Rony lançou um olhar de fúria para o loiro e sentou-se ao lado de Hermione.
Draco não tirava os olhos de Hermione um minuto sequer. Parecia que ela os atraia, de uma forma descomunal. Vários pensamentos e lembranças vieram à tona. Ela tinha que perdoá-lo e ele tinha que protegê-la.
- Mione você está bem? - A voz de Rony a acordava de seus devaneios.
- Só com um pouco de dor de cabeça...
- Vou pegar uma água para você e já volto...
O ruivo se levantou rapidamente e saiu da sala, nem dera tempo de Hermione pedir para que ele ficasse, sentia vontade de gritar "RONY VOLTA NÃO ME DEIXE AQUI COM ESSE SONSERINO PSICOPATA!!!". Respirou fundo e deitou a cabeça sobre os braços.
- Será que dá para piorar? - ela murmurou para si mesma.
- Pansy, você podia trazer alguma coisa para eu beber. To com a garganta seca. – Draco perguntou a Pansy assim que viu o ruivo saindo da sala.
- Ah, sim, Draco. – Ela se levantou sem perceber o motivo real pelo qual o loiro pediu para que ela se retirasse e saiu pela porta.
- É. Acho que dá, Granger. - Disse Draco virando-se para a garota.
Hermione franziu o cenho e continuou de cabeça baixa, talvez se ignorasse a presença dele, ele cansasse de perturbá-la e fosse atrás da Buldog.
- Eu não me canso fácil, sabe Granger? – Ele disse se aproximando dela lentamente, com medo da reação dela.
Hermione ergueu a cabeça e apanhou a mochila, tirando de dentro dela um livro de Transfiguração.
- Ok, Granger. Nós não precisamos ser amigos ou coisa parecida. Só, pelo amor de Merlim pare de me ignorar. Me xinga, me bate, frita que nem uma louca histérica... Ou sei lá. Mas para com isso. Tá me dando nos nervos.
Ela o encarou nos olhos séria, deu os ombros, voltou a ler o livro, não tinha mais nada para falar com ele, o que ele havia feito com ela, era pior do que tudo! Suspirou fundo e tentou ler a primeira linha do livro, os pensamentos se voltavam as lembranças deles, lembranças na Ala Hospitalar, balançou a cabeça negativamente tentando afastar tais pensamentos.
- Vamos, Granger. Bate na minha cara como você fez no trem... Ou sei lá, começa a gritar comigo como sempre faz. Me dá uma lição de moral. Sei lá.
Ela não falava nada apenas balançava a cabeça negativamente, ás lembranças, as palavras que ele disse a ela, os carinhos, isso não era justo! Como ele podia ter feito aquilo?
Ele foi até ela e sentou em cima da mesa ao lado. A observava. E começava a pensar em como ela devia estar se sentindo. A pontada de dor de cabeça voltou, do nada.
Hermione suspirou cansada e fechou o livro, não conseguia ler nada daquilo, novamente deitou a cabeça sobre os braços fechando os olhos em seguida.
- Eu não vou chorar... - Ela murmurou para sigo mesma.
- Chora... Pode chorar. – Ele falou como se desse permissão e ao mesmo tempo apoiasse.
- Me deixe em paz... - Ela falou ríspida.
- Já falei que não posso. – Ele disse a olhando de cima.
Hermione soltou um muxoxo e revirou os olhos.
Draco riu.
Hermione o encarou novamente ficou olhando nos olhos dele.
- Fala logo o que você quer! - Falou com raiva na voz.
- Quero que você não me ignore. – Ele falou calmamente.
- Impossível! - Ela girou os olhos. - Vá atazanar a Buldog e me deixe em paz Malfoy!
- Impossível nada! Você não está mais me ignorando! E outra... Pare com esse ciúme bobo da Pansy! – Ele não levantara o tom em nenhum momento.
Hermione o olhou, indignada, e voltou a prestar atenção no livro, iria voltar a ignorá-lo.
- Ok... Retiro o que disse. – Ele falou já impaciente.
Hermione virou de costas para ele com o livro nas mãos, ele teria que arrumar uma desculpa muito boa para que ela voltasse a pelo menos xingá-lo.
- Pelo visto, o Potter assumiu o namoro com a Weasley, não é? Vi os dois andando por ai, agarradinhos. – Ele fala como se os dois fossem amigos desde sempre.
Hermione girou mais uma vez os olhos e suspirou derrotada.
- Quer que eu te xingue? É só isso?
- É... Simples, não?
- Ok... - Ela respirou fundo, virando-se para ele. - SEU FILHO DE COMENSAL IDIOTA, FILHO DA MÃE DONINHA SALTITANTE, BAAAAAARBIE, VAI PROCURA SUA TURMA, SEU GRANDE IMBECIL, MIMADO, EGOCÊNTRICO, NARCISISTA! QUE VOCÊ MORRRAAAAA! ARDA NO MÁRMORE DO INFERNO VOCÊ TODAS ESSAS SUAS MENTIRAS IDIOTAS! FALSSOOOOOOO!!!
Draco começara a rir... Gargalhava... Não conseguia mais parar.
- Essa é a Granger que eu conheço. – Ele disse após recuperar o ar.
Hermione franziu o cenho e virou-se de costas para ele pegando novamente o livro e tornando a lê-lo.
- Ah, para com isso, Granger. – Voltou Draco aborrecido.
- Acho que você ainda não entendeu, não é Malfoy? - Ela tornou-se a virar para ele. - Você tirou uma com a minha cara, eu te odeio e realmente não faço nenhuma questão de sua presença ou de escutar sua voz! Então por que você não vai para o seu lado da sala e me deixa em paz para que eu possa armar um "plano" para no mínimo te matar?
- Acho que você que ainda não entendeu as coisas, Granger. Primeiro, eu não vou desistir tão cedo e segundo, eu não posso te deixar você em paz, como já falei.
- E por que não? Ah já sei! O tal de Voldemort vai arrancar seu coro se falar que perdeu seu "plano perfeito" não é? Me poupe!
- E não estou nem aí para esse cara que se acha melhor que todos. Não sou que nem meu pai!
- Ah claro! Agora vamos ao discurso "Hermione, eu te amo", faça-me o favor Malfoy! Eu não vou cometer a mesma idiotice duas vezes!
- Ah, Granger... Não vou ficar aqui tentado te convencer... Isso já está me cansando. Você é cabeça dura demais. Orgulhosa demais. Nunca vai enfiar nessa cabeça – Nessa hora, ele tocou com o dedo a testa dela. – que eu não sou essa pessoa que você criou ai dentro. – Apontou para a cabeça dela. – Mas se eu desistir de você, não vai ter volta. – Ele falava a olhando nos olhos. Os azuis nos castanhos. Os castanhos nos azuis.
- Não se pode desistir do que nunca teve Malfoy! Você nunca sentiu nada por mim a não ser ódio e vontade de me fazer sofrer! Acredite, Malfoy, você já me fez sofrer! - Ela segurara o dedo dele que estava em sua testa, chegando o rosto próximo ao dele.
- Acredite, Granger, você não faz a mínima idéia do que está falando. – Ele falou fazendo com que o espaço entre os rostos diminuísse cada vez mais.
- Então me fale Malfoy, me conte mais alguma mentira, assim você pode me fazer sofrer mais! - Ela encostava o nariz no dele sem se der conta disso.
- Mentira ou não... Você nunca vai acreditar mesmo. – Suas bocas roçaram brevemente sem que Draco percebesse imediatamente.
Hermione não soube o que a levou fazer o que fez, puxou o garoto pelo colarinho e o beijou furiosamente.
Draco na hora se assustou, mas começou a abraçá-la pela cintura fortemente e a beijava com fervor e possessivamente. Ele nem percebeu que Rony e Pansy chegaram com seus copos d’água. Os dois com cara de raiva que mudou para assustados e sem ação, assim que viu o casal se beijando. Logo os alunos foram chegando e parando na porta sem entender muita coisa.
Hermione notou o que estava fazendo e o empurrou com força.
- Teve o que queria Malfoy! Agora se afaste de mim para SEMPRE! - Ela berrara.
Harry adentrou a sala, estava prestes a partir a cara de Malfoy junto de Rony, mas Hermione o conteve com o braço.
- Ele não vale a pena Harry, ele não vale nada! - Ela falava seca tornando-se a sentar.
- Draco... O que...? Peraí! O que você estava fazendo com a Granger? – Pansy parecia com ciúmes.
- Tentando ter o que é meu de volta. – Draco respondeu sem dar muita importância para Pansy.
McGonagall entrou na sala com um mal-humor maior do que o normal.
- Sentem-se, sentem-se! Isso não é lugar para ficarem parados!
Hermione assistira à aula, tentava prestar atenção em tudo que McGonagall falava, mas tudo que ela falava lhe soava como as palavras de Draco, respirou fundo. O Sinal sôo, ela teria uma aula sozinha, aritmancia, os garotos seguiriam para adivinhação, respirou fundo e juntou o material para seguir para a outra aula.
Draco não ouvira uma palavra se quer de Minerva McGonagall, passou a aula inteira observando Hermione. O jeito de prestar atenção, anotar tudo e levantar a mão sempre que a professora fazia uma pergunta. Não sabia o que sentia por aquela garota. Não sabia o que fazer. Perdido. Estava, pela primeira vez em sua vida, completamente perdido. O Sinal sôo. E ao ver Hermione arrumando suas coisas, pegou tudo rápido, enfiou na mochila e saiu da sala antes de todos. Parou ao lado da porta a espera de Hermione, que foi a ultima a sair.
Ela saia despreocupada.
"Finalmente um pouco de paz...”, pensou consigo mesma.
Draco a segurou pelo braço e saiu correndo a puxando. Ela não teve tempo para falar ou fazer alguma coisa.
Levou um susto ao sentir alguém agarra seu braço, tentou relutar mas o loiro apertava cada vez mais o seu braço.
- ME SOLTA, MALFOY!
Draco sorria e a levava pelo braço. Não respondia. Deixava-a gritar relutar. Não a soltava, mas também não a impedia.
- ME SOLTA, SEU IMBECIL!!! - Ela berrava e tentava puxar o braço junto a si.
Draco corria... Subia escadas e mais escadas. As pessoas os olhavam e não achavam tão estranhos afinal para eles, eram namorados. Eram poucos os que sabiam que o namoro deles havia terminado.
- Se você não me soltar Malfoy, eu JURO que eu vou falar com a McGonagall!
Draco não respondeu. Estava se sentindo tão... Solto... Livre. Estava se sentindo bem. Bem não, ótimo. Estranhamente ótimo. Estavam quase chegando.
- ME SOLTA MALFOY É A ULTIMA VEZ QUE EU MANDO! - Ela berrara.
Draco parara, de repente. A olhara como se fosse falar alguma coisa, ou berrar. Mas não fez nada. Olhou para o lado e virou correndo a levando junto.
Hermione desiste, não agüentava mais berrar com ele, suspirou fundo e deixou que ele a levasse.
Draco agradecera mentalmente por Hermione ter parado de gritar feito louca, o que diminuía bastante o número de pessoas os olhando. Ele não fazia a menor idéia do porque estar levando a garota para aquele lugar novamente. Mas sentiu que tinha que levá-la, então, levou. Parou quando finalmente chegou onde queria. Em frente a uma porta.
Hermione lembrara que já havia estado ali, olhou para Draco com uma profunda mágoa.
- O que você quer de mim? - Falou chorando.
- Lhe cobrar uma coisa. – Ele falou abrindo a porta e a guiando até o lugar.
- Cobrar? Você não tem direito de me cobrar nada!
- Posso até não ter, mas vou cobrar.
- Cobrar o que Malfoy? Eu não lhe devo nada!
- Você disse que se eu te respondesse, você ia relaxar. Agora é a hora de me pagar o que deve.
- Eu não tenho que lhe pagar nada! Eu tenho uma aula para assistir!
- Ah, você tem sim. E outra, duvido que o professor Vector deixe você assistir, no mínimo te dará uma detenção.
- Prefiro levar uma detenção a ficar perto a você!
- Dane-se... Você está me devendo, Granger. Eu quero que me pague, agora! – Falando isso ele fechou a porta atrás deles, a trancou e guardou a chave no bolso. – Só conheço outra saída.
- Eu quero sair daqui AGORA!!! - Ela se exaltava.
- Eu quero que você me pague AGORA!!! – Ele também.
- EU NÃO VOU TE PAGAR NADA!!!!!
Draco tirara a chave do bolso e a levou para fora do castelo. A segurava fazendo menção de soltá-la.
- Ah, é mesmo?
- Você não faria isso! - a voz dela era trêmula.
- Ah, eu faria, Granger! Eu faria sim! – Ele falava a encarando nos olhos. – E essa porta... – Ele disse apontando para a porta com a outra mão - Bem, ela é protegida por feitiços. A única coisa que pode abri-la ou fechá-la é essa chavezinha aqui. – Ele fala balançando a mesma. – Ou um feitiço realmente poderoso que duvido que você saiba, mesmo sendo tão inteligente.
- Se você jogar essa chave eu... Eu... Eu pulo atrás dela! - Ela falava em tom de ameaça.
- Eu duvido muito, Granger! E se você pular, eu pulo atrás de você!
Hermione franziu o cenho e respirou fundo sentando-se no chão, resolveu então ignorá-lo, talvez assim ele cansasse e a deixasse em paz.
Draco guardou a chave no bolso novamente e sentou-se com ela no chão gelado.
- É... Assim é bem melhor.
Hermione virou a cara na mesma hora.
- Você ainda não me contou como vai o Potter!
Ela continuou em silêncio enrolando um de seus cachos nos dedos.
- Ok, Granger! Você não me dá escolha. – Se levantou novamente e fez menção de deixar a chave cair mais uma vez. – Se você continuar ignorando, terá que passar o dia aqui comigo... Que sabe, uma semana. Um mês! Até você deixar esse orgulho de lado.
- O que você quer que eu fale Malfoy? - Ela falava em deboche. - Ahhh claro o Harry está ótimo! Isso responde sua pergunta imbecil?
- Não. Me diga. Como está se sentindo agora que ele e a Weasley assumiram o namoro? Orgulhosa? Com raiva? Feliz por eles? – O jeito que Draco falava lembrava vagamente o de Rita Skeeter.
Hermione girou os olhos e bocejou cansada.
- Feliz por eles. Mais uma pergunta Sra. Skeeter? - Ela falava tediosa.
- Rá, muito engraçada! Mas tenho sim, outra pergunta... Ainda gosta do Potter?
- Isso vai aparecer em que página do Profeta de amanhã? - ela falava irônica.
- Se tiver sorte, na primeira. Responda logo.
- Nossa, quantas ameaças... - Ela girava os olhos. – Sim, eu ainda sou loucamente apaixonada pelo Harry, sabe? Ando pensando seriamente em me insinuar para ele largar minha melhor amiga e correr atrás de mim!
Ele riu.
- Não duvido nada que ele largue... – Draco debochou. - Ele pode até ser idiota, mas não tanto. - Ele comentou sem perceber o valor de suas palavras.
Hermione revirou os olhos, cansada.
- Já acabou a entrevista? Posso ir embora?
- Ham... – Ele fingiu pensar no que ela disse. – Não! Você não vai sair daqui até deixar esse seu orgulho de lado... Já disse.
- Estou falando com você não estou? - Ela falava grossa.
- Sim, mas ainda não acredita em mim, acredita?
- Claro que acredito, Draquinho! - Ela ironizava. - Principalmente na sua conversa com sua adorável titia!
- Viu? Você não está em condições de sair por aí. – Draco debochava.
- Por que não estou, Malfoy? - Ela erguia a sobrancelha. - Quer saber? DANE-SE!
Virou a cara novamente e ficou a fitar a pedra a sua frente.
- Temos todo tempo do mundo, Granger!
Hermione pegara sua varinha e apontou para o próprio peito.
- Prefiro morrer do que ficar aqui só mais um segundo com você!
- Expelliarmus! – Ele gritou e pegou a varinha dela. – Você é maluca o bastante para isso.
Hermione levantou-se e subiu na pedra olhou para baixo.
- Me deixe sair, se não eu pulo!
Draco abraçou Hermione pela cintura e a puxou, levando a ao chão junto a ele. Ela caiu em cima dele. Ele não a soltou. Sua cabeça doía. Havia batido a cabeça na porta.
- Me solta Draco! Eu não te suporto, você é um IDIOTA!!! - Ela berrava.
- Draco? – Perguntou ele indignado, logo depois soltando um gemido de dor. Sua cabeça latejava.
- É DRACO IDIOTA MALFOY!
Ele havia a soltado... Mas ela não tinha saído de cima dele. A dor começava a ficar insuportável. Soltara mais um gemido.
- Ham... Você está bem? - Ela perguntou tentando mostrar indiferença na voz em vão.
- Estou! – Draco tentou ser forte em vão. Sua cabeça doía demais. Mas do que nas outras vezes. – Ai, minha cabeça!
- Estou vendo! - Ela girara os olhos. - Me da minha varinha, vou resolver isso...
- Não... Deixa pra lá. – Hermione começava a pesar sobre seu corpo.
- Para de ser idiota! - Ela arrancara a varinha de dentro das vestes do garoto e conjurara um balde com água fria, gelo e um pano.
Saiu de cima do garoto e molhou o pano na água colocando o gelo nele e estendendo-o para Draco.
- Coloca onde está doendo e abre logo essa porta, quero sair daqui!
Ele a encarou nos olhos profundamente. Ela ainda gostava dele. Se preocupava...
- Anda logo, Malfoy! Eu não tenho o dia todo! - Ela desviava os olhos.
- Não ache que só porque fez isso. Vou deixar você sair!
- E por que não, Malfoy? O que você pretende? Me ter como prisioneira?
- Não é má idéia, sabe Granger?
Ela apenas girou os olhos.
- Da próxima vez deixo você rachar sua cabeça!
- Você não deixaria!
- Não duvide Malfoy! Agora abra essa porcaria, não suporto ficar no mesmo ambiente que você!
- Mas vai ter que ficar...
- Por que você me quer aqui Malfoy? Eu não te suporto, Tu não te suportas, Eles não te suportam, Nós não nos suportamos, Vós realmente não se suporta! A língua portuguesa é bem clara sabe? - Ela falava irônica.
- Alguém já te disse que você é insuportavelmente irritante?
- Digo o mesmo para você! - Ela sentava-se e brincava com a varinha nos dedos
Draco bocejara e olhara o relógio impaciente. Já era quase a hora do almoço, todos deviam estar em sua última aula da manhã. E ele já estava começando a ficar com fome.
O estômago de Hermione roncara alto, não havia tomado café da manhã e estava morrendo de fome, levou a mão ao estômago um pouco constrangida.
Draco riu.
- Viu? Isso que dá não comer nada no café... Eu avisei.
Hermione girou os olhos.
- Abre logo isso, Malfoy! Assim eu posso ir almoçar com meus amigos em paz!
- Você já está me enchendo com essa história, sabe Granger? Acho melhor jogar essa chave logo. Que assim você não me enche mais! - Draco era realmente bom em chantagem.
Hermione tremera por completa, suspirou fundo.
- Eu te odeio, Malfoy... - Ela falou num sussurro.
- Mentira! – Ele também.
- Quem é você para falar de mentiras comigo?? Quem você pensa que é para me censurar Malfoy? - Ela levantava-se e o olhava com mágoa.
Draco a olhou com uma cara de “Você não sabe o quanto está errada”. Desistiu de argumentar com ela.
- Não tem o que falar não é Malfoy? - Ela suspirara derrotada. - Como você pôde ser tão baixo? - Ela falou virando-se de costas para ele.
- Como você pode ser tão orgulhosa? – Ele se levantou, finalmente e ficou a observar a paisagem.
- Antes ser orgulhosa do que enganar as pessoas! - Ela falou ríspida.
- EU NÃO ENGANEI NINGUÉM! É VOCÊ QUE ESTÁ CEGA COM ESSE SEU ORGULHO RIDÍCULO! E DEPOIS VEM COM A HISTÓRIA QUE ESTÁ COM O ORGULHO FERIDO! AH, POUPE-ME, GRANGER! – Draco gritara, virando-se para ela. Aquela história estava começando a irritá-lo.
- VOCÊ NÃO TEM DIREITO NENHUM DE GRITAR COMIGO, MALFOY!
- EU TENHO O DIREITO DE GRITAR COM QUEM EU QUISER, GRANGER!
- ENTÃO GRITE MALFOY! PODE GRITAR! EU SIMPLESMENTE VOU FINGIR QUE VOCÊ NÃO EXISTE E NEM FEZ PARTE DA MINHA VIDA!
- Como você sempre fez... – Draco abaixou o tom e voltou-se para a paisagem.
- Não Malfoy, durante um tempo eu não fiz isso e cometi o maior erro de minha vida! - Ela falou escorando-se na porta e deslizando até o chão.
- Tá, Granger! “Eu fui uma idiota em ter acreditado em você” e blá blá blá... Já sei, Granger! – Sem encará-la, Draco falou já impaciente. Sabia que Hermione ia começar a perguntar por que não a deixava sair e o resto seria uma discussão interminável... Ela dizia que sofria. Só que parecia gostar disso. Gostava de repetir que estava mal. Maluca.
Hermione respirara fundo, abaixou a cabeça e fitou o chão.
- Fale de uma vez, Malfoy, o que você quer? - Ela perguntou numa voz rouca.
Draco virou-se para ela, incrédulo. Respirou fundo.
- De novo? – Ele debochou.
Hermione o encarou nos olhos.
- Sei que não quer que eu vença meu orgulho, isso você sabe que é impossível, então fala logo o que você quer...
- Granger... Quero que você volte... – Ele falou então parou e respirou fundo.
- Como? - Ela perguntou erguendo a sobrancelha.
- A confiar em mim... – Ele completou.
- Tá... Acho que você ainda não entendeu... COMO É QUE É? - Ela fazia uma cara um tanto cômica.
- Não... Foi você que ainda não entendeu... Você precisa confiar em mim... Mesmo que não sejamos namorados, mesmo que não acredite em mim. Precisa confiar... – Ele voltou-se a paisagem.
- E por que eu confiaria em alguém que traiu minha confiança? - Ela perguntou olhando a paisagem.
- Pare de questionar, Granger. – Ele virou e a encarou sério nos olhos. – Você só precisa confiar em mim.
- Confiança não se pede Malfoy, se conquista! - Ela falou se levantando.
- Não dá pra conquistar confiança com uma pessoa com o orgulho ferido. Uma, duas, três vezes... Mas agora, eu realmente preciso de sua confiança, Granger.
- Me dê apenas um motivo para voltar a confiar em você, Malfoy! Apenas um! - Ela aproximava dele colocando o dedo em sua face.
Ele segurou o dedo dela e se aproximou, disposto a mudar o ruma da história completamente.
- Porque se confiar em mim, vai salvar a sua vida, a vida do Weasley e principalmente a do Potter. – Ele falou se aproximando cada vez mais. Até soltar o dedo dela e se afastar.
- Continue... - Ela falou já mais interessada no assunto o loiro.
- Eu não posso lhe falar mais nada... Você só precisa confiar em mim. Acha que esse motivo é suficiente?
- Para salvar a vida dos meus amigos, Malfoy, eu sou capaz de tudo até de fazer um trato com uma serpente que nem você!
- Sabia que não era tão idiota assim...
- Já temos o assunto concluído, Malfoy! Agora abre essa joça! Rony está me esperando... - Ela falou severa.
- Quando vamos nos encontrar de novo?
- Nunca seria muito bom pra mim sabe? - Ela disse próxima a ele, não percebendo que aquela proximidade poderia fazer mal.
- Você confia em mim, não é Granger?
- Não tenho escolhas, Malfoy, eu já disse que para salvar meus amigos faço trato até com gente como você! - Ela falou numa voz rouca.
- Faria qualquer coisa por eles, não faria?
Ela apenas consentiu com a cabeça.
- Então, precisa voltar a me namorar... – Ele falou simplesmente, diminuindo a distância entres seus rostos.
- COMO??? - Ela gritou assustada se afastando rapidamente. - FICOU LOUCO, MALFOY? ISSO NUNCA!
- Eles precisam achar que estamos namorando. Mesmo que não estejamos de verdade...
- Eles? Eles quem Malfoy? - Ela ficara séria. - Eu não vou sair por aí te agarrando!
- Você disse que confia em mim, Granger... Se quer mesmo salvar o Potter... Precisa fazer isso. Pare de perguntar. E volte comigo. Como se nunca tivéssemos terminado. Com calma, vou lhe explicando o que anda acontecendo e o que devemos fazer.
Hermione suspirara derrotada.
- Isso é chantagem... - Ela murmurou. - Tudo bem Malfoy eu "volto" com você!
- Ótimo... Está fazendo uma boa escolha... – Ele disse abrindo a porta e dando passagem para ela. Ele, quando ela passou por ele, a segurou e... – Vamos jantar juntos hoje, ok?
- Não tenho fome! - Ela falou ríspida.
- Mas de noite vai ter. Na hora do jantar, você vai ter, Granger! Precisa colaborar! Não torne isso mais difícil que já é... E outra, não pode contar pros seus amiguinhos o nosso trato. Para eles, nós apenas voltamos.
- E o que mais você vai querer, Malfoy? Que eu te dê comida na boca e lhe chame de MEU AMOR?
- Isso já iria colaborar, e muito...
- Patético! - Ela resmungou passando por ele.
- Também te amo! – Ele gritou para ela que sumiu.
N/Kitai: =P o cap fico legal, eu particularmente gostei, espero q vcs tenham gostado, escrever com a Bia é facil a não ser quando ela enrrola =X hUAHUAH zuando! Te adoro Bia \/^^ enfim... continuem comentando pq quanto mais coments mais rapido agente posta o pox cap. Fuuuiiii xD
N/~Biaa^^: 51 páginas! A cada cap. dessa fic batemos um recorde... aehauheauehaueahuaeh... Bemmmm... O que falar dessa fic?? Eu to amando escrever!!!!!! É muito bom escrever com a Kitai, a não ser quando EU enrolo! Te amo, nina! A galerinha maluca que gosta das minhas outras fics está quase me matando porque eu não tenho atualizado... Vou tentar atualizar ***Apaixonada pelo escolhido*** em breve!!!!! Mas daqui a pouco, não duvido nada, eu volto a ficar de castigo... Me ignore! Ahueahueaheuah... Agora, vamos as respostas dos comentários que eu fiz questão de fazer... E meio que implorei a Kitai para fazer comigo. Beijão...
NaH Potter Malfoy:
~Biaa^^: Também amei elas brigando!!! Abeuheauheuaheuahe... Sem coments... Obrigada por ler, linda! Beijão!
Kitai: Eu também acho que acada cap. fica melhor ehehehe... Tá atualizado como vc pediu ahuaauh beijos! =***
Mari F. Black:
~Biaa^^: TAMBÉM AMEI LER COM VOCÊ! AMO SEUS COMENTÁRIOS VIA MSN!!!!! MUITA HILÁRIA TU! Também amei as mesmas coisas! Adoro as cenas Draco e Mione! Muito bom! Agora pode nos matar! Hauhauehaeuaheuaheuah... Você vive me ameaçando a morte mesmo! Ah, não esqueci o que eu te disse da Bellatriz, viu??? Promessa é promessa! Beijão! Te amo, miga! Continue lendo e comentando minha fic com essa sua paciência formidável!
Kitai: Mione e Pansy quase se matando eu também gostei =X vou nem mentir eeheheh... continue comentando! Beijos!
Carol Schneider Lestrange:
~Biaa^^: Ai, Carol! Amei te conhecer! Fiquei muito feliz em você ter comentado na minha fic... aheauheauheaheuahea... Pare com essa timidez ridicula, hein? Que bom que está gostando da fic! Corremos contra o tempo para os caps serem postados logo... Beijão!
Kitai: ahuhauahu a Mione realmente é uma peça! Tadinho do Draco até eu tenho pena dele eheheh... Pode deixar que nós estamos fazendo o possível para que os caps saiam logo ok? Espero que vc e sua mana tenham curtido bem muitao o cap ok? Beijo!
Danny Evans:
~Biaa^^: Oiii! Que bom que está gostando da fic! Valeu pelo coment... Pelo carinho e por ler minhas ourtras fics... Beijão e continue comentando.
Kitai:fico feliz q vc gostou Danny! Vc sabe que eu amo seus coments em minhas fics ehehhe... A cena do Draco com a Mione eu também gostei ehehehe... E o enfarte do Harry =X tadinhuuu =~ MAs fazer oq né? D/Hr 4ever \o/ Continue comentando! Beijaooooo
É isso galera! Aqui é a ~Biaa^^ deixando um beijo! Desculpe a todos que não respondemos os comentários! E ao pessoal que deixou de comentar, não façam isso... É muito importante pra nós, né Kitai?!
É isso ai Bia! Continuem comentando!! Beijão para vocês!
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