Solução imprevisivel



Solução imprevisivel



Draco acordara naquela manhã com uma certa dor de cabeça... Lembrou-se em relapso o que havia acontecido no dia seguinte. Foi tudo tão rápido. Madame Pomfrey estava arrumando as coisas quando ele abrira os olhos.

- Bom-dia, senhor Malfoy. Dormiu bem? – ele falou com um sorriso.
- Não muito.
- A srta. Granger teve febre novamente. E chamou pelo senhor, senhor Malfoy. Se quiser, pode passar o dia aqui. Não tem problema. Com tanto que recupere as aulas perdidas depois.

Ele ficou a fitar Hermione.

- É... Talvez eu fique... Não sei. – ele falou vagamente. Ela não iria querê-lo por perto, não depois do que aconteceu. Mas, peraí, ele que deveria estar chateado com ela e não ao contrário!
- Ela precisa do senhor. Precisa de alguém para cuidar dela... Para fazê-la parar de querer carregar o mundo nas costas. E você é a pessoa mais indicada para isso.
- Ela tem o namoradinho. Não precisa de mim. – ele falou em deboche.
- Não acho que o senhor Potter se preocupe tanto com ela como você. E mesmo que se preocupasse... Você é mais qualificado para isso. Você realmente gosta dela, dá pra ver.

Ele forçou um sorriso irônico e murmurou:

- To começando a gostar dessa mulher. – e voltou a falar. – Bem, ok, eu fico. Mas o namorado dela não vai gostar muito disso, sabe? Não tem como proibir a entrada de qualquer um?
- Isso é contra as regras da escola... Proibir a entrada sem a aprovação dos diretores. Mas, já que é para a recuperação da paciente, acho que posso.

Ele deu um sorriso irônico e foi tomar banho.


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Hermione acordara naquela manhã sentindo os raios de Sol em sua face, abriu os olhos lentamente e deparou-se com Madame Pomfrey.

- Oh! Bom dia Srta. Granger?
- Bom dia... - Ela esfregava os olhos. - Que horas são?
- Dez horas, a Srta. Teve um pouco de febre, mas se repousar logo vai melhorar! Seu amigo, Harry Potter, esteve aqui esta manhã, disse que essa carta chegou para você! - Ela apontava para a mesinha ao lado da cama.
- Ham... Obrigada! - Hermione curvava um pouco o pescoço, a cama de Malfoy estava vazia, suspirou e pegou a carta, era de Sirius.

“Hermione,
Creio que estes acontecimentos têm sido por causa de sua carência, mas por que não dar uma chance ao jovem Malfoy? Harry me mandou uma coruja dizendo do namoro de vocês, tem certeza que é isso o que você quer? Ficar com alguém que você não ama, podendo o magoar? Tome cuidado com tudo o que fizer...
Ass: Sirius”

Ela fechou delicadamente a carta e olhou para a janela, realmente estava confusa.


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Draco saiu do banheiro apenas com a toalha enrolada na cintura, todo molhado, e deu de cara com Hermione.

- Bom-dia, Granger. Dormiu bem?

Ela assustou-se em vê-lo ali parado em sua frente, arregalou os olhos e abriu a boca.

- Bom dia...

Recuperou-se um pouco e logo cobriu os olhos com as mãos.

- MALFOY, VISTA-SE!
- Ah Granger, o dia mal começou e você já ta ai, gritando feito louca. Já vou me vestir, que saco! – ele gritou. Pegou a calça do uniforme e caminhou até o banheiro.

Ela tossiu e espirrou, realmente nunca havia ficado tão gripada, afundou a cabeça no travesseiro, só podia ser brincadeira, ela acordar e dar de cara com o Malfoy, principalmente depois da noite passada. Lembrou-se da carta de Sirius e a abriu delicadamente. Ele queria que ela desse uma chance a Draco? Será que Sirius tinha as idéias no lugar? Respirou fundo.
“Eu só posso estar ficando maluco! Não acredito que vou passar o dia aqui! Com essa louca histérica. Pelo menos, o Potter não vai poder vê-la.”, pensava Draco com um sorriso vitorioso no rosto enquanto botava sua calça.

- Hey... Malfoy! - Ela o chamou.
- Fala. – ele disse botando a cabeça para fora da porta do banheiro enquanto abotoava a calça.
- Ham, sem querer ser grossa, mas sendo... ATCHIN! - Ela espirrava mais uma vez - Ai, desculpa... - Levou a mão à cabeça. - O que você faz aqui?

Ela afundava mais a cabeça no travesseiro, realmente ficar gripada era a pior coisa que podia lhe acontecer.

- Ah, Madame Pomfrey acha melhor pra mim. Não entendi direito. Mas ela é louca mesmo. – ele mentiu.

Logo em seguida, saiu do banheiro, ajeitando o cabelo molhado. Só com a calça do uniforme com o peito nu e musculoso a mostra.

- Eu disse pra você se vestir! - Ela cobria novamente os olhos.
- Mas eu tô vestido, Granger! – ele falou impaciente, enquanto arrumava o malão que haviam mandado do dormitório dele. Haviam mandado também o de Hermione.

Agora, no mínimo, o colégio todo comentava que os dois estavam na ala hospitalar. E daqui a pouco, com certeza o Cicatriz-Ambulante e seu fã clube iriam visitar Hermione e teriam uma surpresa... Seriam barrados... Barrados como as garotas que perseguem Draco Malfoy e os outros sonserinos.
Ela apenas desviou o olhar e olhou novamente para a carta de Sirius. Como será que Harry estava? Será que Sirius havia contado a ele? Não, Sirius não faria isso...

- O que eu faço...? - Ela sussurrou, realmente estava confusa.
- O que disse? – Draco perguntou. Havia a escutado murmurar alguma coisa.
- Nada não... - Ela virava o rosto e olhava tristemente para a janela. "Trocar o certo pelo talvez, isso é complicado... Não é possível que eu esteja indecisa..." respirara fundo.

Draco a observou durante algum tempo... Resolveu quebrar o silêncio.

- Madame Pomfrey disse que você terá que passar o dia aqui. E que não sabe quando vai te dispensar... Nem a mim. – ele falou vagamente sem a encarar nos olhos.
- Certo... - Ela murmurou ainda segurando a carta nas mãos, não sabia se devia olhá-lo ou não, então resolveu por continuar fitar a janela.

Draco a fitava. Ela não fez nada... nem deu um showzinho porque iria perder aulas e tal... Ela simplesmente falou “Certo” e ponto. Era estranho aquele clima entre eles. Não conversavam, mas também não brigavam e ao mesmo tempo sentiam vontade de trocar pequenas palavras entre si, mesmo ofensas, pelo menos, Draco sentia.
"O que eu devo fazer? Eu... Eu queria tanto que caísse uma bigorna do céu que me esclarecesse tudo... Porque ele me atrai dessa forma? Raios!”. Ela pensava.

- Granger, esse silêncio tá me irritando, sabe? – ele falou já impaciente outra vez. Foi quando a Madame Pomfrey apareceu.
- Srta. Granger, como está se sentindo? - Ela perguntava maternalmente.
- Ham? Bem obrigada... - Ela lançava um olhar de desaprovação para Draco. - Acho que já posso sair daqui...
- Eu falei que ela era teimosa, senhora. – Draco disse a enfermeira com uma educação na voz que ninguém diria ser de Draco Malfoy.
- Acho que pode ficar bem quietinha aí, senhorita Granger! Creio que o senhor Malfoy lhe será de ótima companhia! A propósito, o senhor Potter mandou entregar-lhe isso... - Ela estendeu a mão e Hermione pegava o pequeno pedaço de pergaminho.
- Obrigada Madame Pomfrey...
- Bem, agora irei terminar alguns remédios, qualquer coisa não exitem em me chamar... - Dizendo isso ela saíra.
- É... Hoje o dia vai ser realmente divertido. – dissera Draco em deboche. – Não é mesmo, Granger?
- Não vejo nada de divertido! - Ela cruzava o braço e franzia o cenho. - Ficar aqui deitada, incapacitada, sem fazer nada! Não vejo nada de divertido realmente!
- Ah, Granger, veja o lado bom da coisa. Além de você estar na presença desse loiro maravilhoso aqui! – ele disse se mostrando – Não está sozinha... E acho que hoje, você já pode se levantar.
- Sabe Malfoy, sua modéstia me encanta! - Ela se cobria até o pescoço.
- Pena que não posso dizer o mesmo de seu humor. – ele falara ironicamente. – Está com frio?
- Um pouco... Acho que é a febre... Você sabe se os meninos vieram me ver? A Madame Pomfrey deixou essa carta comigo, disse que Harry pediu para me entregar, mas eu não o vi...
- Eu não sei... Acordei há pouco tempo e fui tomar banho. – Ele disse indo até seu malão e procurando um cobertor.
- Entendo... Mas afinal por que você está aqui? Digo... Você não me parece doente! - Ela ria. - Por acaso querendo passar mais tempo com a sangue-sujo? - Ela dizia irônica.
- Pergunte para a Pomfrey... Ela é a louca da história e não eu... Na verdade, vocês duas são muito parecidas, sabia?? – ele debochou.
- HEY! Não me compare com ela! - Ela fechava a cara. - E nem respondeu minha pergunta! Você é realmente muito chato, sabia? - Ela mostrava a língua.
- E você muito infantil! Nunca vi! – ele finalmente achou o cobertor e caminhou até o leito da garota. Abriu o cobertor com o símbolo da família Malfoy e o da Sonserina. Era de cor preta com bordado verde. Cobriu Hermione com ele.
- Ham? O que é isso? - Ela apontava para o cobertor. - Ok! Eu sei que é um cobertor! Mas você tá sendo "gentil"?
- Sim... quer dizer... Claro que não! Onde já se viu? Eu só não quero pegar essa sua gripe... Depois a Sonserina fica sem o apanhador, perde... E a culpa é toda minha.
- Com o apanhador ou sem o apanhador, a sonserina sempre perde! - Hermione debochava. - Ah Malfoy deixa de ser chato! Ontem você tava me tratando bem!
- Ontem, você não era a Hermione Granger de hoje.
- Sou a mesma pessoa sempre não sou duas caras! - Ela esbravejava
- Não!! Que isso! – Draco ironizava. – Mas e daí? Deixa pra lá... O que passou, passou... O que vamos fazer hoje, hein?
- Você eu não sei! Eu vou te ignorar! - Ela jogava a coberta em cima dele. - Afinal a Hermione Sangue-Ruim Duas Caras não quer contaminar o Draco Perfeito Malfoy! - Ela virara de costas para ele. - E eu que pensei que agente podia pelo menos ser civilizado, mas é IMPOSSIVEL ser civilizada com VOCÊ!
- Grande coisa! – ele falou já com raiva, tacando o cobertor nela mais uma vez, de forma grosseira. – Você sempre me ignorou, hoje sim, amanhã não, não faz a mínima diferença... Porque aposto que você não lembra o que falei pra você ontem. PORQUE VOCÊ SIMPLESMENTE ME IGNORA!!!!!!!
- VOCÊ É QUE NÃO ME ESCUTA! - Ela ficara de pé na cama e jogara novamente a coberta só que desta vez na cara dele. - E ALÉM DO MAIS VOCÊ NUNCA ME TRATOU BEM! E EU PREFIRO MIL VEZES O DRACO DE ONTEM!!!
- O DRACO? O DRACO DE ONTEM? ACABA DE DIZER QUE EU NUNCA TE TRATEI BEM, MAS VOCÊ PREFERE O DRACO DE ONTEM... QUE DRACO DE ONTEM? O DRACO QUE VOCÊ FEZ QUESTÃO DE DIZER NÃO PELO POTTER? O DRACO QUE FINGIU QUE NADA HAVIA ACONTECIDO PORQUE PERCEBEU QUE VOCÊ TAVA MAL? O DRACO DE ONTEM QUE HOJE TE COBRIU PRA VOCÊ NÃO FICAR PIOR E DEIXAR A DROGA DO DRACO DE ONTEM PREOCUPADO? OU O DRACO DE ONTEM QUE FALOU MIL E UMA COISAS PRA VOCÊ E VOCÊ FEZ QUESTÃO DE IGNORAR QUANDO ESSE TAL DRACO DE ONTEM PRESTOU ATENÇÃO EM TUDO O QUE VOCÊ DISSE????!!!!!! – ele berrara.
- Não... – Ela sussurrou. – O Draco que conversava comigo e não me tratava assim como se eu fosse um nada... Que não berrava comigo assim... – Respirou fundo. – O Draco que eu pensei que entenderia meus motivos por não querer trair Harry! Saiba Malfoy que eu até pensei em terminar com Harry para... Quer saber! ESQUECE!!! Realmente você comprovou tudo o que eu pensava! Que iria brincar e depois se mandar e contar para todos como fez a sangue ruim de otária! – levou a mão à têmpora. Tudo parecia rodar e ela se sentou. – Você... Você por algumas horas teve meu carinho e minha confiança e acabou por jogá-la FORA!– Ela berrara e se sentara na cama, a febre subiu rapidamente e Hermione arfava, suas bochechas ganharam um tom avermelhado, e seus olhos estavam encharcados por lágrimas. – Pensei que você valesse a pena, que eu poderia até... – Não conseguiu terminar as palavras, não tinha mais fôlego, estava exausta.

Draco pegou o cobertor jogou no chão, entrou no banheiro, bateu a porta. Estava com raiva dela. Ficou olhando seu reflexo no espelho. Ele não era assim como ela queria que ele fosse... Todo meloso e apaixonado... Não tinha nada a ver com ele. Que ficasse com o Potter, ele sim era assim.
Ele socou o espelho, com raiva, que se quebrou, deixando sua mão sangrando. Fez um feitiço para que o espelho voltasse ao normal e saiu à procura de Pomfrey.
Hermione levantou-se da cama. Aquela discussão não havia a feito bem, precisava falar com Pomfrey, encostou-se à parede, tossiu várias vezes até sair um pouco de sangue de sua boca, passou a mão e fechou os olhos desmaiando em seguida.
Draco saiu e se deparou com Hermione desmaiada próxima à parede. “Era só o que me faltava!”, ele pensou. Estava sendo um dia realmente terrível. Sua mão doía, mas mesmo assim ele a pegou no colo e a botou novamente no leito. Como fazia isso muito ultimamente. Como ela era teimosa.
Foi à procura de Pomfrey.

- Mas o que houve agora, senhor Malfoy?
- Ela desmaiou.
- Srta. Granger? Acorde... - M.Pomfrey lhe deu algo para cheirar e Hermione abriu levemente os olhos. - Como está se sentindo?
- Cansada... - Ela fechava os olhos.
- POR MERLIM! Isso é sangue? - Ela falava olhando a boca da menina.
- Sim...
- Irei fazer uma poção de restauração, Sr. Malfoy cuide dela sim? Quero que a dê essa bebida em meia em meia hora, logo voltarei! - Dizendo isso a enfermeira saia às pressas da Ala Hospitalar deixando ambos sozinhos.

Draco sentou-se na beirada do leito dela. E ficou a fitá-la.

- Sua mão... - A menina sussurrou e esticou um pouco o braço para pegar a varinha em cima da mesinha. - Me dê que eu a faço voltar ao normal, está sangrando muito... - Ela evitava os olhos azuis.
- Não... deixa... Não precisa. – ele disse tirando a mão e a escondendo atrás de seu corpo... Não queria encará-la nos olhos.
- Não seja teimoso, me dê logo essa mão antes que infeccione! - Ela dizia severa, o encarando.
- Não precisa. Depois eu mesmo faço isso. – ele falou com a voz fria e sombria... Era até de dar medo.

Ela o encarou nos olhos, sentiu um frio percorrer a espinha ao ouvi-lo falar daquela forma.

- Você que sabe... - Ela disse numa voz rouca voltando a tossir em seguida, saindo um pouco de sangue da boca.

Ele pegou um lenço da Sonserina e a entregou fugindo dos olhos castanhos.
Ela balançou a cabeça e uma lágrima escorreu de seus olhos.

- Não seja gentil se está com raiva de mim... - Ela enxugou a lágrima rapidamente. - Me desculpe...
- Não seria a primeira vez. – ele falou ainda frio e balançou novamente o lenço para que ela o pegasse.

Ela pegou o lenço o dobrou e puxou a mão dele com força, antes que ele pudesse falar algo ela enfaixara sua mão e o olhara séria.

- Assim é melhor...
- Teimosa! – ele murmurou.

Ela deu um pequeno sorriso.

- Chato... - murmurou no mesmo tom.
- Irritante! – ele continuou.
- Masoquista... - Ela cantarolava e girava os olhos.

Ele riu da infantilidade dos dois e continuou:

- Esquentadinha... – ele também cantarolou e sorriu.
- Hey! Eu não sou esquentadinha! - Ela cruzava os braços. - Você que é uma fuinha!

Ele olhou pra ela com uma cara de surpreso comicamente e falou:

- Fuinha? Fuinha? É isso mesmo? – e começou a fazer cócegas nela como uma criança. Nunca pensara em uma cena como essa. Peraí! Era Draco Malfoy! – Você vai ver, sua esquentadinha... – ele ria. Se divertia como há tempo não fazia.
- Hey para com isso! AHhahAah seu fuinha maldito para! ahahaha.. - Ela se contorcia de tanto rir. - Se você ahaha não parar você vai ver! Ahahahah
- E o que você vai fazer, hein? – ele falava brincando... Mas sua mão começara a doer.
- ISSO! - Ela o puxara e ele caíra em cima da cama. Ela arredou um pouco e ofegava, puxou a mão dele para perto de si e a olhou. - Está sangrando muito... - Ela comentava séria.

Ele puxou a mão...

- Não é nada... Só um cortezinho. – ele falava se levantando também ofegante. – Ah, já ia me esquecendo... – Ele olhou para o relógio. – Hora do remedinho, da minha paciente favorita. – ele brincava enquanto pegava a bebida.
- Você não está pensando que EU vou tomar ISSO? - Ela falara com a voz um pouco trêmula.
- Ah, mas você vai sim!
- Não vou não! - Ela tampava a boca com a mão.
- Deixa de ser criança, ô esquentadinha! Fazemos assim, eu tomo o remédio e você toma também, feito?
- Ham... Tenho uma proposta melhor! Você toma e eu fico olhando! - Ela sorria. - Eu não vou tomar isso! É nojento e verde!
- Ah, garota, vamos! Pare com isso... Ou eu enfio isso goela abaixou ou eu tomo um pouco e você também. Você decide.
- NENHUM DOS DOIS! Eu não vou tomar isso! - Ela esbravejava. - Toma você!
- EU NÃO VOU TOMAR ISSO SEM MOTIVO! – ele berrara. – E VOCÊ VAI TOMAR ESSA DROGA... SEJA POR BEM OU POR MAL! MAS VAI TOMAR! EU NÃO QUERO VOCÊ DESMAIANDO PELOS CANTOS PORQUE VOCÊ NÃO TOMOU ESSA DROGA DESSE LÍQUIDO VERDE! – ele parara ofegante. – E ai? Já se decidiu? – ele perguntou calmamente.

Ela o olhava, assustada.

- Você gritou comigo! Agora eu não TOMO MESMO! - Ela franzia o cenho e fazia bico.
- O que eu tenho que fazer pra você tomar essa droga? – ele perguntara já sem paciência.
- Não há nada que você possa fazer! - Ela sorria abertamente. – Ah Draquinho, não faça essa cara brava! - Ela ria.
- É assim? Então tá! – Draco abriu a boca dela a força e enfiou o líquido goela abaixo. – Agora já se passaram meia hora... Mas líquido verde... – e pôs mais poção ainda. – Doeu? – Ele perguntou depois de tê-la feito engolir aquele troço com gosto horrível.
- Bruto! - Ela disse fazendo uma careta. - Você é muito chato comigo, Malfoy!
- Já vai começar, Granger?

Ela sorriu com o canto dos lábios.

- Você é bem melhor assim... - ela ainda sorria docemente.

Ele sorriu e murmurou:

- O Draco de ontem...
- Sim... - Ela baixou os olhos.

Ele pegou o cobertor ainda no chão... O bateu e a cobriu.

- Vai ficar aí me olhando? - Ela o olhou com um sorriso sapeca.

Ele foi pra sua cama e deitou-se. Pôs a cabeça sobre as mãos e falou:

- Qualquer coisa, é só me chamar.

Ela franziu o cenho, não esperava por isso, deu um suspiro indignado e virou-se de costas bruscamente, murmurando:

- Irritante...
- Eu ouvi isso, Granger. – ele falou longe com uma voz extremamente irritante, enquanto virava-se de costas para ela e retirava o lenço de sua mão já encharcado de sangue e o jogava sobre a mesinha ao lado da cama.
- Eu só disse a verdade, Malfoy! - Ela falou ainda de costas para ele. - E aposto que você está mexendo em sua mão nesse exato momento! Eu já disse que eu posso dar um jeito nela!
- O que é isso, hein? Arranjou um olho igual ao do Moody? – ele falou ironicamente enquanto se virava e dava de cara com as costas dela.
- Não, apenas te conheço o suficiente para saber que vai estar fazendo algo errado! - Ela rira. - Ou algo completamente irritante... Você é bem previsível, sabia? - Ela continuava de costas rindo.
- Você também. Por exemplo, tenho certeza de que nesse exato momento está pensando no loiro musculoso e gostoso que sou, enquanto fica louca porque não quer ficar gamadinha em mim, como já está.
- Em primeiro lugar eu estava pensando no gosto terrível daquele remédio que você fez tomar a força. E quanto eu estar gamada em você... acho que você andou perdendo muito sangue, já esta delirando! - Ela rira. Ele havia acertado em cheio.

Ele riu ironicamente... Levantou da cama sem fazer o menor barulho... Foi até a cama dela e gritou, praticamente em cima dela:

- Bu!
- QUER ME ENFARTAR, SEU LOUCO???!!! - Ela arfava caindo quase em cima dele.

Ele começara a rir... Gargalhar.

- Isso que dá ficar pensando em mim.
- Eu não estava pensando em você! - Ela franzia o cenho. - Você é que perece estar pensando muito em mim!
- E como não pensar? – ele falara brincando.
- MEU MERLIM! Sua mão Malfoy! Você querendo ou não eu vou dar um jeito nisso!
- Não. Você não deixou eu te dar o remédio... Também não vai cuidar da minha mão.
- Me dá isso, seu fuinha! - Ela puxara a mão dele e pegara sua varinha, conjurara umas ataduras em seguida dizia um feitiço. – Pronto, beijinho pra sarar! -Ela ria e depositava um beijo no local - Doeu? - Ela fazia uma cara cínica.
- Não gosto que me imitem, Granger!
- Nossa, até parece que eu tenho medo de você! - Ela ria.
- Mas devia ter! – ele falou enquanto sentava-se na beirada da cama dela. Ele ia se aproximando cada vez mais do rosto dela. – Sou muito mais perigoso do que você imagina. – ele falava com uma voz arrastada em tom de ameaça. Estava perigosamente próximo do rosto dela.
- Sério? - Ela erguia a sobrancelha. - Eu te acho parecido com um amasso! - Ela ria.
- Tenha cuidado! – ele se aproximava mais e mais.
- Cuidado? – Ela erguia a sobrancelha e ria. – Com o que?
- Comigo. – ele disse com os narizes quase se encostando.
- Sabe... Eu retiro o que eu disse, você não parece um amasso... - ela ficara séria. - De perto você tá mais para mini pufe!
- Cuidado, Granger! Já disse! – ele falou com sua voz arrastada.

Que cena! Draco Malfoy, praticamente deitado em cima de Hermione Granger, com os rostos muito próximos, em um leito da ala hospitalar. E parece até perseguição, porque mais uma vez alguém viu a cena dos dois e tomou o susto, atrapalhando-os. Dessa vez, Madame Pomfrey.

- “Hum hum” – ela limpou a voz para chamar a atenção dos dois, logo que se recompôs. – Está pronta a poção. – ela falou mostrando uma grande jarra cheia de um líquido roxo, enquanto Draco saía de cima da garota, com uma cara de sapeca, piscando para a Madame, que sorriu. – O senhor deu a bebida a senhorita Granger?
- Ah, sim. – ele falou e olhou para Hermione. – Com um pequeno esforço e teimosia, sim, eu dei a bebida a ela.
- Ótimo. Não disse que o senhor Malfoy lhe seria uma ótima companhia? – ela perguntou docemente a Hermione.

Hermione corara furiosamente, era a segunda vez que a pegavam em uma cena completamente indecente com Draco, olhou para ele e sorriu de lado, era incrível como ele não ficava constrangido com nada.

- É... Ás vezes, ele sabe ser agradável... - Ela dizia numa voz pomposa.

Draco riu.

- Que bom, senhorita! Agora, já que ele lhe convenceu de tomar a bebida... Não será problema te fazer beber esta poção. – Então, se virou para Draco. – Ela precisa beber de três em três horas. Mas tem que se alimentar direito. Pode cuidar disso pra mim?
- Claro. Durante muito tempo?
- Só enquanto estiver aqui.
- Ótimo.
- Obrigada, senhor Malfoy. – Então a enfermeira se retirou, deixando-os a sós novamente.
- Ham... Você não vai me fazer tomar isso, né? Eu já tive que tomar aquela coisa asquerosa antes! - Ela fazia uma cara de criança chorosa. - Vai Malfoy, alivia essa...
- Você não vai ficar tirando meu sono, Granger! Vai tomar isso sim. Se não, vai perder aulas e deixar os seus amiguinhos, se é que pode chamá-los assim, perdidinhos nas matérias. E você não quer isso, ou quer?
- Em falar neles... - Ela abaixou a cabeça. - Estranho eles não terem vindo ainda me visitar...
- Vamos ver... O que você comeu hoje? – perguntou Draco fugindo do assunto.
- Ham... Essa poção idiota conta? - Ela erguia a sobrancelha.
- Ah, não acredito, Granger! Você não comeu nada até agora? Quer continuar doente? – ele falava mais pra si do que pra ela, enquanto conjurava tudo que a garota tinha direito do café da manhã. – Agora você vai comer tudinho.
- Mas eu tô sem fome! E não me venha com esse tom autoritário que eu não tenho medo de você! - Ela mostrava a língua e sorria.
- Não precisa ter medo de mim, só me obedecer. Principalmente agora que estou responsável por você. – ele falava com um tom sério e severo, parecia o Snape, só que menos irônico e chato... Na verdade, parecia a McGonall, só que menos dragão soltando fogo pela boca... Tá bom, ele não parecia ninguém.
- Não sou de obedecer homens! - Ela falava séria. - Principalmente sonserinos... - Ela ria.
- Obedece ao seu Potterzinho, não obedece? – Ele falou em deboche. Sem pensar. – E você sabe que vai beber essa poção, seja por bem ou por mal. – ele falara voltando ao tom mais severo.
- Você realmente sabe cortar um clima bom! - Ela falara séria. - Eu não obedeço a Harry, nem a você e muito menos a Rony! E eu já falei para não falar de Harry em minha presença Malfoy! - Ela tinha franzido o cenho, estava realmente com raiva. "Por que raios ele sempre tem que fazer essas coisas?" ela pensava.
- Ah, é mesmo. Esqueci. – ele falou, normalmente. – Não é você que obedece ele... Você não é disso... É ele que a obedece... Sim, sim, agora me recordo. – ele falava ironicamente.
- Já basta! - Ela levantava da cama ficando de pé o encarando. - Se você quer ficar aqui para falar mal de Harry perto de mim, não se preocupe que EU sei me virar sozinha! Eu mesma tomo essa droga de remédio!
- Ah, Granger! – ele falou com impaciência. – Desça já daí! Não queremos acidentes! Agora, para de defender esse carinha! Prometo não falar mal dele pra você! Agora, deixe de ser teimosa e coma tudo. Não queremos mais desmaios.

Ela deu um muxoxo indignado e comeu, sem olhá-lo sequer um instante.
"Por que ele sempre tem que estragar os momentos? Por que ele simplesmente não para de falar mal de Harry e Rony sabendo que isso me deixa chateada? Raios! Eu não entendo o Malfoy!"
Draco ficou satisfeito em vê-la comendo. Foi até seu malão e começou a procurar um livro que estava lendo... “Droga! Onde está esse livro?”, ele pensou.
Hermione o olhou com o canto dos olhos, estava realmente querendo ter uma conversa definitiva.

- Malfoy... - Ela o chamou com uma voz autoritária.
- Agora não, Granger! Ocupado! – ele falou antes mesmo de saber o que era. Estava mesmo querendo saber onde havia parado seu livro. Quando teve um estalo. – Ah, a Pansy me paga! – ele resmungou um pouco alto demais.
- Ok! Vai procurar a Parkinson, então! Eu nem sei o que você faz ainda aqui! Vai lá... Procura a namoradinha! - Ela virou-se de costas para ele bufando de raiva
- Ah, Granger! Agora não. – ele falava tentando ver como iria fazer para pegar seu livro, enquanto sentava-se a cama. Mal Hermione sabia que o livro que Draco tanto procurava era o tal "Runas e seus Mistérios".

Ela não respondeu, levantou-se da cama e o olhou com raiva.

- Incrível que as coisas têm que ser a na hora que o senhor quer! Quer saber de uma coisa Malfoy, eu não vou tentar mais nada, tá legal? Já tentei ser boazinha demais com você! Eu queria apenas, simplesmente APENAS resolver essa situação que agente INFELIZMENTE se encontra! Mas pelo visto você não faz nenhuma questão então VÁ PARA O INFERNO COM ESSE AGORA NÃO GRANGER!

Draco a encarou, pasmo. Deitou-se na cama e fechou os olhos. “Ô garota estressante! Meu Merlim!”. Olhou para o relógio. “Mais um problema!”.
- Obrigada por me IGNORAR! - Ela virou-se de costas para ele e viu a porta da Ala hospitalar um pouco aberta, sorriu consigo mesma, a abriu e passou por ela a batendo em seguida, fazendo um barulho estrondoso.

Draco saiu atrás dela. “Era só o que me faltava!”.

- Volte já aqui, Granger! Você quer conversar? Então, vamos conversar! – ele gritou atrás dela.

Ela parou e olhou para trás.

- Não quero mais conversar! - Ela se aproximou dele, sem perceber que seus rostos estavam próximos demais. - Você só sabe ver as coisas para seu lado! Não se preocupa com o que os outros querem lhe falar! E pelo visto você só quer brincar comigo... Com MEUS SENTIMENTOS! - Estavam próximos demais, quase seus narizes se encostavam.

Ele ficou a observá-la primeiramente, e depois se levou por aqueles olhos castanhos e pelo impulso. A beijou, simplesmente. Não agüentava mais aquilo. Precisava beijá-la. Podia ser mais um motivo para ela achar que ele estava brincando com seus sentimentos, ou não. Mas precisava disso. E fez. Realmente estava atraído por aquela garota. De uma forma, que ele nunca imaginou.
Ela ficou chocada no começo pela ação do garoto, mas logo se levou, envolveu os braços no pescoço dele e acariciou sua nuca com o dedo. Ela não sabia o porquê de estar fazendo aquilo, apenas queria aproveitar o momento, queria apenas sentir mais uma vez a sensação de liberdade que era estar ao lado dele, foi então que despertou de seu transe e o empurrou brutalmente.

- POR QUE VOCÊ FAZ ISSO? POR QUE GOSTA DE ME MACHUCAR? – ela berrara.
Ele já esperava por aquilo, mas queria que aquele beijo não se acabasse. Mesmo que fosse uma mera ilusão. Ele precisava daqueles lábios, daqueles braços, daquela boca. Ele precisava daquela garota... Só não admitia isso.

- RESPONDE!!! - ela urrou e sentiu as lágrimas molharem suas bochechas.
- E PRA QUÊ? IMDEPENDENTE DO QUE EU RESPONDER, VOCÊ VAI ACHAR QUE É O ISSO E PONTO. VAI ACHAR QUE EU ESTOU MENTINDO! DEPOIS DIZ QUE EU QUE SÓ PENSO NO MEU LADO! – ele berrara.
- NÃO É BEM ASSIM MALFOY!!! - ela berrou e se aproximou novamente dele o encarando nos olhos. - Se eu soubesse o que você realmente pensa ou o que você realmente quer de mim seria mais fácil... - Ela sussurrou.
- VOCÊ ACHA! VOCÊ ACHA QUE SABE! E LEVA ISSO COM TANTA FÉ QUE PODE APARECER ATÉ MERLIM DIZENDO QUE NÃO É ISSO E VOCÊ VAI DIZER QUE MERLIM ESTÁ MENTINDO E VAI FICAR DISCUTINDO COM ELE. – ele falou em deboche e ao mesmo tempo, gritando.
- PARA DE GRITAR COMIGO! EU ESTOU FARTA DISSO! ESTOU FARTA DE VOCÊ ACHAR QUE EU TENHO QUE DESCOBRIR O QUE VOCÊ QUER! SURPREENDA-SE MALFOY! EU NÃO SOU ADIVINHA!!!
- VOCÊ VIVE MENTINDO PRA MIM! ME DÁ UM MOTIVO! APENAS UM MOTIVO PARA TE DIZER O QUE EU QUERO!
- EU GOSTO DE VOCÊ!!!! - Ela berrou e logo se deu conta do que havia falado, tampou a boca com as duas mãos, deu dois passos para trás, não ela não havia falado aquilo. "O que foi que eu fiz?" ela pensou com sigo mesma.

Draco ficou a encarando, pasmo. Obviamente, não era isso que ele esperava. Abriu a boca pra falar alguma coisa, não achou palavras, as fechou novamente. Uma pergunta veio em sua cabeça, como de relance. Precisava fazê-la, resolveu transformá-la em deboche:

- NÃO MAIS QUE O POTTER! – ele ofegava e a encarava. Não poderia ter feito isso. Não mesmo.

Hermione o fitara, incrédula, como e ele podia ser tão insensível e tão idiota? Apertou a mão com força, a ferindo com a unha o encarou nos olhos.

- Você não merece um pingo de sentimento, você não merece trocar uma palavra comigo, nunca mais dirija a palavra a mim, Malfoy, esqueça que um dia eu existi! EU TE ODEIO!!!

Ela berrara, tremia por inteira, nunca pensou que sentiria tanta raiva dele como sentia naquele momento.
Ele abriu a boca para falar apenas uma coisa:

- Impossível!

Ela o olhou com raiva, ainda apertava a mão, sentia que ela se molhava com sangue, suas unhas se cravavam cada vez mais na pele, uma lágrima saiu de seus olhos e ela virou de costas, andando em passos rápidos.

- É impossível esquecer que você existe. Não dirigir a palavra a você! É simplesmente impossível! – ele gritara de trás dela, parado a observando.
- POR QUE MALFOY? - Ela berrara de volta parando de andar e virando-se para olhá-lo. - VAMOS ME RESPONDE!!! POIS EU DESISTO DE TENTAR SER SUA AMIGA, DE TE ENTENDER! EU ESTOU CANSADA DE SUAS OFENSAS! FARTA DE VOCÊ ME TRATAR COMO SE EU FOSSE UM NADA! ENTÃO ME EXPLICA POR QUE É TÃO DIFICIL ME ESQUECER? - ela arfava, sentia uma dor aguda na garganta, era como se tivesse colocado tudo para fora.
- BOA PERGUNTA!!!!!! EU NÃO SEI!! SIMPLESMENTE NÃO SEI!! SÓ TENHO CERTEZA DE QUE É IMPOSSIVEL!!! – ele gritara. Estava sendo sincero.
- IMPOSSIVEL OU NÃO, VOCÊ NUNCA MAIS VAI SE DIRIGIR A PALAVRA A MIM! EU NUNCA MAIS QUERO ESCUTAR SUA VOZ!!! EU TE ODEIOO!!! - Ela urrou, sua garganta parecia que iria explodir de dor, voltou a virar de costas e a andar naquele corredor em passos rápidos.
- MENTIRA! PARA DE MENTIR PRA MIM! TO CANSADO DE SUAS MENTIRAS! JÁ NÃO BASTA MINHA MÃE QUE ENLOUQUECE, BRIGA COM MEU PAI, ME TIRA DE CASA E ME LEVA PRO CALDEIRÃO FURADO! DEPOIS VEM ESSA IDIOTA DA PARKINSON ME AZUCRINAR! SEUS AMIGOS ME ENCHEREM A PACIENCIA! E MEU PAI FICAR BONZINHO DO NADA! ALEM DE TUDO ISSO, AINDA TENHO QUE OVIR SUAS MENTIRAS! – ele berrara. Falara tudo... Tudo o que sentia, tudo que pensava, tudo o que o atormentava. Incrível! “Acho que se não fosse pra ela, não falaria isso a ninguém!”

Hermione parara de andar e o olhara, não sabia o que falar abriu a boca e fechou várias vezes, não iria dizer que ele não merecia tudo aquilo, pois ele merecia sim! Ele já havia feito muitas pessoas sofrerem, ficou o encarando séria.

- Eu não menti para você... - Ela falou rouca sem desviar os olhos dele.
- Mentiu sim! Disse que me odeia! Mentiu tantas vezes, de tantas maneiras... – ele falava e desviava os olhos dos dela.
- Eu te odeio nesse momento... - Ela falou séria, não desviava os olhos dele por nada, o analisava, o scaneava por inteiro. - Eu estou furiosa com você, estou te odiando nesse exato momento com todas as minhas forças...
- Por quê? – ele perguntou simplesmente. Os dois haviam esquecido que estavam no meio de um corredor que vivia movimentado. A sorte deles era que a maioria estava em aula.
- Você ainda me pergunta o porquê? - Ela falava seca, estava furiosa. - Eu vou lhe falar o PORQUE! PORQUE você sempre me tratou mal e de uma hora para a outra muda comigo, PORQUE você me agarrou daquela forma na floreios e borrões, PORQUE você acha que eu tenho que me curvar a você por ser sangue puro, PORQUE você sempre me chamou de sangue ruim, PORQUE você me faz me sentir estranha, PORQUE você sempre tratou todos a sua volta como seres insignificantes, PORQUE você achar que tudo isso que está acontecendo com você, você não merece, PORQUE a cada beijo que você me dá eu me sinto diferente, PORQUE você surge na minha cabeça e me deixa confusa, PORQUE VOCÊ SIMPLESMENTE NÃO ME DIZ O QUE QUER DE MIM E BRINCA COMIGO COMO SE EU NÃO TIVESSE SENTIMENTOS!!! – Ela estava exausta, tinha muitos mais porquês, mas não tinha mais fôlego para falar.

Ele levou a mão à cabeça. Era tudo verdade. Tudo o que ela havia dito era verdade. Ele merecia. Ele fazia por merecer. E apesar, de querer mudar, ninguém lhe daria uma chance. Não tinha como. Ele não merecia uma chance. Merecia tudo o que estava lhe acontecendo.

- Eu sei que mereço isso... – ele falou sem a encará-la e foi a caminho da Ala hospitalar.
- APESAR DE TUDO ISSO... - Ela berrou. - EU SEMPRE ESTAREI DISPOSTA A TE DAR UMA CHANCE DE PROVAR QUE EU ESTOU ENGANADA!

Ela havia visto nos olhos dele o quanto ele estava sofrendo e isso amoleceu um pouco seu coração, deu meia volta e foi voltando para a Ala Hospitalar, evitando o olhar.
Ele congelou. Sua espinha tremeu. Nunca imaginou que ela faria isso por ele. Sorriu pro nada. Sentia-se bem. De uma forma tão pura e serena que era de se duvidar.

- Obrigado, Granger... – ele sussurrou ainda de costas pra ela.

Hermione fingiu não ouvir, ainda estava furiosa com ele, adentrou na Ala Hospitalar e deitou na cama virando-se de costas para ele, ainda estava doente e sabia que aquela enfermeira maluca iria encher seu saco se ela saísse dali novamente.
Ele deitou-se sobre seu leito, pôs a cabeça sobre os braços cruzados e ficou a fitar o teto. Como tudo aquilo poderia estar acontecendo com ele e tão rápido? Aceitar uma chance da Granger pra mudar e agradecer não estava nos seus planos, não mesmo. Mas o que sentia por ela era diferente, algo que nunca sentiu. Ele queria mudar. Mudar por ela. Isso sim era estranho!
Hermione sentia vontade de chorar, ela estava confusa, chateada, angustiada, e para completar havia admitido a si mesma que estava gostando de Draco Malfoy, começou a chorar e soluçou um pouco alto demais.
Draco virou assustado assim que ouviu Hermione soluçar, preocupado. Ela parecia ter virado importante pra ele.

- Granger, você tá legal? O que houve? – ele perguntou sem esconder a preocupação na voz.
- Nada... - Ela falou secamente com uma voz rouca.
- Ok. Qualquer coisa, sabe que pode me chamar. – ele falou não acreditando no “Nada” dela. Mas pelo sim ou pelo não, queria que ela soubesse que podia contar com ele.

A porta a Ala Hospitalar abriu-se como num estrondo, Harry entrava arfando pela porta e correra até o leito de Hermione que ainda estava deitada, a garota ao vê-lo pulou da cama no mesmo instante, o abraçou forte, mas não um abraço de namorado, mas sim um abraço de amigo que precisa de ajuda.

- Mione, você está bem? - Ele perguntou receoso
- Por que você não veio antes? - Ela falara rouca.

Draco observara com raiva, ele não podia estar ali. Não mesmo. Saiu com raiva, entrou na sala onde se encontrava Pomfrey e bateu a porta com raiva. Foi falar que o Potter não poderia estar ali.

- O que deu no Malfoy? - Harry perguntou nervoso.
-Não sei, ele anda estranho... - Hermione voltava a se deitar na cama
- Aposto que ele está tramando algo! Não quero você sozinha com esse cara Mione, ele é filho de um comensal!
- Você acha que ele pode estar tramando algo contra... - ela mordia o lábio inferior. - mim?
- Não só a você como a mim e Rony também.

Pomfrey se assustou com a entrada avassaladora do jovem rapaz.

- O que houve, Malfoy?
- O QUE O POTTER ESTÁ FAZENDO AQUI? – ele berrara.
- Como? – ela perguntou ainda pasma.
- COMO FOI QUE O POTTER ENTROU AQUI? – continuava gritando.
- Ele entrou? Eu não sabia.
- TIRE ELE DAQUI! POR FAVOR! – ele gritara! Meu Merlim... Pediria “por favor” e com a Pomfrey.
- Ok. Agora, se acalme, senhor Malfoy. – e os dois saíram da sala. Malfoy ainda com raiva.

Hermione ficara altamente satisfeita ao ver Harry, não tinha como não conter sua alegria.

- Harry, eu não sei se é certo agente continuar fingindo que está namorando...
- Eu não devo ser um bom namorado mesmo... - Ele rira de lado.
- Não é isso, é que nós somos amigos e...
- Está com medo de nossa amizade acabar?
- É!
- Eu gosto de você Mione e jamais faria algo para prejudicar nossa amizade! - Ele ficara sério.
- Harry eu...
- Seja como for é melhor agente continuar amigo mesmo...
- Harry eu realmente não queria te magoar, me desculpa...
- Tudo bem, não magoou, eu gosto de você Mione e tenha certeza que o que eu mais quero é te ver feliz!
- Ah Harry! Também gosto muito de você!

Ela o abraçara com mais força, Harry sempre fora compreensível e doce, deu vários beijos na bochecha do garoto que começara a fazer cócegas nela.
Madame Pomfrey e Draco Malfoy entraram na sala onde estavam Harry Potter e Hermione Granger se divertindo, rindo juntos. Draco sentiu algo corroer por dentro. Não sabia o que era? Seria ciúme? Nunca havia sentindo nada parecido.

- Desculpe, senhor Potter, - Pomfrey começara a falar e ambos a olharam. - mas sua namorada não pode ter visita. Quem sabe amanhã. – então Pomfrey olhou para Draco que os observava com uma cara estranha demais.
- Mas eu estou bem! - Hermione pestanejava. - Não me sinto mal! Não vejo problemas em Harry ficar aqui comigo!
- Tudo bem Mione, eu volto amanhã você precisa descansar! - Ele beijava a testa da menina.
- Tudo bem... - Ela falara tristemente. - Eu terei que ficar sozinha mesmo!
- Mione, não me venha com a crise de 5 anos! - Harry ria de lado e ela mostrava a língua. - Volto amanhã! Descanse bem!

Dizendo isso ele saiu da Ala Hospitalar, mas antes lançou a Draco um olhar de extremo desgosto e raiva.
Draco, assim que Harry saiu, passou por Hermione, lançando um olhar de profunda mágoa e um pouco de nojo. Não acreditava que ela pudera fazer isso com ele. E voltara a deitar-se.

- Bem, irei me retirar agora, Sr. Malfoy qualquer coisa, me chame...

Ela então saiu de lá, Hermione olhou com raiva para Draco, como ele pode ter chamado Pomfrey? Vu o olhar que ele lhe lançara e fez o mesmo.

- Cara feia pra mim é fome Malfoy! - Ela falava irônica e ao mesmo tempo com raiva.
- Então você não come já faz um bom tempo. – ele falou debochando ainda com mágoa na voz.
- Por que você foi entregar Harry? Pensei que queria uma chance! - Ela falou com raiva.

Ele a olhou. Ela tava certa. Não podia tê-lo entregado. Tinha que mudar. A chance de Hermione era a ÚNICA coisa de preciosa que Draco tinha no momento e não podia perdê-la. Não tão cedo. Ele preferiu não responder. Não tinha uma boa resposta. Na verdade, nem sabia porque havia feito aquilo.

- Harry e eu terminamos se é isso que você quer saber! - Ela falou ainda com raiva. - E ando seriamente me perguntando se fiz a coisa certa!

E então ela virou de costas, como ele podia ser tão idiota? Respirou fundo, tentou controlar sua enorme vontade de pular na cama dele e o sufocar com o travesseiro.
Draco virou-se rapidamente dando de cara com as costas da garota. Sua respiração parou por um instante. “Harry e eu terminamos”. A frase se repetiu em sua cabeça. E uma onda estranha percorreu por seu corpo. Sorriu simplesmente.

- Sério? Você e o Potter? – ele perguntava. Nem acreditara. – Terminaram? Mesmo? Por quê?

Ela se virou novamente, só podia ser brincadeira.

- Por que quer saber? - respondeu seca com o cenho franzido.

Ele a encarou. “Ok, a chance! A chance! Lembre-se da chance! Não precisa saber. Depois ela vai acabar lhe dizendo... Agora, o que importa é que ela terminou com o imbecil do Garoto-Cicatriz.”, e com esse pensamento falou:

- Desculpa. – ele pediu desculpa! Nossa! Falou as três palavras mágicas em um só dia: Obrigado, por favor e desculpa. - Se não quiser me contar, tudo bem. – sua voz era educada e doce.

Ela arregalou os olhos e ficou o fitando.

- Realmente eu fiquei curiosa agora... - ela ainda o encarava. - Fala aí! O que te interessa eu estar com Harry ou não?

Ele congeleu. A olhou.

- Só que... – tentou falar, em vão.
- Só que o que Malfoy? Só que você parece amar me ver pra baixo? só que você não me fala o que você quer? Poupe-me! E quer saber... Enquanto você não saber o que quer da vida, finge que não me conhece! - Ela disse raivosa se virando de costas novamente.
- EU SEI O QUE QUERO. – ele gritou e depois percebeu o que havia feito. Continuou. – Só não sei se é o certo. Nem sei se tenho certeza disso.
- Ótimo! Até lá, finja que não me conhece ok? - Ela disse ainda de costas.
- Por que quer que eu tenha tanta certeza? Nem sabe o que quero. – ele falou simplesmente.
- Porque eu acho que o que você quer é o mesmo que eu quero... - ela sussurrou.

Ele foi até ela.

- E o que VOCÊ quer? – ele perguntou a encarando nos olhos.
- Eu não vou falar! - Ela o olhava ainda deitada na cama, ele estava quase em cima dela.
- Como vou ter certeza, então? – ele dizia, se aproximando mais ainda.
- Não precisa de mim para ter certeza de nada! - Ela ainda estava séria o encarando. - Eu já disse para fingir que não me conhece enquanto não tiver certeza do que você QUER! - ela falava por fim.
- Só quero entender porque você depende tanto da minha certeza. – e ele se aproximava mais e mais.
- Porque sua certeza pode ser minha perdição...

Ele calou-se e se deixou levar pela emoção... Foi se aproximando cada vez mais e mais.
Hermione fechou os olhos, era a única coisa que podia fazer naquele momento.
Draco ainda se perguntava o que deveria realmente fazer: Continuar seguindo sua emoção ou a deixá-la ali esperando por algo que não iria vir. A segunda opção poderia a magoar e muito.
Hermione viu que ele não se aproximava mais e então o puxou contra seu corpo e o beijou, ele acabou caindo por cima dela, mas ela não se importava, apenas queria aquele momento.
Ela tirou todas as dúvidas só com seus lábios. O que seria daqui pra frente, ele não sabia e nem se importava. Agora precisava dela. Daqueles lábios e daquele corpo. Aprofundou o beijo com fervor. Seus braços a envolviam. Como aquela garota podia fazer isso com ele?
Com dificuldade o beijo foi parando e ela o olhou nos olhos.

- Essa é a minha certeza... - Ela falou ofegante
- O problema é que não sei se é a minha. – ele falou também ofegante sobre o corpo da garota.

Ela o empurrou de leve e se levantou, caminhou até a janela e ficou olhando o jardim, estava cansada daquilo tudo, então para não brigar ficou em silêncio.

- Não é tão fácil quanto você imagina, Granger. – Draco falou suspirando e indo atrás dela. – Pode ser pra você, mas não é mesmo pra mim. É diferente... novo! – ele sussurrava em seu ouvido.

Ela permanecia em silêncio, queria pela primeira vez na vida escutar o que ele tinha a dizer, não o olhou, não falou nada, apenas olhava para o jardim.

- Eu queria ter toda essa sua certeza. Mas não tenho. Nunca... – ele fechou os olhos a abraçando por trás. - Nunca senti isso por ninguém. – abriu-os novamente. Temia a reação da garota.

Ela se desvencilhou dos braços dele e caminhou para a cama onde se sentou.

- Então... - Ela começou numa voz rouca. - Vamos fingir que nada aconteceu, ok?

Forçou um sorriso e olhou para baixo.
Ele a observou. Realmente, não entendia aquela garota.

- É o que quer? – ele falava, tentando mostrar indiferença.
- Você é quem parece querer isso... - Ela franzia o cenho e o olhava nos olhos, demonstrando o quanto estava magoada.
- Não fui eu que sugeri. – ele falou a fitando.
- Você tem medo de ficar comigo, não sabe se quer ficar a meu lado e blá blá blá! O que você quer que eu pense Malfoy? - Ele levantara-se e o encara séria. - Quer que eu pense que você vai ficar a meu lado e dizer que me ama? Adivinha Malfoy, eu não acredito em contos de fada!
- Você está sendo injusta, Granger. – ele falou ainda a encarando. “Ok, Merlim! O que o você fez com o meu cérebro??”, ele pensava.
- Injusta? - Ela piscara duas vezes, achando que ele estava ficando doido. -Injusta por que Malfoy? Por te tratar bem, por te beijar ou por te falar que gosto de você na sua cara e receber um "Eu não tenho certeza de nada" em troca? - Ela imitava a voz dele de acordo como falava, não desviava o olhar dos olhos azuis dele nem um segundo.
- Já tentou se pôr no meu lugar? – ele não se alterava em nenhum quesito. Continuava calmo e paciente com a voz normal e a encarando nos olhos.
- E você já se colocou no meu? - ela falava friamente. - Por isso sugeri o que sugeri! Esquecemos o que aconteceu, viveremos nossas vidas e pronto! Sem problemas para ambos os lados! Assim sua vida descomplica e você pode voltar a me odiar como de costume!
- Já me pus no seu lugar, sim. E ainda não achei uma solução. Se você prefere fugir, virar as costas pro que você sente. Pelo que tem certeza, tudo bem, voltamos ao normal. Mas você que decide.

Hermione o olhou com raiva, dessa vez ele havia passado do limite, como ele ousava dizer que ela estava fugindo, ergueu a mão deu-lhe um certeiro tapa no rosto.

- Nunca mais diga que eu estou fugindo Malfoy! Eu não fujo! Você é que está fugindo com todo esse papo de certezas! Se você não quer nada comigo se isso tudo não passa de um plano de Voldemort para atingir Harry você deveria falar logo! Mas se gosta de mim como parece gostar, não falaria essas coisas, mas lutaria para estar a meu lado!

Ela terminava de dizer por fim arfando.

- E se você realmente gostasse de mim, não ficaria me batendo sem motivo nenhum por ai. – ele falou divertido. Aquele clima tava péssimo.

Hermione então o puxou contra si e o beijou novamente, mas dessa vez não era um beijo apaixonado, era um beijo bruto, ela o trazia cada vez mais para perto de si e o arranhava de leve na nuca, do mesmo modo que o beijou se separou arfando e o encarando séria.
Ele a observou da cabeça aos pés. Ficou a encarando e concluiu, simplesmente:

- Não é você... – com a voz rouca.
- É quem você parece querer que eu seja! - Ela bradou com raiva. - Diga logo o que quer de mim! VAMOS DIGA!!!

Ela berrara, gravou as unhas na mão, sentia que ele estava brincando com ela e isso a matava.

- DROGA, EU NÃO SEI! – ele gritara como ela. – MAS, COM CERTEZA, NÃO É ISSO AI! – ele falou enquanto a mostrava com uma cara de nojo.
- ENTÃO MALFOY, FAÇAMOS O SEGUINTE EU TE DOU DUAS HORAS PARA DECIDIR O QUE VOCÊ QUER DA VIDA! SE VOCÊ AINDA FICAR INDECISO VAMOS FINGIR QUE NADA ACONTECEU E PONTO FINAL, FIM DA HISTÓRIA!!!
- Só duas? – ele perguntou de uma forma engraçada.

Ela virou-se de costas e foi em direção a janela, respirou fundo, ele realmente sabia a tirar do sério.

- Você tem que parar de levar as coisas tão a sério. – ele dizia a abraçando por trás novamente. “O que tá acontecendo comigo hoje?”
- Para de brincadeiras... - Ela falava com uma voz chorosa. - Sera que você não entende?

Hermione se virara para ele e o abraçara com força como se implorasse para ele jamais a deixar.
Ele retribui o abraço. Não queria a perder. Não podia. Mas a guerra tava lá fora e eles eram de mundos diferentes. Ela não mudaria por ele. E nem ele mudaria por ela, pelo menos, achava que não ia suportar a mudança.

- No final, vai dar tudo certo. “Felizes para sempre!”... Não é assim nos contos trouxas? – ele falara ao ouvido da garota.
- Eu não acredito em contos trouxas... - Ela sussurrou. - É melhor agente se despedir Draco, não vai dar certo entre agente... - Ela falou já sentindo ás lagrimas molharem sua bochecha.
- Nunca pensei que você desistiria... Não tão rápido. – ele ficara meio abalado ao ouvir seu primeiro nome saindo da boca da garota.
- Você vai desistir de qualquer forma com o tempo, então pra que prolongar dor e sofrimento? Se podemos acabar com isso de uma vez.
- “Vai haver dor e sofrimento de qualquer forma.” – ele a imitava. - Tá se entregando? Não sabia que era disso.
- Olha para você! - Ela falava séria. - Malfoy você não vai assumir nada comigo, você nem tem certeza de nada!
- Como se você tivesse. – ele também falava sério.
- Eu já disse a minha certeza! - ela falava com raiva e saia de perto dele.

“Ela tá certa. Prolongar dor e sofrimento. Tentar... Pra quê? Além de não dar certo, sei que isso tudo é passageiro. Coisa de momento. Pra quê me arriscar? É melhor fazer o que ela disse, fingir que nada aconteceu. Mas se isso acontecer, não vai ter mais volta. Adeus, Granger, pra sempre.”, Draco pensara.
Então, ele foi até ela a beijou com fervor. A levou até o leito, a deitou e continuou a beijando. Era uma despedida.
Ela o empurrou de leve e o olhou nos olhos.

- Eu vou voltar com Harry... - Ela disse por fim.
- Você não gosta dele. – ele falou tentando conter a raiva. Ela sabia o tirar do sério.
- Ele pelo menos tem uma certeza... - Ela fechou os olhos e respirou fundo.
- A de que é um idiota? – ele perguntou em deboche e com raiva. – Ah, essa eu também tenho! – ele continuou.
- Não Malfoy! A de que gosta de mim e que quer ficar comigo de verdade!

Ele a olhou. Virou-se e foi até seu leito... Deitou-se e falou:

- Bom pra ele...

Hermione levantou-se de sua cama e foi até Draco, deitou-se ao lado dele e apoiou sua cabeça no tórax do rapaz.

- EU gostaria que você tivesse essa certeza também... Adeus Draco... - Ela ergue o pescoço e roçou seus lábios no dele.
- Adeus.

Hermione se levantou dali e pegou seu malão, ajeitou o cabelo e saiu da Ala Hospitalar, sem nem uma única vez olhar para trás.
Draco não se importou, a deixou ir embora. Da próxima vez que a veria ele seria Draco Malfoy e ela Hermione Granger, como antes. Dormiu no leito da Ala Hospitalar.


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Draco dormira praticamente a tarde toda. Era estranho. Mesmo com seu problema com insônia e os pesadelos, ele dormiu demais. Acordou com Madame Pomfrey o chamando.

- Ham... sim? – ele perguntou ainda bocejando.
- Onde está a senhorita Granger?
- Foi embora. – ele disse simplesmente olhando o leito em que ela antes havia estado.
- Como assim? Ela precisa de repouso, boa alimentação, cuidados especiais e nada sobra suas costas. Não creio que consiga longe dessas quatro paredes e do senhor. Mas creio que irá cuidá-la pra mim.
- Sinto lhe. Mas não poderei te ajudar. Acho que o namoradinho da Granger não ia gostar nada, nada.
- Ué. Mas vocês estavam se dando tão bem.
- Falou certo. Estávamos. Não mais.
- Oh, que pena! Torço por vocês! Mas ainda sim, ando preocupada com a senhorita Granger. Daqui a pouco, ela vai surtar. Não pode deixá-la assim.
- É... eu sei. – ele disse vagamente. – Mas de nada posso fazer.
- Ok. Acho que já pode ir, senhor Malfoy.
- Oh, sim. Tchau. – ele disse pegando seu malão.
- Ah, e o que anda lhe atormentando?
- Como?
- Você teve um sonho... diria, um pesadelo... Suou frio, resmungou.
- Normal... – ele disse vagamente e saiu a caminho das masmorras. Chegando a casa da Sonserina foi direto para o dormitório... Deitou-se e passou o resto do dia lá.


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Hermione chegou ao salão comunal naquela tarde, Harry estava tentando fazer um dever qualquer e se surpreendeu ao vê-la entrar.

- Mione? Pensei que sairia só amanhã...
- Não suportei ficar lá com o Malfoy! – Ela dizia séria. – Harry. Sobre nós dois eu... Eu realmente quero tentar...
- Sério? – Harry dava um enorme sorriso.
- Sim...

Harry a beijou, Hermione não sentiu tudo aquilo que sentia quando estava com Draco, apenas um arrepio na nuca, no entanto se entregou ao beijo com ferocidade, ser queria esquecer do sonserino era melhor se empenhar.


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Draco acordou com uma dor de cabeça terrível. E muito cedo. Desceu até o Salão Principal... Sabia o que estava por vir. Escândalos da Parkinson e perguntas de seus “amiguinhos”.
Ficou a observar a mesa da Grifinória à manhã inteira. Vazia a princípio. Logo depois foi se enchendo até que o casal que ele tanto esperava e tinha o receio em ver chegara.

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O dia seguinte amanhecera belo, Harry a esperara para irem juntos tomar café da manhã, Rony parecia um pouco chateado com o fato deles estarem juntos.
Ao adentrarem no salão principal todas as cabeças se viraram para eles, sentaram-se na mesa da Grifinória e Hermione depositou um singelo beijo nos lábios do namorado.


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Draco ficou a observá-los e os seguiu com os olhos até a mesa da Grifinória. Quando Parkinson chegou:

- DRACO! – “Finalmente, ela desistiu do Draquinho”. – ONDE ESTAVA? FIQUEI PREOCUPADA! ME DISSERAM QUE ESTAVA NA ALA HOSPITALAR E ATÉ TENTEI ENTRAR PARA TE VISITAR, MAS FUI BARRADA! – ele falara tão rápido, que ele só entendera o “DRACO!” e o resto ele só balançou a cabeça.

Todos os observavam.

- Tá bom, Pansy! Agora cala a boca e senta. – ele falou a puxando para seu lado e ela o obedeceu. Hermione estava certa. Draco foi olhar para ela e lá estavam os dois cheio de amorzinho. Ele chegou perto de Parkinson. – E ai? O que vamos fazer hoje, hein?

Ele falava se aproximando e depois a beijando com fervor. Pansy estranhou, ele nunca falara com ela e a beijava do nada... principalmente, na frente de todos. Se sentiu “a namorada”. O envolveu pelo pescoço e os dois continuaram se beijando, sem carinho nenhum, só fogo.
Todos os olhavam. Não era coisa de todo dia.


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Hermione olhara aquela cena de Draco incrédula, realmente ele estava fazendo aquilo apenas para o provocar, virou-se para Harry e o chamou um pouco alto demais.

- HARRY!
- Oi? - Ele dizia enquanto engolia o suco de abóbora

Ela o beijara com ferocidade, ela ainda pode escutar Rony falar "Arrumem um quarto!" Mas resolveu ignorar, beijava Harry com toda paixão e raiva que sentia do sonserino.


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Draco do outro lado do Salão ao se desvencilhar dos beijos de Pansy, viu Hermione beijando o Potter. Teve vontade de matar os dois. Resolveu continuar aquela “brincadeirinha inocente”.
Pegou a Parkinson de jeito, a puxou contra si e a beijou com tanta veracidade e força que a garota gemeu de dor. Aprofundava o beijo ainda mais. Todos à volta viraram-se para eles desviando o olhar do casal do outro lado do Salão. Draco parecia engolir Pansy e quando o beijo finalmente acabou, os dois sem fôlego nenhum, Pansy falou:

- Calma, Dra-Draco. – com dificuldade. – De-Deixa isso pra d-de noite. – ela ainda gaguejava.

Ele ignorou o comentário da garota ao lado, olhou a mesa da Grifinória com um sorriso vitorioso no rosto.


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Hermione olhara aquilo com nojo, ele realmente estava fazendo aquilo para irritá-la, deu um sorriso de lado e deu um singelo beijo nos lábios de Harry, levantando-se em seguida e o puxando pelo braço.

- Vamos pra um lugar mais reservado! – Ela falara alto o puxando.


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Draco puxara Pansy sem fôlego.

- Vamos, Pansy! – ele gritou.

E os dois saíram, Draco puxando Pansy.

- O que houve com você, Draco? – ela perguntava enquanto eles saiam do Salão Principal.


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- Mione, eu tô começando a ficar com medo.. - Harry falava receoso.
- Cala a boca, Harry! - Ela o encostara na parede e começava a o beijar com força, chegava a ser brutal.


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Draco procurava o casalzinho feliz... Até que os achou... Empurrou Pansy em uma pilastra próxima da onde o casalzinho perfeito estava e pressionou seu corpo contra o dela.

- Temos a noite toda, Draco! Calma. – ela falava um pouco preocupada.
- Cala boca, Pansy! – Ele começou a beijá-la e mais e mais e mais, com força, sem vontade, só ódio, força e um pouco de desejo.


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- Mione... - Harry arfava. - Vai com calma...

Hermione olhava para o lado Draco estava quase engolindo Pansy, olhou Harry, aqueles olhos verdes.

- Harry eu quero apenas te dar um presente ok! Então... Isso é para você! - Ela o agarrara com força, harry chegara até ficar tonto.

A garota passava a mão pelo seu torax causando arrepios, beijava o pescoço, queixo, e boca, Harry tentava até falar algo mas era impedido pela mesma, que o envolvia em mais beijos brutos.


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Draco parara, já sem fôlego. Não dava mais pra continuar. Pansy nem conseguia falar. E Draco nem queria olhar para o lado e ver Hermione e Harry se beijando, pois sabia que começaria tudo de novo. Mesmo assim, olhou.
Sentiu uma raiva percorrer seu corpo. Foi quando Pansy viu quem estava ali, bem ao lado deles. Draco tentava se controlar. Fechou os punhos com força, arregaçou a manga e não deu mais pra agüentar. Deu um soco certeiro em Harry Potter.
Harry caíra no chão sem entender muito o que estava acontecendo, abriu os olhos e viu Malfoy, levantou-se num pulo e o socara no rosto também, ambos começaram a se "matar"

- PAREM VOCÊS! PAREM IMEDIATAMENTE! - Hermione berrava, mas não era escutada.
- Ai meu Merlim, Draquinho! – “Não, de novo não!” - Pare com isso. Vocês vão se matar. – Pansy também entrara nessa briga. – Viu? Tudo culpa sua, sua sangue-ruim! Fica trazendo seu namoradinho pra cá. Se não fosse por isso, eles nem estariam assim! – ela alfinetou Hermione.
- Eu não fiz nada, Buldog! - Hermione se exaltava. - Não tenho culpa de seu namorado ser um louco! PAREM DE SE MATAREM VOCÊS DOIS!!!
- NÃO ME CHAME DE BULDOG, SUA SANGUE-SUJO! – ela empurrou Hermione.
- A ÚNICA SUJA AQUI É VOCÊ SUA MAL AMADA! - Hermione a empurrava também e sacava sua varinha.
- MAL AMADA NADA! EU SOU MUITO BEM AMADA E PELO DRACO MALFOY! – ela falava se achando. Sacou a varinha também.
- RÁ! ACHA MESMO QUE ELE TE AMA? ELE ESTÁ TE USANDO COMO USA A TODAS! DAQUI A POUCO ELE SE AFASTA DE VOCÊ E APARECE COM OUTRA! - Hermione berrava.
- ISSO É O QUE VOCÊ PENSA, QUERIDINHA! ELE PODE FICAR COM QUANTAS ELE QUISER, MAS ELE SEMPRE VOLTA PRA MIM! EU SOU TODA DELE. E ELE É MEU! – ela também berrara.
- CALA ESSA SUA BOCA, SUA NOJENTA!!! - Hermione estava quase a azarando.
- IH, FICOU ESTRESSADA, É? VEM CALAR, HONEY! – ela gritava debochando. Quando Draco percebeu a briga das duas.
- NÃO PERCO MEU TEMPO TAMPANDO BOCA DE GENTE IMUNDA! - Hermione debochava. Harry parara de socar Draco e olhara a cena de Hermione e Pansy ambas com as varinhas erguidas.
- VOCÊ ANDA MUITO ESTRASSADINHA, HEIN? DEVE SER PORQUE FINALMENTE SOUBE QUE É CORNA! QUE O POTTER TÁ TE TRAINDO COM A WEASLEY... SER TROCADA POR UMA POBRETONA QUE NEM A WEASLEY DEVE SER PÉSSIMO, NÉ? EU NÃO SEI, NUNCA FUI TROCADA.
- NÃO? RÁ! MORRA ILUDIDA QUERIDA! - Hermione debochava.
- JÁ DISSE, QUERIDA! ELE SEMPRE VOLTA PRA MIM. E O SEU, BEM, PELA WEASLEY... QUE NÍVEL! QUE NÍVEL! – Draco observava tudo até que finalmente entendeu, olhou para o Potter e comentou:
- Parece que estão falando de mim.
- Parece que estão falando de nós... - Harry o corrigiu ainda assistindo aquilo.
- AH MEU AMOR, O HARRY PODE ATÉ FICAR COM A GINA, PELO MENOS ELE NÃO FICA COM UMA RIDÍCULA QUE NEM VOCÊ! SE OLHE NO ESPELHO BULDOG! VOCÊ ESTÁ COM GALHOS NA CABEÇA! - Hermione alfinetava mais.
- AH, VOCÊ ME PAGA! – Pansy gritou e foi pra cima de Hermione, esquecendo-se da varinha. Foi impedida por Draco que a segurou! – ME SOLTA DRACO! ME DEIXA MATAR ESSA GAROTA!
- VEM BULDOG BATE NA MINHA CARA! VEM ME BATER! - provocava Hermione e Harry a segurava. - ME SOLTA HARRY! DEIXA ELA ME BATER EU QUERO SÓ VER! BATE SUA CADELA!
- ME SOLTA AGORA, DRACO!!!!! – Pansy berrara. – ELA VAI TER O QUE MERECE!

Draco todo sangrando segurava Pansy para não bater em Hermione e falava naturalmente com Harry.

- POTTER, ACHO MELHOR AFASTAR ESSAS DUAS! – ele gritou para Harry ouvi-lo.
- PELA PRIMEIRA VEZ CONCORDAMOS EM ALGO AIII...

Hermione mordia o braço de Harry que a soltava no mesmo momento, ela corria até Pansy.
Draco tentava afastar Pansy de Hermione. Ele como era muito mais forte do que a garota não a deixou escapar.

- DROGA POTTER! NÃO CONSEGUE NEM SEGURAR SUA NAMORADINHA! – ele gritara tentando em vão afastar Hermione. Tentou então, soltar Parkinson. Afinal, seria injusto. A Granger bater ou sei lá o que e a Pansy presa, sem poder fazer nada.

Hermione pulara sobre Hermione como uma leoa atrás de uma presa, ambas rolavam pelo chão como loucas, Harry ficara estático com aquilo, abriu a boca várias vezes mas não saíra nenhum som.

- VOCÊ VAI ENGOLIR TUDO O QUE DISSE, BULDOG!
- VOCÊ TAMBÉM, SUA SANGUE-SUJO!
- E o que a gente faz? Deixa elas se matarem? – Draco perguntou a Harry.
- Não faço idéia, nunca vi uma briga de mulher antes... - Harry respondia sincero. - Se separarmos é capaz delas nos espancar...
- Culpa sua. Que deixou a Granger escapar. – Draco falava.

Hemione então sacara sua varinha novamente e ambas se encaravam ofegantes.
Pansy também sacou a sua.

- Ok, agora é a hora de segurar essas duas loucas! – Draco falou e cada um segurou uma.
- PARABÉNS PARKINSON ACABA DE GANHAR O PREMIO CORNA DO ANO! - Hermione berrava. - E ACREDITE JAMAIS CONFIE NELE... - Ela apontava para Draco. - ELE É O CARA MAIS FALSO QUE EU JÁ CONHECI! É UM COVARDE!!!

Draco olhou para Hermione assustado.

- TAMBÉM NÃO CONFIE NESSE AI! FOI SÓ VOCÊ IR PARA A ALA HOSPITALAR QUE ELE E A WEASLEY FICARAM SE AGARRANDO POR AI! ONTEM DE NOITE TAMBÉM! QUE EU VI! – ela dizia apontando para Harry. E ai, se lembrou de uma coisa. – Peraí! É mesmo! Você também estava na ala hospitalar. – Então virou-se para Draco. – Você passou a noite com ela? – Houve uma troca de olhares entre Draco e Hermione.
- VOCÊ ESTAVA COM A GINA ONTEM A NOITE? - Hermione mudava o rumo da conversa olhando para Harry.
- Mione eu... - Ele tentava se explicar.
- Realmente eu não posso confiar em ninguém! - Ela o olhava com mágoa e em seguida para Draco.

Saíra correndo dali, escutando Harry a gritar por fim:

- MIONE PARA! ESPERA!!!

Draco correra atrás dela, deixando Harry e Pansy boquiabertos. Precisava esfregar uma coisa na cara dela. Mas talvez, não conseguisse.
Hermione corria com tudo, nunca se sentira tão humilhada, largou-se por debaixo de uma árvore frente ao lago, segurava o choro e olhava séria para o lago, onde a lula gigante brincava.

- Eu não vou chorar, não vou chorar... - Ela repetia para si mesma.

Draco, enfim, a alcançou. Lá estava ela, linda como sempre, se controlando para não chorar sobre uma árvore no jardim de Hogwarts.

- Vai embora! - Ela falou seca quando sentiu que alguém se aproximava por detrás dela. - Vai embora Harry, não quero conversar! - Ela virara e dera de cara com o loiro. - Ah... É você? Vai embora também não quero olhar pra você!

Voltava a encarar o lago, enxugara uma lágrima teimosa e ainda se controlava para não chorar.

- Não precisa olhar. Só me ouvir. – Ele disse docemente, enquanto se sentava ao seu lado.
- Se for mais mentiras... Poupe-me... - Respondeu seca ainda fitando o lago.
- Não são mentiras.

Ela ficou calada como se consentisse para que ele falasse, não desviava o olhar do lago.

- Agora, você sabe como me sinto. Sem poder confiar em nada nem ninguém. Às vezes, nem em mim mesmo. Me sinto... meio... sozinho nesse mundo. Acho que não pertenço a ele.

Ela virou e o encarou séria, mais uma lágrima caiu de um de seus olhos, mas ela não a limpou, ficara apenas calada esperando que ele continuasse.

- Mesmo assim, não me deixo abater. Continuo firme e forte. Pode não ser do jeito “politicamente correto”, mas é o meu jeito. E ultimamente, tem algo que não me deixa abater por nada. Mas eu ainda não sei o que é.
- Eu não estou abatida Malfoy! - Ela falava seca. - E sinceramente não sei o que faz aqui já que a sua namorada está do outro lado!
- Dane-se a Parkinson! Eu estou preocupado é com você! E você vem com sete pedras na mão. E sim, você tá se deixando abater... Tá se magoando... Não pode.

As lágrimas começaram a escorrer com mais força e Hermione as enxugava bruscamente, voltou a olhar o lago, respirou bem fundo.

- Eu estou bem, não precisa se preocupar comigo... - Ela ainda estava seca.
- Posso não precisar, mas estou.

Hermione apenas deitou a cabeça no ombro do loiro e fechou os olhos, estava cansada de tudo aquilo, mas ao mesmo tempo se sentia segura ao lado dele, o que era uma enorme ironia já que ele era um filho de comensal, sonserino e seu inimigo.

- Confia em mim?

Ela fez que sim com a cabeça

- Quer conhecer um lugar?

Ela abriu os olhos e o encarou séria.

- Contanto que não seja a sala comunal da Sonserina... - Ela riu de lado.
- Acho que você não entraria, sabe? – ele também riu.

A levantou.

- Vamos?

Ele começou a puxá-la pela mão. Os corredores estavam desertos. Todos estavam em Hogsmeade. E eles lá rindo e correndo até um lugar novo para Hermione.

- Hey vai com calma eu vou cair assim! - Ela protestava rindo.
- Ah, sim claro! – ele falava como um cavalheiro. Então a pegou o colo e começou a levá-la assim.
- FICOU MALUCO MALFOY! - Ela gritava aos risos.
- Acho que peguei de você! – Pareciam um casal de namorados feliz.

Ela apenas ria, era bom quando ele ficava daquele jeito leve e despreocupado.

- Heyyy eu não sou maluca!!! - Ela fingia se zangar.
- Não! Que isso! Só completamente! – ele ria.
- Besta! - Ela dava um tapa na cabeça dele e ria.
- Assim vou acabar te deixam do cair, hein? – ele falara e fingia e deixar cair, mas a segurava novamente. E ria.
- Você não é normal definitivamente! - Ela ria. - E aonde estamos indo hein? Do outro lado do universo?
- Calma, nervosinha! Já estamos quase chegando. Falta subir mais um pouco. Não sei do que tanto reclama... Eu é que estou te levando. Falando nisso, eu é que devia reclamar... Tu tá gorda, hein? – ele brincava.
- Eu to só brincando, Granger! Já falei para não me levar tão a sério.
- Você é irritante sabia? - Ela o olhava rindo.
- Também te amo! Agora dá pra gente continuar, alteza?
- Como quiser, majestade!

E eles subiram mais um pouco quando finalmente Draco parou em frente a uma porta e falou:

- Agora, você vai conhecer um lugar que ninguém conhece. Só eu. Um segredinho nosso. Ok?
- Como se agente não tivesse segredos o suficiente! - Ela ria de lado.
- Mais esse para completarmos a coleção. – ele riu.

Ela riu de volta
Ele finalmente abriu a porta. Dava para uma bancada. A mais alta da maior torre de Hogwarts. Lá de cima era com certeza, a melhor vista da escola. Via até depois da floresta proibida. O lago, o jardim, a entrada, um pouco de Hogsmeade. Se tivesse um binóculo, dava pra saber da vida de todo mundo daquele lugar. E ninguém te ver. Era realmente incrível. E lá estava o pôr-do-sol... Lindo.

- É... Perfeito... – Ela não tinha palavras para tanta maravilha.
- Sabia que iria gostar. – ele falara olhando a paisagem. – Venho sempre aqui... Pra pensar.
- Por que você está fazendo essas coisas Malfoy? - Ela perguntou séria.
- Pelo menos agora, Granger, pare de me perguntar as coisas... Apenas curta o momento e relaxe. Pare de se preocupar com tudo e com todos. Esqueça o Potter, a Weasley, a Pansy... eu... E viaje. Viaje para onde ninguém possa te alcançar. Só se preocupe com você e com mais ninguém... - ele disse a encarando nos olhos.
- Eu não consigo relaxar sem ter uma resposta sua... - Ela respirou fundo e o encarou.
- Com ou sem a minha resposta, você nunca consegue relaxar. Nunca vi alguém tão tensa. Não para um minuto se quer. – ele falou voltando-se a paisagem.

Ela sorriu de lado e segurou a mão dele, olhou a paisagem e fechou os olhos, aquele momento era diferente de tudo que havia vivido e ela queria que ele durasse para sempre.
Ele a olhara... Virara-se para a paisagem e começara a pensar no que os outros diriam se os vissem assim. Seu pai teria um troço. Sua tia ia matar Hermione. Sua mãe... Bem, ele não sabia o que ela faria. Suspirou.

- Sabe, se meus amigos me vissem agora com você eles me mandariam para o St.Mungus... - Ela ria de lado.
- Você sabe que isso tá errado, né? – ele falou sério para ela. – Sabe que não vai dar certo... Que não tem chance.

Ela o olhou, séria e respirou fundo.

- Sim... - Virou-se de costas para ele. - É melhor eu ir, obrigada pela vista...
- Vai lá. Corre pro Potter. O cara que foi capaz de te trair. – ele falou em deboche sem nem virar-se pra ela.
- Eu realmente não consigo te entender! - Ela bufou de raiva e virou-se para ele. – E ai Malfoy, o que você quer? Você fica ai dizendo que é errado, que não vai dar certo e nem tem chance! Então me diz... O QUE VOCÊ QUER DE MIM?
- O mesmo que você. – agora, ele tinha certeza disso.

Ela abriu e fechou várias vezes a boca, não sabia o que falar ou fazer pela primeira vez na vida, ficou apenas olhando aqueles orbes azuis acinzentados.
Ele sorriu.

- Bem... Vou indo. Tenho muito que fazer. Err... Boa-sorte com seu namorado. – ele falou simplesmente. Era divertida a cena pra ele.
- E você com a sua namorada... - Ela deu um sorriso sarcástico e piscou um dos olhos para ele.
- Ela ainda é o meu menor problema. – ele falou simplesmente ainda sorrindo. - Ah... quer dizer, quando não está com você.

Hermione fechou a cara no mesmo instante.

- É! Vai lá defender a Buldog! A sua estimada namoradinha!

Ele a olhou intrigado sem entender.

- Mas eu não falei nada.
- Não, apenas insinuou que eu sou um perigo para a Buldog! Na verdade Malfoy ela é que é um perigo para a humanidade sabe?
- Eu não insinuei nada. Só falei que quando vocês se juntam é um problema. Meu Merlim, Granger! Pense antes de se estressar.
- E então... O que vamos fazer... - Ela disse virando-se de costas para ele novamente ignorando tal comentário.

Ele suspirou.

- Sobre?
- Agente... - Ela ficara mais séria e suspirou.
- Não sei. – ele falou sério ainda de costas pra ela, observando algum ponto na parede.
- Hum... Ok... - Ela falou um tanto irônica. - Nos vemos por aí Malfoy...

Foi saindo de lá, andando calmamente.
Ele foi atrás dela.

- Não gosto quando faz isso. Principalmente, quando me culpa por tudo. – ele falara ao pé de seu ouvido.
- Eu não estou te culpando de nada, apenas me retirando... - Ela sorriu e sentiu um frio percorrer a espinha.
- Está se retirando, porque simplesmente quer mostrar que eu tenho que tomar uma decisão. Que eu tenho que ter todas as respostas pra tudo. Sendo que você mesma não tem. – Então ele parou e a deixou andar sozinha. – EU SEI TANTO QUANTO VOCÊ! EU TENHO TANTAS RESPOSTAS QUANTO VOCÊ! EU TENHO TANTA CERTEZA QUANTO VOCÊ! ENTÃO PARE DE ME PRESSIONAR A TOMAR DECISÕES E TE DAR RESPOSTAS!
- Você é quem sabe... - Ela deu os ombros e continuou andando, se ele queria algo com ela ele que tomasse uma atitude! Ela que não iria tomar.
- POR QUE VOCÊ FAZ ISSO, GRANGER?
- PELO MESMO MOTIVO QUE VOCÊ NÃO FAZ NADA! - Ela berrou ainda de costas.
- E QUAL É O MOTIVO PELO QUAL EU NÃO FAÇO NADA? VOCÊ POR ACASO, SABE? – ele berrou em resposta.
- POR MEDO! - Ela virou-se para ele.

É... Talvez isso resumisse tudo. Mas... Ele não esperava isso dela. Ele não tinha medo de nada. Como teria um medo tão estúpido. O medo de se arriscar. Ficou sem reação. Apenas a olhou nos olhos profundamente e suspirou.
Ela virou-se de costas novamente, e continuou seu caminho, estava cansada de brigas, pelo menos por aquele sábado já bastava ter brigado com ele, harry e buldog.

- ESPERA, GRANGER!

Ela parou de andar subitamente e virou-se o encarando. "O que será agora?" pensou consigo mesma.
Ele correu até ela por aquele corredor vazio. E quando chegou bem perto, a puxou pela cintura, forte, seus corpos colados, e a beijou. A beijou como se a qualquer momento pudesse perdê-la. A beijou com desejo e vontade. A puxava cada vez mais forte ao encontro de seu corpo.
Hermione se assustou no começo, esperava de tudo dele, menos aquilo, enlaçou o pescoço do loiro com os braços dando liberdade para que ele aprofundasse o beijo, aos poucos o beijo ia se acabando e ela mordeu o lábio inferior dele antes de cessar. Respirava pesadamente e encarava aqueles orbes azuis que tanto a atraiam.

- Err... Preciso ir. Muita coisa pra fazer. Tem monitoria hoje. A gente se vê. – ele falou e começou a andar.
- Como? - Ela piscou duas vezes e fez uma cara um tanto cômica.

Ele parou, se virou a olhou com uma expressão um tanto quanto cômica.

- É... A gente se vê. – ele falou meio que “sem o que falar”.
- Então esse foi o último? - Ele falou em resposta.
- Hã? – ele perguntou ainda com uma expressão cômica. “O que está havendo comigo e com o mundo?”
- ARGH! Nada não Malfoy! NADA NÃO! - Ela foi andando em passos rápidos passando por ele.

Ele ainda ficou a observando descer as escadas. Então voltou até a bancada e ficou a admirar a paisagem. Pansy devia estar o procurando por todos os cantos do castelo. Ele riu ao imaginar a cena da Parkinson perguntando a todos sobre ele. E a cara das pessoas quando ela falara que ele saiu por ai com a sangue-ruim da Granger.
Hermione chegara finalmente ao jardim, realmente não entendia porque desejava tanto aquele loiro e o porquê ele mexia tanto com ela, respirou pesado até que...

- SANGUE RUIM! AONDE VOCÊ ENFIOU O MEU DRACO!

Pansy aparecera em suas costas de varinha erguida.

- Ah não Buldog, agora não ok? Tô sem saco pra te azarar...

Draco olhara para baixo e usara sua varinha para ver o que acontecia. Viu Pansy e Hermione brigando. “Mais um problema”. Ele desceu. Mas pegou um atalho, que havia descoberto antes das férias.

- Dessa vez não vai ter o seu amiguinho Potter pra te proteger, Sangue Ruim!
- Ah Parkinson vai pentear macaco! - Hermione sacava a varinha
- EXPELIARMUS!!! - Pansy gritara antes que Hermione desse conta, sua varinha já estava nas mãos de Pansy. - ESTUPEFAÇA!

O corpo de Hermione voara longe batendo em uma arvore, Hermione sentia tudo girar.

- Coitadinha da sangue-ruim! Ninguém para protegê-la...

Pansy ria divertida e colocava sua varinha no pescoço de Hermione.

- Que tal... Um cruiatus? Ninguém vai ficar sabendo mesmo...
- EU VOU! – Draco gritou. – EXPELIARMUS! – as duas varinhas foram parar na sua mão. – Você está bem? – ele perguntou a Hermione.
- Se tiver dois de você na minha frente eu estou ótima... - Ela dava um meio sorriso.

Pansy olhara a cena incrédula. Mas que raios estava acontecendo?

- DRAQUINHO O QUE SIGNIFICA ISSO? VOCÊ ESTÁ AJUDANDO A SANGUE RUIM? - Ela falava histérica.
- CALA BOCA, PARKINSON! – ele gritou então estendeu sua mão a Hermione. – Quer ajuda?
- Você vai ficar jogando na minha cara que me ajudou? - Ela ria.
- DRAQUINHO! VOCÊ ME MANDOU CALAR A BOCA? COMO ASSIM AJUDAR A SANGUE SUJO! ELA É AMIGA DO POTTER! É A NAMORADA DELE!
- Claro que não... Quer dizer, acho que não. – ele sorria pra Hermione enquanto ignorava Pansy. Nessa hora, já tinha muita gente envolta deles, assistindo a cena.

Hermione dava a mão a ele e sorria levemente.

- Você sabe que agora agente foi descoberto né?
- DRAQUINHO ME RESPONDA! ELA TE LANÇOU UM IMPERIUS?
- JÁ MANDEI CALAR A BOCA, PARKINSON! – ele gritou pra ela com raiva, então voltou-se a Hermione e com um sorriso falou com a voz doce – Descoberto? O quê? – ele fez uma cara de desentendimento fingido. Não estava nem aí se o colégio todo saberia ou não que ele estava ajudando Hermione.

Ele entregou sua varinha a Hermione e falou para Pansy:

- Você não sabia que duelar com um bruxo sem varinha é roubo. Pois bem. – ele deu a varinha a ela e falou. – Agora sim. Sem desigualdade. – ele foi até Hermione. – Divirta-se. – Murmurou em seu ouvido.
- Perfeito.. - Ela sorriu. - Minha vez... Buldog... LEVICORPUS!!!

Pansy ficou pendurada de cabeça para baixo, arrancando gargalhadas de todos.

- ME TIRE DAQUI SANGUE RUIM! DRACO ME AJUDA!!!

Draco só conseguia rir e rir. Olhou para Hermione e sorriu. E para infelicidade de Draco e Hermione, do meio da multidão aparece o Cicatriz e dois Weasley’s. Ele olhou do Potter a Weasley pobretona com certo nojo. Como o idiota do cicatriz poderia ter traído a Hermione com uma garota tão sem-graça como aquela.
Ele olhou Hermione nos olhos e indicou seus “amigos”.
Hermione franziu o cenho, se aproximou de Draco e o encarou nos olhos.

- Você pode até me matar depois por isso mas... - ela sussurrou. - Eu preciso te agradecer pela ajuda, não é?

Ela deu uma piscadela para ele.

- O que quer que eu faça? Bata no Potter? – ele brincara sussurrando no ouvido da garota.
- Não... - Ela sorria marota.

Harry e Rony olhavam aquilo, assustados.

- Não estou gostando dessa proximidade deles! - Harry falava nervoso.
- Você sabe no que isso pode dar, não sabe? – ele falava sussurrando em seu ouvido.
- Eu não ligo nem um pouco, por acaso você se importa? - Ela sussurrava de volta.

Harry ia andando em passos rápidos até eles.

- MALFOY SE AFASTA DELA AGORA! - ele berrara
- ME TIRA DAQUI LOGO, DRACO! – Pansy berrara.

Ele olhara do Potter para Pansy... Da Pansy para o Weasley... Do Weasley para a Weasley... Da Weasley para todos aqueles alunos envolta deles... E de todos aqueles alunos envolta deles para Hermione.
A pegará do nada e a beijara. De um jeito apaixonante. O que iriam falar? Dane-se. Ele só queria aqueles lábios. Foi aprofundando mais e mais o beijo. Era gostoso o beijo dela. Era gostoso tê-la só pra ele. Era gostoso estar com ela. E era muito difícil admitir isso a si mesmo.
Hermione sorria dentre o beijo, essa era a atitude que ela sempre quisera que ele tivesse, aprofundava mais o beijo, foi quando sentiu ele se afastar bruscamente, abriu os olhos assustada e viu Harry e Draco rolando no chão, ambos se espancando.
Draco conseguira levar rápido e deu um soco certeiro no nariz de Harry. E gritou cuspindo sangue.

- VOCÊ NÃO MERECE NEM BEIJAR O CHÃO QUE ELA PISA, POTTER!
- E VOCÊ MERECE MALFOY?! SEMPRE A CHAMOU DE SANGUE RUIM! E AGORA A BEIJA!

Harry dava outro soco em Draco, desta vez pegando na sobrancelha do loiro.

- PELO MENOS, EU NÃO A TIVE NOS BRAÇOS E SIMPLESMENTE A TRAI COM UMA GAROTINHA QUALQUER! VOCÊ É REALMENTE UM IDIOTA! – ele berrara... Então deu um soco no estômago de Harry.
- JÁ BASTA OS DOIS! - Hermione se metia no meio, ficando entre Draco e Harry. – Harry, nós somos apenas amigos agora, ok? Não quero mais ter nada com você!
- Mas mione...
- NADA DE MAS! Já basta... - Os olhos dela enchiam de lágrimas.
- Você vai ficar com... Ele? - Ele apontava para Draco. - Vai NAMORAR COM ELE?

Draco olhou pra Hermione esperando sua resposta que não veio. Pansy fitava Draco e o silêncio pairava no ambiente. De forma que ele teve que se meter e proteger Hermione.
Ele a abraçou de lado e falou:

- E SE FOR, POTTER? O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO? A GAROTA JÁ FALOU QUE NÃO QUER NADA COM VOCÊ! ACHO QUE SE ELA VAI OU NAMORAR COMIGO NÃO LHE INTERESSA! – ele gritara para Harry. Todos ficaram fitando o casal.
- Estamos namorando? - Ela sussurrou no ouvido do loiro de forma que ninguém escutasse.
- MIONE, O PAI DELE É UM COMENSAL! DEVE SER UM TRUQUE! - Harry se desesperava cada vez mais.

Gina socorria Rony que parecia que estava tendo um troço.
Draco gargalhava da reação dos amigos da garota, ao lado de Hermione. Ignorou a pergunta dela, pois não tinha resposta.

- COMO ASSIM? VOCÊ NÃO PODE ESTAR COM ELA!!! NÃO MESMO!!!
- Quer respondê-la? À vontade. – Draco sussurrou a Hermione.
- MIONE! ME ESCUTA EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ BRAVA MAS ISSO NÃO È MOTIVO PARA SE ENVOLVER COM ELE!
- HARRY JÁ BASTA! - Ela dissera por fim. - Eu não sou nenhuma criança como você pensa que sou! Sei tomar minhas decisões!
- Vocês estão namorando? - O moreno perguntou com mágoa na voz.

Hermione ficara sem fala, não sabia o que responder.

- NÃO! MAS EU ATÉ TENTEI, SABE POTTER? O QUE ACONTECE É QUE ELA NÃO QUERIA TRAIR NEM TERMINAR COM O PANACA QUE ELA TAVA NAMORANDO! – ele gritou para Harry.
- Hermione ele vai te usar! - Harry falava sério. - Ele vai te agarrar depois te largar dizendo que pregou uma peça em você! Ele tá fazendo isso pra me atingir! MIONE O PAI DELE É UM COMENSAL!

Hermione ficara sem chão, era como se Harry houvesse tocado em seu maior medo, olhou assustada para Draco.

- Ele nunca vai te assumir... - Harry falara por fim.
- Confia em mim? – ele perguntou sussurrando no ouvido dela. E ela afirmou com a cabeça. - Granger, agora que você terminou com esse aí oficialmente e tal... Acho que podemos assumir nosso relacionamento...
Hermione o olhou, assustada e logo deu um sorriso.

- HERMIONE, ELE VAI TE USAR! ELE É UM COMENSAL!
- Não Harry... - ela falou numa voz rouca. - Ele é apenas um cara de quem eu gosto...
- MAS MIONE...
- HARRY CHEGA! - Gina se manifestava. - Hermione gosta dele então deixe-a com ele! O importante é a felicidade dela! MAS QUE DROGA!

Hermione agradeceu mentalmente as palavras da ruiva, Harry apenas calou-se e saiu dali com uma profunda mágoa.
Draco ficou fitando tudo e depois Hermione. A abraçou por trás. E ainda ouviu Pansy Parkinson gritar.

- ISSO É VERDADE DRACO???? COMO ASSIM?
- Buldog! - Hermione se virara para ela com um ar pomposo. – A partir de agora é Malfoy para você! Não quero intimidades com o MEU namorado!

Draco riu.

- Ciumenta, essa minha namorada, heim? – Ele falara ainda rindo para Hermione. Depois soltou Pansy Parkinson que ainda estava presa de ponta cabeça. Ela caiu e soltou um gemido de dor.
- Eu preferia ela do jeito que estava... - Hermione ria. - E sobre eu ser ciumenta... Você nem viu a metade!

Ela beijara os lábios dele com carinho.





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N/Kitai: esse cap eu amei, escreve ele foi muito perfeito eheheh.. espero que continue assim xD e vcs continuem comentando! Beijaaaooo =***

N/~ Biaa^^: Oi ! To meio monga hoje, mas tudo bem. 41 páginas ! aheuhauehauaeh... Galera, a cada cap tenho mais certeza que não poderia ter escolhido pessoa melhor pra escrever uma fic. Kitai é tão incrível que consegue simplesmente fazer vocês não pereceberem o quanto eu sou péssima escrevendo! aheauheuaheuah... Eu to de castigo devido minhas notas. Por isso, duvido MUITO que o próximo cap saía logo! Se vocês não comentarem, então... Tenho certeza que ele não sai! aheuaheuaheauh... Beijão, povão! Comentem!


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