Na ala hospitalar
Hermione acordara bem cedo naquela manhã, caminhara até o corujal, havia escrito uma carta para Sirius na noite passada, abriu a carta lentamente e a releu.
“Sirius,
Você me disse, nas férias, que eu poderia lhe escrever sempre que quisesse. Já faz dois dias que retornei a Hogwarts e nunca pensei que sentiria tanta saudade de casa.
Como eu lhe contei eu nunca havia me sentido atraída por nenhum garoto, nenhum que me fizesse delirar ou sonhar com ele todas as noites, bem... Foi o que eu pensei!
Desde o dia do Beco Diagonal que eu ando me sentindo estranha.
Bem... Naquela tarde que eu, Harry e Rony fomos para lá, eu encontrei o Malfoy na Floreios & Borrões, como sempre, discutimos e brigamos, mas acabamos tendo uma aproximação um pouco fora do comum, (tudo por causa de um maldito livro!).
Tudo bem que ele é um maldito, perverso e filho de comensal, mas eu do nada gostei do perfume dele! Eu devo estar ficando louca!
E para continuar minha amada ironia, eu me senti balançada por ele no trem e na nossa ronda como monitores. E agora eu e o Malfoy somos monitores-chefes! Ando pensando seriamente que o destino me odeia! E... Bem... Agente quase se beijou várias vezes e...
Eu estou me sentindo atraída por um dos inimigos dos meus melhores amigos e MEU inimigo também! Isso não é justo! Sirius... Eu não sei o que fazer... Ando pensando seriamente em me dar de comida para a Lula Gigante, mas do jeito que as coisas andam ela certamente ignorará minha inútil presença!
Apesar de tudo fico feliz em poder desabafar com você já que se eu falasse isso para Harry e Ron eles certamente mandariam me internar no St. Mungus.
Obrigada por estar ao meu lado...
Abraços,
Hermione Jane Granger”
- Espero que ele não me mate... – Ela disse suspirando e entregando a carta para uma coruja. – Leve isto para Sirius Black!
A coruja voou e Hermione a vira sumir na imensidão azul.
Ela não podia estar gostando de Draco Malfoy, isso era inaceitável! Era o mesmo que Rony pegasse uma paixão avassaladora por Pansy Parkinson! Ela fez uma careta ao pensar na idéia de Rony e Pansy andarem de mãos dadas na beira do lago.
Olhou para o relógio e viu “7h”, finalmente os elfos já teriam terminado de fazer o café, desceu as escadas rapidamente, estava morrendo de fome.
- MIONE!!! – Ela escutou uma voz a chamando, e virou-se.
- Ah... É você?! – Ela fez uma careta ao ver o moreno correndo para alcançá-la, virou-se de costas e continuou seguindo seu caminho em passos largos e rápidos.
- Me espera, Mione! – Harry dizia ofegante.
- Arre! O que você quer Harry?
- Me desculpar... – Ele falava de cabeça baixa.
Hermione olhou para o amigo, ele estava cabisbaixo e parecia que não havia pregado o olho a noite inteira assim como ela.
- Tudo bem... – Ela sorriu fracamente.
- É sério, Mione, eu fui um idiota eu não devia ter falado daquela forma com você, é que... É que pela primeira vez eu estou sentindo ciúmes de duas pessoas que eu gosto sabe? Você e Sirius ficaram muito amigos e eu me senti meio excluído...
- Harry! Para com isso! – Ela dizia severa. – Acontece que nessas férias você e Rony me excluíram todos os dias com aqueles papos de garotos! Se vocês não perceberam ainda EU SOU UMA GAROTA!!! E eu tava precisando de alguém que me entendesse!
- Me desculpe...
- Tudo bem Harry, já passou... – Ela o abraçava carinhosamente e ele beijava sua testa.
- Nunca mais vamos brigar, ok? – Ele sorria.
- Ok!
- Mas me conta, como foi a tortura ontem com o Malfoy? – Eles andavam em direção ao salão principal de mãos dadas.
- Argh! Nem me fale! Ele é um completo idiota! Nem sei se eu vou sobreviver! – Harry passava um dos braços sobre os ombros de Hermione e gargalhava.
- Não se preocupe, se você se comportar como no terceiro ano certamente quem não vai sobreviver é ele!
Ambos trocaram olhares significativos e caíram na gargalhada, sentaram-se na mesa e começaram a comer e a relembrar o passado.
Draco acordara sentindo uma dor de cabeça insuportável. Tomara um banho de água fria, se arrumara e descera até o Salão Principal. Estava realmente cedo, mas era proposital, não queria encontrar com ninguém.
Tomara café rápido e seguira até fora do castelo. Se sentara sobre a sombra de uma árvore na beira do lago. Observara aquela paisagem. Estava de volta. Enfim, de volta ao seu lugar.
Não havia recebido nenhuma notícia de sua mãe, nem de seu pai. Pelo menos, não, por enquanto.
Estava absorto em seus pensamentos quando, do nada, uma coruja preta vira em sua direção deixando uma carta. Uma carta de sua mãe.
“Draco,
Como você pôde ir com seu pai à estação, quando eu disse que iria te levar? Estou realmente decepcionada com você! Como pôde? Fiquei preocupada! Nem para me avisar! Acha que fez a coisa certa? Nunca mais faça isso.
Narcisa.”
Draco sabia que não era sempre que sua mãe se estressava com ele. Normalmente, quem fazia isso era seu pai. Se assustara um pouco.
Pegou a carta pôs no bolso e seguiu até sua primeira aula.
Hermione entrara com Harry na sala de poções, ambos abraçados, arrancando olhares curiosos por onde passavam. Sentaram-se junto de Rony que dormia sobre seu livro.
Hermione apoiou a cabeça nos ombros de Harry, também não havia dormido a noite inteira e estava morrendo de sono. Harry bocejou e a abraçou mais junto a si.
- Parece que não fui o único a ter insônia! - Ele ria e ela fechava os olhos.
Os abriu lentamente e teve a imagem de um certo loiro entrando na sala com uma cara de poucos amigos.
Draco Malfoy entrara na sala e logo que chegara vira a Granger e o Potter, abraçados... Ela deitada sobre seu ombro.
- Draquinho!!! Até que enfim achei você! - dizia uma voz esganiçada da mesa ao lado do trio maravilha. - Fiquei preocupada... você nem... – ela fora interrompida.
- Eu já não falei para não me chamar de "Draquinho", Parkinson? EU NÃO SOU SEU NAMORADO!!! - Ele não estava com muita paciência, sabe?
- Parece que o Malfoy tá com um péssimo humor! - Comentou Harry.
- Novidade! Me diz quando ele tá de bom humor! - Hermione rira. - Acorda o Rony, o Snape tá entrando.
Harry sacudira Rony e o ruivo abriu os olhos lentamente e bocejou.
- Se estava com sono para vir à aula, Sr. Weasley, deveria ficar em sua cama! - Snape dizia com o típico ironismo.
Rony rapidamente se endireitou e Hermione olhou para Malfoy com o canto dos olhos, ao ver que ele a olhara, virou-se para frente e segurou firme a mão de Harry que a olhou sem entender nada.
- Que lindo, não acham? Amor juvenil! Não sabia que estava namorando o senhor Potter, senhorita Granger. Sinceramente, sempre achei que você tivesse um caso com o senhor Weasley. – disse Snape olhando Hermione e Harry próximos demais e de mãos dadas.
Draco olhara o casal com uma certa fúria no rosto, apesar de querer mostrar indiferença.
Hermione corara furiosamente e Harry olhara com raiva para o professor.
- Sinceramente professor, minha vida pessoal e de Hermione não lhe interessa nem um pouco... - Hermione o cutucara e Harry se calara recebendo um olhar furioso de Snape.
- Menos 10 pontos para a Grifinória!
Hermione suspirara fundo e Harry olhara com ódio para Snape.
- Muito bem, falaremos hoje sobre a Poção do Amor!
A mão de Hermione subira ao ar com velocidade, Snape parecia fingir que não a via ali suspensa ao ar balançando freneticamente.
- Alguém a defina para mim...
Hermione ainda a balançava como se falasse "EU SEI EU SEI EU SEI!!! ME ESCOLHEEE!"
Draco observava a menina. Como era inteligente, tudo bem que até um macaco saberia o que é uma Poção do Amor, ele mesmo sabia, só não iria dizer, porque acabaria com sua imagem.
Mas ela sabia todas as poções... todos os feitiços. Era realmente incrível. Ele rira.
- Sr.Malfoy, defina a poção! - Snape dizia dando as costas.
A mão de Hermione baixara instantaneamente e olhara para Draco com um olhar frio, como se ele tivesse acabado de roubar um doce dela.
- A poção do amor é uma maneira patética de garotas ou garotos carentes, sem menor noção de como conquistar, de conseguir as pessoas que querem. Algo realmente ridículo. – ele falou em um tom debochado.
- Eu discordo! A poção do amor é feita para aqueles que têm um amor não correspondido e têm o desejo de ser amado em igualdade pelo ser de afeto! - Hermione falara séria.
- Então, afirma que a usaria? – ele disse ainda com o mesmo tom.
- Não! Eu não queria que uma pessoa me amasse por causa de uma poção! E sim pelo que sou! - Ela respondia entre os dentes. - Acontece que há pessoas que amam até demais e acabam recorrendo a esse recurso, achando que é a única saída! São pessoas que desejam ser amadas pelo ser amado!
- Como disse, algo realmente patético. Para pessoas que não sabem conquistar. – Draco revidara.
- Ás vezes, não existe conquista, Malfoy! Ás vezes, existe apenas o amor! A vida não é um joguinho de conquistas! Há pessoas que se apaixonam apenas de olharem para as outras! Outras se apaixonam com a convivência! E não com esse joguinho de conquista! Isso sim é patético, se divertir querendo conquistar os outros achando que confiando em seu "taco" vai conseguir quem quiser! - Ela dizia aumentando a voz.
- E o que você entende sobre isso, Granger? Sobre amor, sobre paixão e conquista? Já amou alguém? Já se apaixonou? E se já, não acha que ele te conquistou? O olhar conquista, a convivência conquista. – ele também aumentou a voz.
- Você não sabe nada sobre amor, Malfoy! A única coisa que você sabe é sair agarrando as pessoas e achar que isso é conquista! Amor é mais do que agarrar as mulheres, amor é convivência, amor... - Ela olhara para Harry no momento. - É puro como uma grande amizade!
- Fugindo, Granger? Fugindo da minha pergunta? Amor e pureza nem sempre andam juntos, sabe? Você mesmo disse que as pessoas podem se apaixonar pelo olhar, isso pode não ser puro, ou “amigo”. Isso pode ser apenas conquista.
- Rá! Eu nunca fujo, Malfoy! E para te ser sincera não sei o porquê de você estar tão interessado na minha vida amorosa! - Ela pegara na mão de Harry que corara na hora. - Além do mais, o amor é puro, não é como o desejo... O desejo sim é perigoso!
Snape observava a discussão, calado, assim como todos os alunos ali presentes, todos pareciam querer saber quem conseguia responder melhor.
- Talvez esse tal desejo, como você chama, possa ser muito mais do que isso. Mas você foge do que ele é. – ele disse frisando o “foge” - Você o nomeia assim para não se prender a ele.
- Ah Malfoy, você não sabe como está enganado! Eu não fujo de nada, até porque não tenho do que fugir, já que não desejo ninguém! Você é que realmente parece querer fugir do verdadeiro amor, pelo que eu saiba você vive com várias garotas, isso só prova uma coisa, você é inseguro e tem medo de amar! - Ela sorria vitoriosa.
- Não, você não deseja ninguém, você ama! E fingi que é desejo. Medo de amar. Boa desculpa! Você entende muito bem sobre isso, não é, Granger? Talvez eu não tenha encontrado esse tal de “verdadeiro amor”... E se viver com várias garotas não seja a minha forma de achá-lo? – Parkinson o olhava, perplexa, ele nunca falara sobre amor com ninguém, não que ela saiba. Na verdade, ninguém nunca o vira falar sobre o amor.
- Sabe, Malfoy, você ama se esquivar dos verdadeiros sentimentos, e é talvez eu tenha achado o verdadeiro amor! E eu agradeço a Merlin todos os dias por ele não ser como você! - Ela mentia. - E sinceramente, acho que viver com várias garotas não se chama "Forma de Procurar o Amor Verdadeiro" e sim GALINHAGEM!
Draco começara a gargalhar, era realmente engraçado vê-la mentir com tanta certeza, com tanta seriedade mesmo sabendo que o que falava não era verdade.
Ninguém entendia o porquê daquilo. Alguns sonserinos tentaram rir com ele, mas não acharam motivo.
- E é correspondida? E se não for, o que fará? Vai conquistá-lo? Usar uma poção do amor, ou simplesmente tentar esquecê-lo? Chorar por ele? – ele perguntou finalmente.
- Oh não, não! - Ela dizia com um sorriso enorme no rosto. - Certamente ele também gosta de mim, não é Harry?
Harry a olhou, incrédulo, mas resolveu concordar com a menina que o olhava com um sorriso indecifrável no rosto.
- Ham... É sim! - Ele olhara para Hermione um pouco corado e logo sorriu. - Pode ter certeza que ele a ama, Malfoy!
Todos na sala cochicharam. "Potter e Granger estavam oficialmente juntos".
Hermione sorria vitoriosa e colocava um beijo na face de Harry que ficara mais corado do que já estava, Rony, no entanto, nem piscava com medo de perder algo.
- Você é patética, Granger! Tão patética quanto essa poção e as pessoas que a usam ou pior. – Draco disse arrumando suas coisas. Não agüentaria nem mais um minuto daquela mentira toda.
- Nossa! Malfoy se irritou! Sabe Malfoy, o patético aqui é você!!! - Ela falara séria.
- JÁ BASTA! JÁ ESCUTEI DEMAIS NA MINHA AULA!!! - Snape dizia severo, quando o sinal soou.
Todos levantaram-se depressa e saíram da sala antes que ele passasse algum dever quilométrico, Hermione agarrou a mão de Harry e saiu da sala acompanhada dele e Rony
- Ham... Hermione... Sem querer ser... Ham... Maluco... Mas... Ham... - Harry tentava falar
- O QUE FOI AQUILO NA AULA DO SNAPE? VOCÊS ESTÃO NAMORANDO E ESQUECERAM DE ME CONTAR? - Rony berrava e todos no corredor o olhavam.
- Rony, fala baixo! Tá todo mundo olhando! - Hermione dizia séria. – Harry, me desculpa, eu te usei na minha vingança contra o Malfoy... Eu acho que na hora mandei meu cérebro ir passear ou algo do tipo! Agora todos pensam que estamos juntos! Eu realmente sinto muito!
- Não tem problema Mione, desde o quarto ano que acham que temos alguma coisa, acho que isso não vai mudar muito... - Harry ria. - E antes estar namorando você do que com aquelas garotas esquisitas! - Ele apontava para um grupo de garotas estranhas conversando. Rony e Hermione gargalhavam.
- Sinceramente, eu pensei que vocês estavam juntos, desde o inicio da aula que vocês estão agarrados! Nossa! Vocês realmente parecem um casal! - Rony ria e Hermione e Harry coravam.
- Ham... Vamos para a aula do Hagrid vamos! - Hermione saia puxando os dois pelas mãos.
Draco saiu, bufando, das masmorras... Deixou Parkinson falando sozinha. E rumou para fora do castelo, onde, para sua infelicidade, seria sua próxima aula, para sua infelicidade, Trato de Criaturas Mágicas, que para sua infelicidade maior, era com a Grifinória!!!
Mais dois tempos de discussão com a Granger, que agora inventou de namorar o Potter para atingir Draco. Ela não via como estava sendo burra? Estava fazendo mal a ele e a si mesmo.
E como sempre, ele era o errado da história, quando só queria o melhor para ela. “Ah, dane-se!!! Ela quer brincar! Então, vamos brincar!!!!”, ele pensara.
- Ham... Mione, já que tá todo mundo falando que a gente tá namorando mesmo... A gente podia continuar fingindo, pelo menos pra não ficar esquisito, mais do que já está... - Harry falava sussurrando.
- Ham... Ok! Sem problemas! - Ela sorria e beijava o rosto do garoto.
Realmente fingir que estava namorando Harry não era a pior coisa do mundo, Harry era meigo, gentil e um doce de pessoa, sorriu consigo mesma, ao sentir os braços do garoto passarem por sua cintura. Rony apenas olhava tudo com um sorriso estranho no rosto.
Logo vira Draco Malfoy ao lado dos sonserinos a olhando com raiva, Hermione virou a cara bruscamente e acomodou sua cabeça no ombro de Harry.
Ele foi até ela, decidido. Precisava falar uma coisa que estava entalada em sua garganta desde que saíra daquela sala de aula.
- Eu não acredito nisso, Granger! Todos podem acreditar nessa palhaçada! Mas eu sei que é tudo mentira. Só mais um jeito de fugir. E se acha que esse seu jeito patético vai resolver as coisas, saiba que não vai! – pronto, falou tudo... Agora se sentia muito mais leve.
Hermione o olhara com raiva.
- Malfoy, você é realmente patético! - Ela virara para Harry e logo virara para Draco. - Quer que eu te prove que é verdade o nosso namoro, Malfoy? - Ela sorria vitoriosa.
- Não! Beijar alguém sem sentir nada. Fingir um namoro sem sentir nada... Isso é fácil demais... Beijá-lo vai só me mostrar o quanto você é ridícula. E ainda tem coragem de dizer que eu vivo com várias garotas. – ele falou com nojo na voz.
- Eu não admito que fale assim com Hermione! - Harry falava se colocando na frente de Hermione. - Ela é MINHA namorada, você acreditando ou não, Malfoy! E acho que você ainda não entendeu que eu e ela estamos juntos porque nos gostamos! E acho que sua vida amorosa não diz respeito a nós dois! - Harry falava com toda raiva que possuía.
- Lindo, Potter! Agora, vocês empataram no quesito “o mais ridículo”... Ela por fingir um namoro para fugir e você por se deixar ser usado pela amizade. Sim, vocês se GOSTAM! Como amigos, sim! Mas não se AMAM! – ele falou com deboche.
- Sabe Malfoy, olhando assim, parece até que você está com ciúmes da Mione! - Harry olhara sério. - E pode ter certeza que o que eu sinto por ela é mais do que amizade, eu AMO a Hermione! Mas acho que você não sabe o que é amor, não é Malfoy? Nunca amou ninguém!
Hermione olhara incrédula para Harry e segurou com suas duas mãos a mão dele como se o apoiasse.
- Você pode até amá-la, Potter. Mas não é correspondido. Dá pra ver nos olhos dela.
Ela respirara fundo e segurava mais a mão de Harry que a olhava assustado, e então continuou.
– Esse é o seu apoio? – ele perguntara apontando para o Potter. – Por que não ergue a cabeça, fala tudo o que pensa olhando nos meus olhos? Por que não larga ele? Precisa disso pra me enfrentar?
Hermione soltara-se do braço de Harry.
- Harry, deixe que eu resolvo isso sozinha, vá até o Ron... Ele tá precisando de sua ajuda! - Ela falara séria.
- Mas, Mione...
- Tá tudo bem Harry! - Ela sorria docemente. – Já já me junto a você!
- Ok... Mas ficarei de olho! - Ele olhava com nojo para Malfoy e saia indo em direção a Rony.
- Olha Malfoy se eu AMO ou deixo de amar o Harry não lhe diz respeito! Mas para a sua informação eu realmente gosto muito dele! Então eu agradeceria se você me deixasse em PAZ! Afinal essa regrinha de não te quero e não te largo realmente não faz meu tipo! - ela o olhava severa com um brilho estranho nos olhos.
Foi quando finalmente, Hagrid chegou para dar aula.
- Oh, desculpem o atraso, estava alimentando os esplosivins. – ele falou divertido. Olhou Draco e Hermione. – Andem, sentem-se, sentem-se!
Draco foi até os sonserinos e sentou-se ainda observando Hermione e ignorando seus “amigos”.
Hermione sentara-se ao lado de Harry que a envolveu em um abraço, surpreendeu-se ao sentir os lábios dele tocarem aos seus, Harry dera um singelo selinho na garota que se confortou mais em seus braços.
Hermione ficara submersa em seus pensamentos.
- Bem... vamos falar hoje sobre os Unicórnios! Oh, eles são criaturas magníficas!... - Hagrid falava, mas Hermione nem sequer dava atenção, em sua cabeça ainda martelava as palavras do loiro, ela estava seriamente pensando que surtaria.
- Os unicórnios são atraídos quando uma garota de puro coração e virgem fica em um lugar especifico, assim ele aproxima-se e deita sua cabeça ao colo dela... - Hagrid continuava e Hermione estava no mundo da lua. - Hermione! Venha cá! - Hagrid a chamava e Harry cutucava Hermione. - Venha, você irá atrair o unicórnio!
- Eu vou o quê? - Ela perguntava assustada.
- AhahAhA... Duvido que a sangue-ruim tenha coração puro! - Debochava Pansy arrancando gargalhadas dos sonserinos.
Enquanto Draco observava tudo de longe pensando no que a garota havia lhe dito. Como podia fazê-la tão mal? Agora duvidara se havia feito a coisa certa. Magoá-la não era mais tão fácil como era antes. Como as coisas aconteceram rápidas. Rápidas demais.
Hermione levantou-se e caminhou até Hagrid. Pansy parecia se divertir com tudo aquilo.
- Vamos Sangue-Ruim! Quero só ver o coração puro! - Os sonserinos rolavam de rir.
Hermione apenas ignorava, tinha coisas mais importantes para se preocupar do que com Pansy Parkinson, não sabia o que fazer, pela primeira vez em sua vida.
Draco achava ridículo o que Pansy fazia e resolveu repreendê-la. Cometera um pequeno erro. E atraíra olhares.
- Cala a boca, Pansy! – ele gritara.
- O que é isso? Tá defendendo essazinha agora, é? Você tá muito diferente ultimamente. Não a ofende mais. E agora, deu pra defendê-la.
Hermione, como todos os presentes, virou-se para os sonserinos, franziu o cenho.
- Não! É só que eu não agüento mais você gritando no meu ouvido! – ele falara voltando a si.
Hermione virou-se de volta a Hagrid.
- E então? O que eu devo fazer? - Ela perguntava ao meio-gigante.
- Sente-se aqui e quero que pense em algo que você deseja muito, e chame mentalmente pelo Unicórnio!
Todos presentes a encaravam, curiosos.
“Tá legal, algo que eu desejo muito...” Ela pensava. "Ok... Ham... O que eu mais desejo? Me formar e ser uma grande bruxa? Não eu... Eu realmente não sei o que desejo, droga!!!"
- Ham... Hagrid?
- Sim? - Ele a olhava com um brilho nos olhos.
- Eu não sei o que eu desejo... - Ela suspirara.
Draco a observou, um pouco surpreso.
- Não sabe? - O gigante se surpreendia.
- Não... Na verdade, eu já consegui o que eu desejava... - Ela mentia e olhava para Harry que sorria amavelmente.
Hermione estava tendo uma briga com a própria consciência, sabia que sentia algo por Harry, um carinho muito grande, mas a imagem de um certo loiro lhe subia a mente, ela não podia estar desejando Draco Malfoy! Não mesmo! Isso era contra todos seus conceitos, olhou mais uma vez com carinho para Harry, ele era a escolha certa, o moreno apenas lhe sorriu.
- Oh! Então pensei em Harry! Pense vamos! - Hagrid sorria largamente.
Hermione fechou os olhos, em que devia pensar ela não sabia, então a imagem de Harry e Draco lhe vieram à mente, suspirou pesadamente, chamou mentalmente pelo unicórnio.
Hagrid "correra" até Harry e o cumprimentava, o gigante parecia extremamente feliz com o relacionamento de Harry e Mione.
Mas todos pararam de comentar sobre a garota quando um belo unicórnio apareceu e deitou sua cabeça no colo da menina, que pousou sua mão na crina branca do mesmo a acariciando.
“Não, ela não pode ter pensado no heróizinho. Não pode. Como? Ele... Não acredito nisso! E o Potter vence novamente, mesmo não fazendo porcaria nenhuma!!” , Draco falara consigo mesmo.
“Não dá pra acreditar!” Pegou suas coisas com raiva e novamente, deixando Parkinson falando sozinha, se retirou do local que o sufocava. “Ridícula! Cena ridícula! É claro, por que pensei que eu seria o que ela desejava?” .
Hermione o vira se levantar suspirou fundo "É melhor assim, ninguém se magoa..." ela pensou consigo mesma. Harry caminhava até ela e dava um singelo beijo em seus lábios.
- Você fez muito bem, Hermione! - Hagrid a cumprimentava. - Mas... Aonde o Sr. pensa que vai Malfoy? A aula não acabou. - Hagrid fazia uma careta.
Hermione levantava-se com a ajuda de Harry, e todos presentes olhavam para o loiro.
- Pra mim, essa aula já deu o que tinha que dar. – ele falou com raiva e saiu.
Hermione abaixara a cabeça a recostando no ombro de Harry que acariciou seus cabelos.
- Humpf... Esse Malfoy não tem jeito! Continuemos a aula então...
A aula decorreu normal, Hermione apenas pensava em tudo que estava acontecendo, mas sentiu-se aliviada, quem sabe, com Harry a seu lado ela pudesse esquecer... Esquecer de tudo e ser feliz! Quem sabe, Harry pudesse a ajudar!
Draco Malfoy queria esquecer Hermione Granger, pelo menos, por enquanto. Ela não era nada. Apenas uma garota. Só uma garota.
O dia passou rápido e antes que ambos pudessem dar por si, já havia chegado à hora da detenção. Mais uma vez os dois teriam de se enfrentar naquele dia.
Hermione sentia-se cansada só de pensar em mais uma briga com Malfoy.
Após o jantar, ela caminhou em passos lentos até a sala de McGonagall, pensando seriamente em que tipo de detenção eles levariam, entrou na sala deparando-se apenas com a professora.
- Onde está o Sr. Malfoy? – perguntou a professora a Hermione depois de muito tempo de espera.
- Não sei, professora.
Após um tempo, Draco aparecerá.
- O que diabos estava fazendo para chegar atrasado em uma detenção? – perguntou ela, severa.
- Perdi a noção do tempo. – Minerva McGonagall o olhou com uma ligeira desconfiança, mas resolveu relevar.
- Bem, agora sim posso lhes passar a tarefas de vocês... - Ela dizia severa enquanto Draco sentava-se.
- Vocês limparão os livros da biblioteca e os organizarão em ordem alfabética, e é claro sem o uso de magia, por isso... - Ela estendia a mão e ambos entregavam as varinhas. - Muito bem, daqui a três horas, virei buscá-los.
Eles não se olhavam, Hermione estava achando seus sapatos interessantíssimos. Temia quebrar aquele silêncio que se alastrava a caminho da biblioteca.
Draco resolvera quebrar. Qualquer coisa menos aquele silêncio e aquele clima que pairava no ar.
- Vai ficar discutindo comigo? Porque se vai, me avisa logo, para eu me preparar e evitar que eu haja por impulso e saia daqui por sua culpa, recebendo, novamente, uma detenção.
Hermione o olhou pela primeira vez desde que o encontrara ali.
- Não estou falando nada, até agora... - Ela mesma se assustou com a doçura que sua voz saíra e tornou a baixar a cabeça.
Mais uma vez ela achara que mandara seu cérebro dar uma voltinha. Ela havia tratado bem Draco Malfoy, quando ele simplesmente fora ignorante com ela! Onde estava Hermione Granger? Aquela garota que jamais deixaria um fuinha maldito pisar nela! Continuou o caminho sem olhá-lo, submersa em seus pensamentos.
- É... podemos começar por aqui, se você quiser. – ele falou com a voz suave, algo que surpreendeu até a si mesmo. Isso já estava passando dos limites. De todos os limites. Primeiro, brigam, depois, conversam e mais tarde uma doçura incrível. “Daqui a pouco, estamos nos beijando.” , pensou Draco ironicamente.
- Tá... Tudo bem...
Ela virara de costas para não olhá-lo, tentaria o evitar o máximo que podia, era o único jeito, mas ela sentia uma vontade fora do comum, uma vontade de abraçá-lo e pedir para que ele ficasse com ela, balançou a cabeça negativamente tentando afastar tais pensamentos e logo levou a mão a um livro a sua frente: "No Amor e Na Guerra".
- Só pode ser brincadeira! - Ela sussurrou.
- O que? – ele perguntou intrigado, enquanto tirava um livro da prateleira.
- Ham? Nada não... - Ela voltava arrumar os livros. "Ok... agora meus pensamentos saem em voz alta? O que falta acontecer meu Merlim? Ele pergunta se eu gosto dele? Ou cair uma estante na minha cabeça?" .
Um pequeno silêncio...
- Se eu te fizer uma pergunta, você responde com sinceridade? – ele perguntara a encarando. “Eu to ficando louco! É isso, louco demais! Pelo amor de Merlim, faça uma estante cair em minha cabeça!”.
- Respondo... - "Merlim você me ama ou me odeia? DECIDA-SE!!!"
- Você não pensou no Potter, não é? Na aula de Trato das Criaturas Mágicas... Ele não é seu desejo, não é verdade? Seja sincera. – ele falou sério.
Hermione virara-se com tudo para ele, aqueles olhos azuis a encaravam seriamente, ela não iria conseguir mentir com aqueles olhos a fitando, virou-se novamente de costas, pensou em fingir não ter escutado tal pergunta, mas decidiu responder.
- Não... Eu não pensei em Harry... Na realidade, pensei no meu gato, Bichento! Sempre quis que ele tivesse filhotinhos... Meu maior desejo é ser avó de gatos! - Ela disse francamente ainda de costas para ele.
Ele riu. Riu docemente, com um sorriso maravilhoso. Riu sinceramente, sem deboche, sem ironia. Resolveu deixar pra lá. Sabia que ela não pensara nele. Pra quê torturá-la? Pra quê magoá-la? Era só deixar pra lá.
- Na verdade eu num pensei em nada... - Ela disse por fim nu quase um sussurro. - Sinceramente eu não sei porque você me pergunta essas coisas... - Ela virara-se para ele cm um enorme ponto de interrogação no rosto, realmente não entendia onde ele queria chegar com aquilo tudo.
- Você nunca iria entender mesmo... – ele falou vagamente.
- É realmente Hermione Granger é uma ANTA! Não sabe entender nada mesmo! É uma incapaz! - Ela disse com raiva ainda arrumando os livros.
- Como você é esquentadinha, garota! Nem é pra tanto...
- Esquentadinha? - Hermione virara-se para ele com um olhar mortal! Se um olhar matasse Draco Malfoy estaria morto naquele momento.
- É... e esqueci de dizer... Sabe-tudo, irritante e muito dramática. – ele falou com um tom de deboche.
- ARGHH!!! Você que é um inconveniente!!! - Hermione pisara duro no chão e pegara os livros do braço. - Eu?Esquentadinha? Rá! Faça-me o favor! - ela passava por ele reclamando, colocando os livros em uma estante.
- Não! Faça-me rir, Granger... Você não é esquentadinha e eu... Sou a Rainha da Inglaterra. – ele disse irônico.
- Oh! E onde está a sua cora vossa majestade? - ela respondia no mesmo tom.
Malfoy deu um sorrisinho debochado, virou-se e continuou arrumando os livros.
- Realmente é incrível! Eu devo ter colado chiclete na varinha de Merlim! - Ela girava os olhos. - Eu, Hermione Granger em detenção! Argh! E ainda por cima com o Malfoy! - Ela reclamava baixinho.
- Quem mandou ser esquentadinha e ficar batendo nas pessoas sem motivo nenhum? – Draco provocou.
- EU bato sem motivo? - Hermione lançara a ele um olhar assassino. - VOCÊ é que sempre me provoca! Parece que gosta de apanhar! Fica pedindo "Vai Granger me bate, bate que eu gosto" Argh! é tudo culpa sua!!!
Ele deu um sorriso cafajeste e voltou a arrumar as coisas...
- Granger, você também pede provocação... nem vem.
- Eu? Eu peço provocação? - Ela se surpreendia. - Eu falo "AI Malfoy vem me provoca que eu te bato! Que eu amo te bater!" Fala sério! Você só pode ser masoquista! - Ela ainda estava o encarando com o cenho franzido.
Ele começou a rir... do nada... Achou graça nela...
- Ai, Granger... Viu? Já tá ai... toda esquentadinha!
- Eu não estou esquentadinha!!!! - Ela esbravejou. - Eu sou a CALMA em pessoa!
Ele riu e murmurou um “Percebe-se!”, que ela ouviu.
- O que você tá insinuando??? - Ela quase berrara.
- Nada! Que isso! Eu? Insinuando? – ele falou em tom de deboche com um sorriso divertido no rosto.
- Você é estressante, sabia? - Ela dizia voltando pra estante.
- Você é esquentadinha, sabia? – Ele disse do mesmo jeito que ela.
- Além de estressante é hostil... - Ela cantarolava.
- Além de esquentadinha é irritante... – Ele também cantarolava e a imitava...
- Sabe você devia parar com essas ironias! Alguém pode ficar "esquentadinha" e te dar um murro! - Ela virava e o encarava com um sorriso debochado nos lábios
- Granger... Como é que é mesmo? Ah, é! – ele falava irônico - "Vai Granger me bate, bate que eu gosto!" – ele repetia as palavras da garota dando leves tapas no próprio rosto, oferecendo o rosto para que ela batesse.
Ela girava os olhos, ele realmente era irritante, deu um pequeno sorriso.
- Olha que eu posso bater mesmo! Não duvide de mim Malfoy! - Ela voltava para a estante.
- Quer oportunidade melhor do que essa?? – ele continuava a encarando sério.
Hermione caminhara até ele e o encarara.
- Malfoy... Se eu te bater você vai ficar me xingando, enchendo a minha santa paciência e dizendo que eu sou um tipo de maluca por te bater! Esquecendo-se de que VOCÊ me pediu para te bater! - Ela girava os olhos. - Então... Não enche!
Ela passou por ele batendo seu ombro no do mesmo, indo em direção a uma mesa limpando outros livros.
Ele sorriu... Adorava aquela maluca esquentadinha...
- AI DROGA! - Ela gritara e batia na testa. - Agora que eu me lembrei! Droga, droga, droga!!! O Rony vai me matar!!! Tudo culpa sua, Malfoy! - Ela apontava para o loiro, nervosa.
- Depois, você reclama quando te chamo de maluca... O que foi agora?
- Ai droga! Eu esqueci o bichento no quarto dos meninos! Eu não teria esquecido se tivesse que vir pra essa detenção idiota com você! - Ela dizia brava. - Tomara que o Harry cuide bem dele... Ai meu Merlim! Tomara que o Rony não o mate!
- Tudo isso por culpa de três animais! – ele falou.
- Você tá falando que o MEU NAMORADO e o MEU MELHOR AMIGO são animais? - ela esbravejava.
- E não é que a esquentadinha não é tão burrinha assim... – ele falou em tom de deboche, como sempre.
- Não ouse falar mal de Harry e Rony! Eles são melhores do que você Malfoy! - Ela falava irritada.
- Ai, você cai da cama, né? – Ele perguntou irônico.
- Harry e Rony são melhores que você em tudo Malfoy! Principalmente o Harry! Por isso você tem tanta inveja dele!
- EU SOU MIL VEZES MELHOR DO QUE O CICATRIZ! – ele gritou... já ficando sem paciência... Afinal, ela tocara em seu ponto fraco.
- Nossa como ficamos estressados!!! Pelo visto você também é doido por uma cicatriz na testa não é Malfoy? Assim você pode falar que é um tipo de herói! Pois é isso que o Harry é: UM HERÓI! Uma esperança! Harry é a melhor pessoa que eu conheci na vida!!! Ao contrário de você!!!
Draco a olhou com um profundo desgosto no rosto e se encaminhou até a outra prateleira... Hermione o seguiu:
- O que foi, Malfoy? A verdade dói? - Ela dizia irônica.
- Cala a boca, Granger! – ele falou já se recompondo. E sem a encarar.
- Uiii!!! Draquinho se estressou!!! - Ela ria.
Ele virou para ela bruscamente, abriu a boca como se fosse falar alguma coisa, logo depois a fechou, balançou a cabeça como se para esquecer o pensamento, virou para frente e continuou a andar.
- Por Merlim! Ele não respondeu! Vai chover porcos azuis do céu!!! - Ela ironizava. - Mas e ai, Draco? Como é se sentir inferior ao Harry? Como é namorar a Parkinson? Vamos me conte sua vida perfeita!
Ele se virou bruscamente novamente com um olhar surpreso:
- Draco? – ele perguntou ainda indignado.
- Quer dizer... MALFOY! - Ela se corrigia instantaneamente.
- Você disse Draco! – ele perguntou ainda com a boca aberta, indignado.
- Eu não disse NÃO! - Ela falava reprimindo uma careta.
- Disse SIM! – ele falou bravo. – Claro que disse... Você me chamou de Draco... Mas, quer saber? Fica ai mentindo... Não quero nem saber mesmo. – e voltou a andar. “Pelo menos, agora, ela para de me encher... assim, espero.” , ele pensou.
- Humpf! GROSSO! - Ela gritou e virou-se.
Ele seguiu até a outra prateleira e começou a resmungar um bando de coisa...
- Garota irritante! E ridícula... Fica por ai toda de gracinha com o Potter... Que nojo! E ainda fica falando que AMA o Potter... AMA! – ele falava sozinho sem perceber que ela ouvira.
- EU AMO O HARRY MESMO! Pelo menos ele não é grosso que nem certas pessoas! - Ela girava os olhos.
Ele deu um grande suspiro e disse:
- E lá vamos nós! – com desdém.
- Você é quem começou, Malfoy! - Ela franzia o cenho. - Nunca mais fale mal do Harry em minha presença escutou? Harry sempre está a meu lado, harry é corajoso, amigo e LEAL! E acima disso tudo ele é o meu NAMORADO!
Ela subia na escadinha que dava para a estante, colocava os livros, nervosa quando o escutou.
- Ah, quer saber? Dane-se! Faça o que você quiser da sua vida!!! Eu não tenho nada a ver mesmo... Fique com o seu heroízinho que eu tenho mais o que fazer... Não vou perder meu tempo com isso! Já cansei dessa droga!!! Já cansei de você!! – ele gritara de baixo dá escada, a segurando para não deixar a garota cair. – E se você ACHA que se esconder atrás do Potter é melhor, BOA-SORTE!!! Porque você vai precisar, vai chorar muito por ele, escreve o que eu to te dizendo!!! Você vai chorar muito por ele!!! E vou deixar bem claro que... EU NÃO GOSTO DE VOCÊ! EU SÓ FIQUEI COM VOCÊ, POR IRONIA DO DESTINO!!!! UMA ENORME IRONIA DO DESTINO!!! – ele berrara.
Hermione o olhara de olhos arregalados.
- Pra mim, agente JAMAIS TEVE ALGO! Você é patético Malfoy! E pode ter certeza de uma coisa, eu preferiria mil vezes chorar por Harry do que ter que chorar por um IDIOTA QUE NEM VOCÊ! - ela disse do alto da escada olhando para baixo, sentiu suas pernas bambearem "perfeito momento pra me lembrar do meu medo de altura!", ela pensava.
Draco olhava Hermione de baixo da escada... “Eu precisava acabar com essa história... e acabei! De uma vez por todas... Agora, vou esquecer essa garota! Vou esquecê-la!!!” .
"Eu não vou cair, eu não vou cair, eu não vou cai... QUEM EU TO ENGANANDO? EU VOU CAIR!!!" Ela pensava e fechava os olhos.
Abriu os olhos, tudo ainda girava. "Socorro...” .
- O que foi, Granger? Tá com medo de cai daí de cima, é? – Draco perguntou em deboche...
- É-é claro que NÃO! NÃO ENCHE MALFOY! - Ela berrara. Preferia morrer a ter de pedir ajuda a ele. "Merlim se você me ama, me ajudaaa...".
- Ih, olha a grosseria! Eu só perguntei... Perguntar não ofende! – ele falou ainda debochando.
- Vo-você é IRRITANTE, SABIA? - Ela fechava mais os olhos. "Harry? Rony? Merlim? Qualquer um apareça e me ajude!!! Menos esse loiro..."
- Ih, caraca, garota!!! E você é maluca, sabia?
- Sai de baixo que eu quero descer Malfoy! - Ela falava um pouco desesperada.
"É isso aí, Mione! Um degrau após o outro você olha pra cima e consegue... Vai você consegue... Merlim me ajude...".
- Precisa de ajuda ai? – Malfoy falava ainda debochando, com um sorrisinho irônico.
- Não preciso de ajuda nenhuma! Não sou nenhuma criança com medo de altura, Malfoy! E esperando de você, você bem que vai me deixar cair! - Ela falava grossa e olhando para cima.
Ele saiu de baixo da escada... indo para o lado dela... E ficou a observar a garota descendo.
Ela foi descendo calmamente, olhando para cima, faltavam apenas dois degraus quando pisou em falso e fechou os olhos bruscamente.
Draco, por impulso, foi até ela e a segurou para que essa não caísse... Ficou a encarar aqueles olhos castanhos...
- É... Não precisa mesmo da minha ajuda, né? - ele perguntou ironicamente.
- Ham... - Ela ficara sem palavras - Pode me colocar no chão ou tá difícil? Afinal, pelo que eu saiba, você não gosta de mim, somos inimigos eternos e simplesmente você não se importa comigo... - Hermione estava cansada daquele joguinho dele.
- Ah, tá... desculpa te impedir de comer o chão... Dá próxima vez, me lembre de que “somos inimigos eternos”. Acontece que, se eu te deixasse cair você faria um showzinho e inventaria que a culpa foi minha. Não quero problema pro meu lado, valeu?
- Você que sabe, Malfoy! - Ela dizia o olhando com raiva. - Que pena que você e Harry não são iguais! - ela virava de costas e voltava a arrumar uns livros.
- Por quê?
- Por que o que? - Ela erguia a sobrancelha.
- Por que “que pena”? – ele perguntara intrigado.
- Simples... Harry sabe lutar pelo o que quer, e é uma pena que você não tenha essa qualidade! - Ela virara-se novamente para os livros, realmente aquele jeito dele a irritava.
- Ah, claro... Santo Potter, um exemplo de cara perfeito! – ele falou com ironia. “Sabia que ela ia falar isso! Ela só fala desse cara! Incrível como ela sabe me tirar do sério! Maldita garota!” .
- Ham? - Ela ergueu a sobrancelha e virou-se para encará-lo. - Definitivamente você tem problema!
Ela falara num tom serio e voltava a arrumar os livros.
- Você que falou! Você é maluca! Acaba de falar que queria que eu fosse que nem o Potter, que eu lutasse por você! E depois vem com essa de que EU tenho problema!
- Sinceramente, antes um cara que luta pelo que quer e SABE O QUE QUER, do que um que fica parado! Harry tem força de vontade e isso é o que eu mais admiro nele! - ela fava com sinceridade. - Agora se me der licença eu tenho que arrumar esses livros! - Ela dizia se virando carregando vários livros nos braços.
- Você realmente tem um problema! E sabe qual é, Malfoy? NUNCA SABER O QUE QUER E NUNCA LUTAR PELO QUE DESEJA!!! - Ela berrara aquelas palavras. - Agora se me der licença eu tenho LIVROS pra arrumar! - Ela dizia se virando carregando vários livros nos braços.
- Tá vendo? Lá vem você com essa droga de novo! E depois diz que eu tenho problema... Você falou um monte de vezes que queria que eu lutasse por você! E depois fala que não! Maluca! Outra coisa, NUNCA DIGA NUNCA!!! Você de nada sabe. E EU LUTO PELO QUE DESEJO SIM! QUE DROGA! – ele berrara.
- E ENTÃO ME RESPONDE, MALFOY! O QUE VOCÊ DESEJA? PORQUE EU NÃO FAÇO MAIS IDÉIA DO QUE VOCÊ QUER OU NÃO!!! - Ela berrara e jogara os livros no chão fazendo um tremendo barulho, ela mesma se assustara com sua atitude, estava perdendo a cabeça.
- VAMOS FAZER UMA TROCA? VOCÊ FALA O QUE DESEJA E EU DIGO O QUE EU DESEJO! – ele berrara no mesmo tom que ela.
- COMO VOCÊ QUISER!!! E EU TE FALO PRIMEIRO O QUE EU DESEJO! EU DESEJO QUE VOCÊ PARE DE SER UM COMPLETO IDIOTA E TOME UMA ATITUDE NESSA SUA DROGA DE VIDA!!!
- E QUAL ATITUDE VOCÊ QUER QUE EU TOME? – ele continuara berrando.
- Se você não sabe... Não sou eu que vou te responder! - Ela abaixava-se e recolhia os livros no chão.
- OK! VOCÊ QUER QUE EU TOME UMA ATITUDE? ENTÃO VOCÊ VAI TER UMA DROGA DE UMA ATITUDE! – ele gritara e logo a empurrara contra a estante, pressionando seu corpo, e a beijara com todo fervor que possuía... Não queria saber de nada só daqueles lábios, daquela língua... Ligara o “dane-se” para a guerra e todo o resto!
Hermione surpreendera-se com a atitude dele e correspondia o beijo da mesma forma, agarrou os cabelos loiros dele os bagunçando. Beijá-lo era o que ela desejava, mas a imagem de Harry veio a sua cabeça junto com um sentimento de culpa, foi o afastando devagar, parando os beijos aos poucos, pousando as duas mãos em seu tórax e o afastou.
- Não... - Ela sussurrou.
- POR QUÊ? NÃO ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA? QUE EU TOMASSE ATITUDE! – ele gritara. Ela havia conseguido... depois de tanto tempo, ela conseguiu o que queria e agora reclamava... Ele não podia beijá-la... Não podia!!! Mas ela o tentava... O fazia ver o outro lado da coisa... E agora, parou de beijá-lo e falou “não”... Essa era a fala dele!
- Não posso fazer isso com Harry! - Ela olhava para o chão. - E sei... Que se eu e você tivéssemos algo você não me assumiria... É errado... Além do mais... Eu sou uma sangue-ruim... - Ela completou tristemente se soltando dos braços dele e voltando a recolher os livros que estavam no chão.
- AH, DESISTO, VALEU? VOCÊ É MALUCA!!! FICOU ME ENCHENDO COM ESSA HISTÓRIA DE “VOCÊ NÃO TOMA ATITUDE!” VOCÊ ISSO... VOCÊ AQUILO E AGORA VEM COM ESSA DE “NÃO POSSO FAZER ISSO COM O HARRY!” QUE SACO, GAROTA! AGORA, SAIBA QUE NÃO TEM VOLTA! NUNCA MAIS VOU FICAR COM VOCÊ! E EU NUNCA TERIA ALGO SÉRIO COM VOCÊ... MUITO MENOS TE ASSUMIR... PORQUE VOCÊ É UMA SANGUE-RUIM! E EU TO CANSADO DE VOCÊ! CANSADO DESSE SEU MUNDO IMAGINÁRIO QUE EU NÃO FAÇO PARTE E NUNCA VOU FAZER! – ele berrara... Botara tudo pra fora.
- É melhor assim... - Ela falara num sussurro, lágrimas encheram seus olhos e ela colocou os livros nos braços, uma lágrima teimosa escorreu de seus olhos e ela olhou para Draco, abaixou a cabeça e passou por ele indo colocar os livros na estante, o que mais a duera era ele afirmar que a considerava uma sangue-ruim. “Droga, Mione para com isso! Ele te acha isso desde sempre! Pra que me preocupar com isso agora?”.
Malfoy saíra com raiva do local... Abrira a porta que levava a Seção Restrita que estava aberta para que eles organizassem os livros de lá, e a fechou estrondosamente.
Hermione apenas o observou de longe, voltou a arrumar os livros, não sabia o porquê, mas estava se sentindo péssima, levou a mão à têmpora, sua cabeça latejava.
Draco, sentado-se à mesa, ficou a fitar o teto com as mãos na cabeça murmurando várias vezes: “Idiota!” ou “Droga!”. Não sabia nem no que pensar.
- Ai... - Ela gemeu de dor, e sentou-se no chão. - Mas que droga eu nunca senti isso antes... - Ela fechava os olhos lentamente e tentava os abrir estava tudo desfocado então resolveu fechar de novo.
Draco suspirou fundo, contou até dez, abriu a porta, Hermione dormia no chão. Um anjo... Doçura... Ela estava lá... linda como sempre, serena. Esqueceu o que ela tinha lhe feito e se aproximou.
Hermione estava deitada de olhos fechados, sua cabeça doía muito, nem se deu conta de um certo loiro se aproximando.
Ele sorriu e sentou-se no chão, ficou a observá-la. Seus olhos começaram a se fechar estava com sono... muito. Mas não podia dormir, ainda tinha a detenção e a monitoria para fazer junto com a Granger.
- Ai... - ela murmurou levanto a mão à têmpora novamente, uma lágrima saiu de seus olhos.
Ele seguiu a lágrima com o olhar. Deitou ao seu lado e ficou a fitar o teto... Seus olhos fecharam e ele adormeceu junto a Hermione Granger, quem diria.
Hermione abrira os olhos lentamente e vira a imagem destorcida de alguém deitado a seu lado, fechou os olhos e levou a mão ao braço de Draco o sacudindo.
- Ma-Malfoy... - Ela dizia num sussurro quase sendo um gemido. - Ma-malfoy...
Draco não acordara... Estava em um sono tão profundo. Ouviu alguém o chamar. Tentou abrir os olhos, mas o cheiro que exalava no local o deixava tão calmo que voltou a relaxar e não os abriu.
Hermione decidiu não insistir mais, aproximou-se dele e encostou sua cabeça no ombro do rapaz, sua cabeça estava latejando tanto e aquele chão gelado não estava ajudando, pensou que aquele ombro fosse um tipo de travesseiro aconchegante e adormeceu.
Malfoy sem nem perceber passou seu braço pelo corpo da garota e a abraçou pela cintura. Era a primeira noite em que seu pesadelo não se repetira há muito tempo. Estava tudo perfeitamente calmo... Livros espalhados pelo chão e um casal de inimigos dormindo abraçados naquele chão quente. Quando, de repente, uma voz em alto volume acorda os dois adolescentes, de susto e os faz perceber como haviam dormido:
- O que significa ISSO????? – Professora de Transfiguração, senhorita Minerva McGonagall gritara tão alto que se Madame Prince estivesse em seu trabalho daria um enorme sermão sobre silêncio em bibliotecas.
- Ai minha cabeça... - Hermione gemeu baixinho, por mais que quisesse der explicações a professora não havia como parecia que tinha fadas mordentes dentro de sua cabeça.
A única coisa que Draco Malfoy fez, sem nem ter percebido quem havia gritado, fora perguntar:
- Ai, meu Merlim! Que horas são?
- Por favor, não grita... - Hermione gemera mais uma vez, tampando os ouvidos com a mão.
Ele virara bruscamente para o lado... Lá estava ela... ELE HAVIA DORMIDO COM ELA! “OH, MEU MERLIM! O que foi que eu fiz?” ... Virara para a porta e vira McGonagall... “Pronto... to ferrado!”.
"Por que raios eles tem que gritar tanto? Juro por Merlim que se num tivesse com essa dor eu mesma falaria algo... Mas aiii que dorr... Peraí? Eu DORMI COM O MALFOY? Ai minha cabeçaaaaa".
- NÃO ME FAÇAM PERGUNTAR DE NOVO!!!! – McGonagall gritou.
- AIIIIII MINHA CABEÇAAAAAAAAAA!!!!! - Hermione urrou de dor e levou a mão à têmpora. - Desculpa professora... - Ela murmurou. - É que tá doendo demais... - Lágrimas saiam dos olhos de Hermione.
Malfoy a fitou e depois passou os olhos pelo lugar onde estava. Até encontrar os olhos da vice-diretora.
- Vão me responder ou tá difícil? – ela parou, pensou e continuou. - De qualquer forma duas semanas de detenção por esse abuso e por não terem cumprido com seus afazeres... Acho melhor irem dormir deixem suas explicações e nossas conversas para amanhã. – ela falou severa. - Malfoy, leve a senhorita Granger até sua torre, não queremos que algo mais aconteça... Esqueçam o resto da monitoria... Não quero mais problemas.
- Não precisa de ele me levar! - Hermione falava se levantando, mas logo desequilibrando, sua cabeça parecia que iria explodir. - Só preciso de um tempo pra me agüentar em pé... Ai...
- Não, não, Granger! Eu faço QUESTÃO! – ele falou de um jeito irritantemente gentil.
McGonagall se pergunta coisas, baixinho:
- Como Dumbledore pode ter feito isso? Como é que eles foram parar daquela maneira? O que aconteceu aqui? Por que ele a tratou assim?
- Se eu não tivesse com tanta dor, eu não aceitaria sua ajuda Malfoy! - Ela falara seca ainda com a mão na têmpora.
- É o mundo se acabando... - Murmurou McGonagall.
- Viu, professora? Isso só porque quero ajudá-la.
- Sr. Malfoy leve-a para a torre, não quero mais discussões ouviu Srta. Granger? - Hermione apenas fez que sim com a cabeça. - Ótimo! Agora vão que já é tarde! Conversaremos pela manhã sobre esse comportamento de vocês!
Malfoy a pegou pelo braço e a levou pela porta... “E lá vamos nós!” , ele pensou.
Estavam subindo as escadas quando Hermione segurara a mão dele, sentiu uma onda de choque por todo seu corpo.
- Malfoy... To cansada... Espera um pouco... Minha cabeça tá... Explodindo... - Ela dizia apertando mais os olhos.
- O que houve agora, Granger?? – ele perguntou já insatisfeito e sem paciência. “Que noite!” .
- Minha cabeça... - Ela dizia num tom choroso que lembrava a de uma criança de dois anos de idade. - Tá doendo muito... Eu não falaria se não tivesse doendo tanto... Não sou de drama... - Ela abria os olhos que estavam por demais avermelhados.
- Meu Merlim, Granger! O que foi que aconteceu? – Draco se assustara ao ver os olhos da menina.
- Não sei... - Ela dizia sincera. - Minha cabeça tá doendo e tá tudo rodando... Meu olho tá coçando... - Ela coçava os olhos com as costas da mão. - To vendo... Ham... Dois de você! Um já é irritante, agora dois? Só pode ser brincadeira... - Ela forçava um sorriso e se apoiava no corrimão da escada.
- Me diz uma coisa, Granger, você acha que consegue andar? – ele perguntara. Estava começando a ficar preocupado.
- Ham... Se tiver quatro escadas a minha frente, acho que consigo... - Ela dizia sorrindo amarelo e fechando os olhos.
- Ok... – ele disse vagamente.
Malfoy, simplesmente, respirou fundo e pegou Hermione no colo. Aquela que preferira Harry Potter a ele. Aquela sabe-tudo, sangue-ruim. Aquela esquetadinha que ele tanto adorava.
- O que você está fazendo... - Ela perguntou num gemido de dor ainda de olhos fechados - Por que você tá fazendo isso?
- Você não esperava que eu te esperasse poder andar, né? – ele perguntou em deboche... Estava preocupado.
- Obrigada... - Ela murmurou e acomodou a cabeça no ombro dele, estava doendo tanto que logo pegou no sono.
- Agora, shhh! Para de falar. Isso só piora você. – ele falou com calma na voz.
A garota adormecera, se alguém lhe dissesse um dia que iria dormir no colo de Draco Malfoy no mínimo ela internaria a pessoa no St. Mungus permanentemente.
Draco ficara a observar durante muito tempo... Até chegar ao local onde queria. A botara no leito da ala hospitalar e a chamou.
- Granger... Granger. – Sua voz suave no ouvido da garota.
Hermione sentia que alguém lhe chamava, mas sua cabeça estava explodindo e só pensar na hipótese de falar algo ou de abrir os olhos lhe fazia sentir mais dor, continuou do jeito que estava.
- Meu Merlim, Granger! Não pode ficar me dando esses sustos, sabe? – ele falara sozinho. Ficou a fitar aquela beleza incomum... Como podia aquela garota ser tão bonita. A olhara preocupado... E foi chamar a Madame Promfey.
- O que faz aqui há essa hora, senhor Malfoy? – ela perguntou severa, após ele ter a acordado.
- A Granger desmaiou enquanto a levava ao seu dormitório.
- Ok... vou dar uma poção a ela... Pode ir.
- Não. Estou morrendo de dor de cabeça e está tudo rodando. – Draco encenou para não sair de lá. Queria ter certeza de que ela estava bem.
Madame Promfey deu algumas poções para Hermione e mandou Draco ir dormir... Mas ele não conseguiu pregar o olho. Ficara observando a garota até ela abrir os olhos, no meio da madrugada.
- Aonde eu estou? - Ela perguntava para si mesma. - Aposto que é mais um daqueles pesadelos ridículos! - resmungava e tentava se levantar, quando de pé quase caiu. - É eu ainda não tô bem... – Ela dará um sorriso amarelo.
- Ah, Granger! Graças a Merlim! – Malfoy se levantou e a abraçou. – Você está melhor? – ele falou se recompondo após seu ato que até surpreendeu o próprio.
- Ham... Eu devo tá muito doida mesmo, ou eu estou tendo um daqueles sonhos esquisitos ou então... QUEM É VOCÊ E O QUE FEZ COM O MALFOY? - Ela fazia uma cara assustada que ao mesmo tempo era cômica.
- Não quero problemas pro meu lado. – ele falou sério. “Agora estamos quites... Lembra do trem?” ... Ele rira.
- Ham... Tá legal... É um daqueles sonhos malucos né? Ai caramba tá tudo rodando de novo... - Ela se apoiara na mesinha. - Ham... Aposto que agora você fala que é a minha consciência e começamos a discutir, não é? - Ela apontava para ele.
- É... ai eu lembro o que você fez comigo essa noite... E você não consegue dormir por três semanas com a consciência pesada. – ele falara sério. “Da onde eu tirei isso?”.
- Ham? - Ela piscava duas vezes, e deitava na cama. - Realmente uma consciência irritante só poderia ter a aparência do Malfoy! - Ela girava os olhos e se cobria com o lençol - Agora você vai falar “Eu sei que você deve assumir que ama alguém, mas quem deve ser esta pessoa...” Caraca, eu quero acordar, alguém me belisca!!!
- “Eu sei que você deve assumir que ama alguém, mas quem deve ser esta pessoa...” Hã? Você é doida, garota! – ele a olhou e sentou-se na beirada do leito onde ela estava e ficou a fitar aqueles olhos castanhos. Os azuis nos castanhos. Os castanhos nos azuis.
- Hum? Malfoy? Eu não tô tendo um daqueles sonhos esquisitos? - Ela piscava os olhos.
- Se você está tendo um sonho esquisito, eu estou tendo um pesadelo. – ele falou sem tirar os olhos dos da garota.
- EU NÃO ACREDITO!!! - Ela gritara, mas em seguida sentira uma tontura e voltava a se deitar. - Ai... Eu preciso avisar o Harry que eu estou aqui... - Ela murmurava. - Ele e Rony estão me esperando para ajudá-los no dever de poções... Eu vou lá estou melhor e... - Ela ia se levantando novamente sentindo uma grande tontura. - Me ajuda a chegar até a minha torre? Eu não pediria se conseguisse, ok?
- Sinto muito, Granger. Mas se eu te tirar daqui, aquela maluca que chamam de enfermeira vai me matar... E, além disso, eu estou com dor de cabeça e tonto, sabe? Não posso sair daqui, nem você. E é bem provável que seus amiguinhos já tenham ido dormir. É madrugada, se você ainda não percebeu.
- Eles devem estar furiosos comigo... - Ela falara para si mesma. - Não devem ter conseguido terminar a tempo... Aonde será que tem um pergaminho e uma pena...? Eu posso tentar fazer aqui... -Ela parecia conversar consigo mesma e Draco a olhava.
Draco a observara sorrindo... Aquele jeito maluco dela. Como mudava de humor... Uma hora gritando que nem maluca. Na outra, graciosa e sorrindo e daqui a pouco, louquinha louquinha. Ele rira.
- Granger, acho melhor você relaxar. Eles podem se virar sozinhos. Se você fizer o trabalho deles, eles nunca vão aprender. Embora, eu duvide que o besta do Weasley aprenda algo mesmo com você. Não sei nem como ele chegou até aqui, mas tudo bem. – ele falava normalmente. – Agora, já tenho uma idéia do porquê você ter ficado assim. É muito peso. Muita responsabilidade. Muita coisa nessa cabecinha. – Ele disse tocando a testa dela e sorrindo.
- Eu estou acostumada... - Ela forçava um sorriso. - Eles precisam de mim! - Ela levantava-se com dificuldade. - Além do mais o Snape vai tirar no mínimo 100 pontos da Grifinória se o dever deles não estiver feito e correto! Aonde será que eu arrumo um pergaminho e uma pena? - Ela procurava dentro de um armário de Madame Pomfrey.
- Eu cuido do Snape. Agora relaxa. Não acho que vai sair daqui tão cedo, sabe? Volte para cama. Você ainda não está em condição de...
- ARRÁ!!! Achei um pergaminho! Falta uma pena! - Ela dava um enorme sorriso.
Draco avistara a única pena do lugar e a escondeu sem ela perceber por debaixo de suas vestes.
- Você, por acaso, ouviu o que eu falei? – ele perguntou.
- Ham... Sim... Mas como diz Harry eu sou teimosa demais! Bem... Vamos lá, aonde tem uma pena por aqui...? Droga eu jurava ter visto uma... - Ela levava a mão à cabeça novamente ainda tinha uma dorzinha constante.
- É... parece que não tem nenhuma pena aqui. - Não queria passar a madrugada toda com ela fazendo o dever dos amiguinhos. ““Mas como diz Harry eu sou teimosa demais!” Oh, Harry, é o cara mais perfeito que eu conheci.” .
- Humm... Vou ter que ir então lá no meu dormitório! Fale pra Madame Pomfrey que eu melhorei e fui para meu dormitório! Eu me viro com ela depois... - Ela dizia se apoiando na parede.
- Você não vai a lugar nenhum, Granger... Granger, volte já aqui! – ele gritara e foi atrás dela.
- É impressão minha ou você tá preocupado comigo? - Ela erguia uma sobrancelha.
- Se eu estiver, vai fazer voltar pra cama, sim, eu estou. – ele falou, perdendo a noção do que estava falando.
- Agradeço a preocupação, mas os garotos precisam de mim! Olha, eu tô bem! Nem precisa se preocupar... - Ela franzia o cenho, odiava quando achavam que ela era incapaz ou simplesmente a tratavam como uma boneca de porcelana que poderia se quebrar.
- Ah, Granger! Quer saber, se vira! Que saco isso! – ele falara vencido e com raiva.
"Ai que droga, tá tudo girando novamente e...". Ela não completara o pensamento já que tudo ficou preto.
Draco correu até ela e a segurou antes que esta caísse.
- Viu, Granger? Isso é pra aprender a me ouvir.
Hermione ainda estava inerte, era como estar num sono profundo, a única coisa que ela sentia no momento era frio, muito frio. Arrepiou-se por completo e aconchegou-se no colo de Draco sem saber o que estava fazendo, ela precisava de algo quente para aquecê-la, e naquele momento a única coisa "quente" ali era o corpo do loiro.
Draco a abraçou. Não queria perdê-la. O mundo fora daquela ala não importava pra ele. Ele estava em um mundo próprio. Um mundo só deles e de mais ninguém. Os dois se sentaram no chão, abraçados. Quem poderia imaginar uma cena dessas.
Hermione começara arder em febre. Ela jamais ficava doente e parecia que naquele momento ela estava ficando até demais, suas bochechas ganharam uma cor rosada e ela suava muito, no entanto ela estremecia de frio. Ela se via num tipo de pesadelo estranho onde todos morriam, Harry, Rony, seus pais, Hagrid... Era uma cena atrás da outra, ela chorava e vinha à imagem de Voldemort a sua frente.
- Voldemort não o mate... Não... Por favor... - Ela sussurrou.
Draco percebeu que a garota estava fervendo. E a ouviu resmungar. “No mínimo, o santo Potter!” , ele pensara. E a carregava até o leito.
- Malfoy... - Ela sussurrou. - Não... Morra.
O pesadelo era terrível, e ela desesperava-se ao ver Voldemort e Draco duelando em seu pesadelo, e por fim Draco recebera um "Avada Kedrava", todos estavam mortos e Voldemort gargalhava.
- Não... - Ela chorava.
Ele ficara surpreso com o que Hermione falara. Ela começava a piorar. Sua febre aumentara. Ele tentou acordá-la em vão:
- Vamos lá, Granger! Não me deixe na mão! – ele a balançava – Eu falei pra você parar de querer fazer tudo... Acorda, Granger! Acorda logo!!! – ele começara a gritar. Desistiu, foi até Madame Promfey e a acordou novamente.
- O que é, agora, Malfoy? – ela perguntara, rabugenta.
- A Granger... Ela piorou, senhora. Tá ardendo em febre e delirando.
Ela correra até a cama da menina, que ardia em febre.
- POR MERLIM! - Ela levava a mão à boca. - Deite-se Sr. Malfoy, que eu cuidarei da Srta. Granger...
Ela pegara um cortinado e o fechou para examinar Hermione. Draco ficara fitando o cortinado por um bom tempo.
Alguns minutos depois M.Pomfrey saia de lá com uma expressão que misturava alivio e preocupação ao mesmo tempo, olhou para a cama de Draco, ele ainda estava acordado.
- Pelos céus! O Sr. está fazendo o que ainda acordado Sr. Malfoy?
- Ela está bem? – ele perguntara, ignorando a pergunta e o comentário da maldita enfermeira.
- Oh sim, sim, está melhor! A Srta. Granger está com apenas uma gripe forte, melhorará em breve se ela ficar quieta, mas creio que ela também está com muito peso em suas costas... – Madame Pomfrey soltava um longo suspiro.
- Já falei muitas vezes para ela relaxar, mas simplesmente ela não escuta. – Draco a interrompeu.
- Graças a Merlim que ela arranjou um namorado como você, Sr. Malfoy! Assim ela pode começar a descansar e cuidar mais de si mesma e ter alguém para cuidar dela também me deixa aliviada! Boa menina esta Srta. Granger, realmente uma boa menina.
- Como é? – ele se assustou com o que a enfermeira disse. – Não, senhorita. Ela não é minha namorada. – ele falou, sem ironia nenhuma, sorrindo.
- Oh... Uma pena! O Sr. parece gostar muito dela! – Madame Pomfrey dava um sorriso amável. - Mas se bem que tem aquele garoto muito simpático, o Sr. Potter! Ora, parece que a Srta. Granger é bastante disputada! - Ela ria mais uma vez. - Saiba que estarei torcendo por você Sr. Malfoy! - Ela dava uma piscada e saia andando.
- Pelo menos, alguém prefere a mim do que a ele. – ele falou vagamente, com desdém. “Hermione Granger e Santo Potter, dois carmas que me perseguem.” .
Hermione abrira os olhos lentamente e sentou-se na cama, abriu o cortinado, estava sentindo algo ruim dentro dela, precisava ver Harry, Rony e até mesmo o irritante do Malfoy, precisava saber se estavam todos bem, assim que abriu o cortinado deu de cara com o loiro, não agüentou segurar as lágrimas nos olhos, chorou.
- Você não vai passar mal de novo não, né? – ele perguntara com um sorriso amarelo.
- Não... - Ela dizia num suspiro. - Preciso ver Harry e os outros... Preciso ver se eles estão bem... Eu... - Ela mordia o lábio inferior, não conseguia dizer que havia visto todos mortos.
- Você não precisa ver ninguém, Granger. Agora, o que você precisa é descansar. Eles ainda não morreram. Vai por mim.
- Como você...?
Ela não conseguia falar. Como ele sabia do sonho dela?
- Como eu o quê? – ele perguntou.
- Não é nada... - Ela suspirara fundo. – Obrigada, Malfoy...
- Que milagre! Hermione Granger agradece Draco Malfoy! Dá até primeira página do Profeta Diário. – ele falara irônico e rira.
Hermione riu ao comentário dele.
- Incrível como você sabe estragar um momento! - Ela sorria sincera. - Pelo visto você prefere quando eu te bato não é? - Ela dava um sorriso sapeca.
- É... prefiro quando você me bate... QUANDO TEM MOTIVO! – ele riu.
- Oh, ele assumiu que é masoquista! - Ela gargalhara. - Bem... É melhor irmos dormir já está tarde... Boa-noite, Malfoy...
- Meu Merlim... Nem acredito que um dia iria ouvir isso de você. Boa-noite, Granger. Embora eu ache difícil eu conseguir dormir.
- Também estou sem sono... - Ela falava dando um sorriso. - Insônia... Tenho desde pequena... Ham... Poderíamos tentar conversar civilizadamente?
- Pode ser. Também tenho insônia... E não gosto muito de dormir.
- Hamm... Ok! Vamos falar sobre... - Ela pensava. - JÁ SEI! Uma coisa que sempre quis te perguntar! - Ela sorria largamente enquanto se deitava na cama. - Quantas garotas você já ficou em Hogwarts?
- O que é isso, Granger? Agora está a fim de saber sobre... como foi que você disse mesmo, ah, é... minhas relações amorosas, é? Pelo que eu me lembre... ela não tem nada a ver com você, não é mesmo? – ele sorriu vitorioso. Sentando-se na beirada da cama da garota.
- Ah... - Ela corava um pouco. - As Patil e a Brown vão ficar satisfeitas com a informação, você é bem comentado no mundo feminino! - ela ria.
- Avise-as que isso não é dá conta delas. E... que eu sou bem comentado entre as mulheres, isso não é nenhuma surpresa, sabe? Também, né? Um cara como eu... qual mulher dispensa?
- Por Merlim! Eu dispensaria! - Ela ria. - A aparência não é tudo, Malfoy! Mas vai respondeeee... - Ela sacudia o ombro dele como uma criança pequena. - Quantas?
- Não tem como eu contar, Granger. Não faço a mínima idéia.
- Ai credoo!!! - Hermione levava a mão à boca. - Sai de perto de mim, Malfoy! Isso é nojento!!! - Ela se afastava dele rindo.
- Granger, eu só fiquei com elas... Nada demais.
- Mas pelo visto foram vááárias! As Patil vivem comentando de seus agarramentos com a Parkinson! Isso é nojento, Malfoy! - Ela girava os olhos. - Seria a mesma coisa de você ver eu e o Rony nos agarrando nos corredores! Arghhh nojento!
- Ah, Granger! Fala sério! Vai falar que você nunca pegou um cara? – ele desdenhou.
- Ham... Contando com o Harry e o Krum... Apenas dois... - Ela sorriu levemente.
Ele passou a mão pelo cabelo e sorriu de um jeito galanteador.
- E eu? Não conto, não? – ele perguntou ainda sorrindo.
- Ah! - Ela corou furiosamente. - Digamos que isso ficará só entre nós já que eu tenho namorado... E pelo fato de nos odiarmos... - Ela ria um pouco sem jeito. - Ham... Outra pergunta... Esse seu relacionamento com a Parkinson... Afinal que RAIOS é isso?
- Nada. – ele falou simplesmente.
- COMO ASSIM NADA????? Vocês sempre se agarram por aí!!!
- E daí? – ele falou com uma cara de quem estava querendo entender alguma coisa.
- Você é... Nojento! - Ela falava séria. - Você é muito... Galinha! - Ela ria amarelo. - Sair agarrando as garotas por aí e depois as tratar mal! Isso é... Terrível! Sabe quantas garotas já choraram por sua culpa?
- Eiii! Peraí! Eu só fiquei com elas, sem compromisso. A Parkinson não é nada minha. E eu já falei isso milhões de vezes, mas ela não vive sem mim... O que posso fazer? Sou irresistível! – ele falou voltando ao sorriso galanteador.
- Você já pensou que ao ficar com elas... As ilude? - Hermione falara seria. - Sabe não é nada legal o jeito que você trata a Parkinson... Eu sinto até pena dela... - Ela abraçava seus joelhos e depositava a cabeça neles. - Parkinson pode até ser uma namorada legal... Sei lá... Você devia pegar mais leve!
- Você tá maluca? A garota é um grude... Fica perguntando onde eu estava, com quem eu estava, fazendo o quê... Isso sem nem ser minha namorada... Imagina se fosse! Além disso, não vivo para uma mulher só.
- Ah... - Hermione o fitara, séria. - Entendo... Bem vou dormir boa-noite! - Ela deitava na cama com o cenho franzido. Realmente não havia gostado da resposta dele.
- Ok. É melhor você descansar. E... Eu não vivo para uma mulher só, a não ser que... – ele começara a levantar da cama.
- A não ser que??? - Ela sentara-se novamente na cama e o olhara curiosa.
- Nada... Deixa pra lá. – ele falara fazendo um gesto com as mãos e balançando a cabeça para afastar os pensamentos absurdos.
- Fala... - Ela o olhara, séria. - Tá tudo bem, não quer falar! - Ela emburrava cruzando os braços e fazendo bico.
- Besteira minha, Granger! Não vale a pena! – ele falou a fitando. Ela parecia uma criança emburrada porque não conseguiu o que queria.
- Não vou te forçar a nada! - Ela continuava com o bico, só faltava fazer birra.
- Por que tá tão interessada nisso agora, hein Granger? – ele perguntou tentando fugir dela... Sentou-se em seu leito e continuou a fitá-la.
- Curiosidade... - Ela mostrava a língua.
- Sei... Não tem problema, Granger... Eu sei... Deve ser um sacrifício não resistir a mim.
- Pelo que eu sei... Quem anda me agarrando aqui é você Malfoy! - Ela ria vitoriosa. - Até que você dá pro gasto, sabe? - Ela ria.
- Como é que você sabe, Granger? Só ficou com dois caras... – ele falou em deboche.
- Ah então você está dizendo para eu sair galinhando por Hogwarts? - Ela gargalhava. - Cuidado Malfoy, eu posso seguir seus conselhos! - Ela se acabava de tanto rir.
- Não, Granger! Estou dizendo que você não tem condição de avaliar ninguém. – ele falou com uma cara de indignado pra ela. – Agora, vai dormir, vai!
- Agora que a conversa ficou interessante? Não vou mesmo! - Ela ria. - Por que EU não tenho condição de avaliar ninguém? - Ela fazia bico novamente.
- Simplesmente, porque você só ficou com DOIS caras! Agora, para de falar e vai dormir... Precisa descansar. – “Pelo menos, Draco, acabou o assunto de “não viver para uma mulher só, a não ser que...” Isso já é um avanço!” , ele pensava.
- Chato! - Ela mostrava a língua. - Hey! Só mais uma pergunta... Por que você... ham... Tá ham... "Legal" comigo? Pelo que eu saiba você... Odeia a sangue-ruim...
- Pergunte-se isso para você mesma... Quem sabe não encontra sua resposta. Boa-noite, Granger! – ele deu um sorriso e apagou a luz da mesinha ao lado de seu leito e virou para o outro lado, de costas para Hermione.
- Mais uma vez eu repito... Você é muito chato, Malfoy! - Ela pulara de sua cama e ia até ele o sacudindo. - Ah vai, Malfoy! Num tem ninguém pra conversar comigo! E eu tô sem sono... Vai... Responde... - Ela o sacudia, como se fosse uma criança.
- Granger, como você consegue? Como consegue ser terrivelmente irritante? – ele falou suspirando derrotado e ligando a luz novamente... – Eu posso até conversar com você, mas NÃO VOU RESPONDER ISSO!! O que acha?
- Chato! - Ela fazia beicinho. - Tá bem! Tá bem! Hum... mas sobre o que agente vai falar? HEY ARREDA PRA LÁ! - Ela o empurrava para sentar-se na cama dele.
- Ai, Granger! Assim eu caio da cama! - ele falara... “Que situação!” – Você que sabe. Que tal me contar como foi que você e o Potter começaram a “namorar”? – ele falou desdenhando a última palavra.
- Ah... Bem... O Harry disse que gostava de mim há algum tempo e já que eu sentia algo por ele... Resolvemos tentar! - Ela sorria, amarelo.
Draco murmurou um “Patético!” e voltou a falar:
- Ah, sim! E ai, a sua varinha explodiu o Potter morreu. – ele debochou.
- Hey! Não sei porque você reclama! Foi você quem perguntou! - Ela fazia cara de brava. - Além do mais eu não ia ficar a vida inteira esperando o cara certo aparecer sabe? Cansa... - Ela dizia olhando tristemente para a janela.
- Então... está me dizendo que o Cicatriz não é o cara certo? – ele perguntou deitado a olhando e levantando os braços mãos, apoiando sua cabeça neles, para relaxar.
- Bem... Não sei ainda... A gente começou a namorar agora, não vou saber se não tentar, não é? - Ela sorria para ele.
Ele deu os ombros.
- Você que sabe...
Ela deitara com a cabeça no travesseiro dele e ficara olhando o teto, em seguida puxando a coberta dele se cobrindo.
- Sabe... Esse seu lado é bem melhor... - Ela sorria.
- Um conselho... Não se acostume com ele. – ele falou ainda indignado com a ação da menina. – Você não pretende dormir aqui, não é Granger?
- Aff... Voltou a ser o babaca de sempre! - Ela revirou os olhos e se levantou bruscamente da cama indo em direção a sua, deitando-se em seguida.
- Ah, Granger! – ele falou se virando pra ela. – Volte pra cá! Só perguntei porque eu não pensei que fosse capaz de deitar com seu “pior inimigo”!
- Eu não volto mesmo! Você me expulsou! - Ela fazia bico. - Além do mais você mesmo disse que era meu pior inimigo... Eu poderia te atacar já pensou? - Ela ria.
- Não tenho medo. Volta logo! – ele ria.
- Não sou o tipo de garota que volta atrás sabe? Se você quiser você que venha atrás de mim! - Ela fazia uma cara sapeca que era muito cômica.
- Sabia que você não teria coragem, Granger! E, além disso, se alguém nos visse na sua cama, você iria dizer que eu te agarrei... Aqui não tem esse problema.
- Sabe... você é irritante! - Ela levantava-se e ia caminhando até a cama dele. - Mas eu poderia dizer que você me arrastou aqui e tentou me matar! - Ela ria maliciosa. - ARREDA PRA LÁ, MALFOY!
- Sabia que iria voltar... Elas sempre voltam. – ele falara com um sorriso maroto.
- Ah então eu sou como as outras? - Ela o olhava, indignada. - Bom saber! Tchauzinho, Malfoy! - Ela ia se levantando...
- Não... foi só uma brincadeira! Você, com certeza, não é como as outras. – ele sorriu enquanto a segurava pelo braço.
- Hum... Melhorou! - Ela gargalhara e deitara-se novamente. - Sabe... Você devia ser sempre assim, Malfoy... Menos irritante! - Ela o olhava nos olhos.
- Digo o mesmo pra você.
- Hey! Eu nunca briguei com você sem motivo! Você sempre me provocou primeiro! - Ela cruzava os braços e fazia beicinho.
- E você sempre andou com o Potter e o Weasley. – ele falou a olhando deitado.
- Eles são meus amigos! - Ela dizia indignada quase subindo em cima dele o olhando bem nos olhos.
- Tá bom, Granger! Agora, deita ai e cala a boca, vai! – ele falou a puxando pelo braço.
- Olha aqui Malfoy! Eu não sou a Parkinson que você a manda calar a boca e ela cala, não, ouviu bem?! E acho que você não entendeu que ser grosso NÃO funciona comigo!
Ela levantou-se bruscamente e deitou-se em sua cama virando de costas para ele. "Quem ele pensa que é para falar assim comigo?".
- Eu só tava brincando, Granger! Para de levar tudo a sério. Mas se prefere assim! Você que sabe! – ele gritara para ela.
Ela não se virou, não gostava que lhe tratassem assim, ela tava até tratando-o bem, deu um suspiro indignado e puxou o lençol para se cobrir ainda de costas para ele.
- Ok, Granger. Amanhã, logo cedo, vou sair da ala hospitalar e você vai ter que continuar aqui por muito tempo, sabe? E eu duvido muito que a Madame Promfey deixe seus amiguinhos entrarem aqui se eu proibir. - ele falou com um sorriso vitorioso e virou de costas pra ela também.
- COMO É QUE É???? - Ela virou-se para ele imediatamente e correu até ele, o sacudindo. - Como assim? Explica isso direito!
Ele continuou virado com os olhos fechados como se estivesse num sono profundo, fingindo que estava dormindo.
- Hum... Eu prometo fazer qualquer coisa que você quiser! Agora VIRA LOGO! - Ela dizia ainda o sacudindo, sem imaginar no peso daquelas palavras.
Ele virou-se bruscamente.
- Qualquer coisa? – ele perguntou com um sorriso malicioso.
- Ham... Err... Só se não for algo constrangedor, imoral ou terminar com o Harry! - Ela falara séria.
- Volta pra cá. Dormi aqui essa noite. Só isso. – ele falou simplesmente.
- Só se você prometer não me tratar mal! - Ela falara com raiva.
- Só se você prometer não me levar tão a sério às vezes.
- Certo... - Ela deitara-se na cama dele o empurrando de leve. - Mas eu ronco, falo, chuto e mordo a noite, já vou avisando!
- Sem problema... Eu também. – ele falou com um sorriso. – Não tinha algo a me perguntar em troca de dormir aqui?
- Sim... - Ela deitava-se de costas para ele. - Por que você faz essas coisas? Quero dizer... Você... Fica diferente ás vezes, e eu acho que... Nada não, esquece! - Ela fechava os olhos.
- Não... pode falar... Eu encaro.
Ela o encarou o olhou nos olhos.
- Por que você tá diferente comigo? Por que você... - Ela fechou os olhos mais uma vez e suspirou cansada. - Eu não consigo entender...
- Por que eu...?
- Por que você tá agindo assim comigo? - Ela ainda perguntava de olhos fechados, estava com medo de cometer uma besteira e acabar o agarrando ali mesmo. "Controle-se, Mione! É o Malfoy, lembra? Não vai pegar bem você ficar agarrando ele por aí! Principalmente porque ele num é de uma mulher só!”.
Malfoy não tinha resposta pra ela. “Boa pergunta! Ando fazendo ela pra mim mesmo há algum tempo!” , pensava.
- Não sei.
- Entendo... - Ela abriu os olhos. - Hamm... Malfoy... Você pode virar de costas? - Ela dizia um pouco corada o olhando nos olhos, aquela proximidade toda não ia ser boa. - Ou melhor! Já sei! Eu durmo na minha cama e você dorme aqui! Todo mundo fica confortável! hehehehe... Vou indo então...
- Vai fugir com a palavra, Granger? – ele perguntou sério.
- Se eu continuar aqui eu vou fazer uma besteira... - Ela falara séria encarando-o.
- Que tipo de besteira? – ele perguntou maliciosamente. – Já dormiu comigo essa noite... E prometo não te tocar. Afinal, foi você que veio pra cá primeiro, não foi?
- O problema não é você me tocar... - Ela deu um sorriso malicioso voltando-se para ele.
- Então, qual é? – ele perguntou sorrindo pra ela.
- Para de me provocar, Draco! - Ela falara séria, mas logo levou a mão à boca. O chamara de Draco novamente e isso não era bom.
- Draco? Tudo bem... Quem é você e o que foi que você fez com a Granger esquentadinha que eu tanto gosto? – “Ok... Eu não estou nada bem...!”.
- Gosta? - Ela ergueu a sobrancelha. - Temos aqui uma revelação! - Ela dizia irônica deitando-se mais ao lado dele, aconchegando-se aos poucos. - Draco Malfoy assume gostar da Granger! É o mundo se acabando! - Ela gargalhava.
- É modo de falar, Granger... Eu? Gostando de você? Só nos seus sonhos. – ele falou irônico.
- Pesadelos! - Ela o corrigia. - Se não gosta de mim por que será que você vive me agarrando, hein? E ainda pedindo para que eu durma com você? - Ela gargalhava, era engraçado, fazia tempo que ela não gargalhava daquela forma.
- É, Granger... Tenho que confessar. Eu te amo... Desde o dia em que te vi. Me apaixonei. Quer namorar comigo? – ele falou brincando e gargalhou também. Era bom estar com ela.
- Não, Malfoy! Ainda não quero ganhar galhos na minha cabeça como os chifres que você vai me botar, ou então ser assassinada pelo seu fã clube! - Ela ria mais ainda.
- Você... eu nunca trairia... E se o problema for as minhas fãs, podemos namorar escondidos... O que acha? – ele ria junto a ela.
- Ah claro! - Ela ria. - Desculpe Malfoy, mas ainda namoro o Harry!
- Não sinto ciúmes. Com tanto que seja minha namorada. – ele ria.
- Não é bem assim que vai me convencer a namorar você, Malfoy! Eu sou exigente! - Ela deitava sua cabeça no tórax do rapaz e continuava rindo, era incrível como ela se sentia a vontade com ele.
- E eu sou perfeito. Viu? Encaixe melhor, não há! Ainda quer o Potter? – ele a olhava em seu peito, os dois ainda rindo. Estava começando a sentir calor.
- Tá certo, a brincadeira acabou! - Ela dizia arfando e limpando as lagrimas dos olhos, havia rido até chorar.
- Ah, que pena! Estava ficando tão bom. – ele falara com um sorriso malicioso.
Ela o olhou e sorriu.
- Definitivamente, esse seu sorriso é pior do que ser agarrada por você! - Ela falara com um sorriso sarcástico.
- Isso porque você falou hoje pra mim que não agüentava ficar tão perto de mim... – ele ia se aproximando cada vez mais – porque não iria conseguir se controlar. – e a abraçou pela cintura.
- Hey! Você disse que não ia tentar me agarrar! - Ela falava rindo. - Você é um pervertido, Malfoy!
- Eu não estou te agarrando, Granger... – ele também ria.
- Ah não? E o que é isso, Sr. Malfoy? - Ela apontava para as mãos dele em sua cintura.
- Um abraço fraternal... Como aqueles que o Potter dá em você. – ele falava rindo... foi quando se tocou que não podia ficar falando do namorado da garota.
- Hey! O Harry não é pervertido como você... - Ela subia mais em direção a ele o olhando nos olhos.
Ele tocou o dedo frio nos lábios da garota, os acariciando...
- Me diz uma coisa... Quem você prefere? Eu ou o Potter?
Hermione gelara naquele momento, ela se sentia bem com Draco, mas também gostava de Harry.
- Hora de dormi! - Ela virou-se de costas para ele.
- Acho que não, Granger. – ele cantarolava. – Responde, agora! – ele ordenou, logo então se lembrou do que ela havia falado... – Por favor.
- Eu não sei... - Ela falou ainda de costas para ele. - Eu... Não posso responder isso, você me atrai e Harry... Harry é alguém que eu sei que sempre vai estar lá para mim... Eu nunca sei o que esperar de você, Malfoy... - Ela suspirara, pesado.
Ele virou-se de costas para as costas dela. E adormeceu. Voltou a ter aquele pesadelo. O de todas as noites.
- Draco... Draco... Acorda... - Ele gemia e ela o sacudia, levou os lábios até a testa dele e deu um singelo beijo - Está tudo bem... Acorda...
Ele acordara e tomara um susto quando viu Hermione Granger tão próxima dele.
- Tá tudo bem, eu tô aqui, ok? Não vou sair do seu lado... - Ela o olhava nos olhos, nem percebeu que estava sentada em cima da cintura do rapaz.
- Hã? – Ele não estava entendendo nada... Só lembrara que aquele pesadelo voltou a o atormentar.
- Você estava... Gemendo e suando frio... Fiquei... Preocupada... - Ela o olhava com carinho.
- Estou melhor agora. Não precisa se preocupar. – ele falava frio.
- Você... - ela saiu de cima dele e deitou-se ao seu lado de costas.
- Eu? – ele perguntou ainda frio.
- É a sua resposta... Boa-noite! - Ela levantou e foi para sua cama, fechou o cortinado e deitou-se, sabia que não iria conseguir dormir, antes de cochilar ela havia pensado em tudo, gostava de Draco, mas não queria arriscar com ele... Ele era instável demais e ia acabar a fazendo sofrer, Harry ela confiava e acima de tudo eram grandes amigos.
Esse era o certo a fazer e Draco sabia. Não podia, simplesmente, ficar com a sangue-ruim. Não podia. Voltou a dormir.
N/ Kitai: sem vontade de coloca n/a to colocando por livre espontanea pressao u.u entao eh isso.. fic tah boa d+ amo escrever ela etc e tal... continuem comentando... Flw ^^\/
N/ ~ Biaa^^: E ai, galerinha? Tão gostando? Tão achando terrivelmente entediante? Tão com vontade de me mandar tomar banho pela minha falta de criatividade absurda? Tão achando que eu estou estragando o grande potencial da Kitai? Comentem! Critiquem!! Elogiem!!! Nós damos esse espaço pra você!!! *viajando legal!*... To amando escrever essa fic... Desculpa a demora... Beijos a todos. E Kitai... Olha esse mal-humor, hein?? hauehauheaueh
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