Os novos monitores
Draco Malfoy entrou no trem com seus pensamentos totalmente dispersos. Era sua mãe que o havia tirado de casa e nem ao menos explicar, ela explicou, era seu pai, que de uma hora para outra, virara a melhor pessoa do mundo e era a sua consciência que o estava deixando maluco com perguntas sem respostas e acusações com e sem fundamento.
Draco ia caminhando até o fim do trem, na última cabine, onde os sonserinos provavelmente estavam, discutindo com sua consciência, como vinha fazendo muito ultimamente.
- Draquinho! Como fora as férias? – Perguntou uma garota com uma voz esganiçada e uma cara de buldog assim que Draco entrara na cabine. “Lá vem a Pansy Parkinson!”.
- Oi. As férias... hum... muito bem. – não sabia bem o porquê, mas não estava disposto a contar tudo o que passara durante a desastrosa semana.
- Draquinho, fiquei com saudades! – "Ai, caraca. Não que a Parkinson não dê pro gasto, mas ô, que garota chata!”.
- Hum... ok. Agora, me solte. – Ele falou frio e foi até a janela ficou observando a paisagem e mergulhou em seus pensamentos.
Estava tão desligado do mundo 'real' que nem percebeu quando uma senhora abriu a porta da cabine:
- Sr. Malfoy? – chamou a professora Minerva McGonagall.
- Sim? – ele falou quando novamente foi interrompido na briga com sua consciência que sismava em esfregar sobre seu impulso na Floreios e Borrões.
- Me acompanhe, por favor. – ela falou muito séria. Draco se levantara e a seguiu pelo trem até uma cabine no inicio dele.
Ao chegar lá, McGonagall falou que já voltaria para conversar com ele.
Hermione entrou no trem junto de Harry, Gina e Rony. Sua cabeça estava a mil por hora, apenas ver aquele loiro asqueroso estragara seu dia. Procurou uma cabine junto aos amigos e logo Gina se despediu deles, não demorou até Luna e Neville se juntarem.
Estava olhando pela janela, o nada, perdida em seus pensamentos: Como ele podia ter a agarrado daquela forma? Isso a irritava piamente, deu um suspiro pesado e sentiu uma mão tocar-lhe os ombros.
- Mione? Algum problema? – Harry perguntava docemente...
- Ham? Não... Nada não...
- Ah, sei... Você só conversa com o Sirius agora... – Harry dizia mostrando sua irritação.
- Olha, Harry eu não to a fim nem um pouco de brigar agora, ok? - deu outro suspiro e virou-se novamente para a janela.
Harry resolvera não continuar o assunto virou para o lado e começou a conversar com Rony. Hermione sentiu-se um pouco chateada, afinal ela não queria magoar Harry, mas a verdade é que Sirius parecia à única pessoa naquele momento, que se ela falasse que Malfoy a beijara que não iria gritar em sua cabeça. Respirou fundo e inspirou quando a porta da cabine fora aberta.
- Srta. Granger? – McGonagall falava séria fazendo Rony dar um pulo pra trás.
- Ham... Oi?
- Poderia me acompanhar, sim? – Ela dizia séria e Hermione se levantara.
Ao passar pelo meio dos amigos, sentiu a mão de Rony a puxar e a abaixar até ele sussurrar em seu ouvido:
- O que você fez?
- Nada, Ronald! Eu não fiz nada! Argh! – Ela puxava a mão e saia da cabine irritada.
Seguiu McGonagall pelo corredor entrando em uma outra cabine, tremeu-se por inteira ao ver Draco Malfoy sentado confortavelmente em um banco de frente a uma mesinha, pela primeira vez na vida se sentiu perdida.
- Malfoy? O que o Malfoy tá fazendo aqui? - Ela perguntou assustada para McGonagall.
- Senhorita Granger, controle-se... Ele está aqui porque eu o chamei. Quero falar com vocês dois. - ela falara. Malfoy ainda não havia se pronunciando. Estava fitando Hermione como se nunca a tivesse visto.
- Certo... - Ela disse irritada e sentou-se ao lado do sonserino, McGonagall sentou-se a frente dos dois. "Mas que droga! Tinha que tá justo ele aqui? Tantas pessoas nesse trem e tinha que tá o fuinha loiro dos infernos!!!"
- Bem... os chamei aqui, porque, a partir de hoje, os dois serão os monitores chefes, sendo assim terão que dividir algumas tarefas entre si. Dumbledore concordou que como são os melhores alunos de Hogwarts poderiam se sair muito bem trabalhando juntos...
- Juntos? - Hermione estava perplexa. - Quando a senhora diz juntos é juntos mesmo? - Ela estava pálida e parecia desesperada.
Draco Malfoy mostrava indiferença, enquanto observava a reação de Hermione.
- Sim, senhorita Granger! Juntos!
Hermione deu um suspiro cansado não podia acreditar em tudo aquilo que estava acontecendo, ela e Malfoy JUNTOS! O mundo estava acabando e esqueceram de avisá-la...
- E devo lhes dar a primeira tarefa, como monitores...
- Professora! – Draco chamou. – Desculpe interrompê-la. Mas a senhora, pode, pelo amor de Merlim, - nessa hora, Draco começara a aumentar a voz. - fazer essa garota parar de resmungar e ficar se mexendo, que está me dando nos nervos?! – era a primeira vez que Draco se pronunciara desde que Hermione havia entrado na cabine.
- Alvo deveria estar louco ao colocar esses dois juntos... - McGonagall sussurrou para sigo mesma de forma que só ela pudesse ouvir. - Srta. Granger, Sr. Malfoy, queriam fazer o favor de ficarem pelo menos alguns instantes sem brigar, sim? - Não ouve resposta. - Como eu ia dizendo antes de ser interrompida... - Ela olhara para Draco nesse momento. - Os dois terão a primeira tarefa, descerão primeiro e irão ajudar na recepção dos alunos do primeiro ano, mas antes disso peço que fiquem nessa cabine para decidirem os horários de monitoria dos outros monitores.
- Ficar aqui, o resto da viagem com o Malfoy??? - Hermione estava com a boca extremamente aberta.
- Sim Srta... Algum problema nisso?
- Sim! Ham... quero dizer... Não, é claro que não! "Ai, meu Merlim! Socorrooo!".
McGonagall saiu da cabine pensando em como os dois dariam trabalho a ela esse ano. Draco, assim que a professora saiu, começou a gargalhar, olhando para a garota ao seu lado. Hermione sentiu uma tremenda vontade se enfiar sua mão na boca dele e fazê-lo calar.
- Tá rindo do quê Malfoy? Tem algum palhaço aqui? - Ela dizia irritada.
- Na verdade, tem. Uma palhaça... mas não é disso que estou rindo. – falou Draco em meio às gargalhadas – Só que vai ser realmente divertido te irritar, esse ano.
- Você não ouse! Eu não sou mais aquela pirralha que chorava quando você a chamava de sangue-ruim, Malfoy! Se não quiser levar outro soco como no terceiro ano acho melhor não me encher! - Ela agora tinha um sorriso vitorioso nos lábios.
- Você chorava quando te chamava de sangue-ruim? – Draco realmente não sentia o peso de culpa... só não sabia que a chamá-la dessa maneira poderia fazer tão mal a garota.
- Não Malfoy, eu dava gargalhadas! - Ela girava os olhos e dizia irônica.
Draco ficara sem palavras para revidar. Ele sabia que ela sentia uma necessidade incontrolável de desafiá-lo, não que também não sentisse. Só não queria prolongar ainda mais aquela história. Virou-se para janela e continuou observando a paisagem, sem vontade de pensar em nada.
- Nossa... Draco Malfoy sem palavras! Temos um milagre aqui! - Ela dizia dando os ombros.
- Ah, garota! Você não tem limites, não é? Não sabe a hora de parar! Pois bem, vou lhe ensinar: AGORA É A HORA DE PARAR DE SER TÃO INFANTIL! – ele gritara.
- EU SOU INFANTIL? OLHA QUEM FALA!!! - ela ria debochadamente. - AHH POTTER VOCÊ TAVA COM MEDINHO DE DEMENTADORES, AI POTTER VOCÊ É ISSO, VOCÊ É AQUILO! AI GRANGER SUA SANGUE SUJO DESAPARECE DA MINHA FREENTE! CRESCE MALFOY! - Ela berrara.
- Você realmente não entende, não é Granger? – ele rira irônico. - PARA DE ACHAR QUE SABE TUDO SOBRE TODOS, PORQUE VOCÊ NÃO SABE! VOCÊ NÃO FAZ A MÍNIMA IDÉIA DE COMO É MINHA VIDA OU DO PORQUÊ DE FAZER O QUE FAÇO! – ele igualara o volume da voz. Draco sentira ódio da garota. Como ousara dizê-lo para crescer? Como se soubesse o que isso significava!
Ela ficara sem palavras o olhando de cima a baixo, levantou-se irritada e o olhou nos olhos:
- Sei exatamente como é sua vida, Malfoy! Mimado, prepotente, tem tudo o que quer! - Ela dizia entre os dentes. - Acha pode sair agarrando as pessoas por ai, é extremamente galinha e vaidoso, se acha o tal! Mas na verdade, é apenas um filhinho de papai!
Draco parou a observando e, do nada, começou a rir novamente, mas ria de uma maneira diferente... não ria de deboche... apenas ria.
Hermione pensou seriamente que ele estava ficando doido, ela o xingara e ele estava lá rindo como um completo idiota.
- Tá rindo do que? Sinceramente Malfoy, você tá parecendo um demente rindo desse jeito!
- Além de perceber que você tem uma idéia totalmente errada sobre mim, é engraçado ver que você ainda fica pensando no meu beijo, Granger! – Draco ria muito enquanto a encarava nos olhos. Não rira assim há muito tempo... havia até esquecido de como era bom.
- Idéia errada sobre você, Malfoy? Rá! Faça-me o favor! E eu só pensei naquele seu beijo ridículo porque fora o PIOR beijo da minha vida! - Ela frisava o “pior”, e o olhava com um brilho nos olhos, ele realmente conseguia a estressar com aquele riso ridículo.
- O pior... sei. – Draco parara de rir, mas ainda se divertia com o diálogo com a grifinória. – Granger, Granger, Granger, você não sabe mentir muito bem, sabe? Além disso, eu vi como você ficou quando te beijei. – Draco falara com um sorriso vitorioso.
- Fiquei enojada você quer dizer, não é? Até a Lula Gigante deve beijar melhor do que você! - ela sorria um sorriso parecido ao dele.
- Já falei... você não sabe mentir. É mais uma das coisas que você precisa aprender a fazer... Quem sabe um dia possa precisar. – ele falara. Sabia que ela tinha gostado do beijo.
- Ah Malfoy, você não sabe como está enganado... - Ela fazia um gesto frenético com as mãos. - Eu realmente detestei! Mas pelo visto você gostou de beijar a sangue-sujo... - Ela dava um sorriso irônico.
- Sabe, não que você beije bem... mas já tive piores... acredite se quiser. – ele falava olhando para o teto como se tivesse relembrando cada beijo. Não poderia dizê-la que realmente havia gostado do beijo, a mesma não admitiu.
- Bem, Malfoy, eu não estou a fim de discutir sobre seus relacionamentos amorosos, poupe-me de sentir-me enojada. Além do mais, você devia estar era se preocupando com sua "namorada"! Mas vamos logo fazer o que temos que fazer, no caso o nosso trabalho! E já que terei que fazer isso com você, quanto mais rápido melhor!
- Ah, Granger. Eu sei que você se interessa por esse assunto. E EU NÃO TENHO NAMORADA! – ele gritara. De forma que, Hermione se assustara.
- Ahh não? E a Pansy Buldog Parr... - Ela jamais terminara a frase já que um balanço repentino no trem fez com que ela caísse em cima de Draco, realmente o dia estava sendo perfeitamente ridículo!
Draco achava que Merlim estava conspirando contra ele. Duas vezes, DUAS VEZES, em uma semana, A DROGA DA SEMANA, a garota, A GRANGER, ficara próxima demais dele!!!!! Ahhhh!
Estava começando a achar que o ano letivo seria terrivelmente longo. Não que não gostasse dessa aproximação da Granger, “Que ai, meu Merlim, era uma coisa!”, mas não podia nem pensar nisso.
Hermione tirou os cabelos do rosto e olhou para aqueles orbes azuis e a boca meio aberta de Draco, sentiu uma ligeira vontade de tocar naqueles lábios e com um gesto involuntário levou a própria mão à boca, mais um movimento do trem e ela caíra no chão levando Draco com ela, o peso dele em cima de seu corpo. "Por Merlim, que homem pesado!" ela pensava, mas logo fitara aqueles olhos novamente...
Um silêncio pairava no ar... ele a encarava e não queria que o tempo passasse... não podia passar. Os olhos dela eram um conforto. Todas as respostas para suas perguntas se encontravam naqueles olhos castanhos:
- Lindos! – Ele deixara escapar... um pouco alto demais.
- Ham? Quê? - Hermione saíra dos devaneios e reparou que suas mãos estavam nas costas do rapaz Quem os visse naquele momento acharia que eles estavam fazendo algo muito impróprio, mas por alguma razão ela não se soltava do "abraço". Até que estava gostando de ficar ali, a não ser pelo fato de Draco ser extremamente pesado.
- Nada. – Draco não tinha mais palavras... estava por cima da garota em uma cabine de trem, com ela o abraçando, quando deveriam, na verdade, estar falando sobre monitores, trabalhos e blá blá blá.
- Ham... Tá... - "PORQUE EU NUM MANDO ELE SAIR DE CIMA DE MIM???"
Eles ainda se encaravam, aquela proximidade não era nada boa para os dois. E Hermione no momento estava tendo uma briga entre sua mente e seu corpo.
Os dois pareciam incapacitados de ações e de pensar. Estavam lá, como se fosse à coisa mais normal do mundo, quando finalmente, Draco voltara ao mundo ‘real’...
- Dá pra você me soltar, Granger? Preciso sair daqui. Não agüento nem mais um segundo com esse seu cheiro! – “Que perfume!”.
- Como se eu estivesse muito confortável sendo esmagada por você, Malfoy! - "Ai Meu Merlim, o que foi isso?".
Mais um movimento do trem, "MAS O QUE HÁ COM ESSE TREM HOJE?" Foi tudo o que Hermione conseguira pensar até rolar com Draco e acabando ficando em cima dele novamente.
Draco iria revidar o comentário da garota, quando o trem movimentou-se novamente, fazendo-o bater com a cabeça muito forte na parede e ficar desacordado.
- Ai Meu Merlim! Matei ele!!! - Hermione se levantava e sacudia o loiro dando leve palmadinhas em seu rosto. – Ok, Mione! Não se desespere! Respira, Inspira! Tudo vai dar certo... - Ela olhou para ele desacordado. - Num é que esse infeliz é bonito mesmo... - Ela dizia pensando consigo mesma e levou a mão até os cabelos dele. – Aii, Malfoy acorda! Eu juro que se você acordar agora eu faço qualquer coisa que você me pedir!
Draco, após alguns minutos acordara. Achando que devia ter perdido algo, já que a Granger estava sentada por cima de sua cintura, como se estivesse chorando ou lamentando... Ele tocou o braço dela para chamar sua atenção.
- AI, MEU MERLIM! VOCÊ TÁ VIVO! - Ela fizera algo que jamais acreditara, agarrara Draco e o abraçara, acabou por dando vários beijos na bochecha dele quando rapidamente parou e voltou ao normal se endireitando com o pensamento "Onde tava meu cérebro quando eu abracei e beijei o Malfoy??"
Draco a olhava, meio surpreso, com a ação da garota em cima dele. Ela parecia estar feliz por ele estar vivo? “Tá! E onde foram parar a Hermione Granger e o Draco Malfoy?” ele pensara.
Precisava por um ponto final naquela aproximação... poderia magoar a garota, mas não podia continuar como estava... se não, era bem possível que fraquejasse, que deixasse acontecer.
- Será que dá pra sair de cima de mim, Granger? – ele perguntou com sua voz fria e arrastada de sempre. Draco Malfoy estava de volta.
- Ham... Tá claro! - Ela dizia se levantando e sentando-se no banco, suas bochechas meio rosadas pelo fato do acontecimento, ela ainda estava se xingando mentalmente.
Draco Malfoy levantou do chão e se sentou diante da garota, ainda a encarando com uma cara de nojo.
- Bem, Malfoy, vamos resolver logo essas coisas do trabalho, temos que arrumar os horários dos monitores... - Ela falava séria. - Podemos colocar eu e o Rony para monitorarmos no mesmo horário e você com a sua namorada...
- Para começar, sei que você quer muito monitorar com seu namoradinho, mas McGonagall falou para monitorarmos juntos, todos os dias. Ponha o Weasley com a Parkinson! – ele falou ironicamente. - E segundo, ELA NÃO É MINHA NAMORADA, DROGA!!!!!!!
- Em primeiro lugar, Rony é meu AMIGO! E você tem certeza que ela não é sua namorada? Não é o que parece, Draquinho... - Ela abafava uma risada.
- Você tem certeza que ele não é seu namoradinho? Também não é o que parece, Mionizinha! E outra, eu NÃO TENHO NAMORADA! E mesmo que tivesse, não seria a Parkinson! – ele sorria vitorioso.
- Ahh... Sim claro... Não seria a Parkinson... - Ela ria debochadamente. - Mas pelo visto ela ainda não sabe disso, não é? Realmente Malfoy, você é mais galinha do que eu pensava! Um perfeito cafajeste! Usando Parkinson pra satisfazer seus desejos masculinos!
- Eu sempre falei que ela não é minha namorada, sempre deixei isso bem claro pra ela... Não posso fazer nada se simplesmente, ela não consegue viver sem mim. Claro, não é? Sou Draco Malfoy! – ele falou a olhando como se tivesse ganhado a guerra.
- É... Realmente, você é Draco Malfoy... - Ela dava uma risada irônica seguida de uma boa gargalhada.
- Pelo menos, não sou a Hermione Sangue-ruim Granger. – ele falara irônico e logo depois percebera que havia fugido com sua promessa, a de não chamá-la mais de sangue-ruim, que havia feito quando ela lhe dissera que chorava por isso. – Não... não quis... quer dizer, não era isso que... que eu queria dizer... só que... que... – Draco gaguejava enquanto tentava concertar a burrada já cometida.
Ela o olhou com o máximo de desprezo possível e involuntariamente seus olhos encheram de lágrimas, desviou o olhar e olhou para a janela.
- Você quis dizer sim... - Ela dizia numa voz rouca. - Vamos voltar a falar do trabalho, sim? - Ela não o encarava.
- Você mentiu pra mim. – Draco falara. – Mais uma pessoa que mentira pra mim.
- Menti? Eu não minto, Malfoy! Não sou como você!!! - Ela estava começando a se estressar. - Vamos voltar a falar do trabalho!
- Não mente, mas mentiu. Claro, para Draco Malfoy você mente. Falou que não chorava mais quando eu te chamava assim. E tá ai... chorando novamente.
- EU não estou CHORANDO! - Ela o olhava com raiva. - Apenas bateu um vento nos meus olhos, ok? Não tem nenhuma lágrima escorrendo! Vamos falar do TRABALHO!!!
- Dá pra você parar de falar dessa droga desse trabalho? Eu sei que você está chorando! “Não mente”... sei... já é a terceira vez que mente pra mim... e ainda nem chegamos em Hogwarts.
- EU NÃO ESTOU CHORANDO!!!! E EU NÃO ESTOU MENTINDO! EU NÃO SEI MENTIR, TÁ LEGAL?! VAMOS FALAR LOGO DESSA DROGA DE TRABALHO!!!!
- Esquece a droga desse trabalho!!! E para de se contradizer. Você não sabe menti... isso eu sei... você mente muito mal... mas tá mentindo. Como mentiu quando disse que não chorava mais. Como mentiu quando disse que não tinha gostado do meu beijo. – ele já gritava com a garota.
- EU... EU... Eu... SE VOCÊ CONTINUAR ME CHAMANDO DE MENTIROSA EU VOU...
- Vai o que? – ele a interrompeu.
- Eu... EU VOU TE BATER! - Nem ela mesma havia creditado no que falara, havia soado tão infantil...
- Ok. Então, bate. Bate!
- Não me provoque, Malfoy... Você não sabe do que EU sou capaz... - Ela dizia entre os dentes, realmente ela não tava querendo bater nele, mas ele estava a provocando.
- Granger, se você não aceita criticas e acha que é provocação... eu não posso fazer nada. Então, bate. Se você não bater, só vou ter cada vez mais certeza de minha teoria. - ele falava... adorava provocá-la... mas dessa vez estava falando com sinceridade.
Ela respirou fundo, levantou sua mão na altura do rosto dele, tomou impulso e parou antes de tocar a face branca do garoto, o olhou nos olhos.
- Não duvide de mim Malfoy... - Ela falou secamente.
- Por que não admite? Não admite que não consegue me bater... nem vê motivo para isso...
Ela suspirou pesadamente fechou os olhos com força e tomada por um impulso deu-lhe um certeiro tapa no rosto.
- É hora de vocês... – McGonagall entrara na cabine bem a tempo de ver Hermione bater na cara de Malfoy. – Meu Merlim! Vocês não podem conversar como pessoas civilizadas?
Hermione puxou sua mão para perto de si, ela havia perdido totalmente a razão, enfim de se controlar ela respirou mais uma vez.
- Mas, ele... – Hermione tentar concertar as coisas.
- Acredito, srta. Granger. Você não bateria nele sem um bom motivo... – McGonagall a interrompeu - mesmo assim, a srta. ao batê-lo perdeu a razão, e sabe disso. Só me resta dá-los uma detenção. – Draco fitava a professora.
- Detenção? - Hermione dizia surpresa. - Mas eu sou uma monitora e...
- Srta. Granger... não posso fazer nada... vocês passaram do limite. E por ser uma monitora... uma monitora-chefe, deveria dar o exemplo em vez de ficar batendo no sr. Malfoy. – a professora disse, interrompendo-a novamente.
Hermione soltou um muxoxo indignado, tudo culpa daquele imbecil! Tudo culPa de Draco Malfoy! Se ela tinha esperanças que aquele ano seria pelo menos "bom", ela havia se enganado firmemente.
Draco observava a reação de Hermione... não queria ter mais motivos para se aproximar dela, mas já era tarde demais. Parecia que tudo conspirava para que os dois se aproximassem... Ele nunca fora de acreditar em futuro, por isso, se recusava fazer aulas de Adivinhação, mas mesmo assim... parecia que era um complô... Um complô de Merlim, sendo o alvo, ele.
- Bem, vinha aqui para avisá-los que está na hora dos dois se prepararem para descer. Pedi para dois alunos levarem suas bagagens. Façam o favor de não brigarem. – A professora McGonagall disse antes de se retirar pensando que alguém deviria ter posto alguma coisa na bebida de Dumbledore para ele escolher os dois para trabalharem juntos.
- Tudo culpa sua, Malfoy! - Ela resmungava baixinho. "Merlim só pode me detesta, só pode!", pensava consigo mesma.
- Culpa minha? Você primeiro, não aceita critica, depois me bate, só pra dizer que bateu, só pra se mostrar capaz, mas sem motivo algum... E ainda tem coragem de dizer que a culpa é minha... Bem coisa de grifinório.
- Olha aqui, Malfoy, eu não teria te batido se você não tivesse me provocado! E isso é bem típico de sonserino, se achar dono da razão! E quando alguém fala que o amado sonserino não beija bem e é um riquinho idiota ele fica magoado e parte para a provocação! Mas no fim sempre apanha do grifinório malvado! - Ela dizia vitoriosa.
- Alguém já te disse que você tem uma imaginação muito fértil, garota? – ele perguntou... Quando de repente, o trem parou, muito forte, fazendo Hermione sentar-se e Draco se segurar para não cair em cima dela... assim, fazendo os rostos ficarem muito próximos.
Ela olhou naqueles olhos que, no momento, eram sua perdição, mas o que estava acontecendo com ela, e porque raios a respiração dele estava tão próxima da sua, abriu levemente a boca e mordeu o lábio inferior, uma mania que ela tinha quando estava visivelmente irritada.
Ele percebera que ela havia mordido o lábio inferior... Reparara, nesse tempo de convívio, que fazia isso quando estava ou nervosa ou irritada.
- Vai ficar ai, sentada? – ele disse levantando, acabando com o contato visual entre os dois. – Pelo que sei, temos que ajudar a pirralhada do primeiro ano!
- Grosso! - Ela disse irritada, mas quando levantou-se deu um bom esbarrão nele, ele parecia indignado e abriu a boca para falar algo. - Olha Malfoy, eu sei que você me odeia, eu te odeio, mas eu não tô a fim de brigar no momento, ok? Pra mim já CHEGA!
De uma hora para outra, Draco se desequilibrou, caindo sobre o corpo de Hermione, o pressionando "Mas que raios tá havendo hoje?", ela pensou, e olhou para aquela boca, aquela boca... Os cabelos dele caindo sobre os olhos lhe dando um ar rebelde. Hermione prendeu a respiração, ela não acreditava que estava desejando Draco Malfoy, fechou os olhos levemente.
Quando Hermione abriu-os novamente, já não o via, na sua frente.
- Vamos, garota! Tá esperando o que? – Draco perguntou friamente.
Ela deu um suspiro pesado, ela realmente pensou que ele iria lhe beijar "Mas o que eu tô pensando? Eu devo tá ficando maluca!!!" Um pouco chateada com a reação do garoto ela suspirou fundo e o seguiu para fora do trem. "Mas por que ele tinha que ser bonito! Aii Hermione concentre-se, é o Malfoy! Aquele asqueroso filho de Comensal! É melhor achar meu cérebro de volta, parece que ele resolveu passear.".
Draco queria mesmo tê-la beijado... queria com todas suas forças... não gostava de magoá-la. Seu beijo era maravilhoso, seus olhos, um conforto... ele era perfeita. Mas não podia beijá-la.
Saíram juntos do trem acompanhando os alunos do primeiro ano.
- Olha Malfoy, a gente ainda tem que discutir o horário dos monitores... - Ela dizia numa voz tranqüila como se nada tivesse acontecido a minutos atrás. - O que você sugere?
- Bem, Granger. Eu estou morrendo de fome... – ele resolveu seguir o jogo dela. - Então, vamos jantar... e depois de levarmos os pirralhos para suas casas... nos encontramos para monitorar e aproveitamos e resolvemos tudo.
- Você que sabe... - Ela dava os ombros e seguia seu rumo o deixando pra trás.
- Granger! – ele correu até ela. – Você nem esperou para saber qual a hora. – ele falou ao chegar perto dela.
- Após o jantar... - Ela dizia monotamente evitando olhar nos orbes azuis.
- Não... a hora de nos encontrarmos para monitorar o castelo...
- Ah, Malfoy! Você decide! Será que tenho que pensar em tudo aqui? - Ela girava os olhos e mordia o lábio inferior
- Eu já decidi. Só quero lhe avisar. Leve a pirralhada grifinória para sua casa e depois me espere na frente daquele quadro extremamente irritante.
- Como quiser... - Ela dava os ombros e saia andando o ignorando, era o mínimo o que ela podia fazer, ignorá-lo!
Draco sabia que teria que se acostumar com a frieza da garota. Só que fazia isso para o bem dela. Para ela não se magoar mais no final. Eles eram de mundos diferentes, tinham metas diferentes, ideais diferentes, criações diferentes, prioridades diferentes, lados diferentes... “É melhor ela terminar com o Potter... assim, não sofreria com as todas as barreiras.”.
Hermione realmente não sabia o que estava sentindo, Draco havia conseguido mexer com ela em apenas dois dias! Parou de repente de andar e virara com tudo para o loiro que estava atrás, ela o olhou de cima a baixo, ficou o fitando séria, sentiu seu coração disparar e lágrimas encherem seus olhos "Não... Eu não posso gostar dele, dele não" Disse mentalmente para si mesma.
Era isso. Draco Malfoy tava pensando em Hermione Granger... Quem diria! Por que tinha que reparar como ela havia mudado? Por que tinha que pegar o mesmo livro que ela? Por que tinha que ter essa vontade de irritá-la? Por que tinha que atender seus desejos de beijá-la?
Hermione logo sentara-se na mesa da grifinória ao lado de Harry, dera um longo suspiro e começara a se servir.
- Nossa, Mione! O que houve? Você não voltou mais pra cabine! - Rony perguntava.
- Sou a nova monitora-chefe... - Ela falava monotamente.
- Parabéns, Mione! - Gina alegrava-se.
- Não acho que isso seja motivo de comemoração... - Ela dizia seca. - Terei que trabalhar com o Malfoy! Ele também é o mais novo monitor-chefe!
- POR MERLIM!!! - Parvati que estava próxima dera um grito.
- COMO ASSIM? COM O MALFOY? - Harry berrara e toda a atenção do salão principal ia para a mesa deles.
- Harry, quer fazer o favor de se sentar? Estão todos olhando! - Hermione dizia severa.
Harry sentou-se extremamente irritado, Rony engasgara-se com um suco de abóbora e Gina batia na suas costas inutilmente, tentando fazê-lo desengasgar.
- Também não estou num mar de rosas, Harry! Mas eu sou monitora, sempre quis ser a monitora-chefe, mesmo tendo que aturar o Malfoy! Você pelo menos devia me dar os parabéns!
- Parabéns... - Ele dizia seco.
- Quer saber Harry? CANSEI! E perdi o apetite! - Ela levantou-se com raiva da mesa, muitos alunos do primeiro ano pareciam ter acabado suas refeições, sentou-se ao lado de um primeiranista.
- Nossa... Eu que sempre brigo com a Mione! - Rony dizia ao terminar de engasgar.
- Harry, eu acho que você pegou pesado... - Gina dizia numa voz triste.
- Eu? Eu não fiz nada!
- Eu acho que você e a Mione têm brigado, ultimamente, mais do que ela e o Ron... - Gina falava sincera.
Harry refletiu, realmente ele e Hermione estavam brigando mais do que deviam, deu um suspiro cansado e a olhou sentada ao lado de um primeiranista, voltou a olhar para sua comida ligeiramente chateado.
Dumbledore falou suas palavras finais e Hermione levantou-se.
- Alunos do primeiro ano, sigam-me!
Levou os alunos para o quadro informando a senha, após isto ficou a espera de Draco, extremamente cansada, aquela noite só havia começado.
Draco sentara-se na mesa da Sonserina, ao lado de Zambini e de frente para a mesa da Grifinória, onde podia, sem problema nenhum, observar uma certa grifinória.
- Draquinho... O que houve? Você saiu com a McGonagall e não voltou mais. – era Pansy Parkinson com sua cara de buldog... Agora aquele carinho todo com ele, o irritava.
- Não lhe devo satisfações e não quero que me chame de Draquinho! – ele falou frio o que atraiu certos olhares de sonserinos.
Draco ouvira Potter da mesa da Grifinória gritar: “COMO ASSIM? COM O MALFOY?”, Draco rira... todos olhavam para Potter e em seguida começaram a olhá-lo também. “No mínimo, ela contar para ele sobre a nova novidade.”.
Depois de um tempo Hermione levantara do lado de Potter e se sentara longe dele. Draco observara tudo de longe, sentindo o gostinho da culpa por tê-la afastado, um pouco, do Potter.
Ele esperou o velhote do diretor acabar de dar as boas-vindas e coisa e tal, chamou os primeiranistas:
- Atenção! Pirralhada do primeiro ano, queiram me seguir.
Ele deixou todos no salão comunal da Sonserina e seguiu até a entrada da torre da Grifinória, para buscar Hermione Granger.
Lá estava Hermione Granger sentada sobre o corrimão da escada a espera dele. Como era linda. Ele parara para observá-la. Cutucar a ferida... Sabia que não podia tê-la, mas isso não o impedia de desejá-la. Seus cabelos baixos, seu corpo com curvas perfeitas, mentalidade de uma mulher adulta e a mais inteligência que ele já vira.
Queria tanto poder chegar nela, beijar seus lábios quentes... mergulhar naqueles olhos castanhos... Sentir aquele corpo... aquele calor, mas não podia... tudo apontava contra o desejo dos dois.
Ela olhou para o lado e o viu a abservando, abaixou a cabeça imediatamente, ele só podia tá brincando com ela como ele brincava com várias garotas, ela não queria ser outra Parkinson da vida
O que ela não podia acreditar mesmo era que aquele loiro maldito havia a deixado com vontade de agarrá-lo e beijá-lo, ela estava o desejando mais do que devia, fechou os olhos bruscamente tentando afastar tais pensamentos...
"Que ridículo eu pensando no Malfoy! Mas que raios!!!" Virou a cabeça e o viu se aproximando.
- Vamos? – ele perguntou e ela apenas assentiu com a cabeça.
O clima entre os dois estava péssimo. Os dois se desejavam... Os se sentiam atraídos... Os dois, verdadeiramente, se gostavam. Mas algo os prendia. A coisa que mais temiam. Para ele, o medo de perdê-la ou de magoá-la (algo extremamente novo para ele) e para ela, o medo de se magoar, de se arrepender, o medo da traição, não só física, como moral. O medo da mentira. De confiar nele e estar errada. Sim, o medo de errar.
- Eu nunca vou te perdoar! - Ela disse parando de andar bruscamente com lágrimas nos olhos.
- Me surpreenderia se perdoasse. – ele disse, sem encará-la, indiferente. Continuando a andar. Sabia que seria uma longa noite.
- Você é um completo idiota!!! - Ela sentia vontade de berrar, andou rápido e passou a frente dele fazendo questão de esbarrar em seu ombro.
Ele continuara andando normalmente. Não esperava reação diferente dessa. Sabia que havia feito uma escolha... sua escolha teria conseqüências e que, agora, teria que se acostumar com elas.
Sabia que ela precisava de um tempo para pensar. Mas ela mesma queria que eles se encontrassem para falar do maldito trabalho... Ela voltaria, ele tinha certeza... sabia de seus compromissos com McGonagall... que deveria monitorar o castelo com ele e resolver tudo o que havia combinado.
E ela voltou, seus olhos um pouco vermelhos e sua voz um pouco rouca.
- Vamos falar logo dessa droga de trabalho... - Ela evitava o olhar nos olhos. - Mas antes... Quero lhe fazer uma pergunta Malfoy... Como foi brincar com a sangue-sujo? Foi bom? Se divertiu bastante? Não se esqueça de sair contando para todo mundo como a sangue-ruim beija...
Agora fora a vez de Draco sair sem rumo... Ele nem a deixara completar a frase. Não agüentava mais ela o acusando, o culpando, quando ele só tentava amenizar as coisas, quando ele só tentava a proteger dele mesmo. Precisava de um tempo para se recuperar e se preparar para o resto da noite. Sabia que ela o acusaria e não poderia se mostrar mal por causa disso.
Com uma raiva imensa ela foi atrás dele andou rápido para tentar acompanhar os passos rápidos do loiro Então movida pela raiva ela o empurrara contra a parede e olhou nos olhos azuis que a encarava assustado.
- RESPONDE!!!
- Me dá um tempo, garota! Só preciso de um tempo! Um tempo sozinho... E depois, quem sabe, eu possa arranjar uma mentira para lhe responder. – ele falou a verdade sem pensar.
Ela o olhou, incrédula, deu um passo para trás e lhe deu um certeiro tapa no rosto.
- Isso é para você deixar de ser idiota... - Lágrimas escorriam pelas suas bochechas.
Ela entendera tudo errado. Mas afinal, era isso que ele queria. Deixá-la achando que era só uma brincadeira! Mas por que não se sentia bem por ter feito o que queria? Talvez porque não era realmente isso que sentia... Talvez, porque aos olhos dela, ele era o pior ser do mundo. Quando só queria seu bem.
Ele deixara como estava. Não falara nada. Entendia o porque do tapa, mas não tinha cabeça para revidar oralmente, para xingá-la... para ser o mesmo Malfoy de sempre, nem tinha forças para um sorriso irônico. Ao mesmo tempo, sentia vontade de enxugar suas lágrimas, mas não podia... tinha que deixá-la chorar. Tinha que sofrer pelo bem dela. Pelo bem deles.
Ela ficou estática, pensara que ele realmente fosse lhe xingar ou no mínimo dar um sorrisinho ridículo, mas ele não fez nada, absolutamente nada.
- Vamos esquecer isso... - Ela falou parando de soluçar. - Temos trabalho a fazer...
- Esse é o único motivo pelo qual estou aqui. – ele falara com sua voz fria e arrastada! Sim, Draco Malfoy voltara novamente!
- Ótimo... - Ela falara com a voz mais séria. - Não quero mais perder meu tempo ao seu lado.
- Para mim, temos que fazer duplas e dividirmos horários e dias da semana para cada dupla. Obviamente, nós em todos os horários e dias possíveis.
- Certo... Você então deve querer ir com a Parkinson, então... - Ela falava numa voz séria e fria.
- Garota, você é surda ou coisa parecida? Já falei que McGonagall pediu para fazermos juntos e acabo de falar que teremos que monitorar todos os dias em todos os horários possíveis JUNTOS! – ele gritara. – E mesmo que eu pudesse escolher, prefiro você ou até mesmo o Weasley como minha dupla do que a Pansy Parkinson! – Draco falara com raiva, mas deixara escapar o “prefiro você” que pareceu ter causado algum efeito na garota ao seu lado.
Ela assustara-se e o olhara confusa.
- Você realmente não é normal! - Ela dizia cinicamente. - Vive dando corda pra menina e agora diz que prefere o Rony a ela!
Decidiu fingir não ter escutado a parte que ele a citava, se ele queria evitá-la ela faria isso direito.
- Mas enfim, seus relacionamentos mal resolvidos não me interessam. - Ela dizia monotamente.
- Então, continuando. Acho que é uma boa pôr Weasley e Parkinson juntos. – ele falara também fingindo que nada havia acontecido. Seria ótimo ver a Parkinson reclamando do Weasley. – Além disso, só sobram os dois do sétimo ano.
- É... Por mim está bem, temos que resolver agora o nosso horário... - Ela respondia monotamente, mas logo pensando em Rony reclamando de Pansy. - Se bem que... É melhor colocar o Rony com outra pessoa...
- Sinto Granger, os outros monitores já têm suas duplas do ano passado. Os casais de sua casa... já trabalharam juntos, já tem entrosamento, não podemos perder isso e mudar todo o esquema só porque Pansy e Weasley vão brigar de vez em quando. A única coisa que acho que devemos modificar é o horário. Está muito confuso. – ele era realmente profissional. Na hora de se concentrar no trabalho era super cordial, social, mais humano.
- Ai, já vi que Rony vai falar na minha cabeça o dia todo... Já basta quando ele e Harry souberam que eu ia ter que trabalhar com você! É hoje que eu assino minha sentença de morte! - Ela dizia dramaticamente.
- Para de fazer drama, garota! - ele falou a repreendendo. - Achei que você sabia diferenciar suas amizades das regras escolares, do seu trabalho, principalmente agora, como monitora-chefe. Pelo menos, você era assim.
- Eu sou assim! - Ela falava severa. - Acontece que... Argh! Eu não te devo satisfações! Faça do jeito que tem que ser feito, eu arco com as conseqüências depois!
Ele a olhara surpreso. Ele estava a tratando tão bem, até agora não a provocá-la nem nada, mas parecia que esta estava insatisfeita com a reação do sonserino.
Ela realmente não o entendia. Hora ele a tratava bem, ora mal. Tinha momentos que a dizia coisas que a deixava realmente magoada, e agora ele queria aparecer de bom moço, se irritou, odiava não saber o que se passava na cabeça dele.
- Então, o horário, resolveremos com todos os monitores. Para vermos o melhor pra eles. Que tal uma reunião amanhã à noite?
- Tá... Que seja... - Ela dava os ombros.
- Você realmente não presta atenção em nada. Amanhã é a nossa detenção. Acorda!
- Que seja!!! - Ela quase berrara, respirou fundo. - Desculpa... Eu ando meio que estressada... Então depois de amanhã agente decide isso, ok?
Draco se assustou com o grito da garota, murmurou um “percebe-se” e olhou o relógio de pulso.
- Faltam ainda 20 minutos para acabar a monitoria.
- Tá... Eu vou terminar de monitorar pelo jardim... - Ela realmente precisava ir ao jardim pegar um pouco de ar, estava realmente precisando de ar fresco. - Nos vemos amanhã...
Ela ia se afastando em passos lentos dele.
Draco perecebera que ela estava o tratando melhor, o que lhe deu a liberdade de perguntar uma coisa:
- Granger! – ele a chamou.
Ela virou-se graciosamente e o encarou.
- Fala... - Disse numa voz abafada.
- Ainda está com raiva de mim? – precisava saber. Era algo que martelava em sua cabeça.
- Não... - Ela respondeu sem olhar nós olhos. - Magoada seria a palavra certa... - o encarou e virou-se de costas "O que ele tá tentando fazer? Me deixar mais chateada? Raios porque eu fui responder?" ela se xingava mentalmente.
- Espero um dia poder lhe explicar o porquê de ter feito isso! – ele gritara para ela e continuara a andar.
Hermione foi até o jardim e respirou o ar fresco, aquela brisa que lhe batia no rosto a acalmava, fitou as estrelas, estas sempre lhe transmitiram a maior paz.
- Não é justo... - Foi tudo o que ela conseguira falar naquele momento.
N/Kitai: êêê cap. dificil de sai esse ahuauha.. duas noites sem dormi pra escreve ele! Mas valeu a pena! Adoro escrever com a Bia! ficou nota 1000 bia! beijao pra todo mundo e... COMENTEM \o
N/~ Biaa^^: Minha nossa!!! Que capitulo grande!!!! 18 páginas no Word... tudo bem que essa formatação aumenta o numero de páginas e tal, mas 18 PÁGINAS!!! Campanha “SÓ POSTO COM 10 COMENTÁRIOS DE PESSOAS DIFERENTES!!”... Não sei se dá ultima vez deu certo... mas se estou postando, espero que sim... doida para escrever a detenção.. aheauheauhea... Também adoro escrever com você, Kitai!!! Leiam e comentem. Beijão
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