As mudanças de Malfoy



Cap-8
As Mudanças de Malfoy

Na semana seguinte eles aproveitaram que Rony tinha que fazer o teste de aparatação no ministério em foram para o beco diagonal, acompanhado por quatro aurores. Eles compraram tudo o mais depressa possível, por insistência da srª.Weasley, e foram para a loja de Fred e Jorge que apesar dos acontecimentos continuava um sucesso. Depois voltaram direto para a Toca, onde encontraram Rony e o sr°.Weasley felizes, por Rony ter conseguido a permissão e esperaram ansiosos pelo dia primeiro de setembro.

Quando ele chegou já estavam todos os três (porque Hermione tinha voltado para sua casa e só iria se encontrar com eles na estação) arrumados para voltar à Hogwarts e somente a srª.Weasley parecia um pouco aflita.

“Será que é uma boa idéia deixa-los ir, Arthur? Agora que Dumbledore se foi...”

“Molly querida, Alessandra sabe o que faz, ela até implantou um novo sistema de segurança. No começo o ministério reprovou, mas até Scrimgeor teve que dar o braço a torcer, ele não conseguiu pôr defeito em nada.” Respondeu o marido sorridente á mulher-“E alem do mais, ela foi criada e educada pelo próprio Dumbledore, tem um excelente relacionamento no ministério e tem também um monte de diplomas com ela, e provas de sua capacidade não faltam. Você tem que concordar comigo, ela é uma garota brilhante.”

Os Weasleys e Harry foram acompanhados até a estação de King Cross por dois aurores e quando chegaram lá se depararam com um tumulto, um grupo de jovens espancava outro que estava caído no chão. Os aurores que estavam escoltando Harry saíram correndo para tentar diminuir o tumulto, mas antes que chegassem lá os jovens correram para longe e sumiram no meio dos trouxas. Quando Harry conseguiu chegar até o rapaz caído uma moça, que Harry conseguiu identificar como Alessandra, chegou também junto ao rapaz. Harry percebeu que o rapaz caído era ninguém menos que Draco Malfoy.

“Ainda bem que você veio!” disse ela à Harry

“Você precisa de ajuda com ele?” perguntou ele, vendo que Malfoy estava bem machucado

“Não, isso vai se fácil.” Disse ela apontando para as feridas visíveis de Malfoy-“difícil vai ser curar a alma. Mas por que você não vai para o trem com os outros e depois me encontra na cabine F ?”

“O que está acontecendo aqui? Malfoy?” perguntou Gina, que havia chegado por trás de Harry

“Calma aqui! Vocês precisam ir para o trem, não se preocupem com ele, eu cuido dele, agora vão.” Dizendo isso ela desapareceu com Malfoy e Harry puxou Gina para se reunir com Rony e passarem para a plataforma 9 e ½ onde se encontraram com Hermione e eles entraram no trem.

“O que será que ela quer com você?” indagou Gina a Harry

“Eu acho que a pergunta é o que Malfoy estava fazendo ali? E por que logo Alessandra foi socorrê-lo?” Disse Rony à Gina e Harry

“Oi gente, tudo bem? Eu não pensei que fosse encontra você aqui Harry.”
Exclamou Neville quando viu Harry

“É, eu acho que ninguém contava com a abertura de Hogwarts.” Disse Luna à entrada de uma das cabines, quando ouviu Neville falando

“Por que não entramos? Afinal estamos atrapalhando o fluxo de alunos doidos para voltar pra Hogwarts.” Falou Rony quando um menino baixinho pisou sem querer no seu pé.

“Eu não posso, agora tenho uma obrigação muito maior já que sou a monitora chefe, tenho que passar as informações aos novatos.”disse Hermione

“É verdade? Legal! Eu sabia que ia ser você, você merece.” disse Neville deixando Hermione envergonhada.

“É verdade sim. Agora eu não preciso mais ir, o único arrependimento é o banheiro dos monitores que não vou poder mais usar, a não ser que minha namorada me dê a senha.” Disse Rony, dando um beijo em Hermione na frente de todos.

“Nisso eu vou pensar sobre. Mas agora eu tenho que ir.” Respondeu ela dando outro beijo em troca e indo a direção contrária à dos amigos.

“Vocês estão namorando?” perguntou Luna à Rony, e Harry percebeu que havia um leve dom de melancolia na sua voz.

“Parece incrível, não? Mas eu não sei como pude perder isso por tanto tempo.” Respondeu Rony sorridente fechando a porta da cabine.

“Hei, Harry não se esqueça que você tem que ir ver Alessandra.” Lembrou Gina à Harry.

“É melhor eu ir indo, estou muito curioso para saber o que é que Malfoy estava fazendo aqui.” disse Harry se levantando, ele se lembrou de pegar a caixa do medo que a garota tinha lhe presenteado e saiu da cabine.

Ele se encaminhou para a cabine F, apesar de não saber onde era, mas ele imaginou que fosse próximo à cabine C, que fora a cabine de Slughorn no passado. Ele estava certo, a cabine F era um pouco alem da C. Quando chegou lá, a cabine estava toda fechada por cortinas vermelhas, ele bateu na porta e obteve resposta para entrar quase que imediatamente. Ele entrou e se deparou com Malfoy deitado em um dos lados da cabine, ele não tinha mais ferimentos visíveis, mas ainda estava inconsciente.

“Sente-se Harry, aceita um café?” perguntou Alessandra, oferecendo uma xícara dourada para ele. -“Talvez você esteja curioso, por que ele está aqui. E comigo. Mas você deveria está se perguntando por que você está aqui.”

“Espera, você me chamou para vê-lo?” perguntou Harry perplexo.

“Sim, sim. E você logo vai entender o porquê.”

“Não sei se você sabe, mas foi ele quem tentou matar seu pai. Nós somos inimigos.”

“Eu sei, mas também sei de algumas coisas que você não sabe que mudaram minha opinião sobre ele e eu quero que você também saiba e tente ajuda-lo.”

“Nada do que você falar vai me fazer mudar minha opinião sobre ele.”

“Antes de eu começar eu acho melhor abrir-mos essa caixa que está em suas mãos.” Ela pegou a caixa e olhou para o rapaz novamente. – “Creio que Hermione já tenha dito para você o que é e para que serve essa caixa.” Vendo que Harry assentiu com a cabeça ela continuou. “Vamos abri-la para ver o que ela faz com você.” Ela devolveu a caixa às mão de Harry e quando ela tocou em suas extremidades a caixa abriu e fechou antes que ele piscasse.

“O que aconteceu?”perguntou Harry

“Como você está se sentindo?” Nesse momento Harry percebeu que estava totalmente seguro de si, uma coisa que só sentira quando tomara o Felix Felicis. “Posso começar, eu acho.”

“Draco veio à mim na semana passada me pedir ajuda, pois ele estava fugindo de Voldemort, e não tinha mais lugar seguro para ele. Então ele me contou tudo que aconteceu com ele, e eu pedi para ele vir à estação para se encontrar comigo que eu prepararia tudo para a volta dele sem que ninguém soubesse, mas parece que alguém descobriu e deu essa surra nele, se eu não tivesse chegado a tempo ele talvez estivesse morto.”

“Ele foi até o ministério, correndo o risco de ser preso. Depois de tudo o que aconteceu com meu pai eu não devia nem ouvi-lo, mas ele me disse que só aconteceu aquilo porque Voldemort estava ameaçando matar sua mãe. Porém quando ele voltou com Snape naquela noite Voldemort matou sua mãe e não cumpriu o que tinha prometido. E depois de tudo que aconteceu o pai dele não deu nem apoio à ele, então ele se decepcionou totalmente com o pai pois pra ele foi culpa do pai dele a morte de sua mãe.”

“Ele já está fugindo de Voldemort faz algum tempo, porém quando soube que eu existia, ele veio a mim, e depois de tudo o que ele falou eu não pude culpá-lo e então refugiei ele em minha casa e pedi a ele para ir depois de mim, porém como você viu não deu muito certo.”Disse ela apontando para o jovem Malfoy com a cabeça.

“E o que você quer que eu faça.” Disse Harry depois de algum tempo em
silêncio.

“Eu quero que depois que estivermos em Hogwarts, que quando ele for conversar com você, você já esteja preparado e não receba ele com quatro pedras na mão, simplesmente ouça o que ele tem que falar. Você tem que se colocar no lugar dele, é muito difícil ele ter de admitir que estava errado, principalmente porque ele pensava que o que estava fazendo era correto e só agora ele viu que estava errado e quer ajuda para desfazer tudo que fez de ruim. Ele precisa de você e é por isso que você está aqui. Dê a ele um voto de confiança.”

“Eu não posso simplesmente confiar nele porque ele diz que está mudado. Você está sendo ingênua igual a seu pai quando confiou em Snape. Eu simplesmente não posso fazer isso.”

“Harry eu sei que é difícil, mas ele vai tentar e se você simplesmente ouvi-lo eu vou ficar satisfeita.” Disse ela com um sorriso no rosto. -“E além do mais, depois você vai ter sua confirmação se ele está mentindo ou não.”

“Como?”

“Acho melhor você voltar para sua cabine e se trocar porque já está ficando escuro.” Disse ela puxando a conversa para outro ângulo.

“Mas...”

“Depois você vai descobrir. Agora vá!”

Quando Harry saiu da cabine a caixa que segurava começou a se mexer e ela sozinha se abriu e fechou mais rápido do que da primeira vez. Agora ele se sentia novamente normal, como se o medo que ele tivesse trancado na caixa, agora estivesse novamente com ele. Ele até pensou em voltar para perguntar o que acontecerá, mas depois pensou que poderia perguntar depois e voltou a cabine com a cabeça cheia de caraminholas.

Quando ele chegou à sua cabine, percebeu que Hermione já tinha voltado. Ele entrou e sentou-se antes que os outros pudessem enchê-lo de perguntas.

“Harry o que aconteceu?” perguntou Gina curiosa.

Harry contou tudo aos amigos, principalmente sobre a mudança de Malfoy.

“Eu sabia que ele era bom, apenas influenciado pelo pai, eu sempre soube disso dava pra ver em sua áurea.” Respondeu Luna quando Harry terminou, deixando todos de boca aberta.

“Pelo menos agora a gente vai ter paz entre as casas.” Lembrou Hermione feliz.

“Eu não acho, quando uma pessoa é ruim ela não deixa de ser ruim de uma hora pra outra. Vejam o Snape, por exemplo, Dumbledore confiava muito nele e agora ele está morto.” Disse Rony muito sério.

“Pode ser, mas só depois de vermos poderemos tomar nossas conclusões.” Disse Hermione, e com isso encerrou a conversa sobre Malfoy, e a viagem continuou tranqüila até Hogwarts.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.