Aquele do Pesadelo



De Repente assim... – Por Mione_Potter_love
Capítulo 2
Aquele do Pesadelo


“Mas olhem quem está aqui! O bebezinho Poty” Uma voz feminina dizia sarcástica.

“Você é mesmo ridícula, Lestrange”

“Oh! Eu sinto muitíssimo! Eu o ofendi? Oh Merlim, eu ofendi o ilustre Harry Potter” a voz continuou, desta vez com um falso pesar. “Perdoe-me bebê Pot- Oops...”

“Harry Potter, meu senhor” era uma outra voz, estranhamente esganiçada. “Dobby está escutando”

“Shii... Mione” Ele reconheceu esta voz, era a mesma que falava com a tal Lestrange. “Está tudo bem” Aquela voz parecia querer transmitir tranqüilidade.

“Eu queria ter sua mesma confiança” Dizia uma outra voz feminina, esta parecia angustiada.

“Estará tudo bem”

“Eu verdadeiramente rezo para que sim, Harry”

Ele abriu os olhos.
Por um instante, não enxergou nada. Sua vista estava turva, sua cabeça doía e por um momento piscou várias vezes para se acostumar com a claridade do lugar. E ao fim de alguns minutos, conseguiu finalmente abri-los. Cerrou os olhos um pouco, no intuito de ver melhor. Tudo a sua volta não lhe pareceu familiar.

Onde estava? Que lugar era aquele?
Harry começou a se desesperar. Tentando, nervosamente, se erguer. Sua cabeça pareceu que iria explodir e ele deu-se por vencido, voltando a recostá-la no confortável travesseiro.

“Meu Deus, o que estou fazendo aqui?” Suspirou profundamente fechando os olhos. Do que se lembrava? “Estava ferido... Sim, muito ferido. Pois havia acabado de lutar...” Ele franziu o cenho. “Lutar pelo quê? Lutar com quem? E por que?” Harry tentou se sentar e desta vez obteve sucesso.
Seu corpo parecia ter sido submerso numa água tão fria que sentia pontadas em toda parte dele, como se pequenas facas estivessem entrando em si. Era como se nenhuma parte de seu corpo tivesse saído ilesa, chegava a imaginar que até mesmo seus cabelos estavam doendo... “O que teria me feito isso? E por que? O que eu posso ter feito?”

Não estava adiantando, quando mais tentava se lembrar do que lhe aconteceu, mais perguntas surgiram. E ele não tinha a solução para nenhuma delas...
Sentia-se casando e nem ao menos tinha certeza do porquê. Seu corpo estava dolorido. Resultado, talvez, do que, pensava ele, parecia ter sido uma briga e tanto...

Antes que pudesse ponderar mais acerca do assunto, ele ouviu um rangido. O que lhe indicou que havia mais alguém no local. Pôs-se em alerta. “Será que viriam terminar o trabalho?” Pensou cerrando os punhos, mesmo sabendo que nada poderia fazer, já que não tinha forças. Era como se suas forças tivessem se esvaído de seu corpo. “Sim porque depois disso, essa pessoa deve me odiar, não é mesmo?”

A porta foi aberta. E Harry prendeu a respiração, dando-se conta que nunca iria conseguir levantar-se dali para enfrentar quem quer que fosse.
Ele respirou fundo quando a porta se fechou novamente. “Quais as chances que terei?” Pensou amargamente. “Nem ao menos consigo me pôr de pé!”.

-Oh Meu Merlim! - gritou e lhe pareceu feliz. Verdadeiramente feliz.

Por um minuto, Harry achou que realmente estava sofrendo um ataque. Ela o abraçou com tanta força que o moreno não pôde deixar de se surpreender. Aquela moça, que parecia ter um corpo tão frágil, o prendia em seus braços com uma força sobre-humana.

Ela se afastou com um sorriso tão radiante, tão lindo... Que todo o estado de alerta de Harry evaporou num piscar de olhos. Ele estreitou novamente os olhos para enxergá-la melhor. - Aqui – disse gentilmente. – Assim enxergará melhor – murmurou colocando-lhe os óculos. – Fiz alguns reparos. Ele estava absolutamente inútil quando lhe encontrei – e, sem mais, a jovem mulher o abraçou novamente.

O moreno estava sem fala. A cada passar dos minutos ficava cada vez mais confuso.

-Oh graças a Merlim! Estive tão preocupada... – exclamou afastando-se outra vez e, desta vez, segurando seu rosto entre as mãos. – Há quanto tempo está acordado? Não muito, espero... Como se sente? Está tudo bem? Está com fome? Certamente que sim, não é? Febril, ao menos, não está – disse passando a mão em sua testa. E então mais um turbilhão de perguntas se sucedeu.

-Er... Por favor – ele pediu. – Onde estou?

-Oh! Perdoe-me Harry – ela sorriu envergonhada. – É que estive tão feliz, tão entusiasmada por ter acordado... – disse rapidamente. – Você não está sentindo nada não é? – ele a encarou. – Perdão... – a moça suspirou. – Não se preocupe, aqui estará protegido – ela mudou de expressão, estando muito séria agora. – Ninguém poderá nos encontrar aqui. Oh, Harry... Sente-se mesmo bem? Algo lhe doe? Você esteve tão mal estes últimos dias...

Harry não pôde deixar de sorrir, aquela moça parecia realmente se preocupar com ele, com seu estado.

-O que foi? – ela indagou. – Estou exagerando novamente, não é?

-Nos conhecemos, verdade? - Hermione lhe lançou um olhar confuso. – Eu não me lembro – completou.

A morena o fitou. “Está brincando. Sim, ele deve estar brincando”. Harry sustentou o olhar e por pouco mais de um minuto ficaram assim.
Ela levou as mãos à boca chocada, ao constatar que o amigo não mentia. Então, como se não bastasse, sentiu a precipitação de lágrimas. Mas ela não queria, não queria chorar. Fechou os olhos com força, mas era tarde.

Quando viu as lágrimas dela se formarem e “caminharem” por seu rosto, Harry sentiu uma dor tão forte, era um sentimento estranho mesclado com a culpa - que naquele instante, lhe pareceu sensação muito familiar...
E, sentindo-se culpado por aquelas lágrimas, sem hesitar ou mesmo pensar duas vezes, ele a abraçou.

-Você deve me achar uma tola – ela murmurou com a voz embargada enquanto recostava sua cabeça no ombro dele e, sem pensar muito, colocando também uma de suas mãos em sua nuca.

-Não, é claro que não – disse se afastando para encará-la. – Isso só mostra que se preocupa sinceramente comigo.

Ela fungou, sorrindo sem jeito. – Você... Não se lembra de nada?

Harry negou com a cabeça e franziu o cenho. – Creio, creio que me chame Harry Potter. Este nome não me sai da cabeça – falou com um ar de frustração, passando a mão no cabelo.

-Pois este é o seu nome – ela suspirou, sem saber muito bem como agir. – Bom, nós vamos resolver isso. Eu prometo a você, está bem? – Harry assentiu. – Me diga, como está se sentindo?

-Muito bem... – disse como se desse de ombros, não queria molestá-la com mais problemas. Hermione ergueu a sobrancelha. Harry corou “pelo jeito, ela me conhece bem o suficiente para saber quando estou omitindo ou mentindo”. – Ainda não consigo ficar de pé.

-É completamente cabível. Ainda está se recuperando.

-Recuperando-me do que, afinal? – ele indagou sem conter a curiosidade.

-Está com fome? – a morena perguntou, fingindo não tê-lo ouvido.

-Um pouco. Mas...

-Conversaremos assim que estiver de volta, Harry. Eu sei que não sossegará até que eu o faça, não é mesmo? – disse num sorriso enquanto se levantava.

-Perdoe-me – chamou antes dela abrir a porta do quarto, a moça voltou-se para ele.

-Sim? Algum problema?

-Não... É que... Eu apenas não sei seu nome...

-Chamo-me Hermione Granger – retrucou pacientemente e se retirou.

“Hermione Granger” ele fechou os olhos tentando recordar de algo.
Não, definitivamente, nada passava por sua cabeça. Nenhuma fisionomia, nenhuma história. Nada.
Afinal, quem ou o que era ele? Esperava que Hermione pudesse lhe responder, qualquer coisa que fosse.
Suspirando, ele decidiu parar de pensar nisso. Tudo se resolveria, era só uma questão de tempo. “Muito tempo, talvez”.

Ele olhou a volta sem muita atenção. Era um quarto simples, mas confortável. A cama era de casal e ele estava bem no meio dela, poderia ver os machucados que ainda cicatrizavam em seu peito e estava... - Harry piscou incrédulo e, para certificar-se levantou o lençol que o cobria. – Estava... nu!

Ele olhou a volta procurando suas roupas, mas não encontrou nada.
Hermione não demorou muito para voltar quanto Harry esperava e, envergonhado, ele aproximou mais o cobertor de si.

-Está com frio? – ela perguntou preocupada, deixando no criado mudo a bandeja que segurava. “Será que sua febre voltou?” Ponderou enquanto sentava-se na ponta da cama e colocava sua mão na testa e no pescoço dele.

-Eu não estou com febre Srta. Granger – disse calmamente, porém ainda sem jeito. Mas a morena só se afastou quando constatou por si só que o rapaz não estava com febre.

-Trouxe algo para comer – disse pegando novamente a bandeira e a instalando a frente de Harry. – Por favor, coma tudo.

Ele assentiu. – Quem esteve cuidando de mim? – ele perguntou minutos depois, enquanto dava uma pausa em sua sopa, lembrando-se do estado que se encontrava. Despido.

-Eu – Harry baixou a vista para a comida, seu rosto afogueando-se. - Estamos apenas nós dois aqui.

-E faz quando tempo que estamos aqui? – indagou ainda sem olhá-la, dando a desculpa de pegar um pedaço de pão.

-Pouco mais de duas semanas.

-Por que estamos aqui? E o que houve comigo? – o rapaz indagou voltando a olhá-la nos olhos. Tinha a impressão que assim ela não conseguir omitir qualquer fato de si.

Hermione suspirou. – Harry, eu disse que iria lhe contar tudo. E irei. Mas por hora, coma.

O rapaz resignou-se. – A senhorita é enfermeira? – indagou, pouco tempo depois, com curiosidade, sem acreditar que ela e sozinha esteve cuidando, por assim dizer, dele.

Ela franziu a testa. – Não Harry. Claro que não. Sou sua amiga – disse sem entender.

-Então... Então somos muito amigos mesmo...

Ela sorriu. – Melhores amigos.

Harry se calou observando atentamente sua comida, o formado de sua colher, seu copo, o que estava contido nele... Fazendo de tudo para não olhar Hermione. Estava tão envergonhado...
Mas Hermione não se importou, ela o estava observando comer e apenas estava feliz demais com isso para perceber o embaraço de ele.

Assim que acabou de comer, ele, corajosamente, voltou-se para a morena.
-Obrigado. Estava muito bom... – disse elevando a vista para um pouco acima dos olhos dela e então a olhou, seu rosto ganhando cor rapidamente. – Onde estão minhas roupas?

-Estão naquele armário, por que?

-Gostaria de me vestir.

-Eu pensei que não conseguisse ficar de pé. Isto não quer dizer que está sem força nas pernas? – indagou erguendo a sobrancelha.

-Sim, mas...

-Mas?

Ele voltou a olhá-la. – Não me sinto confortável estando... Assim. Senhorita Granger.

Ela sorriu, indo ao encontro do guarda-roupa e, de lá, retirando algumas peças. – Certo, erga os braços – pediu pegando uma camiseta.

-O que?! Não, não. Eu, com certeza, posso me vestir sozinho.

Hermione ergueu a sobrancelha de modo irônico. – Harry James, você mal pode se mover. Como pretende se vestir?

-Posso encontrar um jeito. Eu sei que posso.

Ela o fitou. – Não posso acreditar que esteja envergonhado – ele desviou o olhar, orgulhoso. – Ora, por favor, Harry. Isso é tão infantil!

-Isto porque não é você que está sendo despido e vestido por alguém que mal conhece – retrucou azedo enquanto cruzava os braços, recusando-se a olhá-la. Ainda tinha o rosto muito corado.

-Assim me ofende – retrucou. – Você pode não se lembrar, mas me conhece há muitos anos.

-Eu não quis ofendê-la, senhorita Granger – disse olhando-a de lado.

-Então, agora eu pos-?

-Nem pensar!

Hermione suspirou. – Harry, meu bem, há duas semanas eu cuido de você, acha mesmo que eu não vi o... – ele soltou um muxoxo, ela podia vê-lo corar furiosamente. – Acha que, de algum modo, seu corpo tenha mudado nessas duas horas? Acha mesmo que eu não conheça seu corpo? – “Agora, eu o conheço até bem demais...” a morena queria sorrir, mas sabia que ele não a perdoaria se o fizesse.

Ele se voltou para Hermione. - Certo. – Ela se aproximou para lhe por a camiseta, mas ele a impediu. - Então me diga uma coisa primeiro.

-O que quer saber?

-Antes de eu ter me ferido e perder a memória...

-Sim?

-Você, alguma vez, me... Bom, me viu assim?

-Ah sim. Algumas vezes – ela mentiu dando de ombros. Tinha que fazer alguma coisa, a morena sabia que mesmo que Harry quisesse, não conseguiria se trocar sozinho... E se ela dissesse que nunca, nem mesmo em seus sonhos, tinha o visto assim, ele nunca deixaria sequer ela se aproximar. “Ele é tão teimoso algumas vezes, será que nem mesmo a amnésia deu jeito?” Ponderou num suspiro. – Então, posso ajudá-lo?

-Tá. Tudo bem, então... Se você diz que já... Bom, você sabe. Eu acredito em você – Hermione lhe sorriu sem emoção, sentindo-se mal por ter mentido. “Mas não tinha jeito...”

-Viu? Nem doeu – brincou, acariciando o cabelo do rapaz.

-Obrigado Hermione Granger... – disse assim que a morena terminou de lhe vestir.

-Não precisa dizer sempre “Hermione Granger” ou “srta. Granger” sabe? Você pode me chamar de Mione, Sr. Potter.

Ele levantou os olhos rapidamente para ela. – Como pediu para que lhe chamasse?

Ela franziu a testa. - Pelo meu apelido. Mione. Meus amigos me chamam assim.

-Eu ouvi você! Eu conheço a sua voz!
**
(continua)
**
Desculpem os erros...
Nathália Modinger, Valeu moxa! Então, atualizei. Espero que goste! Beijo!
.:Joana:., hehe, eu não podia deixar de fazê-la se apaixonar por ele né?! Meu, eu amo demais esse casal!^^
Capítulo Postado! Bjo!
thamila moliterno, Obrigada... ^^ Então: atualizada, espero que goste!
Pink_Potter, Eu também adoro aquele filme!
Não se preocupe, os capítulos não serão sempre assim, ta? Eu não consigo escrever nada triste... Sabe como é, sou sentimental... Hehehe!
Bjoks, também te Dolu!
dudinhaa.., Obrigado moxa1 Assim me deixa sem jeito^^ XD. Que bom que está gostando, viu?
Beijo!
Kaka_Harry e Mione, é ele foi meio curtinho mesmo...
E sim, o que aconteceu depois que Hermione e Harry se beijaram vai da imaginação de cada um Hehe, eu por exemplo acho que eles não ficaram só naquele beijo... (Yasmin “meio” pervertida huahuahua!).
Beijão Moxa! Fico feliz que tenha gostado! Atá mais então^^
Julia_granger_potter, moxa, se tiver dúvidas é só perguntar, certo^^? Ficarei satisfeita em ajudá-la, em que ela está confusa?
Fique com Deus, Moxinha^^ Beijão!
Hermione Seixas, dona moxa Hermione, tipo a história não é baseada no fic não, viu?
Ainda assim espero que a curta^^. Beijos!
Thaís Potter Malfoy, Se se perder, mãe, pode perguntar viu?
Tipo, foi assim: Houve a guerra e ela também já acabou. Aquelas eram apenas lembranças da Hermione para “situar” o fic num espaço, isto é, depois da guerra.
*Hmm, deu pra entender alguma coisa???*
Bjão!
Lila_GraNgeR, vó, more, que bom que gostou^^. Acho que não demorei muito a postar este capítulo novo não é? Estava de férias sim, mas já voltei as aulas...
Huhauhua, atualizar todo dia não dá moxa!^^ Acho que vou ficar nessa de: uma semana “Só esquece...”, “De Repente Assim” e “No Amor ou Numa Aposta...” e na outra: “Meu Marido...”
Fica melhor para mim. Não sei...
Bju!

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